Cidades

LEVOU A ADVOGADA

Bandidos morrem em tentativa de sequestro frustrada pelo Choque

Carro de vítima seria revendido em Corumbá

RAFAEL RIBEIRO

31/07/2019 - 09h05
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Dois bandidos morreram e outros dois foram presos em tentativa de sequestro de uma advogada de 30 anos na noite de terça-feira (30), na porta de um restaurante na região central de Campo Grande, frustrada pela ação de policiais do Batalhão de Choque (tropa de elite da PM).

O caso ocorreu por volta das 23h, segundo a PM. O marido da vítima, um médico, foi quem suspeitou do crime e acionou a corporação pelo telefone 190. Ele contou que tinha combinado da mulher ir buscá-lo e, diante do atraso no horário marcado, tentou em vão ligar para o seu telefone celular, que estava desligado.

Com as informações em mãos, incluindo detalhes do Toyota RAV4 branco da advogada, carro de luxo cujo valor pode chegar a R$ 150 mil, equipes do Choque localizaram o veículo na esquina das avenidas Duque de Caxias com Brasil Central, no bairro Santo Antônio, na região norte, distante quase sete quilômetros do local da abordagem.

Dentro do veículo, dois acusados, de 30 e 23 anos. Aos PMs, a dupla disse que ganharia R$ 3 mil para levar o Toyota até Corumbá. Foram além e revelaram que a advogada estava em um cativeiro no Indubrasil, zona iundustrial da Capial na região oeste.

Já era madrugada quando o Choque chegou ao endereço fornecido, a mais de 15 quilômetros de distância do restaurante. De longe, os policiais escutaram pela advogada gritando socorro. Quando chegaram ao local onde a vítima estava, uma mulher saiu correndo e um indivíduo efetuou dois tiros contra a equipe.

Durante a ação, os policiais vizualizaram os dois acusados que portavam armas. Houve troca de tiros e os bandidos foram atingidos. Como ainda estavam com sinais vitais, foram levados à Unidade de Pronto Atendimento do bairro Santa Mônica, um bairro vizinho, onde não resistiram aos ferimentos.

Na Depac do Centro, onde o caso foi registrado, a advogada informou que os dois homens que estavam no cárcere com ela foram os que realizaram o roubo. Eles não haviam sido identificados até a publicação desta reportagem. Durante o caminho até o cativeiro, um dos acusados que estavam com o veículo embarcou.

A dupla é conhecida da polícia da Capital, principalmente o suspeito de 30 anos, que estava com pedido de prisão em aberto pela Justiça e já fora detido anteriormente por crimes como roubo.

Cidades

Clínica Veterinária é condenada por tratamento errado e morte de cachorra

A Justiça condenou a clínica a indenizar a tutora, após tratar leishmaniose como doença do carrapato e submeter o animal a duas cirurgias

18/06/2025 17h23

Crédito: Freepik

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Após contratar um plano de saúde para a cachorra, que recebeu um diagnóstico errado dado por uma clínica veterinária, a Justiça determinou que a tutora receba mais de 13 mil reais.

O caso ocorreu no município de Paranaíba, que fica a 406 km de Campo Grande.

Conforme a ação, a mulher contratou, em setembro de 2020, o plano de saúde na clínica. Exames iniciais descartaram a possibilidade de que a cachorra estivesse com leishmaniose.

No ano seguinte, o animal apresentou dificuldade para andar e perdeu o apetite. Uma série de exames foi realizada, assim como diversos tratamentos.

O médico veterinário descartou a hipótese de leishmaniose e iniciou tratamento para doença do carrapato.

Como a cachorra não melhorava, foi submetida a uma cirurgia nas patas traseiras para a colocação de placas metálicas. Algum tempo depois, a tutora procurou outro local para obter uma segunda opinião.

Os exames apontaram que a cachorra testou positivo para leishmaniose. Embora o novo tratamento tenha melhorado um pouco o quadro, devido à condição da cadela, as lesões não cicatrizavam.

Outra cirurgia acabou sendo realizada para a retirada das placas, mas o animal sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito.

A defesa da clínica alegou ter utilizado os melhores equipamentos disponíveis e responsabilizou a tutora, afirmando que a recuperação não ocorreu adequadamente devido às condições em que a cachorra vivia em sua residência.

Sobre o óbito, justificou que ele ocorreu por complicações pós-cirúrgicas somadas à condição clínica do animal.

O laudo foi crucial para o desfecho do caso, ao demonstrar falha no diagnóstico precoce, uso de placas metálicas de tamanho inadequado e ausência de cuidados adequados no pós-operatório, tanto por parte da clínica quanto da tutora.

O juiz Plácido de Souza Neto, da Vara Cível de Paranaíba, reconheceu que as duas partes envolvidas tiveram culpa nos cuidados posteriores a cirurgia, conforme o artigo 945 do Código Civil.

“O dano moral é evidente, haja vista a angústia, o desespero e o sofrimento decorrentes da falha na prestação de serviço da clínica veterinária ao animal, que necessitava de tratamento adequado para minimizar o seu sofrimento”, analisou o magistrado.

Dessa forma, a clínica foi condenada a pagar R$ 8.796,81 pelos danos materiais (metade do valor total solicitado) e R$ 5.000,00 por danos morais, ambos com correção monetária e juros.

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Saúde

Pressão do "mais louco do Brasil" faz governo transferir pacientes de Ivinhema

Prefeito Juliano Ferro foi às redes sociais denunciar superlotação e falta de vagas; em menos de um dia, Estado de MS autorizou transferências para outras cidades

18/06/2025 17h12

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro Reprodução

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Menos de 24 horas depois de o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), ir às suas redes sociais queixar-se da superlotação do hospital municipal da cidade que administra e da falta de vagas em hospitais de referência, regulados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), os pacientes do hospital de Ivinhema conseguiram vaga em outras cidades, como Dourados, Campo Grande e Nova Andradina. Eles chegaram a esperar mais de 10 dias por um leito.

“Depois da live que eu fiz (no Instagram), eles atenderam o meu pedido”, afirmou Juliano Ferro ao Correio do Estado. 

O prefeito se autodeclara “o prefeito mais louco do Brasil” em suas redes sociais. Só no Instagram, por exemplo, ele tem quase 1 milhão de seguidores e já chegou a atingir, em apenas um mês, mais de 20 milhões de impressões com seu conteúdo.

Na live em que mostrou pacientes de sua cidade aguardando há dias por cirurgias ortopédicas e cardíacas, por exemplo, Juliano Ferro queixava-se do atraso de um repasse de R$ 4,5 milhões, que, segundo ele, teria sido prometido pelo governo de MS.

“Já saiu do mundo, mas eu temo que o problema se repita lá na frente”, afirmou. “Em fevereiro prometeram R$ 4,5 milhões, agora já estão falando em R$ 3 milhões”, disse.

A SES emitiu nota após a reclamação de Juliano Ferro. Afirmou que a regulação das vagas no município de Ivinhema cabe ao polo do município de Dourados. “Todavia, estamos apurando a situação real junto à macrorregião para adequação à necessidade do caso específico”, informou.

Na mesma nota, o órgão do governo de Mato Grosso do Sul informou que está em andamento o repasse de R$ 3 milhões, por meio de um convênio, para o município, e que, desde o início da gestão de Riedel, Ivinhema já havia recebido aproximadamente R$ 15 milhões para o hospital.

A live

Na terça-feira (19), Juliano Ferro, o “mais louco do Brasil”, gravou um vídeo dentro e fora do hospital e não poupou palavras para criticar a SES, culpando-a pelo caos na saúde do município.

“Chegou a um ponto que não tem como eu não falar mais”, declarou o prefeito, afirmando que sua atitude reflete a realidade de diversas outras cidades do Estado. Eu recebi ligação de mais de 20 prefeitos dizendo que estão com a mesma situação que Ivinhema. É que as pessoas às vezes não querem levar a sua cara e não querem se expor, mas eu não vou ficar apanhando da população por uma atribuição que não é do município”, afirmou.

 

 

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