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Rio Paraguai deve atingir nível máximo de 1,50 metro, diz estudo

No ano passado chegou a 4,24 metros. E, conforme o ministério das Minas e Energia, se continuar chovendo abaixo da média, o pico será menor ainda

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Boletim extraordinário do Serviço Geológico do Brasil (SGB), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, divulgado na última semana, aponta que o nível do Rio Paraguai, em Ladário, deve atingir altura máxima de 1,50 metro em 2024. Com base em anos anteriores, a expectativa é de que mesmo com chuvas dentro da média nos próximos meses, o cenário será de seca severa na bacia do Rio Paraguai em Mato Grosso do Sul.

Conforme análise da equipe meteorológica nacional, até o final de fevereiro a bacia pantaneira teve apenas 450 milímetros de chuva, o 250 milímetros abaixo daquilo que seria o normal, E, mesmo caso ocorram chuvas dentro da média entre março e setembro, de aproximadamente 380 mm, o acumulado ao final do período seria de aproximadamente 830 mm, próximo do observado em 2020, ano considerado de seca severa.

No ano passado, para efeito de comparação, o nível máximo do Rio Paraguai na régua de Ladário foi de 4,24 metros, o que é considerado uma cheia pequena. O máximo que o rio atingiu foi de 6,64 metros, em 1988. Por outro lado, o menor pico foi registrado em 1972, quando o nível máximo foi de 1,11 metro.

Ou seja, o estudo aponta que neste ano o pico ficará apenas cerca de 40 centímetros acima da "menor cheia" em 124 anos. Para isso, porém, teria de chover dentro da média. A meteorologia, porém, prevê que nos próximos três meses vai continuar chovendo menos do que se registra historicamente. 

Ao projetar os níveis de Ladário com base em anos anteriores a 2024, espera-se que a máxima anual ocorra ainda neste semestre entre o final de maio e começo de junho, com a altura máxima variando em torno de 1,50 metro.

Segundo o pesquisador em geociências Marcus Suassuna, as condições observadas e os prognósticos estão semelhantes ao que foi observado nos anos mais críticos do histórico em termos de secas.

“Caso as chuvas nos meses de março a setembro ocorram dentro da média, o cenário irá se aproximar da seca de 2020, ano que o Pantanal enfrentou uma seca severa e registrou na estação de Ladário a cota mínima de -0,32 m. Já se as chuvas ocorram abaixo da normalidade nos próximos meses, cenários mais críticos poderão ser observados”, explicou.

Outra projeção com cenário mais crítico aponta que no caso das precipitações ficarem abaixo da média nos meses que se seguem poderão ser observados médias semelhantes aos de 1964, 1971 ou 2021 ao final do período de vazante deste ano. O nível mais baixo do rio ocorreu em 1964, quando a régua de Ladário ficou 61 centímetros abaixo de zero.

“Naquele período, o Pantanal enfrentou 11 anos de estiagens, o período mais crítico da história. Agora estamos enfrentando algo parecido com a década de 60 do século passado”, acredita o pesquisador da Embrapa Pantanal, Carlos Padovani, acrescentando que em 2021 o rio chegou perto do recorde negativo com 60 centímetros abaixo de zero, em outubro daquele ano.

Para ele, a pequena cheia do ano passado, quando o pico do Rio Paraguai chegou a 4,24 metros, foi somente uma espécie de "ponto fora da curva" de uma estiagem mais longa que o Pantanal está travessado desde 2020.

Em meados de fevereiro de 2021, a água estava em 1,4 metro em Ladário. Agora, conforme mostram os dados da Marinha, em Ladário, está em apenas 84 centímetros. Ou seja, o rio está 56 centímetros abaixo do que estava em fevereiro do segundo pior ano da história das medições.

De acordo com Padovani, com a escassez de chuvas na região norte de Mato Grosso do Sul em outubro e novembro de 2023, assim como em Mato Grosso, a probabilidade inicial era de que o nível se recuperasse a partir de janeiro deste ano, porém, mais lentamente. A redução das chuvas está sendo atribuída ao fenômeno El Niño, que deve manter sua influência até abril.


BACIA DO RIO PARAGUAI

Em Barra dos Bugres, localizado a 160 quilômetros de Cuiabá (Mato Grosso), o normal do rio para começo de fevereiro é de 3,2 metros. No fim da semana passada, conforme o Ministério das Minas e Energia, estava em apenas 104 centímetros.

A região de Santo Antônio de Leverger é outro indicativo de períodos críticos estão por vir. Nesta época do ano, a média histórica do Rio Cuiabá é de 6,21 metros. No início desta semana, estava em apenas 1,58metros. 

No Forte Coimbra, os dados mostram que na segunda-feira (26) o nível estava em 38 centímetros abaixo de zero, sendo que a média histórica para meados de fevereiro é de 1,76. 

Na régua de Porto Murtinho o nível estava em 2,12 metros, sendo que a média histórica é de 3,7metros.

 

NAVEGAÇÃO

Atribuído ao fenômeno El Niño, a falta de água no Rio Paraguai impacta  a cadeia econômica da região pantaneira, que engloba desde atividade turística até a navegação. Segundo especialistas, o ideal para a navegação de barcaças é acima de 1,50 m na cidade de Ladário, mas os comboios podem começar navegar a partir do momento em que a régua marca 1,00 m. Já em Porto Murtinho a marcação ideal é de 4,00 m, e navegação consegue ser realizada a partir de 2,00 m. 

Deixando de ser via de escoamento de minérios e de soja. No ano passado, quando o pico do rio em Ladário chegou a 4,24 metros, foram escoados 1,62 milhão de toneladas de soja e 6,05 milhões de toneladas de minério. O volume foi 73% superior ao ano anterior.

Para 2024 havia perspectiva de superar estes números, mas por falta de água os embarques ainda nem começaram. O transporte de minério só pode ser retomado depois que o nível ultrapassa um metro em Ladário, o que normalmente já ocorre em meados de janeiro.

MATO GROSSO DO SUL

Autoridades e servidores são homenageados com medalha do Patrono Ramez Tebet

Governador Eduardo Riedel e a primeira-dama, Mônica Riedel, estavam presentes no evento realizado pela Agepen

05/12/2025 12h16

Governador Eduardo Riedel e a primeira-dama, Mônica Riedel, estavam presentes no evento realizado pela Agepen

Governador Eduardo Riedel e a primeira-dama, Mônica Riedel, estavam presentes no evento realizado pela Agepen Marcelo Victor

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A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) realizou, na manhã desta sexta-feira (5), a Solenidade de Outorga da Medalha Patrono Penitenciário “Senador Ramez Tebet”, em evento no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), em Campo Grande. A honraria reconhece autoridades, servidores e personalidades que contribuíram de forma relevante para o fortalecimento e a modernização do sistema prisional de Mato Grosso do Sul.

Ao todo, 65 pessoas foram agraciadas, entre elas, a primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, o secretário de Governo, Rodrigo Perez; além do governador Eduardo Riedel (PP). Também receberam a medalha 23 autoridades e 39 policiais penais que se destacaram nas funções.

Durante o discurso, o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, enfatizou que os avanços registrados no sistema prisional são resultado direto do trabalho conjunto e da dedicação dos servidores. Ele ressaltou que a gestão tem priorizado planejamento e eficiência, refletidos em ações como a ampliação das escoltas e a qualificação de equipes.

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com mais de 1,7 mil policiais penais capacitados, sendo 45% mulheres. O Estado também acompanha 5,5 mil pessoas monitoradas por tornozeleiras eletrônicas. No total, são 23 mil apenados, cerca de 5 mil sob monitoramento eletrônico e quase 18 mil encarcerados. A taxa coloca MS entre as maiores populações prisionais proporcionais do país.

Reconhecimento à carreira

Presente na solenidade, o governador Eduardo Riedel reafirmou o compromisso de aprimorar continuamente a segurança pública e destacou o papel estratégico da Polícia Penal.

“Não abro mão de construir um sistema que seja exemplo. Isso passa por investimento permanente em estrutura, equipamentos e tecnologia, mas, acima de tudo, na valorização das pessoas. A carreira policial penal deve ser cada vez mais reconhecida. É uma força de trabalho silenciosa, porém vital para o desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou.

Riedel destacou ainda que a criação da Polícia Penal representou “uma das mudanças mais expressivas” na estrutura da segurança pública estadual. Ele parabenizou os homenageados e destacou a relevância da medalha. “Vocês passaram por um crivo de muitos nomes. A maior honraria do nosso sistema hoje está no peito de vocês.”

A policial penal Thais Manssano, que discursou em nome dos homenageados, emocionou o público ao destacar a dedicação e o compromisso da categoria, que atua majoritariamente longe da visibilidade pública.

“Ser policial penal não é apenas uma profissão, é uma missão que transforma. Trabalhamos onde cada segundo exige coragem, equilíbrio e preparo. Seguimos quando é difícil, quando ninguém vê, porque sabemos que a nossa presença faz diferença”, afirmou.

Ela dedicou a homenagem a todos os colegas de farda: “Recebo por cada servidor que se doa, que enfrenta turbulências e entrega excelência, mesmo nos dias mais pesados. Somos nós que sustentamos um sistema que protege a sociedade, muitas vezes em silêncio.”

A solenidade reforçou o papel essencial dos policiais penais e das autoridades que atuam para aprimorar o sistema prisional em Mato Grosso do Sul. 

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INTERIOR

Traficante cruza rota alternativa e acaba preso com 6 toneladas de maconha

Agentes identificaram o que seria um carregamento de portas de madeira, entre as quais foram localizados um grande porção de tabletes de maconha

05/12/2025 11h32

material apreendido foi avaliado em aproximadamente 12 milhões e meio de reais

material apreendido foi avaliado em aproximadamente 12 milhões e meio de reais Reprodução/DOF-MS

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Após tentar cruzar um carregamento traficado por rota alternativa, um motorista de 41 anos foi preso no interior, na região nordeste de Mato Grosso do Sul ontem (04), com seis toneladas de substâncias ilícitas que teriam saído da fronteira do Paraguai e iam rumo ao Rio de Janeiro. 

Esse trabalho, cabe destacar, contou com uma verdadeira "força-tarefa" envolvendo agentes de segurança pública de três Estados na operação integrada, com as seguintes participações. 

  • Departamento de Operações de Fronteira (DOF-MS); 
  • 3º Pelotão de Paraíso das Águas; 
  • Comando de Operações de Divisa (COD)| Polícia Militar de Goiás (PM-GO); 
  • Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) do Paraná; 

Ao todo, segundo informações repassadas pelo Departamento de Operações de Fronteira de Mato Grosso do Sul, a apreensão do caminhão-baú em Paraíso das Águas somou um total de 6.140 quilos de substância análoga à maconha. 

Entenda

Por meio do compartilhamento de informações entre as forças de segurança dos três Estados, um verdadeiro cerco policial foi montado na divisa entre Mato Grosso do Sul e Goiás. 

Mais próximo ao perímetro urbano de Paraíso das Águas, distante aproximadamente 267 quilômetros da Capital de Mato Grosso do Sul, o caminhão-baú em questão foi localizado, sendo dirigido por um homem de 41 anos. 

Esse veículo foi revistado e, durante vistoria, os agentes identificaram o que seria um carregamento de portas de madeira, entre as quais foram localizados uma grande porção de tabletes de maconha, como é possível visualizar no vídeo logo abaixo. 

Sobre o caminho percorrido, o condutor revelou o que seria uma "rota alternativa" já que, preso na região nordeste de MS, o homem confessou que teria pegado o veículo no município de Ponta Porã, cidade fronteiriça com o Paraguai, com o destino sendo o Estado do Rio de Janeiro. 

Ou seja, ao invés de cruzar a região sul de MS, passando por trechos de fronteira entre Paraná e São Paulo até chegar no Rio - como outras toneladas traficadas e apreendidas neste ano -, esse condutor em questão teria subido todo o Mato Grosso do Sul rumo à fronteira com Goiás, "contornando" assim o Estado paulista.

Com o material apreendido avaliado em aproximadamente 12 milhões e meio de reais, o indivíduo receberia cerca de R$40 mil para traficar a substância no trecho, com todo o carregamento agora apreendido e levado até a sede da Delegacia da Polícia Civil de Paraíso das Águas.

Importante frisar que, há um canal direto com o cidadão mantido pelo DOF, que pode ser usado para reclamações mas também inclusive fazer denúncias, funcionando 24 horas por dia no telefone: 0800-647-6300. 
 

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