São cerca de 1,5 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), que ocupam a Praça do Rádio Clube, em Campo Grande, na tarde deste domingo (16) para protestar contra a corrupção no Brasil e pela saída da presidente Dilma Rousseff (PT).
Fabrícia Tales, uma das organizadoras do movimento popular Pátria Livre, pontuou que a escolha por concentrar a manifestação ocorreu depois de enquete feita na página do movimento, no Facebook, e também por orientação da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, composto por 50 grupos de rua com pautas de revindicações semelhantes.
Ainda que o foco seja apenas de casos de corrupção envolvendo o alto escalão do governo federal, alguns grupos aproveitam para manifestar sua indignação contra o prefeito Gilmar Olarte (PP) e os investigados na Operação Lama Asfáltica. É o caso do mestre de obras, Gentil Pereira, 57 anos. “Gritamos fora corrupção porque aqui está igual Brasília, Com isso, o movimento ao menos intimida os políticos a tomar uma atitude, assim como na época do Collor com os caras pintadas”.
Manifestantes montaram na Praça do Rádio duas celas e uma forca. Atrás das grades estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. Dentre os detalhes, nas paredes, estão certificados como sendo do “Ministério de Corrupção de Cuba”, além de referências a frase “mulher sapiens”, utilizada em discurso recente da presidente.
Na forca, o cidadão expressa sua indignação com temas como a conta de luz, pendurada no pescoço do auxiliar administrativo Caio Sérgio Santana, 22 anos. “Tirar a Dilma não é final da solução, mas o primeiro passo. O PT está nos enforcando com os impostos”, reclamou.