Cidades

Denúncia

CAC Investigado pela PF é denunciado por posse de arsenal

Denúncia é quanto à regularidade do armamento apreendido com Chamorro no último dia 5 deste mês, nas Moreninhas

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Promotor de Justiça Oscar de Almeida Bessa Filho, denunciou o pedreiro Narciso Chamorro, preso no último dia 5 deste mês com um arsenal bélico, nas Moreninhas, em Campo Grande.

Segundo investigações, o arsenal em posse de Chamorro seria repassado à quadrilhas especializadas em crimes de grande potencial ofensivo, como roubo a bancos e domínio de cidades, ação conhecida como “novo cangaço”. 

De acordo com o processo, a denúncia do Ministério Público é  em relação às demais armas apreendidas com ele, “tendo em vista a ausência de elementos com relação a regularidade do armamento apreendido”, uma vez, segundo o MP,  foi constatada que as armas apreendidas estavam registradas e o denunciado era Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).  Chamorro segue na Gameleira, penitenciária estadual de segurança máxima. 

A prisão de Chamorro desencadeou inquérito da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul. No último dia (14), a Polícia Federal deflagrou a Operação Ópla, a partir da qual ocorreu a prisão do pedreiro Narciso Chamorro, na capital.

A instauração do inquérito acerca do fato tem objetivo de desarticular um esquema de transferência de armas adquiridas legalmente por meio de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) para o crime organizado.  

Apreensão

A Polícia Federal apreendeu o carro de Narciso Chamorro e, em sua casa, três pistolas calibre 9 milímetros da marca Glock, todas da Geração 4, sendo duas delas equipadas com "kit rajada" (uma com a numeração raspada), e seis carregadores de pistola Glock.

Foram apreendidos quatro fuzis da marca Imbel, modelo IA2, dos quais três tinham número de série e um estava com a numeração raspada. 

Haviam, ainda, três coletes balísticos com a inscrição "Polícia Civil", cinco balaclavas (toucas ninja), 116 munições calibre 9 milímetros, 80 munições para fuzil de calibre 7,62 milímetros, um colar de ouro, 16 carregadores de fuzil 7,62 milímetros, além de alguns documentos das armas e caixa de munição. 

Conforme o cálculo realizado pelo Correio do Estado, estima-se que as pistolas calibre 9 milímetros da marca Glock, todas da Geração 4, custam, em média, R$ 7 mil cada uma.  Já os fuzis da marca Imbel, modelo IA2 custam no mercado, em média, R$ 12.000 a R$ 15.000 cada um. Ou seja, o valor da soma dos produtos pode até passar de R$ 100 mil, dependendo do vendedor. 

Para este serviço, o pedreiro informou que receberia um pagamento de R$ 2 mil em dinheiro vivo no momento da entrega. 

Desdobramento

Para além da denúncia, o Ministério Público de MS requereu a expedição de ofício à Autoridade Policial para que instaure Inquérito Policial Complementar, visando à identificação dos demais envolvidos no fato, para além da continuidade das investigações.   

Por sua vez, o Promotor de Justiça do caso solicitou a decretação de “SIGILO dos autos, haja vista a necessidade de continuidade das investigações para identificação dos demais envolvidos na empreitada criminosa”. 

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Cidades

Governo estadual faz queima prescrita em área de 78,3 mil hectares no Pantanal

Técnica cria barreiras naturais que impedem a propagação descontrolada do fogo durante o período de seca

10/04/2025 07h30

Foto: Ewerton Pereira/Secom

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O Governo do Estado iniciou uma ação inédita de queima prescrita e manejo integrado do fogo no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, esforço para preservar a área de proteção ambiental que contém 78,3 mil hectares.  

A queima prescrita é uma técnica planejada que reduz a vegetação seca e cria barreiras naturais que impedem a propagação descontrolada do fogo durante o período de seca.

A prática contribui para a proteção do ecossistema pantaneiro, reduzindo o impacto de incêndios de grandes proporções e preservando a fauna e a flora da região. Esta é a primeira vez que o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) realizou a queima preventiva como forma de preparação da área para a Temporada de Incêndios Florestais (TIF).

Foto: Ewerton Pereira/Secom

A ação  teve início no domingo (6) e segue até a próxima semana, com 42 pessoas envolvidas, entre bombeiros e servidores do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). 
A unidade de conservação fica nos municípios de Aquidauana e Corumbá, é a primeira da região pantaneira a receber técnicas do Manejo Integrado do Fogo (MIF), em antecipação aos incêndios florestais previstos para este ano.

A proposta,  nesta ação de queima prescrita, tem objetivo de reduzir a intensidade de incêndios, facilitando o combate e o controle das chamas", explicou o subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental (DPA) do Corpo de Bombeiros, major Eduardo Teixeira.

Articulado pelo Imasul, o trabalho foi conduzida pelo Núcleo de Estudos do Fogo em Áreas Úmidas (Nefau) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Quando realizamos essas ações preventivas, antes do período crítico, conseguimos reduzir significativamente os riscos.

Com o uso do fogo de forma controlada, por meio da queima prescrita, aliado a ações educativas, temos mais chances de evitar grandes catástrofes causadas pelo fogo dentro do parque", disse o doutor em biologia e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Geraldo Damasceno Júnior, responsável pelo Nefau.

Foto: Ewerton Pereira/Secom

"A queima prescrita é uma estratégia fundamental no manejo do fogo e na preservação do Pantanal. Ao realizarmos essa ação de forma controlada e com base em critérios técnicos, conseguimos minimizar os impactos ambientais e reduzir significativamente o risco de incêndios florestais de grandes proporções. O trabalho conjunto entre diversas instituições demonstra nosso compromisso com a conservação desse bioma único", disse o diretor-presidente do Imasul, André Borges. 

Proteção ambiental

Antes da queima prescrita, entre os dias 3 e 5 de abril, foi realizada uma ação coordenada pelo Instituto Terra Brasilis, com financiamento do Ministério do Meio Ambiente, do Fundo Global para o Meio Ambiente e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

A iniciativa incluiu treinamento de peões, gerentes e proprietários de fazendas da região, com o compartilhamento de boas práticas de manejo do fogo. 
Na ação de queima prescrita é eliminado o material combustível acumulado ao longo dos anos, dentro da área do Parque Estadual do Rio Negro, onde o último registro de incêndio foi em 2021.

"É uma oportunidade de mostrar que o fogo, como ferramenta de manejo, pode trazer benefícios significativos também para os produtores rurais. Quando bem orientado, o uso do fogo pode resultar em melhorias econômicas para a atividade pecuária. Com todas essas ações integradas, conseguimos reunir dados e parâmetros que comprovam que o fogo pode ser utilizado de forma estratégica tanto para a conservação da biodiversidade quanto para a produção sustentável", disse Alexandre de Matos e Martins Pereira, analista ambiental do Prevfogo. 

Tecnologia

Os veículos usados nas ações no Pantanal são especialmente adaptados para atuação na área, entre eles está o caminhão 'auto bomba', projetado para atuar em terrenos acidentados. "Esse caminhão possui estrutura reforçada, sistema de molas elevado e chassi adaptado, o que garante desempenho seguro em áreas como pastagens, estradas vicinais, terrenos lamacentos e arenosos", explicou o sargento Elcio Matheus Barbosa.

Com capacidade para armazenar aproximadamente 7 mil litros de água, o veículo abastece outras viaturas e combate diretamente as chamas. Um dos diferenciais é a possibilidade de dispersão de água enquanto o caminhão se move lentamente.

Outro recurso lança um jato em forma de leque com raio de aproximadamente 5 metros, criando uma linha de combate segura. "A viatura avança em baixa velocidade enquanto os militares combatem o fogo simultaneamente, o que nos dá mais agilidade e eficiência", disse o sargento Matheus.

O trabalho conjunto entre órgãos ambientais, instituições de pesquisa e entidades da sociedade civil reflete o compromisso contínuo com a preservação do Pantanal e o desenvolvimento de estratégias eficazes para o controle de incêndios florestais na região.

A atividade ocorre de forma antecipada a TIF 2025, em conjunto com outras ações, cursos e treinamentos que já ocorrem desde o início do ano, com foco no trabalho preventivo e de planejamento para atuação dos bombeiros nos incêndios florestais do bioma.

Toda a operação no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro é realizada de forma gradual e monitorada, para garantir a segurança de todos e também que os animais possam sair para áreas seguras.

*com informações da assessoria

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Cidades

Quais são os próximos passos do projeto que pode desarmar segurança de Lula?

O texto ainda precisa passar pelas comissões de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para apreciação e votação

09/04/2025 22h00

Presidente Lula

Presidente Lula Foto: Arquivo

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Um projeto que proíbe os seguranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de todos os seus ministros a usarem armas de fogo para trabalhar avançou na Câmara dos Deputados. A proposta foi aprovada nesta terça-feira, 8, na Comissão de Segurança da Câmara, por 15 votos favoráveis, oito contra e uma abstenção.

O texto ainda precisa passar pelas comissões de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para apreciação e votação. Por ter "caráter conclusivo", não será preciso que o plenário da Câmara vote o projeto: se as comissões o aprovaram, ele segue para a Casa revisora, neste caso, o Senado Federal.

Uma vez aprovado pelos senadores, vai para sanção presidencial, momento em que Lula pode transformar o projeto em lei, ou vetá-lo parcial ou integralmente.

O presidente foi pessoalmente atacado durante a discussão da proposta que mira o afrouxamento de sua segurança. O relator do projeto, deputado Gilvan da Federal (PL-ES), disse que deseja a morte do chefe do Executivo. "Eu quero mais que Lula morra, eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. Eu quero mais que ele morra, e que (os seguranças dele) andem desarmados."

O deputado defende que a segurança de Lula e do primeiro escalão do governo "se adeque à realidade imposta pelos mesmos ao cidadão comum".

Pela declaração, Gilvan pode ser alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF), a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) Parlamentares do PT também solicitaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o colega seja investigado.

Delegado Caveira (PL-PA), autor da proposta, disse acreditar que a atuação dos agentes deve "estar de acordo com a ideologia do atual mandatário, que não vê nas armas de fogo algo benéfico para a sociedade".

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