Os caminhos existem por toda a parte. São possibilidades de se chegar a um determinado objetivo.
Nem sempre todos têm a objetividade desejada. Nem todos dispõem da facilidade desejada. É sempre bom lembrar que são possibilidades. Apenas possibilidades. O definitivo será uma escolha muito pessoal.
Às vezes, existem pessoas atribuindo a Deus a responsabilidade sobre certos acontecimentos. Julgam que poderia não acontecer se Ele interviesse e dispusesse de sua autoridade e mudasse tudo. Contudo, é importante saber que Deus, no seu generoso e infinito respeito, não interfere nas escolhas feitas. Respeita. Seu amor espera poder transmitir sempre sua vontade e dar a cada ser humano possibilidades de superar as dificuldades e celebrar a alegria das conquistas.
Mesmo não conquistando vitórias, podem adquirir experiências mais maduras em sua esperança e na sua fé. Conseguir continuar sua caminhada, respeitando as limitações e assegurar que jamais desistirá de seus propósitos e de seus projetos. Feliz de quem acreditar em suas escolhas. Mais feliz quem, apesar dos tropeços ou dos erros – dos seus ou dos outros – não assumem ares de arrependimento. Ao contrário, se abastecem de entusiasmo e confiança e prosseguem em sua caminhada. Para essas pessoas, os erros dos demais jamais serão motivo de desânimo ou desistência. Serão sempre lições de vida. Serão sempre motivo de renovação de esperança.
Sabem que errar é humano. E por ser assim, o caminhar requer muita paciência. Não ter pressa. Observar com simplicidade, mas, ao mesmo tempo, com determinação os acontecimentos em seu desenrolar, ao seu redor. Não considerar nada fácil. Não considerar nada impossível. Saber que o possível é para os humanos e o impossível só para Deus. Deus aceita isso com amor.
Entre tantas caminhadas do Mestre dos mestres, segundo é narrado no Evangelho de Lucas (Lc. 13:1-5), uma delas acompanhava a conversa do povo que comentava alguns acidentes acontecidos. O povo dizia que tais acidentes seriam frutos do pecado. Porém, atento a esses comentários, o Mestre afirmou que ninguém seria culpado. Não confundir acidente com pecado. Não querer julgar que o mal seja fruto do pecado. Só Deus pode julgar. E seu julgamento será sempre de misericórdia, e não de condenação.
Como naquele tempo, hoje continuamos com essa mania de querer julgar que o mal vem de Deus, a doença, as deficiências, tudo seria castigo de Deus. Parece que o demônio estaria solto e seria mais forte do que o próprio Deus. Os poderes a ele atribuídos vão muito além dos poderes atribuídos a Deus. Existem grupos que chegam a prestar culto a satanás e o tem como soberano, dominador das forças do mal. E a ele cultuam.
Como cristãos, não poderemos agir dessa maneira. Temos o Cristo vivo no meio de nós. A ele devemos honra e glória, louvor e gratidão. Mesmo uns e outros não sendo cristãos, deveremos respeitar todos e respeitar a maneira de relacionamento com os seres superiores. Pois todos dependem de um ser superior – e dele aprendemos a amar, a bendizer e a louvar.