Cidades

EL KADRI

Após apelo, hospital libera exames de criança com doença rara

Pai pediu imagens para avaliação de especialista e hospital só cedeu após solicitação do Correio do Estado

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Engenheiro de Computação Gabriel Novaes, 36 anos, passou por momentos de angústia e desespero após ter o filho recém-nascido diagnosticado com a doença pulmonar intersticial. Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do El Kadri, o hospital não se dispôs a liberar o prontuário ou vídeo do exame de tomografia para que o pai procurasse um especialista para atender o filho. A criança nasceu no dia deste mês e as imagens só foram entregues após o Correio do Estado entrar em contato com a direção do hospital, nesta tarde.

De acordo com Novaes, o menino nasceu na Maternidade Cândido Mariano e, devido ao problema no pulmão, que o impede de respirar sem ajuda de aparelhos, e a falta de vaga na maternidade, foi transferido para o El Kadri, onde passou por série de exames e permanece internado.

Os problemas começaram quando os pais começaram a não ter informações exatas sobre o quadro de saúde do filho.

“O que eu sei, entre presenciar e pegar nas conversas médicas, meu filho já teve três paradas e a gente tem até agora um diagnóstico de uma doença intersticial pulmonar. Acontece que é uma doença rara e tem poucos especialistas e consegui opinião de um especialista de Campo Grande que relatou no papel que era isso aí”, disse o engenheiro da computação.

Segundo Gabriel, como a doença é rara e não há muitos especialistas em Campo Grande, ele procurou uma segunda opinião e encontrou um profissional especialista na doença em São Paulo. No entanto, para avaliar o caso, o médico disse que seria necessário avaliar os exames. Desde então, Gabriel tentou com o hospital acesso aos resultados dos exames, ao prontuário médico e as imagens de tomografia feitas no filho, sem sucesso.

Novaes disse médica plantonista disse que entregaria os documentos, mas houve a troca do plantão sem que nada fosse resolvido e, na sequência, ele foi informado que a responsabilidade seria de uma empresa terceirizada, mas que não havia ninguém trabalhando devido ao fim de semana e o feriado municipal desta segunda-feira (26), aniversário de Campo Grande.

“Eu só preciso ter acesso ao vídeo da tomografia para eu poder mandar para o médico. Eles não tem uma pessoa especializada para atender isso. Meu filho tem uma doença rara, eu preciso falar com especialista em São Paulo, eu já estou em contato com ele, só que ele me pedem esse vídeo e eu não consigo. Faz dias que tô lutando atrás disso”, disse o pai.

No início da tarde, Correio do Estado entrou em contato com o diretor do hospital, Mafuci Kadri. Ele confirmou que a empresa responsável é terceirizada e não trabalha no feriado e, por isso seria difícil que Novaes conseguisse os exames.

“Hoje é impossível localizar essas pessoas. Mas eles têm direito a ter esse acesso. Amanhã, pode me procurar, que providencio", disse Mafuci Kadri ao Correio do Estado, acrescentando que o menino está sendo bem tratado na UTI Neonatal.

Apesar disso, menos de uma depois, o engenheiro de computação disse à reportagem que um médico ligou no celular dele, o encontrou e encontrou os exames gravados em um CD.

“Deu certo. O médico me ligou no celular e já estou vendo para mandar para o médico de São Paulo”, disse o pai, aliviado por conseguir resolver, pelo menos, um dos problemas.

DOENÇA PULMONAR INTERSTICIAL

Doença Pulmonar Intersticial (DPI) é um grupo de doenças respiratórias caracterizadas pela progressiva cicatrização do interstício pulmonar, resultando em insuficiência respiratória. Pode ocorrer quando uma lesão nos pulmões desencadeia uma resposta de cura excessiva. 

O interstício pulmonar é um tecido responsável pelas trocas gasosas e inclui o epitélio do alvéolo, vasos sanguíneos e membranas basais. Com a cicatrização (fibrose) se torna mais grosso e duro, incapaz de trocar gases eficientemente.

campo grande

Pet shop que prescreve medicamentos e aplica vacinas sem médico veterinário é condenado

Justiça considerou que atividades são típicas e privativas de profissional da área veterinária e determinou a contratação do profissional, além de manter multa

22/03/2025 16h31

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS Arquivo

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Um pet shop de Campo Grande, localizado nas Moreninhas, que faz prescrição de medicamentos e realiza vacinação sem um médico veterinário deverá contrarar um profissional e efetuar o registro do estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS).

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirmou decisão que manteve auto de infração emitido pelo CRMV-MS contra a empresa.

Os magistrados seguiram o previsto na Lei nº 5.517/1968 de que a prática clínica e assistência técnica aos animais são atividades privativas da área veterinária. 

Conforme o processo, durante fiscalização do CRMV, foi constatado que o pet shop não tinha registro no conselho e nem um responsável técnico, mas oferecia os serviços de vacina e prescrição de medicamentos, e foi aplicada multa.

A empresária responsável acionou o Judiciário contestando a infração.

Ela argumentou que atua em um pet shop, no comércio de animais vivos, artigos de embelezamento e alimentos para animais de estimação, o que dispensaria a obrigatoriedade de inscrição no CRMV e a contratação de médico. 

Em primeira instância, a 2ª Vara Federal de Campo Grande julgou o pedido improcedente e manteve as sanções aplicadas pelo conselho. A mulher recorreu ao TRF3.  

Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal relator Souza Ribeiro, considerou comprovantes originários de fiscalização conjunta efetuada no estabelecimento.  

Segundo o magistrado, documentos demonstraram receituários timbrados da empresa com prescrições de remédios para animais diversos, além de medicação injetável em uso, carteiras de vacinação em branco e tabela de preços com a oferta de consultas, exames e vacinas. 

“Embora os atos constitutivos da empresa indiquem como objeto social tão somente a atividade de venda de medicamentos e alimentos para animais de estimação, os documentos apresentados pelo réu, oriundos de fiscalização conjunta do Procon e Decon/MS, demonstram a presença de receituários contendo prescrições de medicamentos para animais diversos com o timbre da empresa, medicamento injetável em uso, juntamente com seringas, carteiras de vacinação em branco”, fundamentou o relator. 

“O auto de infração goza de presunção de legitimidade e veracidade, pois se trata de ato administrativo, subscrito por servidor dotado de fé pública. As alegações apresentadas pela apelante em nada interferem no reconhecimento da legalidade da autuação”, concluiu o magistrado. 

Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

Cidades

Militar da Marinha de MS é preso com droga avaliada em R$ 100 mil em MG

Ele saiu de Corumbá e tinha como destino a cidade de Uberaba, mas foi flagrado durante operação da Polícia Militar mineira com carga de supermaconha

22/03/2025 14h30

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro Foto: Divulgação / PMMG

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Um militar da Marinha do Brasil, de 33 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, em Mato Grosso do Sul, foi preso por tráfico de drogas em Frutal (MG), na última quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o flagrante aconteceu por meio do Grupo Tático Rodoviário da Polícia Militar Rodoviária (GTR/BPMRv), durante operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Frutal.

O militar estava em um Honda Civic e quando foi abordado, disse que iria visitar um amigo, mas entrou em contradição e não soube informar qual seria o endereço do suposto amigo, além de demonstrar nervosismo.

Diante da suspeita, os policiais fizeram uma vistoria minuciosa no veículo e encontraram oito pacotes de droga em um compartimento secreto dentro do tanque de combustível.

No total, foram apreendidos 4,3 quilos de skunk, conhecida como supermaconha, por ser de origem da planta cannabis sativa com concentração elevada de tetraidrocanabinol (THC).  A droga está avaliada em R$ 100 mil.

Segundo o site Portal Itatitaia, durante a abordagem, o militar quebrou o próprio celular e precisou ser imobilizado. Ele permaneceu em silêncio durante o flagrante. 

O militar foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde o caso será investigado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em nota, o Comando do 6º Distrito Naval, informou que está acompanhando o caso e irá colaborar com os órgãos competentes na investigação.

O que é skunk?

O skunk, conhecido também como “skank” ou “supermaconha”, é uma droga pertence ao grupo dos canabinóides, mas com efeitos mais potentes e nocivos ao cérebro do que a maconha tradicional.

O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta Cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha.

A droga é criada em laboratório através da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração mais forte de THC (Tetra-hidro-canabidinol), substância psicoativa que age alterando os níveis de serotonina e de dopamina, os hormônios ligados às sensações de prazer e satisfação no cérebro.

Alguns estudos apontam que a concentração de THC do skunk pode ser de sete a dez vezes maior do que a encontrada na maconha, com uma porcentagem de aproximadamente 20% na droga sintética (ou de 40%, dependendo da versão “híbrida”) contra 2,5% na sua forma tradicional.

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