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Avião que viria a MS é atingido por outra aeronave em Congonhas

Um A319 da Latam, que estava previsto para chegar em Campo Grande às 9h15, foi atingido pelo cone de cauda de um A320neo, do qual iria para Brasília; veja vídeo

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Um avião da Latam, que tinha previsão de chegada em Campo Grande às 9h15 desta quarta-feira (03), foi atingido por outra aeronave em solo, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), e precisou ter seu voo postergado por algumas horas.

Como pode ser visto no vídeo, o A319 de matrícula PT-TMA que faria o voo LA3176, com destino à capital sul-mato-grossense, estava parado quando uma outra aeronave, um A320neo  PR-XBG, que partiria para Brasília (DF), bateu no cone de cauda do avião “campo-grandense” quando estava taxiando pelo aeroporto. Veja o vídeo:

 

Em contato com a Latam, a companhia aérea informou que o acidente não causou nenhum dano aos passageiros e tripulantes presentes em ambas as aeronaves. O voo que viria para Campo Grande ainda está no ar até o momento desta reportagem, mas realocaram os passageiros para uma outra aeronave, um Airbus A320. 

O desembarque em terras sul-mato-grossenses deve acontecer por volta de 12h e, após a saída completa dos passageiros, o avião deve retornar à capital paulista. As investigações para ver danos no avião e motivos da colisão continuam por parte do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

Casos recentes em MS

No dia 24 de setembro, uma aeronave de pequeno porte sofreu um acidente, na área de rural de Chapadão do Sul. O avião era ocupado por quatro pessoas e duas delas sofreram ferimentos leves.

Informações preliminares apontam que o incidente aconteceu durante o procedimento de pouso, fazendo com a aeronave tombasse com as rodas para o ar.

Em consulta ao portal de Registro Aeronáutico Brasileiro, no site da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), através do prefixo da aeronave, consta que ela se encontra em situação de aeronavegabilidade normal. O proprietário é um produtor rural de Mato Grosso do Sul.

No dia 31 de agosto, outro avião de pequeno porte caiu próximo a uma usina de açúcar, em Costa Rica, a 327 quilômetros de Campo Grande. Segundo informações iniciais, o piloto e o copiloto morreram carbonizados. Testemunhas relataram que a aeronave tentou arremeter antes de cair e explodir.

Conforme informações de testemunhas, o acidente ocorreu por volta das 12h e ainda não há detalhes sobre o que poderia ter causado a queda da aeronave. Com o impacto ao solo, o avião de pequeno porte explodiu, matando os ocupantes.

Mato Grosso do Sul é o oitavo com o maior número de acidentes nos últimos 10 anos. Segundo o relatório do CENIPA, até agosto de 2024, o estado pantaneiro teve apenas dois sinistros, mas que não resultaram em nenhuma morte, um caso aconteceu em um avião B06 e outro em um PA11. Porém, como reportado acima, outros dois acidentes aéreos aconteceram em MS, sendo um com vítimas fatais. 

Vinhedo & MS

O acidente com um avião da Voepass com 62 pessoas a bordo, que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, em agosto deste ano, é o sexto maior acidente aéreo já registrado no Brasil, em termos de número de vítimas. Entre os mortos está o Policial Rodoviário Federal (PRF) Hiales Froda, de 33 anos, que atuava em Mato Grosso do Sul, e estava acompanhado da esposa Daniela Schulz Froda que é fisioculturista, e o destino do casal seria o os Estados Unidos. 

A PRF, por meio de nota, lamentou a morte do agente e sua esposa e informou que ele ingressou em 2020 na instituição tendo iniciado a carreira no Acre e posteriormente foi transferido para Mato Grosso do Sul.

Hiales Fodra, é conhecido por ser filho do ex vice-prefeito de Moreira Sales (PR), Ari Fodra. A morte do agente da PRF chocou a população do município. 

O velório do casal foi em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, onde Daniela nasceu, e o enterro em Moreira Salles, no Paraná.

Ainda, cunhada do empresário Rodrigo Bigolin, sócio do Grupo Bigolin Materiais de Construção, Laiana Vasatta é uma das 61 vítimas do avião que caiu em Vinhedo. A advogada é esposa de Fabio Bigolin. 

Em São Paulo ela encontraria com o marido que estava apresentando o trabalho desenvolvido pela empresa de materiais de construção.

Laiana é filha do ex-vereador de Cascavel, Jaime Vasatta, e sobrinha do presidente da Câmara de Vereadores de Santa Helena, Paulo Júlio Vasatta.

Segundo informações, Rodrigo também iria embarcar, mas não conseguiu.

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JUSTIÇA

Para frear feminicídio, curso do TJMS permitirá que policiais atuem como oficiais de justiça

Policiais civis e militares treinados poderão cumprir medidas protetivas de urgência

08/04/2025 17h20

Lançamento aconteceu na sede do TJMS - (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul)

Lançamento aconteceu na sede do TJMS - (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) FOTO: Divulgação TJMS

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Nesta segunda-feira (7), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul lançou o curso de formação de policiais civis e militares para desempenharem, em caráter temporário, funções similares a oficiais de justiça, ficando autorizados a cumprireme medidas protetivas de urgência. O lançamento marcou o início de um novo ciclo de atuação integrada entre os poderes Judiciário e Executivo no combate à violência doméstica e familiar.

A ação faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica, firmado entre o TJMS e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), da Polícia Civil e da Polícia Militar, que pretende suprir a carência de oficiais de justiça e dar maior celeridade ao cumprimento de mandados judiciais, como intimações, afastamento do agressor do lar e mandados de prisão, previstos na Lei Maria da Penha.

Realizada pela Ejud-MS, a capacitação começa nesta terça-feira (8), e vai formar, inicialmente, 42 policiais militares, 12 policiais civis e 8 servidores ad hoc, para atuarem em Campo Grande. Ao final, os policiais que obtiverem a certificação estarão habilitados a atuar em funções análogas a de oficiais de justiça, podendo cumprir mandados judiciais nos casos em que não houver disponibilidade de oficiais do Poder Judiciário.

No lançamento do curso, o diretor-geral da Escola Judicial de MS (Ejud-MS), desembargador Marco André Nogueira Hanson, falou da importância da capacitação técnica dos policiais. “Os policiais e servidores designados que participarão deste curso não serão apenas responsáveis pela execução de mandados, mas estarão na linha de frente, desempenhando um papel vital na proteção das mulheres em momentos de extrema vulnerabilidade”.

Na ocasião, a coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, desembargadora Jaceguara Dantas da Silva, também ressaltou o caráter humanitário da iniciativa. “A capacitação busca proporcionar aos policiais um olhar mais humanizado, mais solidário, compreendendo a vulnerabilidade extrema em que essas mulheres se encontram. Essa é uma medida temporária que vai otimizar muito o trabalho do Judiciário e, principalmente, proteger as mulheres, resguardando sua integridade física, psicológica e a própria vida.”.

Também presente na cerimônia de lançamento, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, reiterou o compromisso da gestão estadual com a proteção das mulheres, lembrando que Mato Grosso do Sul é pioneiro em ações de combate à violência doméstica, com a instalação da 1ª Casa da Mulher Brasileira e o Estado se prepara para receber mais três casas.

“Capacitar os nossos policiais militares e civis para atuarem como oficiais de justiça é muito mais do que desmistificar, é ousar, é compartilhar responsabilidades. Queremos apoiar e receber apoio. A união entre poderes e instituições transforma gargalos em soluções reais”, enfatizou o secretário.

A solenidade contou ainda com a presença do corregedor-geral de Justiça, desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, que ressaltou os riscos enfrentados pelos profissionais envolvidos no cumprimento desses mandados. “Esse crime é complexo, tem muitas nuances, como emoções e sentimentos, e coloca em risco, muitas vezes, a vida desses policiais que atuam para combatê-lo em nome da justiça e da proteção às vítimas”.

PARCERIA

Com duração de cinco anos, o convênio entre TJMS e Governo do Estado estabelece metas, prazos, capacitação técnica e o monitoramento do cumprimento dos mandados, que devem ser executados em até 48 horas. O modelo de atuação interinstitucional adotado por Mato Grosso do Sul já é considerado referência nacional, com potencial de inspirar políticas públicas semelhantes em outros Estados.

A expectativa é de que, com a atuação dos oficiais ad hoc, o sistema de justiça se torne mais ágil e eficaz, garantindo maior proteção às mulheres e contribuindo para a redução dos índices de violência e feminicídio em todo o Estado.

NÚMEROS

Em 2024, segundo dados do Monitor da Violência Contra a Mulher, plataforma mantida em parceria entre o TJMS e o Governo do Estado, foram registrados 21.123 boletins de ocorrência de violência doméstica e mais de 17 mil medidas protetivas de urgência foram deferidas. Esses números evidenciam a necessidade urgente de soluções práticas e integradas.

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Campo Grande

Clínica de depilação a laser ignora interdição e continua vendendo pacotes

A filial, que teve as atividades suspensas na sexta-feira (4) por falta de licença sanitária e por não atender clientes, segue agendando novos atendimentos em Campo Grande

08/04/2025 16h46

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Mesmo tendo sido interditada pela Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS), uma clínica de depilação a laser segue vendendo pacotes para a unidade da Rua Euclides da Cunha, no bairro Santa Fé, em Campo Grande (MS).

A suspensão das atividades ocorreu na sexta-feira (4), após o órgão receber diversas denúncias - entre elas, de clientes que compraram um pacote de depilação, mas não conseguiram agendar o procedimento.

Durante a fiscalização, realizada em conjunto com a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), constatou-se que o espaço está com o alvará de funcionamento e o sanitário vencidos desde 2023.

Ainda assim, em contato com a empresa, pacotes continuam sendo vendidos sem que o cliente seja informado da interdição, e seguem sendo direcionados para um salão de beleza terceirizado - apontado na denúncia do Procon-MS -, distante do local.

Uma prática que chama atenção, conforme explicou o advogado e conselheiro estadual de Defesa do Consumidor pela OAB/MS, Nikollas Pellat, que enfatizou: o cliente precisa saber o que está acontecendo.

“Eles têm a obrigação legal, prevista no princípio da informação do Código de Defesa do Consumidor, de informar os seus clientes”, disse Pellat.

Mesmo que a empresa possua outra unidade, localizada no Shopping Norte Sul Plaza, e esteja com toda a documentação em dia, o advogado reforça que a recondução dos clientes para outro espaço deve ocorrer de forma transparente.

“Agora, se eles não estão atendendo os requisitos legais para funcionamento, e estão apenas pegando os clientes e mudando de local  no intuito, digamos assim, de burlar essa suspensão das atividades, aí isso está errado. Além das questões relacionadas ao princípio da informação, eles estão descumprindo uma determinação dos órgãos de fiscalização competentes com relação ao consumo”, pontuou.

Pellat ressaltou que o consumidor que fechou um pacote após a interdição, acreditando que realizaria o procedimento no espaço da Rua Euclides da Cunha, deve procurar o Procon-MS ou a Decon.

Contratei o serviço. E agora?

Caso o cliente tenha assinado o contrato depois da interdição desta unidade, o advogado explica que é discutível, inclusive, a aplicação de multa por rescisão contratual.

“Entende-se que o consumidor teve uma quebra de confiança com a empresa. A empresa não agiu de modo a informar toda essa situação. Quebrou a confiança. Então, isso pode ser pleiteado, mas entraria numa discussão jurídica, seja via Procon ou até judicial, sobre a não cobrança de multa por quebra de confiança, devido à ausência de informação que teria levado o cliente a nem fechar o contrato”, destacou Pellat.

Venda continua

Outra prática que persiste é a terceirização do atendimento para o salão de beleza localizado na Rua Hermelita de Oliveira Gomes, a cerca de 700 metros da clínica de depilação.

Em conversa com a Polícia Civil, a reportagem do Correio do Estado apurou que a venda não é proibida, desde que os agendamentos sejam feitos para datas posteriores à regularização da situação do espaço.

O que não foi o caso, já que ao contatar a clínica foi possível agendar horário para esta terça-feira (8), às 13h. Além disso, a nova administradora tenta, por todos os meios, fechar o contrato de forma virtual, por meio do WhatsApp.

A questão do alvará é apontada como uma violação leve, passível de rápida correção. O problema constatado, segundo a Polícia Civil, foi a grande quantidade de clientes e a falta de horários disponíveis para atendimento, o chamado “overbooking”.

Quanto ao salão de beleza - que está com os alvarás em dia -, ele é "vendido" como se fosse uma filial da clínica, mas, até o momento, a polícia apurou que o local pode não fazer parte do mesmo grupo.

“Vamos ouvir o proprietário em declaração, porque, de repente, foi efetuado algum negócio e eles podem ter adquirido o salão, estando em fase de transição”, informou a Polícia Civil.

Alvará 

Ao questionar a atendente que se apresentou como nova gestora e atribuiu à anterior o vencimento da documentação, sobre a interdição do local, ela informou que a situação dos alvarás será resolvida ainda hoje.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Campo Grande para questionar a situação, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

A empresa também foi contatada por meio do único e-mail disponibilizado no site. No entanto, não recebemos resposta. O espaço segue aberto.

Recomendações

  • É importante que o consumidor leia o contrato;
  • Em caso de descumprimento do serviço, denuncie aos órgãos responsáveis;
  • Verifique se as informações relativas ao atendimento constam no contrato (como datas, horários e local onde o serviço será prestado).

Informações que devem constar no contrato

  • Local em que o serviço será prestado;
  • Forma de pagamento;
  • Índices de correção;
  • Cláusulas relativas à rescisão (por parte da empresa e do cliente);
  • Penalidades em caso de rescisão.

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