Cidades

CARNAVAL 2023

Após dois anos sem carnaval, festa termina com avaliação positiva dos foliões em Campo Grande

Nesta terça-feira, população pode aproveitar bloquinhos de rua e segundo dia do desfile das escolas de samba da Capital

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No último dia de Carnaval em Campo Grande, os foliões avaliam que o retorno da festividade após dois anos foi muito positivo tanto para quem aproveita as atrações como os bloquinhos de rua, quanto para quem aproveita a oportunidade para trabalhar.

Nesta terça-feira (21), a animação ficou por conta do Cordão Valu, do Farofa com Dendê, sendo que ambos acontecem nas ruas da Esplanada Ferroviária e do Farofolia, que será realizado em um espaço privado, às 23h00. 

Ao Correio do Estado, a carnavalesca Silvana Valu, que batiza o tradicional bloquinho de Campo Grande, disse que a intenção do bloco é ocupar os espaços públicos da cidade e servir de inspiração para que outros cordões carnavalescos surjam. 

“Esta é a festa mais democrática que temos e o Carnaval precisa ser na rua, tem que ser pra todo mundo”, afirmou. 

Ainda de acordo com Silvana a homenagem à imprensa feita pelo Valu no sábado teve a intenção de mostrar a importância das informações na democracia. 

“Só quem tem informação de qualidade pode exercer plenamente sua democracia e nisso a imprensa do Brasil inteiro está de parabéns. A imprensa conseguiu com que as pessoas quebrassem os preconceitos contra a vacina, por exemplo.Se hoje estamos na rua, a imprensa tem um papel fundamental nisso”, pontuou. 

Por outro lado, a carnavalesca lembrou que para o cordão existe há 17 anos e para isso é preciso ser um agente político, que luta e resiste. 

“A gente luta muito para fazer essa festa, a gente tem que ter muita conversa e muita política no sentido de ser um político e temos que convencer um monte de gente de que nossa festa é válida, que faz girar a economia e emprega muita gente”, concluiu. 

O casal de Joinville (SC), Felipe Neves e Gricele Souza, ambos de 37 anos, afirmaram ao Correio do Estado, vieram à Campo Grande para aproveitar o Carnaval e avaliaram que a festa está muito bem organizada, inclusive ficando acima das expectativas que tinham anteriormente.. 

“É muito bom o carnaval de rua em Campo Grande, é um evento importante na cidade porque aqui vem crianças, idosos, estão todos aqui pra curtir uma festa popular”, apontou o casal. 

Gricele ainda pontuou que a retomada da festa é relevante também pelo lado econômico, já que gera milhares de empregos. 

“É importante para a geração de renda porque traz emprego para os trabalhadores ambulantes e também para as pessoas que trabalham o ano todo para o carnaval acontecer”, destaca. 

Já o folião, João Agostinho, que está em Campo Grande há pouco tempo, considera que a volta do carnaval é uma libertação. “É um exercício de liberdade com todo mundo na rua, estava morrendo de saudade disso” 

Também marcando presença no Cordão Valu, a arquiteta Gina Matias, de 34 anos, afirmou que este ano é uma oportunidade para matar saudades do bloco, que ficou suspenso durante dois anos em decorrência da pandemia de Covid-19. 

“Estávamos com muita saudades porque a gente sempre vinha na Valu e é muito bom ver a festa voltando, com bastante gente na rua. Está sendo uma festa tranquila, de graça e que todo mundo pode vir”, disse. 

Vinícius de Oliveira, de 29 anos, lembrou que, embora a Covid-19 ainda seja motivo de preocupação, também é importante que o carnaval seja celebrado e que as pessoas se reencontrem após tanto tempo sem poder festejar na rua. 

“É fantástico a gente poder se reunir pós-pandemia e encontrar a galera nesta energia. A gente sabe que ainda existe a preocupação com a Covid-19, mas a gente tem que aproveitar ao máximo a vida com cuidado e respeito”, destacou. 

Doutorandos respectivamente em química e biologia, o casal Débora keller e Paulo Brum, ambos com 30 anos, frisou a importância do carnaval de rua campo-grandense. "É ótimo aqui. Muito animado, diferente do carnaval que conhecemos lá (Rondônia)", destacou Débora Keller.

Ainda nesta terça-feira, o bloco Farofa com Dendê sai para cortejo do monumento Maria Fumaça e seu percurso terminará na Esplanada, onde se encontra com os foliões do Cordão Valu. 

Além desses bloquinhos de rua, o último dia de Carnaval na cidade também conta com o Farofolia, no Music Loop Hall, a partir das 23h00. 

Escolas de samba 

Além dos carnavais de rua, acontece hoje o segundo dia de desfile das escolas de samba, 

que desfilam pela Avenida Alfredo Scaff, próximo a Praça do Papa, a partir das 20h.

Nesta terça, participam as seguintes escolas: 

  • 1º Cinderela Tradição do José Abrão - ‘Cinderela Tradição 30 anos de história’;
  • 2° Deixa Falar - ‘Carnavalis’;
  • 3° Unidos do Aero Rancho - ‘Eu sou o grande Aero Rancho: Esse é meu povo’;
  • 4° Os Catedráticos do Samba - ‘Homenagem a Coxim: Portal do Pantanal virou festa'.

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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