Cidades

CAMPO GRANDE 122 ANOS

Cidade em duas rodas: em quatro anos, Campo Grande teve aumento de 11% em ciclovias

Com cada vez mais adeptos das pedaladas, a estrutura de Campo Grande favorece a adesão ao transporte por bicicletas

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De lazer a meio de transporte, a cultura das bicicletas se consolida cada vez mais em Campo Grande. 

Dados da prefeitura da Capital apontam que, entre os anos de 2017 e 2021, houve um crescimento de 10.414 km de malha cicloviária, o que corresponde a 11% da malha existente.

A maior rota dedicada às bicicletas encontra-se na Avenida Afonso Pena, com 8,3 km de ciclovia. 

Com 91,2 km de ciclofaixas, Campo Grande deve, nos próximos anos, fortalecer ainda mais sua relação com o transporte em duas rodas, por meio da implementação de bicicletários nos terminais de transporte público e de novos projetos para a expansão da malha cicloviária.  

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De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fioresi, a estrutura de Campo Grande favorece a adesão ao transporte por bicicletas. 

“A gente vê muitas cidades que já estão mais à frente, principalmente fora do Brasil, que já investiram muito na malha cicloviária, mas nós temos uma topografia na nossa cidade que favorece isso, nós não temos morros, grandes subidas ou descidas, é uma cidade mais plana, então a topografia contribui para que as pessoas usem a bicicleta para se locomover, seja para o trabalho, seja como passeio ou lazer”, destacou.

Para Pedro Dias Garcia, representante do Coletivo Bici Nos Planos CG, a pandemia de Covid-19 foi responsável por uma maior adesão ao uso de bicicletas na Capital. 

“Nós temos um transporte público ineficiente, que possui poucos ônibus e não atende a população. Fora o medo de contágio que existe ao usar o ônibus, além da questão do aumento da gasolina. Todos esses fatores foram responsáveis, por exemplo, pelas vendas de bicicletas aumentarem 50% em 2020”, destacou.  

Garcia destacou ainda que, para fortalecer o uso das bicicletas em Campo Grande, é preciso investimento na segurança de pedestres e de ciclistas, para que o município torne-se referência em trânsito seguro para todos. 

“As grandes cidades investem em transporte ativo, no caso de pedestres, bicicletas, skates e patinetes. Se houvesse uma educação forte no trânsito, poderíamos chegar ao patamar, por exemplo, de Amsterdã, onde os ciclistas trafegam pela cidade sem precisarem de uma via própria, esse é o nosso sonho utópico”, disse. 

Perfil dos ciclistas

O coletivo Bici nos Planos CG, que surgiu em 2018 com o objetivo de criar políticas públicas para tornar a bicicleta um meio de transporte seguro no trânsito de Campo Grande, traçou um perfil dos adeptos à bike na Capital. 

Conforme o levantamento, em 35,3% dos casos a preocupação com a saúde é o principal motivo para as pedaladas. Em seguida, em 30,7% das respostas, o custo, a rapidez e a praticidade com o veículo impulsionaram a adesão aos pedais. 

Em relação ao gênero, os homens representam 71,2% dos ciclistas, as mulheres 25,8% e 2,9% preferiram não responder.  

Entre os principais destinos, 72,5% dos ciclistas usam a bicicleta para o deslocamento até o trabalho, em 43,8% dos casos para compras e 38,6% para lazer.  

Pedro Garcia enfatizou que uma maior locomoção por bicicleta em Campo Grande trará resultados em diversos campos, da saúde à economia. 

“Por ser uma das capitais brasileiras com maior índice de obesidade, se tivermos uma população que se locomove de forma mais ativa, teremos impactos com menos pessoas doentes precisando do Sistema Único de Saúde, um trânsito mais leve e menos poluído, além de uma vida menos estressante”. 

Futuro

As bicicletas elétricas têm conquistado cada vez mais adeptos no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), ao mesmo tempo em que a pandemia causou retração na economia brasileira de modo geral, houve um aumento expressivo do mercado de bicicletas.  

Para a associação, a bicicleta se tornou uma importante aliada no combate à pandemia, permitindo deslocamentos, atividade física e lazer com segurança sanitária e distanciamento social. 

Apenas no ano passado, o mercado de bicicletas elétricas no País alcançou 32.110 unidades, um crescimento de 28,4% em comparação com 2019.  

Em um cenário conservador, as projeções para este ano são de crescimento de 23%, alcançando 39.500 unidades de bicicletas elétricas no País. 

Já no cenário otimista, as projeções indicam crescimento de 34%, com perspectiva de atingir 43 mil unidades até o fim de 2021.  

Por ora, ainda não há uma regulamentação para as bicicletas elétricas no Brasil. 

No entanto, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (BPMTran) orienta que as bicicletas elétricas não equiparadas aos ciclomotores podem circular em ciclovias e em ciclofaixas desde que tenham velocidade máxima de 25 km/h.

Já as bicicletas elétricas equiparadas aos ciclomotores devem respeitar a velocidade regulamentada para a via.  

visita técnica

Adriane Lopes visita São Paulo em busca de soluções para a saúde de Campo Grande

Prefeita se reuniu com secretário de Saúde da capital paulista para trocar experiências e levantar modelos que possam ser adaptados na capital de MS

22/05/2025 17h31

Prefeita fez visita técnica à Secretaria de Saúde de São Paulo

Prefeita fez visita técnica à Secretaria de Saúde de São Paulo Foto: Divulgação

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A prefeita Adriane Lopes (PP) se reuniu, nesta quinta-feira (22), com o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, com objetivo de buscar modelos que possam ser adaptados para fortalecer a saúde públlica de Campo Grande.

De acordo com o Executivo Municipal, entre os temas debatidos no encontro estão o financiamento do setor, modelos de gestão, ampliação de leitos e vagas, fortalecimento da atenção primária, aquisição de equipamentos, uso de tecnologia e inovação na saúde pública.

“Nossa reunião teve o objetivo de conhecer de perto programas e ações bem-sucedidas na área da Saúde. Estamos em busca de soluções que possam ser implementadas em Campo Grande, sempre pensando na melhoria do atendimento à nossa população", disse a prefeita.

"Vimos projetos como o uso de tecnologia, prontuário eletrônico, modernização das unidades com foco na humanização e também um programa específico para a saúde mental dos servidores. Cada ação reforça nosso compromisso em buscar soluções que melhorem a vida das pessoas”, acrescentou Adriane Lopes.

O motivo da visita técnica ter sido feita em São Paulo é o fato da cidade ser uma referência nacional em saúde.

São Paulo conta com a maior rede de saúde da América Latina, sendo exemplo em tecnologia aplicada à gestão pública de saúde.

A prefeitrua reforça que os principais destaques, que serão discutidos para adaptação na saúde pública local, são o prontuário eletrônico integrado, agendamento online de consultas e exames, além de telemedicina e plataformas de telediagnóstico, que ampliam e agilizam o acesso da população aos serviços.

Além da prefeita, participaram do encontro a secretária de Planejamento Estratégico, Catiana Sabadin; o secretário de Licitações, André Brandão, e o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação, Cláudio Marques.

A secretária de Saúde, Rosana Leite, não participou da comitiva.

Outro compromisso

A agenda da prefeita em São Paulo também compreendeu uma reunião com executivos do Banco Safra.

Na instituição, foram discutidas possíveis soluções financeiras e linhas de crédito para investimentos no desenvolvimento de Campo Grande.

A prefeitura não detalhou quais são os investimentos e valores pleiteados.

CÂMARA

Vereadores derrubam veto da Prefeitura sobre repasse de R$8,7 mi a entidades sociais

Os vereadores garantiram, em votação, a destinação dos repasses às instituições

22/05/2025 16h15

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei Divulgação/CMCG

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Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande derrubaram o veto da do Poder Executivo ao Projeto de Lei nº 11.736/25, garantindo a destinação de R$8,7 milhões a entidades assistenciais e de saúde. O Projeto de Lei institui o Plano de Aplicação de Recursos do Fundo de Investimentos Sociais e o veto foi derrubado por unanimidade durante a sessão ordinária desta quinta-feira (22). 

Os vereadores mostraram indignação com o indeferimento do Projeto e ressaltaram a importância do trabalho das pessoas do Terceiro Setor, além de defenderem o aumento nos valores que precisam ser repassados às instituições. 

Os recursos auxiliam os trabalhos desenvolvidos por instituições que atendem crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, famílias que estão em situação de vulnerabilidade, hospitais, unidades de saúde e de tratamentos. 

O presidente da Câmara, o vereador Epaminondas Neto, o Papy, ressaltou que “a Câmara tem um compromisso com o Terceiro Setor, que presta um serviço para a população que o município não consegue atender. Então, não tem como esse prejuízo ficar para as instituições e a Câmara defende esse interesse”. 

Para ele, a derrubada do veto não é uma forma de ‘bater de frente’ com o Executivo, mas uma forma de defender a posição da casa de leis, para que haja uma solução para esse pagamento. 

O projeto de lei aprovado na Câmara garante que cada vereador possa destinar R$300 mil para instituições, sendo R$150 mil para entidades da área de assistência social e outros R$150 mil para a área da saúde, recursos estes que estão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Com a derrubada do veto, a proposta com as emendas será expedida pelo presidente Papy e se torna lei. 

Instituições

Representantes de várias instituições sociais estiveram presentes para acompanhar a votação. Para a presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Amparo à Criança e ao Adolescente, Meire Pasquini, as emendas têm um valor fundamental para a entidade, pois elas garantem que o trabalho continue. 

“A expectativa quanto ao trabalho dos vereadores foi atendida, especialmente no que diz respeito à importância das emendas destinadas à nossa instituição. Estou muito feliz, pois foi essencial a derrubada do veto para que a gente possa dar continuidade ao nosso trabalho. Nós que estamos na ponta, lidando diretamente com a população, muitas vezes não conseguimos contar com o apoio do Poder Público Municipal. Por isso, essas emendas têm um valor fundamental — são elas que nos permitem manter nossas atividades funcionando”, ressaltou. A entidade atende 70 crianças.

Veto

De acordo com a prefeitura, a justificativa foi de que “o veto é medida que se impõe e tem como diretriz o ajuste fiscal, com objetivo de promover o equilíbrio entre receita e despesa, priorizando obras e serviços em andamento em detrimento de novos investimentos”. 
 

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