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Chuva abre cratera que "engole" via, derruba árvores e isola moradores na Chácara dos Poderes

Região periférica de Campo Grande teve rua castigada e entra para lista de estragos causados que precisam de estiagem para serem reparados

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Sem tréguas no período de chuvas do começo deste ano, Campo Grande acumula estragos que preocupam e dificultam a vida dos campo-grandenses em diversos pontos da cidade, como a mais nova cratera que apareceu em uma estrada na Chácara dos Poderes, devido às chuvas de hoje. 

Imagens gravadas por populares mostram um trecho de via, onde mais da metade da estrada desabou. 

Além das fortes correntezas que empurram o volume de água, e transeuntes em direção ao buraco, árvores foram derrubadas e bloquearam o único pedaço restante de passagem, bloqueando o tráfego pelo local. 

Confira as imagens da mais nova cratera da Capital, gravado às 15h30 deste sábado (11): 

Jornalista, Adilson Trindade é voz que narra a situação caótica, sendo que passou pela cratera, de caminhonete com seu filho, cerca de três minutos antes da árvore desabar no local. 

"Só deu tempo de eu filmar aquela parte da cratera, atravessamos e ainda bem que estávamos de caminhonete porque, pelo buracos, se fosse um carro baixo a dificuldade é maior de passar. E aí só deu tempo disso e ouvir a árvore cair", esclarece ele. 

Adilson explica que, com essa situação, a população que habita a Chácara dos Poderes (aproximadamente 1.300 famílias) está ilhada, porquê quem está dentro do bairro não sai, e quem está fora não entra.

"Só temos dois acessos de entrada, pela Uniderp Agrária, onde tem essa árvore caída e o buracão. E os dois acessos estão fechados, não conseguem passar os carros", comenta ele, que mora na região há décadas, e diz nunca ter visto o bairro assim.  

Outra moradora da região, Ana Paula é professora de geografia e há 5 anos vive na Chácara dos Poderes. 

Após ver a cratera e carros lutando para passar em meio à correnteza, ela define que a situação "é de caos", com moradores isolados e estradas em condições precárias pelos efeitos da erosão e enxurrada. 

"Temos 2 saídas. A EW2 que virou um rio. E o bolicho da curva, com uma erosão enorme e agora caiu uma árvore. Soma-se a isso, a precariedade das ruas, com buracos perigosos, deslizamentos, e atoleiros. 
Pedimos que os órgãos públicos responsáveis atuem no bairro o mais rápido possível", completa Ana Paula. 

Segundo a moradora, quando á intervenções, essas são sempre paliativas e o caos volta a reinar sempre que chove na Chácara dos Poderes. 

Lista de crateras

Sendo que são as águas de março que fecham o verão (estação característica pelo calor e umidade), nesses primeiros três meses, até então, não houve trégua da chuva e os estragos se acumulam, uma vez que a prefeitura afirma que é preciso "estiagem" para que as obras de reparo sejam feitas. 

Passados mais de 60 dias do primeiro estrago, a cratera do Lago do Amor segue aumentando, com 40 metros de comprimento e crescendo em largura a ponto de "engolir" parte da ciclovia. 

Outra região duramente castigada, que também acumula estragos "pós-chuvarada", é a ponte no bairro Alves Pereira que, como noticiado pelo Correio do Estado em 27 de fevereiro, abriu uma cratera e "engoliu" um carro no fim da tarde do último domingo daquele mês. 

Hoje, o que se vê no local é a mesma cratera, sem que ela tenha ganho novas proporções tão visíveis assim. A diferença do local é que o trânsito, antes interditado, foi aberto e, com isso, pessoas se arriscam na travessia do único trecho de "guardrail" que sobrou de ligação entre um lado e outro do buraco. 

Além desses pontos, fevereiro começou já com a notícia da cratera que se abriu embaixo da ponte da Fernando Correa com José Antônio, como noticiou o Correio do Estado

Conforme a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), o afundamento do solo foi causado pela persistência das chuvas, gerando um deslizamento de cotas superior para inferior, causando o afundamento do solo. 

 

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Atenção

Ciclone intenso vindo do Sul pode provocar tempestades e ventos de mais de 100 km/h em MS

Ciclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS e em outros estados da região Centro-Oeste e Sudeste

07/12/2025 10h03

As previsões são de chuva para a semana

As previsões são de chuva para a semana FOTO: Paulo Ribas/Correio do Estado

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A chegada de um novo ciclone chegando na região Sul do Brasil deve trazer tempestades e ventos fortes para Mato Grosso do Sul ao longo desta semana. 

Segundo o meteorologista do Metsul, Luiz Fernando Nachtigall, um centro de baixa pressão extremamente profundo, não costumeiro para a região, com valores de pressão atmosférica observados em ciclones tropicais no Hemisfério Norte e em ciclones extratropicais poderosos mais ao Sul do continente, vai avançar para o Sul do Brasil ainda no começo da semana. 

“A atmosfera extremamente aquecida, com valores ao redor e acima de 40ºC, associada aos valores de baixa pressão atmosférica é uma combinação explosiva e de altíssimo risco de tempo severo. Vários estados serão afetados na primeira metade da semana com uma grande onda de tempestades que afetará o Sul e estados do Centro-Oeste e do Sudeste no final da segunda e durante a terça-feira”, afirmou o meteorologista. 

As previsões são de chuva para a semanaCiclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS / Fonte: Metsul

As chuvas, embora irregulares, devem ser de valor excessivo, podendo acumular volumes de 100 milímetros a 200 milímetros em setores isolados. 

O Rio Grande do Sul deve ser o mais afetado pela condição, porém, os efeitos devem atingir Mato Grosso do Sul ao longo da semana, até a quinta-feira. Também são esperados vendavais intensos com rajadas acima de 100 km/h em todas as áreas afetadas. 

“Desenha-se, portanto, uma sequência de dias de altíssimo risco meteorológico entre a segunda e a quinta-feira, quando o ciclone começará a se afastar. Leve muito a sério o que está vindo”, alertou Luiz Fernando. 

Como o Correio do Estado já havia adiantado, as condições meteorológicas esperadas para a nova semana são de chuvas intensas e alívio no calorão. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, Mato Grosso do Sul está, novamente, em alerta de perigo para chuvas intensas, especialmente na metade norte do Estado. 

Na segunda-feira (8), é esperado um aumento de nuvens ao longo do dia, que favorece a formação de chuvas em várias regiões do Estado. 

Em algumas localidades, são esperados acumulados significativos, que podem ultrapassar os 40 milímetros em 24 horas. 

A formação de um sistema de baixa pressão atmosférica, junto com a passagem de cavados, cria um ambiente favorável para a ocorrência de tempestades, que podem vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e possível queda de granizo. 

Como o tempo pode mudar rapidamente, o Cemtec recomenda que a população fique atenta aos alertas emitidos pelos órgãos oficiais, como a Defesa Civil. 

A ocorrência das chuvas deve aliviar o calor, já que as máximas não devem ultrapassar os 32ºC em todo o Estado, e as mínimas variam entre 21ºC e 25ºC. 

Em Campo Grande, a máxima esperada para a segunda-feira é de 27ºC. 

Eventualmente, são esperadas rajadas de vento entre 60 e 80 km/h, podendo acontecer, em pontos isolados, rajadas superiores a 80 km/h. 

São esperadas chuvas durante todos os dias da semana, com alertas pontuais de tempestade em pontos isolados do Estado. 
 

PMA

Pescador quebra Piracema e é multado em R$ 33 mil por Pintado de 21 kg em MS

A PMA abordou o homem durante fiscalização na região de Dourados

07/12/2025 08h15

Peixe foi apreendido pela PMA

Peixe foi apreendido pela PMA Reprodução

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Um motorista foi multado em mais de R$33 mil na última sexta-feira (5) em Dourados, a 226 quilômetros de Campo Grande, por estar transportando um peixe de espécie proibida durante a Piracema. 

Segundo o 2º Batalhão da Polícia Militar Ambiental (MS), o condutor foi abordado pela equipe perto da ponte do Rio Dourado, na MS-156, ao ser flagrado em alta velocidade. 

Durante a fiscalização, o homem admitiu estar carregando um peixe da espécie pintado de 21 quilos e de 1,40m, pescado dois dias antes no Rio Dourado. Segundo ele, a pesca estava guardada na casa de um amigo e ele teria voltado para buscá-la. 

Os policiais se dirigiram até a residência indicada pelo motorista. O morador negou ter armazenado o animal, mas a equipe encontrou sangue, cheiro forte no freezer e indícios de que o peixe teria sido guardado ali. 

Com as evidências, o morador admitiu que teria guardado o animal para o autor. 

De acordo com a PMA, o caso configura infração ambiental por pesca durante o período da Piracema e pelo transporte e armazenamento irregular do pescado, conforme a Lei Federal nº 9.605/98, o Decreto Federal nº 6.514/2008 e o Decreto Estadual nº 15.166/2019.

O pescador recebeu multas de R$ 18.420,00 pela pesca de em R$ 15.420,00 pelo transporte e conservação irregulares do peixe, totalizando R$ 33.840,00, além de um auto de infração pelo armazenamento ilegal do animal. 

A Polícia Militar Ambiental reforça que é ilegal a prática da pesca durante o período da Piracema pois é época essencial para a reprodução das espécies nativas. Assim, as equipes continuarão intensificando as fiscalizações. 

Piracema

Piracema iniciou no dia 5 de novembro nos rios de Mato Grosso do Sul. Com isso, qualquer tipo de pesca (pesque e solte, amadora e profissional) está proibida até 28 de fevereiro de 2026, bem como o transporte de pescados.

A pesca continua permitida para ribeirinhos – que precisam do peixe para se alimentar – na quantidade necessária para o consumo do dia, não sendo permitido estocar. Neste caso, é permitido pescar com varas em barrancos.

A Piracema é o período de reprodução dos peixes, em que os animais completam seu ciclo de vida sem interferência da ação do homem. O termo tem origem da língua tupi e significa “migração de peixes rio acima”, conforme o Dicionário Michaelis.

O objetivo é combater a pesca ilegal e predatória para que os peixes possam subir os rios para se reproduzirem.

Operação Piracema, da Polícia Militar Ambiental (PMA), fiscalizará rios de todo o Estado, em pontos georreferenciados identificados como áreas de maior incidência de pesca ilegal, realizando:

  • bloqueios terrestres e aquáticos
  • vistorias em estabelecimentos comerciais
  • verificações de estoque declarado de pescado
  • operações noturnas e diurnas em locais estratégicos

A Operação Piracema conta com o emprego do Sistema de Gerenciamento da Informação Ambiental (SIGIA), ferramenta tecnológica que permite o mapeamento e monitoramento em tempo real das ações fiscalizatórias. O sistema possibilita análise georreferenciada, coleta de dados e apoio à tomada de decisões estratégicas.

CRIME

Pescar durante a piracema é crime ambiental inafiançável. Portanto, quem desrespeitar a regra será autuado, multado, conduzido até uma Delegacia de Polícia e responder por processo administrativo e criminal. Além disso, pescados, barcos e apetrechos serão apreendidos.

Quem for flagrado praticando pesca predatória, durante o período de defeso, está sujeito à prisão em flagrante e à aplicação das seguintes penalidades:

  • multas de R$ 700,00 a R$ 100.000,00, acrescidas de R$ 20,00 por quilo ou fração do pescado apreendido;
  • apreensão de petrechos, embarcações, veículos e demais materiais utilizados na prática ilegal;
  • pena de detenção de um a três anos, conforme o artigo 34 da Lei de Crimes Ambientais.

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