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Cesta Básica apresenta variação de 0,25% em julho

Cesta Básica apresenta variação de 0,25% em julho

da redação

03/08/2012 - 16h40
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Produtos da Cesta Básica

 

A pesquisa de julho assinalou que dos produtos que compõem a Cesta Básica Alimentar, sete registraram queda de preços: laranja (12,23%); batata (8,26%); macarrão (2,89%); sal (2,22%); carne (1,59%); alface (1,01%) e banana (0,26%).

Os produtos que acusaram alta de preço foram: tomate (14,98%); feijão (3,73%); pão (3,15%); margarina (2,05%); leite (1,95%); arroz (1,52%); óleo (1,19%). O açúcar cristal manteve seu preço inalterado.

Análise
Segundo os técnicos responsáveis pela pesquisa a laranja continua em queda pelo excesso do volume ofertado no mercado nacional com a grande safra reduzindo seu preço 12,23%. Com a colheita da batata no período aumentou sua oferta, diminuindo seu preço 8,26%.

As chuvas fortes ocorridas no mês de junho dificultaram a colheita do tomate e as baixas temperaturas também contribuíram para desacelerar a maturação do produto, que no mês de julho esteve escasso, devido ao fim da safra de inverno aumentando seu preço 14,98%.

Houve ainda aumento do preço do feijão 3,73%, devido à redução das ofertas nos estabelecimentos pesquisados. Após sucessivos meses de equilíbrio, o pão francês no mês em questão, assinalou alta de 3,15%, em consequência da alta de seu principal ingrediente, a farinha de trigo.

Variação acumulada por produtos
Nos últimos seis meses, os produtos que assinalaram maiores altas foram: feijão, óleo, arroz, leite e margarina. A pesquisa destaca ainda os produtos que apresentaram queda dos valores: açúcar, tomate, batata, sal e macarrão.

Renda Mensal e Cesta Básica
A Semac também realiza na pesquisa um comparativo dos valores Cesta básica quanto à renda mensal. A análise constatou que no mês de julho o trabalhador que recebe um salário mínimo de R$ 622,00, precisou comprometer 41,45% de sua renda para aquisição da Cesta Alimentar.

Para atender suas outras necessidades básicas como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros, restaram 58,55% de seu salário. Para adquirir a Cesta o trabalhador teve que cumprir 91 horas e 26 minutos da sua jornada de trabalho mensal de 220 horas.


Cesta Básica Familiar
A pesquisa também verifica o custo da Cesta Básica Alimentar recomendada para uma família de cinco pessoas. O custo da Cesta Básica Familiar no mês de julho apresentou alta de 0,44% em relação ao mês anterior, registrando a importância de R$ 1.155,08. No mês anterior o valor era de R$ 1.150,03.

A Cesta Básica Familiar é composta por um painel fixo de produtos, que deve preencher as necessidades para higiene, limpeza e alimentação. São pesquisados 32 produtos de alimentação, cinco produtos de higiene pessoal e sete produtos de limpeza doméstica, selecionados através de hábitos de consumo (Pesquisa de Orçamento Familiar/POF-1989) e suas respectivas quantidades, essenciais à sobrevivência adequada.
Quanto à variação acumulada apresentaram índices positivos: nos últimos 12 meses de 6,84% nos últimos seis meses de 0,96% e no ano de 2,75%. Dentre os 44 produtos pesquisados que compõem a Cesta Familiar, 16 apresentaram queda, 22 apresentaram alta de preço e seis mantiveram seu preço inalterado.

Alimentação
No grupo Alimentação, onde foram analisados 32 produtos, a pesquisa constatou alta de 0,53%, registrado pelos principais produtos: tomate 14,98%; cenoura 14,26%; alho 7,52%; ovos 5,57%; mamão 5,48%; feijão 3,74%; pão 3,11%; margarina 2,11%; leite 1,95% e café 1,54%. Os produtos em queda foram: laranja 12,19%; batata 8,22%; couve 4,95%; mandioca 3,36%; macarrão 2,89%; carne 1,59%; sal 1,33%; alface 1,01% e doces 0,72%. Açúcar, cebola e peixe não registraram alteração de preço.

Análise
Segundo análise da pesquisa de preços da Cesta Básica Familiar, a cenoura encontra-se no período de entressafra, reduzindo seus estoques elevando o seu preço 14,26%. O mercado do alho é abastecido com o alho chinês, argentino e o nacional. O alho vindo da china representa 42% do nosso consumo, já o alho argentino 25%.

O alho nacional é responsável por apenas um terço do abastecimento deste segmento no mercado. O comércio mundial do alho é baseado nos preços da China, a qual esteve com queda de produção, o que influenciou na alta do preço nacional no período 7,52%.

O clima favorável no período normalizou a produção da couve, reduzindo seu preço 4,95%. A necessidade de liberação das áreas e o período de safra elevaram o volume ofertado da mandioca, o que diminuiu seu preço 3,36%.

Higiene Pessoal
No grupo Higiene Pessoal cinco itens foram analisados e a pesquisa registrou alta de 0,06%. O produto que contribuiu para essa alta foi: absorvente 5,11% e que registraram queda foi: papel higiênico 2,65%, lâmina de barbear 1,17%, e sabonete 1,33%. Dentifrício não registrou alteração de preço. Neste grupo o destaque ficou para o absorvente, pois algumas marcas saíram de oferta.

Limpeza Doméstica
No que se refere ao grupo Limpeza Doméstica que pesquisou sete produtos houve queda de 1,42%, destacando os seguintes produtos: sabão em pó 3,85%, esponja de aço 2,21% e cera em pasta 0,84%. Os que registraram alta: detergente 3,64% e água sanitária 0,58%. Desinfetante e sabão (barra) mantiveram seu preço inalterado.

Em termos de renda versus salário-mínimo, houve um comprometimento de 37,14% do valor total da renda familiar, considerando cinco salários mínimos, ou seja, R$ 3.110,00 para atender uma família composta por cinco membros. No mês anterior foram registrados 36,98%.

Cidades

Casos de diarreia viral aumentaram 36,08% neste ano na Capital

Somente na última semana, foram atendidos 3.107 pacientes com sintomas gastrointestinais nas Unidades de Pronto Atendimento e Centros Regionais de Saúde de Campo Grande

11/09/2024 13h08

Marcelo Victor/Correio do Estado

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Na última semana, o aumento no número de atendimentos de pacientes com sintomas de gastroenterite - inflamação ou infecção que causa sintomas como diarreia, vômitos, febre e cólicas abdominais -, deixou a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) em alerta.

Somente entre os dias 1º e 7 de setembro, foram 3.107 casos atendidos nas unidades de saúde de Campo Grande, quantidade 157,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. 

Desde o início do ano, já são 68.040 casos, 36,08% a mais do que os 49.997 registrados no mesmo período do ano passado.

Segundo a titular da Sesau, Rosana Leite de Melo, os casos são em grande maioria causados por vírus, um tipo de gastroenterite menos grave do que se fosse causada por bactérias.

"A diarreia viral, clinicamente, é um pouquinho mais leve do que a diarreia bacteriana. São os casos que nós estamos acompanhando", disse a secretária.

Alguns dos sintomas comuns nos pacientes são dores abdominais e pelo menos três episódios de diarreia.

"Só que essa diarreia normalmente não tem muco, não tem sangue. Nesses casos, que nós estamos atendendo, o paciente vai para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a maioria, mais de 90%, volta para casa", explicou Leite.

A secretária comentou ainda sobre a superlotação de hospitais e unidades de saúde de Campo Grande, cenário que vem se agravado com o aumento das doenças virais e respiratórias causadas pelas condições climáticas. Ela avalia que muito da longa espera em filas se deve ao fato de que as pessoas procuram o atendimento no local errado.

Para explicar, ela cita as classificações de risco nas unidades, que são divididas em CR Azul, CR Verde, CR Amarela e CR Vermelha. A classificação vermelha, de maior complexidade, indica atendimento imediato; a amarela indica atendimento dentro de 10 a 20 minutos; a verde aponta espera de 30 minutos; e a azul, de menor complexidade, indica que o paciente pode esperar de 3 a 4 horas.

Na semana passada, a média de espera foi de 4 horas nas UBS da Capital.

Segundo a secretária, o local ideal para o atendimento de pacientes de baixa complexidade (CR Azul), seria nas Unidades de Saúde da Família (USF). No entanto, um levantamento da Sesau mostra que, em diversas unidades, mais de 10% dos pacientes atendidos são da classificação azul.

Fonte: Sesau

No Centro Regional de Saúde do bairro Tiradentes, por exemplo, 26,71% dos pacientes atendidos eram de baixa complexidade. Na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Universitário, 20,54% dos pacientes eram da CR Azul. Rosana destaca que essas pessoas poderiam ter sido atendidas de forma mais rápida nas USFs, o que diminuiria o fluxo nessas unidades e, consequentemente, o tempo de espera. 

"A Unidade de Saúde da Família, seguindo a política nacional de atenção básica, é para atender a baixa complexidade, a urgência. O paciente que está com uma dor abdominal leve, aquele mal estar, com uma náusea, ele se encaminha para a unidade perto e tem que ser atendido", reforçou.

Além dos classificados como baixa complexidade, na cor azul, cerca de metade dos pacientes que recebem a cor verde também poderiam ser atendidos nas USFs, por não apresentarem maiores riscos ou complexidade. Mas como pacientes de baixa complexidade acabam escolhendo UPAs e CRS, eles são "deixados de lado", justamente por demandarem menos urgência nos atendimentos - o que leva a essa espera mais longa.

Quando procurar por atendimento médico?

Questionada sobre como saber o momento e a necessidade de procurar por atendimento médico, a secretária explicou que varia de pessoa para pessoa. Um ser humano adulto e saudável, por exemplo, que estiver com os sintomas da virose, pode dar início a um tratamento caseiro, por meio de hidratação. Caso o sintoma persista por um período de dois a três dias, é indicado procurar pelo atendimento.

Já em outros casos, como de pessoas imunossuprimidas, crianças e idosos, o ideal é buscar por atendimento imediato, porque as vezes é necessária a hidratação utilizando o soro.

Quando procurar UBS e UPAs?

As UBS são locais onde os usuários do SUS podem receber atendimento médico para diagnóstico e tratamento de cerca de 80% dos problemas de saúde. É nessas unidades que a população tem acesso a medicamentos gratuitos e vacinas, faz atendimento pré-natal, acompanhamento de hipertensos e diabéticos e de outras doenças, como tuberculose e hanseníase.

As UBS são a porta de entrada do SUS, contribuindo para o aumento da qualidade de vida e para a redução dos encaminhamentos aos hospitais.

As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame.

A estrutura simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação, colabora para a diminuição das filas nos prontos-socorros dos hospitais.

Quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico.

Nas localidades em que estão em pleno atendimento, as unidades têm capacidade para atender sem necessidade de encaminhamento ao pronto-socorro hospitalar em mais de 90% dos pacientes. Estas unidades estão ligadas diretamente ao SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

Hospitais devem ser procurados em situações de emergência que necessitam de internação, cirurgias, acompanhamento cirúrgico, exames mais elaborados, maternidade, exames de imagem e casos mais complexos.

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CAMPO GRANDE

Após denúncias, Capital troca empresa de gestão de semáforos

Licitação milionária viveu verdadeira "novela de abre e fecha", com suspensão após troca de comando da Agetran e interferências do Tribunal de Contas

11/09/2024 12h52

Contrato do Consórcio CAM, de 2018 a 2023, foi acrescido em 63,01% e chegou a render R$ 51,8 milhões por ano

Contrato do Consórcio CAM, de 2018 a 2023, foi acrescido em 63,01% e chegou a render R$ 51,8 milhões por ano Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Através do Diário Oficial de Campo Grande desta quarta-feira (11), o Executivo Municipal pôs fim à novela envolvendo a milionária licitação dos semáforos da Cidade Morena, passando após seis anos a gestão dos serviços técnicos de manutenção da sinalização das mãos do Consórcio CAM para a Empresa ARC. 

Conforme o texto oficial do Diogrande de hoje (11), a ARC Comércio Construção e Administração de Serviços saiu vencedora do pregão, pelo valor total de R$ 23.200.359,81, cerca de R$ 1,2 milhão mais barata que o previsto. 

Solicitado por parte da Agência Municipal de Trânsporte e Trânsito (Agetran), a contratação busca empresa para: 

"Prestação dos serviços técnicos de manutenção da sinalização semafórica - horizontal, vertical - e dispositivos auxiliares com fornecimento de materiais, equipamentos, software de controle de tráfego, com suporte técnico e fornecimento de equipamentos para a mpliação do Centro de Controle Integrado de Mobilidade Urbana  (CCIMU)". 

Contrato do Consórcio CAM, de 2018 a 2023, foi acrescido em 63,01% e chegou a render R$ 51,8 milhões por ano

Com isso, a ARC "puxa o tapete" do Consórcio que, desde 2018, comandou os serviços com renovações sem licitações, em contrato que chegou a render R$ 51,8 milhões por ano. 

Cabe apontar que, com valores inciais à época registrados em R$ 31,7 milhões, durante o tempo que comandou a gestão dos serviços, o contrato do Consórcio CAM foi acrescido em 63,01% no período de cinco anos. 

Entre as suspeitas, os reajustes segundo contratos deveriam obedecer ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que corresponde a 5,36% no período. 

Cálculo rápido do IPCA-E entre 2018 a 2023 mostra que, considerada somente inflação mais reajuste, o aumento do período deveria ser de R$ 41,69 milhões, diferença de mais de R$ 10 milhões que aparentemente à época não foi justificado. 

Novela do "abre e fecha"

Vale lembrar que essa licitação milionária foi reaberta na semana passada, antes do feriado, ainda em 06 de setembro, após um verdadeiro abre e fecha entre suspensões e reaberturas do processo. 

Isso porque menos de 30 dias após troca no comando da Agetran - de Janine Bruno (que chefiou a pasta por sete anos) pelo ex-dono de autoescola, Paulo Silva -, houve suspensão da licitação de valores que chegavam a R$ 24 milhões. 

Suspensa para "análise de pedido de impugnação", a licitação milionária foi retomada em menos de quarenta e oito horas nessa ocasião, em 16 de maio; para nova suspensão no dia 23 daquele mês em obediência ao Despacho DSP G.MCM 14968/2024", do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. 

A outra retomada anunciada em 27 de agosto, sendo que, nesse meio tempo houve o período de análises do catálogo e amostras até a continuidade publicada na semana passada, em 05 de setembro e termo de homologação assinado pela atual prefeita, Adriane Lopes, datado de 09 de setembro.  

 

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