Cidades

NACIONAL

Cachorra perde parte do maxilar após ser espancada

Cachorra perde parte do maxilar após ser espancada

FOLHAONLINE

11/12/2011 - 08h53
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Uma cachorra de seis meses foi espancada neste sábado (11), em Tanabi (477 km de SP), e precisou passar por uma cirurgia para reconstrução da mandíbula. A mãe do dono da cachorra afirma que foi ele mesmo que agrediu o animal.

De acordo com ela, o rapaz, de 18 anos, usou um pedaço de pau para bater em Laica, uma mestiça de boxer, porque ela havia mordido seu celular.

"Caíram pedaços da mandíbula, e o veterinário disse que não tem como colocar pino porque a outra parte está toda esfarelada", diz Fábia Mazza, presidente da Apata (Associação de Proteção dos Animais de Tanabi), que socorreu a cachorra e agora cuida do bicho.

"Ela abanava o rabo para a gente. Foi tão triste. Ela não estava chorando, estava pedindo ajuda", afirma. Quem entrou em contato com a associação foi a mãe do dono, que disse ter implorado para que o filho parasse.

Ele foi levado à delegacia e liberado após a conclusão do boletim de ocorrência. A princípio, a agressão foi classificada como contravenção, mas a advogada da Apata solicitou ao delegado que o rapaz fosse enquadrado no artigo 32 da lei 9605/98, que se refere a crime de maus tratos --assim, a pena pode chegar a um ano de prisão.

Laica ainda está internada, e, segundo Fábia, talvez receba alta ainda neste domingo. "Nossa preocupação é saber para onde ela vai agora. Ela precisará de alguém que dê comida e água na boca, só alimentação pastosa, pelo menos por enquanto. Ela precisa de cuidados e de tempo para se recuperar." Quem puder ajudar, basta procurar a equipe da Apata.

Cidades

Homem morre após ser atacado por enxame de abelhas em fazenda de MS

Vítima era alérgica a picada de insetos e prestava serviço na propriedade no momento do incidente

22/12/2024 14h00

Estrada Pirizal, local onde ocorreu o incidente

Estrada Pirizal, local onde ocorreu o incidente Reprodução, Prefeitura de Camapuã

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Ednei Cláudio de Oliveira, de 48 anos, morreu após ser atacado por um enxame de abelhas, na noite desse sábado (21). O incidente aconteceu em uma fazenda localizada na Estrada Pirizal, zona rural de Camapuã, município a 143 quilômetros de Campo Grande.

Conforme o registro policial, a vítima estava prestando serviço na propriedade acompanhada de um colega de trabalho. Ambos os trabalhadores operavam um trator na propriedade, momento em que foram surpreendidos e cercados pelo enxame de abelhas.

As vítimas foram ferroadas em várias partes do corpo. Após o incidente, os trabalhadores foram socorridos e encaminhados para o hospital de Camapuã.

O colega de trabalho sobreviveu, contudo, Ednei possuía quadro de alergia a picadas de insetos, condição que agravou seu estado de saúde. A vítima não resistiu ao ataque das abelhas e faleceu.

O corpo de Ednei foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). O caso está registrado como morte a esclarecer e segue em investigação pela Polícia Civil.

ANÁLISE

Falta de recursos é desafio para combater racismo na gestão pública

Relatório feito pela Fundação Tide Setubal mapeou 913 ações municipais realizadas entre 2021 e 2023 e 157 ações estaduais implementadas em 2023

22/12/2024 12h55

Levantamento também sugere que a gestão pública atue de forma ampla a partir de seus órgãos

Levantamento também sugere que a gestão pública atue de forma ampla a partir de seus órgãos Reprodução/ABR/T.R

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Relatório feito pela Fundação Tide Setubal mapeou 913 ações municipais realizadas entre 2021 e 2023 e 157 ações estaduais implementadas em 2023, destacando discrepâncias regionais e lacunas significativas com relação às ações de combate ao racismo e promoção da igualdade pela gestão pública brasileira.

O estudo identifica avanços como a ampliação de iniciativas no campo da educação e da cultura, mas também evidencia desafios estruturais, incluindo a ausência de transversalidade nas políticas públicas e a insuficiência de recursos financeiros.

Segundo o relatório "Mapeamento de Ações de Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade pela Gestão Pública Brasileira" as 913 ações municipais foram identificadas em 130 cidades, com uma média de 6,76 ações por município.

O destaque em números absolutos ficou com o Nordeste e o Sudeste registrou a maior média por município (10,75). Também foi identificado que apenas 3,3% das iniciativas contaram com orçamento próprio identificado, o que compromete sua sustentabilidade.

Os dados revelam também que, em 2023, os estados implementaram 157 ações, com destaque para educação (52%), cultura (27%) e segurança pública (17%), com nove ações apresentando orçamento explícito, utilizando recursos próprios, emendas parlamentares ou parcerias.

A pesquisa constatou ainda que a implementação e a continuidade das ações mapeadas enfrentam desafios, incluindo dificuldades em assegurar a execução efetiva e a falta de garantias de investimentos a longo prazo.

“Nota-se que a falta de acesso a informações técnicas relevantes nos meios de comunicação oficiais das gestões e a dificuldade em obter detalhes sobre os valores investidos nas ações também são pontos de preocupação”, diz o documento.

Mapeamento

De acordo com o professor da Universidade Estadual de Maringá, secretário executivo da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e pesquisador visitante da FGV Direito SP, Delton Felipe, o potencial do mapeamento é significativo, especialmente no que diz respeito à gestão pública nos estados e municípios, pois permite avaliar como estão trabalhando na promoção do combate ao racismo e na busca pela igualdade.

“Além disso, o mapeamento fornece material para a formação dos gestores, ajudando-os a perceber que existem iniciativas exitosas tanto no âmbito municipal quanto no estadual. Essas iniciativas podem, ainda, ser aplicadas em outras áreas, como educação, saúde, segurança pública e outras diversas áreas”, disse.

Em suas considerações finais, o relatório diz que o levantamento permite observar que há um avanço na realização de ações de combate ao racismo e promoção da igualdade racial na gestão pública brasileira.

“No entanto, ainda nos são postos alguns desafios, sobretudo ao lançarmos olhares para indicadores sociais de classe, gênero, sexualidade, deficiência e território associados aos indicadores raciais”.

O levantamento também sugere que a gestão pública atue de forma ampla a partir de seus órgãos, não ficando limitada às Secretarias de educação, assistência social, desenvolvimento social, cultura e, até mesmo, às Secretarias de igualdade racial. 

“É preciso expandir e promover ações de combate ao racismo e promoção da igualdade racial nas pastas de agropecuária e desenvolvimento rural, saneamento básico, meio ambiente e recursos naturais, desenvolvimento econômico, desenvolvimento urbano, trabalho e emprego, justiça e habitação, por exemplo”.

 

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