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Cida Gonçalves anuncia nomes das secretárias do Ministério das Mulheres

As 4 mulheres anunciadas têm diferentes atuações na promoção de políticas públicas, defesa dos direitos das mulheres e gestão

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Com histórico na atuação política de Campo Grande e atual Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves divulgou, nesta sexta-feira (13), os nomes das secretárias nacionais que irão integrar a administração da pasta. De acordo com a divulgação, as novas integrantes do ministério têm trajetória e experiência plurais.

Além disso, as secretárias nacionais possuem diferentes atuações na promoção de políticas públicas, defesa dos direitos das mulheres e gestão, sobretudo no que diz respeito aos princípios basilares que estruturam o ministério: enfrentamento à violência, autonomia econômica e articulação institucional e participação política.

Confira os nomes e o perfil de cada uma delas:

Maria Helena Guarezi – Secretária-Executiva


 

Graduada em Matemática, com especialização em Pedagogia para o Ensino Religioso pela PUC/PR e MBA Empresarial com ênfase em Gestão Social e Desenvolvimento Sustentável. Professora em sala de aula por mais de 25 anos. 

Coordenou o Programa Incentivo à Equidade de Gênero da Itaipu Binacional por 11 anos. 

Tem trajetória na atuação sindical e, por duas gestões, participou como membro consultora em Políticas Públicas na Comissão de Estudos sobre a Violência de Gênero da OAB/PR. Foi membro do Conselho Estadual da Mulher do Paraná.

Denise Motta Dau - Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres


 

Graduada em Serviço Social e Mestra em Saúde Pública, atuou como Secretária Sub-regional da ISP - Internacional de Serviços Públicos nos últimos 5 anos. 

Dirigiu o Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho, do Ministério da Saúde. Foi Secretária Municipal de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo e diretora-executiva do Instituto Lula, onde atualmente é conselheira. 

Atuou como conselheira do Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e foi membro do Conselho Editorial da Fundação Perseu Abramo e do Conselho Diretor do Instituto Observatório Social. Foi diretora da CUT. 

Rosane Silva - Secretária Nacional de Autonomia Econômica


 

Nascida em Formigueiro-RS, é membro do Diretório Nacional do PT e atua no movimento de mulheres. 

Foi Assessora Especial do gabinete do Ministro do Trabalho e Previdência Social, no governo Dilma Rousseff, atuando na Coordenação da Política de Gênero e do Subcomitê de Igualdade de Gênero. Fez parte da Direção Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), onde foi Secretária Nacional de Mulheres. 

À frente da Secretaria, coordenou a campanha pela igualdade de oportunidades na vida, no trabalho e no movimento sindical e a campanha pela paridade nas instâncias da CUT.

Carmen Foro - Secretária de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política


 

Filha de agricultores familiares, nascida em Moju, nordeste do Pará. Começou sua caminhada no Sindicato de Trabalhadores Rurais, foi diretora-executiva da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado do Pará (Fetagri) assumindo a Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais e a de Políticas Sociais.

 Na CUT Nacional, compôs a direção-executiva da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), com a missão de coordenar as mulheres do campo e da floresta, liderando por duas vezes consecutivas a Marcha das Margaridas.

Foi a primeira mulher vice-presidenta da CUT e a primeira dirigente a assumir a Secretaria de Meio Ambiente. Também foi secretária-geral da CUT Nacional. Compõe a Suplência da Secretaria de Mulheres da Contag, é vice-presidenta e diretora-executiva do Instituto Observatório Social (IOS).

Trajetória na Capital

De acordo com a plataforma de Serviços e Informações do Brasil - do Governo Federal -, Aparecida Gonçalves é especialista em gênero e enfrentamento à violência contra mulheres. Além disso, é ativista de defesa dos direitos das mulheres há mais de 40 anos.

Natural de Clementina, interior de São Paulo, Cida Gonçalves construiu sua trajetória política em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde foi coordenadora do movimento popular de mulheres nas décadas de 80 e 90.

Como representante desse grupo, coordenou o processo de articulação e fundação da Central dos Movimentos Populares no Brasil.

No início dos anos 2000, foi assessora da Coordenadoria à Mulher da Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Trabalho do Estado em uma das gestões do governador Zeca do PT.

Nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, entre 2003 e 2016, foi Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, atuando na construção da Lei Maria da Penha e da Lei do Feminicídio.

Foi uma das protagonistas da elaboração do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e do Programa Mulher Viver sem Violência, que tem como carro-chefe a Casa da Mulher Brasileira. 

Trabalhou também como consultora em políticas públicas de gênero e violência contra mulheres. Cida Gonçalves compôs a equipe de transição do novo governo Lula que fez a análise e o diagnóstico com relação às políticas direcionadas às mulheres.
 

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Cidades

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

Quantia de 40 gramas diferencia usuários de traficantes da droga

14/02/2025 22h00

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (14) manter a íntegra da decisão da Corte que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.

O Supremo julga, no plenário virtual, recursos protocolados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo para esclarecer o resultado do julgamento, que foi finalizado em julho do ano passado.

Até o momento, oito ministros seguiram o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Na semana passada, no início do julgamento virtual, o relator votou pela rejeição dos recursos.

Além de Mendes, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin votaram no mesmo sentido.  A deliberação virtual será encerrada às 23h59.

Não legaliza

A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha.  O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público.

O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.

 A Corte manteve a validade da norma, mas entendeu que as consequências são administrativas, deixando de valer a possibilidade de cumprimento de prestação de serviços comunitários.

 A advertência e presença obrigatória em curso educativo foram mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal.

FEMINÍCIDIO

Antes de ser morta pelo ex, Vanessa reclamou de descaso ao denunciar agressor na Deam

Em áudio enviado a amiga, jornalista disse que foi tratada com frieza: "Se eu que tenho instrução fui tratada dessa maneira, uma mulher vulnerável que vai lá vira estatística de feminicídio"

14/02/2025 20h25

Vanessa Ricarte foi assassinada pelo ex-noivo após conseguir medida protetiva contra ele

Vanessa Ricarte foi assassinada pelo ex-noivo após conseguir medida protetiva contra ele Foto: Reprodução

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A jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, assassinada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, 35 anos, chegou a reclamar do atendimento recebido na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) quando foi registrar o boletim de ocorrência contra o agressor. A situação é narrada pela vítima em áudio enviado a uma amiga. (ouça o áudio abaixo).

"Fui falar com a delegada, fui tentar explicar toda a situação, ela me tratou bem prolixa, bem fria, seca. Toda hora me cortava", disse.

Vanessa disse ainda que pediu o histórico do ex-noivo, pois havia descoberto que ele já tinha outras denúncias e queria entender a natureza das agressões anteriores, mas a delegada disse que não seria possível passar os dados, que seriam sigilosos.

"Eu estou bem impactada com o atendimento da Deam, da Casa da Mulher Brasileiro. Eu que tenho toda instrução, escolaridade, fui tratada dessa maneira, imagina uma mulher vulnerável, pobrezinha, sem ter rede de apoio chegar lá, são essas que são mortas e vão para a estatística do feminicídio", disse a vítima.

Na conversa, a jornalista também acreditava que teria uma escolta da Polícia Militar até a sua casa após a concessão da medida protetiva, pois o ex disse que só sairia de lá dessa forma, o que não aconteceu.

"Vou para a delegacia e vou chegar com a polícia para tirar ele de casa", disse, a caminho da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

A Polícia Civil ainda não se manifestou após a divulgação dos áudios.

Feminicídio

O boletim de ocorrência foi registrado na noite de terça-feira (11) e Vanessa retornou à Deam na quarta-feira (12) à tarde para verificar o andamento do pedido da medida protetiva, que foi deferido pelo Poder Judiciário.

Conforme reportagem do Correio do Estado, a delegada Analu Ferraz informou que todo o procedimento de praxe, como imprimir a medida e entregá-la à vítima, foi seguido.

A vítima, no entanto, não teve o acompanhamento policial esperado até sua casa, onde foi com um amigo para buscar as coisas, sendo surpreendida pelo ex-noivo, que aproveitou o momento em que o amigo de Vanessa ligava para pedir ajuda a outra pessoa e a atingiu com três facadas no peito, próximo ao coração.

O amigo de Vanessa a levou para dentro de um quarto e trancou-se lá com ela, à espera de ajuda. Ele acionou a polícia nesse período, com o agressor esmurrando a porta. 

Ela chegou a ser encaminhada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

Cario foi preso ainda no local e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva nesta sexta-feira (14), em audiência de custódia.

Em coletiva de imprensa na quarta-feira, a delegada Elaine Benicasa reconheceu a demora do poder público em oferecer a proteção necessária às vítimas, mas ressaltou que a Polícia Civil não é a única responsável pelas essas falhas no sistema.

Sobre o feminicídio da jornalista, a delegada afirmou que foi ofertado o abrigo da Casa da Mulher Brasileira, que atende vítimas de violência doméstica, para que ela se protegesse do agressor até que ele fosse intimado da medida, mas a jornalista optou por dormir na casa de um amigo.

Falha no sistema

O caso da jornalista, em que o agressor conseguiu matar a vítima mesmo ela estando protegida por uma medida protetiva, expôs falhas no sistema de proteção à vítimas de violência doméstica.

Uma reunião sobre o tema foi realizada na tarde de hoje, com participação do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, a desembargadora Jaceguara Dantas, responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS, o presidente do TJMS, Dorival Pavan, entre outros.

A desembargadora Jaceguara Dantas disse que várias possibilidades e tratativas foram debatidas para dar celeridade as intimações ao agressor no caso das medidas protetivas concedidas, mas disse não poder antecipar quais seriam as medidas, pois dependem de estudos legais e viabilidade técnica.

"Mas existe muita disposição e há uma sensibilidade muito grande com essa temática por parte do presidente do Tribunal de Justiça, do governador do Estado, do secretário de segurança, de todos os operadores de direito, no sentido de nós encontrarmos mecanismos para operacionalizar e concretizar essa medida o mais breve possível", disse.

O secretário estadual Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, disse que o governo está preocupado com a temática de violência contra a mulher e tem investido na capacitação de servidores para que falam um acolhimento mais humanizado às vítimas.

"O ponto crucial aqui é a celeridade da aplicabilidade das medidas protetivas concedidas. Nós queremos que nenhuma vítima a mais, que tenha a favor de si uma medida, venha a morrer sem o alcance do agressor por parte do Estado", ressaltou.

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