Cidades

De volta para casa

Após 43 dias de tratamento, onça-pintada Miranda retorna à natureza

Miranda foi resgatada com as patinhas queimadas, onde passou por baterias de exames e de alimentação para retornar ao seu habitat natural.

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Depois de 43 dias em tratamento, após ser resgatada com as patinhas queimadas devido aos incêndios no Pantanal Sul-Mato-Grossense, a onça-pintada que recebeu o nome de Miranda foi solta novamente na natureza.

O felino, de aproximadamente dois anos, foi resgatado no dia 15 de agosto no município de Miranda, a 207 quilômetros de Campo Grande, após ser visto por biólogos com as patinhas queimadas.

Fotos: Álvaro Rezende

A onça pintada foi resgatada e encaminhada ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, onde realizou exames e curativos e por conta dos ferimentos mais graves nas patinhas, ela foi levada ao Hospital Veterinário Ayty.  

No hospital, a onça Miranda passou por mais exames e curativos diários, com o uso de pomadas cicatrizantes e tratamentos de ozonioterapia para acelerar a cicatrização de suas patas.

Além dos tratamentos com antibióticos, Miranda também passou por uma alimentação controlada para recuperação de peso. Com uma dieta de 3 a 5 kg de carne por dia, o felino ganhou peso e voltou a exibir sinais de vigor, tornando-se apto a retornar à natureza.

Como a felina Miranda foi encontrada em uma manilha, os biólogos a levaram para o mesmo lugar onde foi localizada. Antes de retornar ao seu habitat natural, Miranda foi equipada com um colar de rastreamento especial, que permitirá monitorar sua adaptação ao novo ambiente e garantir sua segurança.

"A soltura de Miranda representa o fim de um ciclo de tratamento, e também o esforço contínuo de todos os envolvidos na proteção da biodiversidade do Pantanal", disse o diretor-presidente do Imasul, André Borges. 

Fotos: Álvaro Rezende


Animal símbolo do Pantanal 

A persistência e a resiliência de Miranda, fez a felina se tornar um símbolo de esperança na recuperação física do animal e também do bioma pantaneiro. 

"Miranda é uma jovem onça-pintada, com grande potencial reprodutivo, o que nos traz esperanças de que ela possa, no futuro, contribuir para a continuidade da espécie no Pantanal", disse a veterinária Aline Duarte, gestora do hospital e coordenadora do CRAS. 
Soltura

A operação de transporte envolveu uma série de procedimentos técnicos e logísticos, todos realizados com extremo cuidado e coordenação. A equipe preparou uma caixa reforçada, especialmente projetada para o transporte seguro de grandes felinos. Miranda foi sedada antes da viagem para garantir que ela ocorresse sem riscos.

Depois de 43 dias de muito cuidado e tratamento, Miranda está de volta ao seu habitat natural. 

Fotos: Álvaro Rezende

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Investigação

Capturados filhotes de onça-parda em fazenda com suspeita de domesticação

Ao falar com os policiais, o gerente da fazenda estranhou o comportamento dócil dos felinos e acreditou que eles poderiam ter sido domesticados em uma propriedade rural vizinha.

28/09/2024 18h02

Os animais foram levados ao Cras de Campo Grande, onde receberão tratamento de saúde e e reabilitação á natureza.

Os animais foram levados ao Cras de Campo Grande, onde receberão tratamento de saúde e e reabilitação á natureza. Divulgação/ PMA

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Dois filhotes de onça-parda foram capturados pela Polícia Militar Ambiental (PMA) com suspeita de domesticação em uma fazenda no município de Tacuru, a 420 quilômetros de Campo Grande. Segundo os funcionários que encontraram os animais, os felinos apresentavam comportamento dócil, o que levantou suspeitas entre as testemunhas.

Conforme as informações das testemunhas que presenciaram os animais, os felinos não reagiram aos avanços dos cães nem à presença dos trabalhadores na propriedade rural, o que levantou a suspeita de que os animais foram domesticados em alguma propriedade vizinha.

De imediato, o gerente da propriedade entrou em contato com a Polícia Militar Ambiental (PMA), que conseguiu capturar os filhotes de forma segura.

Os animais foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), onde receberão os cuidados necessários e uma avaliação mais detalhada de seu estado de saúde e comportamento.

 

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Saúde

Ministério da Saúde fará campanha de vacinação contra a raiva

Objetivo é reduzir risco de transmissão de animais para humanos, que não registram casos desde 2015

28/09/2024 17h30

Transmissão canina da raiva já uma das principais vias de infecção humana

Transmissão canina da raiva já uma das principais vias de infecção humana Reprodução

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Em alusão ao Dia Mundial Contra a Raiva, celebrado neste sábado (28), o Ministério da Saúde anunciou uma ampla campanha de vacinação, com o objetivo de imunizar 28 milhões de cães e gatos em todas as regiões do Brasil.

A iniciativa visa proteger tanto os animais quanto a população, buscando eliminar a raiva mediada por cães, doença que não registra casos humanos no país desde 2015.

A vacinação ocorrerá em todos os estados e no Distrito Federal, englobando imunização de rotina, bloqueios de foco e campanhas de vacinação, conforme detalhado pelo ministério. Ao longo de 2024, foram distribuídas 23.802.350 doses da vacina para cães e gatos, com a meta de ampliar ainda mais a cobertura vacinal.

Vacinas

Além das doses para animais, o Ministério da Saúde também forneceu 1.355.260 doses da vacina contra a raiva humana. Até o início de setembro, 669.578 dessas vacinas já haviam sido aplicadas em áreas de maior risco, onde o ciclo silvestre da raiva continua a representar uma ameaça.

A raiva é considerada eliminável no ciclo urbano, e o Brasil tem mantido o controle eficaz sobre a transmissão canina, que já foi uma das principais vias de infecção para humanos.

Histórico

O Brasil conseguiu reduzir significativamente os casos de raiva canina ao longo das últimas décadas. Entre 1999 e 2024, os números caíram de 1.200 casos registrados para apenas 10, sendo todos relacionados a variantes de animais silvestres, como morcegos, saguis e raposas.

Segundo o Ministério da Saúde, campanhas anuais e bloqueios de foco têm sido essenciais para esse controle, especialmente em áreas de maior risco.

A raiva

A raiva é uma doença viral aguda e infecciosa que afeta mamíferos, incluindo humanos. Ela é considerada letal, com uma taxa de mortalidade próxima a 100%.

O vírus é transmitido principalmente pela saliva de animais infectados, por mordidas, arranhaduras ou lambidas. O período de incubação da doença pode variar, com uma média de 45 dias em humanos, mas os sintomas podem surgir mais rapidamente em crianças.

Os sinais iniciais em humanos incluem mal-estar, febre leve, cefaleia, irritabilidade e angústia. Em cães e gatos, o vírus começa a ser eliminado pela saliva dois a cinco dias antes dos primeiros sintomas, e a doença evolui rapidamente, levando o animal à morte em menos de uma semana.

Morcegos são os principais transmissores

Embora não se saiba exatamente o tempo que animais silvestres podem transmitir o vírus, sabe-se que morcegos podem carregá-lo por longos períodos sem apresentar sintomas, o que os torna os principais transmissores de raiva no Brasil, especialmente em áreas remotas. Por isso, o controle da raiva em animais domésticos e silvestres continua sendo uma prioridade para a saúde pública, com estratégias de vacinação e bloqueio de focos em todo o país.

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