Cidades

CRIME CAUSOU COMOÇÃO

Adolescente diz que mantinha relacionamento com professor e o matou por dívida de R$ 200

Suspeito foi preso, confessou o crime e não demonstrou arrependimento; Receptador do carro furtado também foi detido

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O adolescente de 17 anos, preso por suspeita de matar a facadas o professor universitário Roberto Figueiredo, 63, disse à polícia que o crime foi motivado por uma suposta dívida de R$ 200. O suspeito disse ainda que mantinha um relacionamento com a vítima há cinco meses.

O professor foi assassinado na madrugada desta sexta-feira (23) dentro de sua própria casa, no bairro São Francisco. O corpo foi encontrado pela irmã dele.

Em entrevista coletiva, o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Rigoberto Rocha, disse que, ao ser preso, o adolescente confessou o crime de forma fria.

“Ele relatou à polícia que mantinha uma relação com o professor durante cinco meses e que receberia um dinheiro, R$ 200 segundo ele, e teve um desacerto nesse recebimento, uma negativa desse recebimento por parte do professor”,explicou o comandante Rocha.

Após a recusa em pagar a suposta dívida, o adolescente relatou à polícia que agrediu o professor com um copo de vidro grosso até o professor desmaiar. Na sequência, com a vítima desacordada, o adolescente deu uma única facada no pescoço de Roberto, que o levou a morte.

Antes de deixar a casa, o suspeito furtou uma televisão, carteira, notebook e o veículo do professor, um Jeep Renegade.

Com esse veículo, ele passou na casa de dois amigos, um homem e uma mulher, e juntos começaram a usar drogas, bebidas alcoólicas, e a fazer uma festa.

Por fim, o Jeep foi repassado para este amigo, de 22 anos, que também foi preso por receptação.

O comandante ressalta que o jovem não demonstrou arrependimento em nenhum momento.

“Ele relata que teve um grande lucro. Naquela noite, no linguajar dele, ele tinha feito a boa, teria um grande lucro e chamou os amigos para gastar esse lucro”, conta.

O comandanta do Choque explica ainda que, logo após o crime, se iniciaram os trabalhos de busca aos criminosos.

Primeiro, o veículo foi encontrado na região do Parati, de posse do receptador, de 22 anos, que informou a equipe policial que passou a noite e madrugada com o adolescente infrator e que o jovem deixou o carro com ele.

O serviço de inteligência entrou em ação e, cerca de oito horas depois do crime, o adolescente foi preso na região do Caiobá. Ele completa 18 anos no fim deste mês e não tinha passagens pela polícia. Já o receptador, tinha passagens por roubo, furto e violência doméstica.

A mulher é considerada testemunha, pois foi chamada apenas para beber e usar drogas e não teve participação no assassinato.

Causou comoção

A morte do professor causou comoção no meio acadêmico e cultural de Campo Grande, áreas onde era bastante conhecido e querido.

Roberto Figueiredo, carinhosamente conhecido como "Beto" ou "Betinho", era docente da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), instituição onde atuava há 39 anos.

Ministrou aulas em diversos cursos, como História, Design, Arquitetura e Gastronomia. Também foi coordenador dos grupos de teatro, dança e música da universidade, além de membro do Conselho Universitário da UCDB (Consu).

Beto já atuou também como presidente da Fundação de Cultura de Campo Grande, e teve passagem como superintendente de Cultura da Capital. Pelo Estado, foi gerente de Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

Em nota, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul lamentou a morte de Beto: "Sua dedicação à educação, às artes e à valorização do patrimônio histórico inspirou gerações e será lembrada com profunda gratidão por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e aprender com ele".

Cidades

Gleisi: 'Não temos dependência de mercados hegemônicos das nossas vendas'

28/07/2025 21h00

Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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A ministra da Secretaria das Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o Brasil não tem uma dependência de mercados hegemônicos. Segundo ela, isso se dá pela função de Lula como "caixeiro-viajante" em viagens internacionais.

"Nós não temos dependência de um mercado hegemônico para as nossas vendas. Devemos isso a função de Lula, quase como um caixeiro-viajante junto com os empresários desse País, para abrir comércio com a Ásia e tantos outros países", declarou Gleisi.

Em breve discurso no Palácio do Planalto, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais também celebrou a saída do Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Temos muito orgulho de, de novo, termos conquistado com o povo brasileiro essa posição. Infelizmente, nós tivemos um retrocesso, mas conseguimos, por determinação desse governo, fazer com que a gente não esteja no Mapa da Fome. Não tem coisa mais feia e perversa do que a fome. Um país não vai ser grande, não vai ser desenvolvido, se uma parte considerável da sua população passar fome", disse Gleisi.

Nesta segunda, Lula sancionou o projeto de lei que cria o programa Acredita Exportação. Segundo o Planalto, a proposta busca ampliar a base exportadora de micro e pequenas empresas (MPEs) por meio da devolução de tributos federais pagos ao longo da cadeia produtiva de bens industriais destinados à exportação. Segundo Gleisi, a lei só foi possível graças à parceria do Congresso Nacional.

O Acredita Exportação vai antecipar efeitos da reforma tributária, buscando contribuir para a redução do custo nas exportações e ampliar a competitividade das MPEs no mercado internacional.

As micro e pequenas empresas representam 40% do total de companhias exportadoras do país, somando 11,5 mil das 28,8 mil que venderam ao exterior em 2024, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Secex/MDIC). Essas exportações atingiram a cifra de US$ 2,6 bilhões no mesmo período.

A nova lei serve como uma ponta até a implementação da reforma tributária, em 2023, quando a comutatividade de impostos será extinta. Além da restituição, o Acredita Exportação também moderniza outros regimes aduaneiros, como o drawback e o Recof, suspendendo a cobrança de PIS/Cofins sobre serviços diretamente ligados à exportação, como frete e logística.
 

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luz no fim do tunel

Duplicação da BR-163 perto de Campo Grande começa a tomar forma

Duplicação vai eliminar um dos gargalos da rodovia, entre o início do anel viário e a posto da Polícia Rodoviária Federal

28/07/2025 19h01

Trabalhos estão mais adiantados na altura do km-454, próximo ao posto da PRF, na saída de Campo Grande para Dourados

Trabalhos estão mais adiantados na altura do km-454, próximo ao posto da PRF, na saída de Campo Grande para Dourados Gerson Oliveira

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Acostumados a pagar pedágio sem verem investimentos, usuários da BR-163 em Mato Grosso do Sul aos poucos começam a ver luz no fim do túnel. Ela está “brilhando” próximo ao quilômetro 454 da rodovia, nas imediações do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde as obras de duplicação finalmente começam a aparecer. 

O contrato da relicitação da rodovia deve ser assinado somente em agosto, mas para tentar convencer de que desta vez ele será cumprido, o comando da CCR MSVia anunciou ainda no leilão, no dia 22 de maio, que os investimentos começariam antes da formalização. 

Quem está chegando a Campo Grande, vindo a região sul do Estado, consegue ver as máquinas e trabalhadores no último trecho de aclive antes de chegar ao posto da PRF. Conforme a promessa, dalí em diante serão em torno de sete quilômetros nesta primeira fase de duplicação. 

Na tarde desta segunda-feira, apesar do tempo instável, duas grandes retroescavadeiras, caminhões e cerca de duas dezenas de trabalhadores podiam ser vistos atuando no local, que é parte inicial dos cerca de sete quilômetros que já está autorizados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

Trabalhos estão mais adiantados na altura do km-454, próximo ao posto da PRF, na saída de Campo Grande para DouradosTrecho inicial da duplicação atende a um dos pontos mais críticos da rodovia, entre a entrada de Campo Grande o posto da PRF

Nesta segunda-feira (28), a agência autorizou a desapropriação de imóveis às margens da rodovia para permitir o avanço da obra. Nesta parte inicial, a autorização se estende até o quilômetro 460, mas a previsão é de que nos próximos cinco anos a duplicação chegue a todo o anel viário. 

A parte inicial será feita em um dos trechos mais críticos da rodovia, localizado entre a rotatória do anel viário (KM-466) e o posto da PRF, onde não existe terceira faixa e normalmente o movimento é intenso. 

Além desta duplicação próximo a Campo Grande, máquinas da CCR MSVia também podem ser vistas em quatro locais diferentes próximo a Mundo Novo e Itaquiraí, no extremo sul do Estado, onde está sendo instalada terceira faixa em trechos de aclive. 

Inicialmente, conforme o edital, terão de ser duplicados 203 quilômetros da rodovia, sendo a maior parte entre Nova Alvorada do Sul e Bandeirantes. Porém, se houver aumento no fluxo de veículos, novas duplicações terão de ser instaladas. 

Além das duplicações, o contrato inicial prevê a construção de 147 quilômetros de faixas adicionais, 29 quilômetros de contornos urbanos e 29 quilômetros de vias marginais em áreas urbanas.

Cidades como Mundo Novo, Itaquiraí e Eldorado, por exemplo, ficarão livres do tráfego de caminhões, já que está prevista a construção de contorno rodoviário. Próximo a Dourados, na Vila São Pedro e Vila Vargas, também terá de ser construído contorno, mas em pista duplicada.

LONGA ESPERA

A CCR controla a BR-163 desde 2013. O contrato inicial previa a duplicação dos 847 quilômetros, de Mundo Novo a Sonora. Porém, depois de duplicar 150 quilômetros em trechos aleatórios e receber autorização para cobrar pedágio, os investimentos pararam, apesar de a cobrança de pedágio continuar até hoje. 
A empresa alegou que estava operando no vermelho e tentou devolver a rodovia à União. Porém, uma longa negociação redefiniu as exigências e garantiu que a empresa terá aumento de 100% nos valores do pedágio assim que cumprir as principais exigências do novo contrato. Atualmente, a CCR cobra em torno de R$ 8,00 a cada cem quilômetros. 

No primeiro ano do novo contrato devem ser investidos em torno de R$ 500 milhões, sendo a maior parte, R$ 150 milhões, na recuperação da pista de rolamento, que está sem investimentos significativos desde 2021. 

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