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Aposta da Mega da Virada sai para bolão de colegas de hospital

Aposta da Mega da Virada sai para bolão de colegas de hospital

GLOBO.COM

02/01/2014 - 08h45
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Vinte e dois funcionários do Hospital Municipal Waldemar Ferreira, de Teofilândia, a 194 km de Salvador, devem dividir o prêmio de uma das apostas ganhadoras da Mega-Sena da Virada, sorteada na terça-feira (31). Um deles é vereador do município, que também trabalha como motorista de ambulância no hospital. Em entrevista ao G1 nesta quarta-feira (1º), ele contou a história do bolão de sorte organizado pelos trabalhadores, mas prefere não revelar o nome por questões de segurança. De acordo com o vereador, os 22 trabalhadores que decidiram participar da "brincadeira" entre colegas têm agora a tarefa de ratear a quantia de aproximadamente R$ 56 milhões dos R$ 224.677.860,07 totais do prêmio especial da virada de ano. Outras três apostas foram contempladas na Mega-Sena da Virada: Curitiba (PR), Palotina (PR) e Maceió (AL). No Paraná, um bolão oficial da Caixa Econômnica Federal foi contemplado. As dezenas sorteadas foram 20 - 30 - 36 - 38 - 47- 53.

As apostas do bolão "informal" do Hospital Municipal, segundo conta o vereador, foram feitas na lotérica Rubi, única de Teofilândia. "O jogo premiado foi feito pela máquina [da lotérica]. Porque a quantidade de dinheiro que a gente arrecadou era maior do que a quantidade de apostas dos bilhetes marcados", diz o novo milionário da cidade, que tem 22.873 de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O vereador afirma que não pretende se mudar da cidade e que apenas planeja uma viagem para logo depois que retirar o prêmio. O cargo de vereador ele garante que levará até o final do mandato, o primeiro dele. Ele explica que dos 22 colegas apostadores do bolão, quatro pagaram R$ 10 e devem ficar com R$ 4,3 milhões cada; e os outros 18, inclusive ele, contribuíram com R$ 5 e ficarão com R$ 2,160 milhões, aproximadamente.

"Quando eu soube que ganhei, agi com muita naturalidade. Estou muito tranquilo. São muitas
pessoas de lá [do hospital] que ganharam. Tem enfermeira, técnica de enfermagem, motorista de ambulância como eu, o pessoal da higienização do hospital, da cozinha", afirma. "Estava na casa de minha irmã quando aconteceu o sorteio e nem estava esperando para conferir os números. Depois soube que um dos ganhadores era de Teofilândia e só aí despertou a curiosidade, mas não estava acreditando que tivesse ganhado", revela. O vereador diz que praticamente todo mundo da cidade já sabe que ele e outros colegas são os ganhadores. "Me preocupo com essa exposição porque aqui na cidade já tiveram assaltos, inclusive lá na lotérica. Pretendo viajar, mas não vou sair daqui por causa do dinheiro", planeja o pai de família, que tem dois filhos. Ele revela que já tem gente pedindo ajuda financeira antes mesmo do prêmio chegar nas mãos dele. "Aí, pra essas pessoas, eu peço calma. Tem que ter cuidado", brinca.

Paraná

A pequena cidade de Palotina, no oeste do Paraná, também amanheceu com dez novos moradores milionários nesta quarta-feira (1º) após serem sorteados na Mega da Vidada. De acordo com o dono das únicas duas lotéricas da cidade, Julio Cesar Spessatto, a aposta foi por um grupo de amigos. No ramo há 35 anos, Júlio garante que este foi o maior prêmio já pago a um apostador do estabelecimento. Segundo ele, apenas em 2013, foram pagos mais de R$ 3,5 milhões em apostas. “Em uma semana pagamos R$ 700 mil. Depois, no intervalo de uma semana para a outra, pagamos outra de R$ 1,8 milhão”, relatou. Ele garante que o movimento de clientes na lotérica aumentou muito após as grandes premiações e se vangloria de ser "pé quente" na região. “A gente está bem feliz porque depois que sairam esses prêmios grandes, que faz uns seis, sete meses, as apostas subiram e, automaticamente, está saindo bastante premiação aqui”.

Como esta quarta-feira é feriado, a Caixa Econômica Federal ainda não divulgou em qual lotérica saiu a premiação. A única certeza que todos os moradores de Palotina têm é que as apostas foram feitas ou na lotérica Piquiri ou na Palotina. “Amanhã eu já devo saber em qual das duas saiu as apostas”, complementou o dono do estabelecimento. Foram vendidos mais de 104 milhões de bilhetes em todo o país e o valor total do prêmio superou a estimativa inicial da Caixa, que era de R$ 200 milhões. No total, foram arrecadados R$758,2 milhões desde o dia 11 de novembro, quando as apostas começaram. Desse valor, R$ 246 milhões foram arrecadados apenas entre segunda (30) e terça, os dois últimos dias de captação de apostas. A Caixa informa que prêmios acima de R$ 1.710,78 são pagamos somente nas agências da Caixa. O dinheiro deve ser retirado em 90 dias da data do sorteio. Após esta data, o prêmio fica prescrito e é repassado ao Fundo de Financiamento ao Ensino Superior (Fies).

"CENSURA"

Mesmo após ser preso, prefeito de Terenos tenta calar imprensa

Inquérito civil foi aberto para apurar as notícias divulgadas pelo jornalista Jeferson José, onde afirma que Henrique Wancura era investigado por fraudes e outros crimes

05/12/2025 17h15

Henrique Budke se afastou do cargo de prefeito para cuidar da sua defesa

Henrique Budke se afastou do cargo de prefeito para cuidar da sua defesa

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O prefeito afastado de Terenos, Henrique Wancura Budke (PSDB), fez um boletim de ocorrência contra o jornalista Jeferson José Bezerra, do MGS News, por calúnia e difamação. Com isso, a Delegacia de Polícia Civil do município instaurou um inquérito civil para apurar os fatos.

Henrique acusa Jeferson de ter publicado notícias inverídicas, no dia 12 de março, sobre o seu envolvimento em fraudes em licitação, desvio de recursos públicos e enriquecimento ilícito. Porém, no dia 9 de setembro, o prefeito foi preso em operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra fraude em licitações que teriam causado prejuízo milhões aos cofres públicos.

Jeferson José defende que apenas republicou os conteúdos de um outro portal de notícias, chamado 67 Digital. Além disso, também usa o argumento que vários outros meios de comunicação divulgaram sobre o caso, porém não tiveram inquéritos civis abertos para que prestassem esclarecimentos. Ele entende que esta é um estratégia usada pelo prefeito afastado para tentar calar a imprensa.

"O prefeito, quando foi na primeira operação, eu soltei as matérias sobre o envolvimento da prefeitura, coloquei a matéria, reproduzi ela, ele foi lá e fez um leão na delegacia. Aí, passados os dias, ele foi preso e provou que realmente estava envolvido em todas essas falcatruas".

Henrique Wancura ficou preso por apenas 24 dias, isso porque o ministro Ribeiro Dantas, da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu o habeas corpus no dia 3 de outubro. Budke pediu afastamento do cargo para cuidar da sua defesa. 

Bloqueio de bens

No dia 27 de novembro, o desembargador Jairo Roberto de Quadros, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, determinou o bloqueio de R$ 10 milhões de Henrique Wancura Budke. 

De acordo com o despacho, o magistrado ordenou o sequestro de valores em contas bancárias, planos de previdência e investimentos financeiros. Também determinou a chamada “teimosinha” pelo período de 30 dias, um mecanismo que monitora as contas bancárias para bloquear automaticamente qualquer quantia que nelas entrar.

Caso o valor não seja alcançado por meio das instituições financeiras, o desembargador autorizou o sequestro de imóveis pertencentes a todos os denunciados pelo esquema de desvios na Prefeitura de Terenos.

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Cidades

Condenação de quase 10 anos é anulada por falha em reconhecimento fotográfico

Decisão estava baseada exclusivamente em um reconhecimento irregular, realizado quase três anos após o crime

05/12/2025 17h00

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) absolveu um homem que havia sido condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por roubo majorado em Ivinhema, Mato Grosso do Sul, após a constatação de falhas graves no reconhecimento fotográfico utilizado como principal prova.

A decisão, obtida pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, considerou que a condenação estava baseada exclusivamente em um reconhecimento irregular, realizado quase três anos após o crime, sem observar os procedimentos previstos no Código de Processo Penal.

Segundo a defensora pública de 2ª instância Angela Rosseti Chamorro Belli, “nenhum dos procedimentos legais foi seguido. Além disso, a vítima estava encapuzada durante toda a ação criminosa, dificultando qualquer identificação. Além disso, não houve flagrante, apreensão de objetos, imagens ou testemunhas que confirmassem a autoria, e o réu alegou estar preso em outro estado na época dos fatos, informação que não foi investigada”.

O caso

O homem foi identificado pela vítima apenas por meio de uma fotografia apresentada na delegacia. O artigo 226 do Código de Processo Penal determina que, sempre que possível, a pessoa a ser reconhecida deve ser colocada ao lado de outras com características semelhantes, procedimento que não foi adotado. A Defensoria Pública argumentou que, devido a essas irregularidades, a condenação violava garantias processuais básicas e não havia prova suficiente para manter a sentença.

Para a defensora, “a decisão corrige uma condenação que poderia ter mantido o réu preso injustamente por quase uma década”.

No STJ, ficou reconhecido que o reconhecimento fotográfico, quando realizado fora das regras legais e sem confirmação por outras provas, não pode ser usado como base única para condenação. Com isso, o tribunal aplicou o artigo 386, VII, do Código de Processo Penal, que prevê a absolvição quando não há provas suficientes de autoria.

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