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Apreensões de cocaína em 2022 superam as dos últimos 8 anos

Em relação a 2021, as interceptações deste tipo de droga em Mato Grosso do Sul tiveram um salto de 101%, passando de 8,1 toneladas para 16,4 toneladas neste ano

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Conforme levantamento realizado pelo Correio do Estado, com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de janeiro a 30 de dezembro deste ano, foram apreendidas 16,4 toneladas de cocaína em Mato Grosso do Sul. O volume interceptado é o maior em oito anos.

Em um recorte mais preciso, a apreensão de cocaína pelas forças de segurança estaduais em todo o ano de 2021 foi de 8,1 toneladas. No primeiro ano da pandemia de coronavírus, em 2020, a apreensão desse tipo de droga em MS foi a segunda menor, levando em conta dados compilados desde 2015, 4,3 toneladas.

Dados da Sejusp apontam que 5,6 toneladas foram apreendidas em 2019, valor superior às 2,5 toneladas interceptadas em 2018. 

Em 2017, as forças de segurança retiraram do mercado ilegal 3,8 toneladas de cocaína. Outras 3,3 toneladas do entorpecente foram interceptadas em 2016. No ano de 2015, as apreensões da droga somaram 6,3 toneladas.

Ainda conforme os dados da secretaria, neste ano, o mês com o maior número de apreensões de droga foi setembro, com 2,8 toneladas de entorpecentes interceptadas em Mato Grosso do Sul.

A taxa registrada foi parecida com a do mês de março, quando 2,5 toneladas de cocaína foram apreendidas. De março a setembro, houve uma pequena queda nas apreensões, estabilizando na casa de 1,6 tonelada. 

INTELIGÊNCIA

De acordo com o coronel e diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Wagner Ferreira da Silva, o aumento da apreensão de cocaína na Capital e no interior de Mato Grosso do Sul se deve ao investimento no núcleo de inteligência das forças de segurança.

“O que temos notado em relação à cocaína é que houve uma mudança: a abertura de novas rotas e caminhos terrestres para o tráfico. E isso ampliou nossa capacidade de repressão, pois nos últimos quatro anos tivemos um investimento muito forte no núcleo de inteligência”, salientou o coronel.

Comparando o registro das apreensões de 2021 com o de 2022, há um aumento de 87,5% da interceptação de cocaína pela polícia sul-mato-grossense.

Sobre o aumento de apreensões, a delegada titular do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), Ana Cláudia Medina, explica que o motivo é a especialidade do trabalho de repressão.

“As forças de segurança pública vêm avançando no combate ao crime organizado, um dos pontos é a junção de diversas forças policiais, unindo esforços cada um na sua especialidade, com o objetivo de repressão qualificada”, disse.

Segundo a delegada, o trabalho das forças de segurança foi ampliado.

“Estamos fazendo um acompanhamento permanente. Nós conseguimos identificar, responsabilizar e descapitalizar [o tráfico de drogas] trabalhando em todas as vertentes, buscando o sufocamento do crime organizado em nossa região”, declarou Ana Cláudia Medina.

INVESTIMENTO

Três radares aéreos instalados em Mato Grosso do Sul, que contemplam as cidades de Ponta Porã (fronteira com Paraguai), Corumbá (fronteira com a Bolívia) e Porto Murtinho (fronteira com Paraguai), podem ser o principal fator para aumento na apreensão de drogas.

Ao todo, foram investidos mais de R$ 127 milhões nos três sistemas, que compõem a vigilância do espaço aéreo no Estado. Segundo a Sejusp, o radar de Ponta Porã foi o terceiro a ser implantado pelo governo federal para fiscalizar o tráfego de aeronaves voando em baixas altitudes na fronteira. 

A primeira estação foi inaugurada em Corumbá, em agosto de 2020, e a segunda em Porto Murtinho, em março deste ano. O uso dos equipamentos, de acordo com a Sejusp, diminuiu o fluxo do tráfico de drogas transportadas por aviões.

Com isso, a alternativa encontrada pelos traficantes foi aumentar o transporte dos entorpecentes pela via rodoviária, motivo de tantos registros no Estado.

APREENSÃO RECORDE

Em junho deste ano, o Dracco apreendeu 508 kg de cocaína escondidos em um caminhão clonado, na BR-060, em Campo Grande. 

Ao Correio do Estado, a titular do Dracco, Ana Cláudia Medina, confirmou que esta é a maior apreensão de cocaína feita pela Polícia Civil em Mato Grosso do Sul. 

O recorde anterior era de 483,6 quilos da droga, interceptados na MS-040, em Campo Grande, no dia 8 de março deste ano. A droga, que foi avaliada em R$ 60 milhões, era transportada em uma carreta, escondida em meio a engradados de cerveja.

“Durante a abordagem ao caminhão, os dois autores estavam uniformizados, sendo um deles efetivamente funcionário da empresa há oito anos. Depois de algumas entrevistas, acabamos localizando em uma extensão do veículo mais de meia tonelada de cocaína na carroceria do caminhão”, afirmou a delegada.

“Em apuração interna, já foi verificado que o caminhão apreendido em atuação de sucesso da polícia não pertence à frota da companhia, uma vez que todos os veículos são monitorados por sistema de telemetria e não houve reporte de roubo em nenhuma unidade da empresa”, disse a nota.

CERCO FECHADO

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Dracco, localizou nesta quinta-feira, em Campo Grande, o foragido Carlinhos de Oliveira Gemaque Júnior, conhecido como Maconha.

Ele é apontado como uma importante liderança da facção Família Terror do Amapá (FTA), responsável por deliberar sobre mortes, roubos e outros crimes graves. 

Desde o ano passado, as polícias civis de Mato Grosso do Sul e do Amapá trabalham em conjunto contra a facção criminosa, que é considerada uma das mais violentas da Região Norte do País e que há meses tenta se estabelecer na região fronteiriça de MS. 

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Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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