Cidades

Prefeitura

Alcides Bernal exonera
todos os ocupantes de
cargos de confiança

Em seu primeiro de volta à prefeitura, Bernal demitiu secretários e revogou nomeações

EDUARDO MIRANDA E VALQUIRIA ORIQUI

28/08/2015 - 07h04
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Em seu primeiro ato depois de ter retomado o mandato de prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal exonerou todos os secretários do município, além de todos os servidores que ocupam cargos de comissão. Ele também revogou as nomeações de seu antecessor Gilmar Olarte para cargos de secretário-adjunto e de direção e chefia. Todas as funções de confiança também foram revogadas.

O Diário Oficial de Campo Grande foi publicado ontem depois das 20h, e só teve uma página, suficiente para os quatro decretos que dão efeito às medidas informadas acima. Desta forma, pelo menos nesta na manhã desta sexta-feira, a cidade não terá nenhum servidor comissionado nos primeiros escalões, e nem mesmo diretores de escolas e centros de educação infantil. A nomeação do secretariado de Alcides Bernal é aguardada para esta sexta-feira.

Ontem pela manhã, depois de ter admitido demitir três mil servidores comissionados da prefeitura de Campo Grande, Bernal, em entrevista recuou e não estabeleceu a quantidade de funcionários em cargos em comissão que seria demitida. Bernal assumiu o número de exonerações logo pela manhã, em entrevista à rádio FM UCDB, mas posteriormente questionado sobre o assunto, “deu de ombros” e disse não saber exatamente quantas demissões serão feitas.

Durante a entrega simbólica da chave da prefeitura ontem de manhã no Paço Municipal, o prefeito eleito em 2012 afirmou que a partir de agora terá muito trabalho pela frente, inclusive as exonerações. “A prefeitura está sem dinheiro em caixa. Vamos começar exonerando os cargos fantasmas que estão destruindo as finanças do município”, ponderou o pepista ao completar que irá pedir “relatório de cada uma das unidades administrativas para repassar os compromissos que não foram cumpridos”. 

Em março de 2014, quando assumiu a prefeitura, Olarte exonerou mais de 500 servidores comissionados do prefeito cassado Alcides Bernal. Nos próximos dias, Bernal começa a fazer um “limpa” e acabar com os cargos “fantasmas”, mas sem saber exatamente quantos são. Olarte mantinha cerca de 1,2 mil comissionados atualmente no serviço público municipal.
Ao falar com a imprensa, o atual prefeito sustentou que o caixa da prefeitura está negativado e que deve haver um rombo de pelo menos R$ 900 milhões. Informações extra-oficiais, no entanto, dão conta de que esse montante seria de R$ 1 bilhão, mas nenhum dos dois valores foi confirmado pelo pepista ou seus aliados. 

O prefeito assumiu apenas que o município está “quebrado” e que irá contratar auditoria para diagnosticar o tamanho da crise que afeta o Executivo Municipal e assim poder traçar as diretrizes. 

Ao pisar pela primeira vez na prefeitura da Capital após ser reconduzido ao cargo de prefeito, Bernal destacou que deixou R$ 654 milhões em caixa quando foi cassado, em março de 2013 e que agora, pega a prefeitura sem dinheiro nos cofres.  Contrariando as informações de Bernal, em 13 de março de 2014, quando assumiu a prefeitura após a cassação do prefeito eleito, Gilmar Olarte afirmou que pegou a prefeitura com o deficit de caixa de R$ 300 milhões.  

SALÁRIOS

Outra incerteza da retomada de gestão de Bernal é quanto ao pagamento dos servidores. O desejo do prefeito é de que “se depender de mim, será pago no dia primeiro do mês”. No entanto, o próprio Bernal disse que os cofres estão vazios, logo, não se sabe como será feito, ou mesmo se será feito o pagamento dos funcionários dentro do prazo de cinco dias úteis ou até de forma escalonada, como ocorreu em agosto.   

Sobre o escalonamento do salário dos servidores públicos, designado pelo ex-gestor Gilmar Olarte, devido a crise financeira, Bernal garante que será difícil, já no próximo mês, pagar em dia. 

Para tomar conhecimento dos problemas que “herdou” do governo Olarte, Bernal confirma a contratação de auditoria interna e externa o mais breve possível. Ainda segundo ele, irá pedir apoio dos órgãos de controle externo da Controladoria Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público Estadual (MPE).

visita técnica

Adriane Lopes visita São Paulo em busca de soluções para a saúde de Campo Grande

Prefeita se reuniu com secretário de Saúde da capital paulista para trocar experiências e levantar modelos que possam ser adaptados na capital de MS

22/05/2025 17h31

Prefeita fez visita técnica à Secretaria de Saúde de São Paulo

Prefeita fez visita técnica à Secretaria de Saúde de São Paulo Foto: Divulgação

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A prefeita Adriane Lopes (PP) se reuniu, nesta quinta-feira (22), com o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, com objetivo de buscar modelos que possam ser adaptados para fortalecer a saúde públlica de Campo Grande.

De acordo com o Executivo Municipal, entre os temas debatidos no encontro estão o financiamento do setor, modelos de gestão, ampliação de leitos e vagas, fortalecimento da atenção primária, aquisição de equipamentos, uso de tecnologia e inovação na saúde pública.

“Nossa reunião teve o objetivo de conhecer de perto programas e ações bem-sucedidas na área da Saúde. Estamos em busca de soluções que possam ser implementadas em Campo Grande, sempre pensando na melhoria do atendimento à nossa população", disse a prefeita.

"Vimos projetos como o uso de tecnologia, prontuário eletrônico, modernização das unidades com foco na humanização e também um programa específico para a saúde mental dos servidores. Cada ação reforça nosso compromisso em buscar soluções que melhorem a vida das pessoas”, acrescentou Adriane Lopes.

O motivo da visita técnica ter sido feita em São Paulo é o fato da cidade ser uma referência nacional em saúde.

São Paulo conta com a maior rede de saúde da América Latina, sendo exemplo em tecnologia aplicada à gestão pública de saúde.

A prefeitrua reforça que os principais destaques, que serão discutidos para adaptação na saúde pública local, são o prontuário eletrônico integrado, agendamento online de consultas e exames, além de telemedicina e plataformas de telediagnóstico, que ampliam e agilizam o acesso da população aos serviços.

Além da prefeita, participaram do encontro a secretária de Planejamento Estratégico, Catiana Sabadin; o secretário de Licitações, André Brandão, e o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação, Cláudio Marques.

A secretária de Saúde, Rosana Leite, não participou da comitiva.

Outro compromisso

A agenda da prefeita em São Paulo também compreendeu uma reunião com executivos do Banco Safra.

Na instituição, foram discutidas possíveis soluções financeiras e linhas de crédito para investimentos no desenvolvimento de Campo Grande.

A prefeitura não detalhou quais são os investimentos e valores pleiteados.

CÂMARA

Vereadores derrubam veto da Prefeitura sobre repasse de R$8,7 mi a entidades sociais

Os vereadores garantiram, em votação, a destinação dos repasses às instituições

22/05/2025 16h15

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei Divulgação/CMCG

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Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande derrubaram o veto da do Poder Executivo ao Projeto de Lei nº 11.736/25, garantindo a destinação de R$8,7 milhões a entidades assistenciais e de saúde. O Projeto de Lei institui o Plano de Aplicação de Recursos do Fundo de Investimentos Sociais e o veto foi derrubado por unanimidade durante a sessão ordinária desta quinta-feira (22). 

Os vereadores mostraram indignação com o indeferimento do Projeto e ressaltaram a importância do trabalho das pessoas do Terceiro Setor, além de defenderem o aumento nos valores que precisam ser repassados às instituições. 

Os recursos auxiliam os trabalhos desenvolvidos por instituições que atendem crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, famílias que estão em situação de vulnerabilidade, hospitais, unidades de saúde e de tratamentos. 

O presidente da Câmara, o vereador Epaminondas Neto, o Papy, ressaltou que “a Câmara tem um compromisso com o Terceiro Setor, que presta um serviço para a população que o município não consegue atender. Então, não tem como esse prejuízo ficar para as instituições e a Câmara defende esse interesse”. 

Para ele, a derrubada do veto não é uma forma de ‘bater de frente’ com o Executivo, mas uma forma de defender a posição da casa de leis, para que haja uma solução para esse pagamento. 

O projeto de lei aprovado na Câmara garante que cada vereador possa destinar R$300 mil para instituições, sendo R$150 mil para entidades da área de assistência social e outros R$150 mil para a área da saúde, recursos estes que estão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Com a derrubada do veto, a proposta com as emendas será expedida pelo presidente Papy e se torna lei. 

Instituições

Representantes de várias instituições sociais estiveram presentes para acompanhar a votação. Para a presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Amparo à Criança e ao Adolescente, Meire Pasquini, as emendas têm um valor fundamental para a entidade, pois elas garantem que o trabalho continue. 

“A expectativa quanto ao trabalho dos vereadores foi atendida, especialmente no que diz respeito à importância das emendas destinadas à nossa instituição. Estou muito feliz, pois foi essencial a derrubada do veto para que a gente possa dar continuidade ao nosso trabalho. Nós que estamos na ponta, lidando diretamente com a população, muitas vezes não conseguimos contar com o apoio do Poder Público Municipal. Por isso, essas emendas têm um valor fundamental — são elas que nos permitem manter nossas atividades funcionando”, ressaltou. A entidade atende 70 crianças.

Veto

De acordo com a prefeitura, a justificativa foi de que “o veto é medida que se impõe e tem como diretriz o ajuste fiscal, com objetivo de promover o equilíbrio entre receita e despesa, priorizando obras e serviços em andamento em detrimento de novos investimentos”. 
 

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