Cidades

MEGATRAFICANTE

Quadrilha de Motinha foi principal alvo da PF nesta quarta-feira

Megatraficante de MS, que já fugiu da PF de helicóptero em ação no ano passado, está na lista de procurados da Interpol

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A cocaína transportada A países da América Central pela quadrilhada desmantelada pela PF, nesta quarta-feira (15), era fornecida por Antônio Joaquim Mota, também conhecido como "Motinha" ou "Dom", o traficante mais procurado de Mato Grosso do Sul e um dos maiores do país.

Na operação realizada ontem, a PF não divulgou os nomes das pessoas presas ou que foram alvo de tentativa de captura, mas foi informado que Motinha fornecia a droga como troca para conseguir imóveis de luxo, em uma espécie de “permuta”.

Motinha adquiriu, pelo menos, uma chácara localizada na zona rural de Pedro Juan Caballero (Paraguai), avaliada em cerca de R$ 11 milhões, e um apartamento de luxo, em Joinville (SC), estimado em R$ 6,5 milhões.

Além disso, as cargas ilícitas serviam para pagar dívidas geradas pela compra das duas propriedades luxuosas. A cocaína usada nessas trocas foi contrabandeada da Bolívia e Colômbia.

Hoje, o traficante está na lista de Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), ou seja, seus dados e informações foram enviados para todos os países que integram a organização, juntamente com um alerta de prisão válido.

Segundo a JusBrasil, existem aproximadamente 70 mil difusões vermelhas cadastradas nos bancos de dados da Interpol, sendo que apenas um pouco mais de 10% desse total são públicas.

Histórias passadas

Em uma ação no ano passado que pretendia prendê-lo, o traficante conseguiu fugir de helicóptero dias antes, através de informações vazadas. Ele estava em uma propriedade rural que fica em Ponta Porã e se estende a Pedro Juan Caballero (Paraguai).

Aconteceu no dia 30 de junho, no qual as autoridades brasileiras e paraguaias se juntaram em uma operação para finalmente capturá-lo. Porém, segundo a PF, há a suspeita de informações vazadas ao traficante do lado paraguaio da apreensão.

Em fevereiro deste ano, Antônio Joaquim Mota, o “Tonho”, pai de “Motinha”, foi preso sob suspeita de tráfico internacional de drogas, posse e tráfico ilegal de arma de fogo e organização criminosa, em Ponta Porã.

Tonho foi transferido para o Presídio Federal de Campo Grande.

Antes disso, em 2019, os Mota estiveram envolvidos na Operação Lava Jato, já que a PF descobriu que o doleiro Dario Messer ficou escondido nas propriedades da família no Paraguai. Com isso, Tonho e Cezy Mota, pais de "Dom", foram acusados de associação criminosa neste caso e respondem a uma ação penal na Justiça Federal do Rio.

A família Mota é velha conhecida no mundo do crime, no qual atua desde 1970 e foi nomeada como “Clã Mota”, que além da participação de “Tonho” e “Motinha”, também conta com a presença da irmã Cecyzinha Mota e a mãe Cecy Mota, ambas investigadas por lavagem de dinheiro.

Nos primeiros anos da família no crime, ela atuava no contrabando de café, de cigarros e de eletrônicos. Com o passar do tempo, se especializaram no tráfico internacional de drogas, com grande influência na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.

Quadrilha derrubada

Mato Grosso do Sul e outros 10 Estados da Federação estão na mira da Polícia Federal, em combate a quadrilha que, durante três anos, transportou seis toneladas de cocaína em um esquema envolvendo empresas de fachada, doleiros e laranjas, suspeita de "alimentar" a América Central. 

Conforme lista a PF, são 64 mandados de busca e apreensão, mais 25 de prisão preventiva, 11 para encarceramento temporário, além do bloqueio de bens e valores mirando ao menos 80 pessoas e empresas envolvidas, bem como sequestro de cerca de 90 imóveis identificados.

Conforme a lista de municípios alvo, divulgada pela PF, em Mato Grosso do Sul as ações pelas operações Sordidum e Prime ficaram focadas em Bonito, Caarapó, Dourados e Ponta Porã.

Entre as apreensões locais se destacam caminhões; joias e dinheiro, além de veículos de luxo, como aponta o portal local Dourados News, que cita entre os alvos itens das empresas: Referência Incorporadora; Primeira Linha Acabamentos, Focco Imobiliária e Efraim Incoorporadora.

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Cidades

Acidente na BR-060 deixa uma mulher morta e duas feridas

Um dos veículos envolvidos na colisão transportava produtos contrabandeados

17/01/2025 10h15

Reprodução: redes sociais

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Um acidente na noite da última quinta-feira (16) deixou uma mulher morta e duas feridas na BR-060, entre Campo Grande e Sidrolândia. A colisão aconteceu no km-402 da rodovia, próximo à Fazenda Piana, ponto turístico bastante conhecido em Mato Grosso do Sul.

A vítima foi identificada como Cristialine Marucy da Silva, de 42 anos, estava no banco do passageiro de um veículo Volkswagen Gol branco, que seguia sentido Sidrolândia. O carro era conduzido pela filha da vítima, de 19 anos, que foi socorrida com escoriações e levada para o hospital de Sidrolândia.

No outro veículo, um Fiat Uno, havia apenas uma mulher, que também ficou ferida. Ela foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande com hemorragia e fratura no nariz. No carro, foram encontrados diversos produtos provenientes de contrabando, como maços de cigarro, bebidas e alho.

Os itens foram recolhidos pela Polícia Rodoviária Federal. Contatada pela reportagem, a PRF não deu retorno sobre a quantidade de produtos apreendidos.

Não há atualizações sobre o estado de saúde das socorridas. A polícia ainda investiga a dinâmica do acidente.

Segundo em rodovias federais

O acidente na BR-060 foi o segunda com vítima fatal em rodovias federais de MS na última quinta-feira (16).

Durante a tarde, uma colisão entre duas carretas deixou um caminhoneiro morto na BR-163, no km 31 da ponte do Rio Iguatemi. A vítima foi identificada como Rudinei Rigo, de 40 anos. O acidente foi causado após um caminhoneiro, que vinha no sentido contrário, e tentar desviar de um buraco na pista.

Rudinei percebeu a tentativa de desvio do outro caminhoneiro, e jogou sua carreta contra o guard rail, com o intuito de evitar a colisão. No entanto, o segundo semirreboque do outro veículo teria atingido em cheio a parte frontal da carreta, causando o óbito do caminhoneiro.

O condutor da Scania foi submetido ao teste do bafômetro, que não constatou nenhum teor alcoólico.

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EDUCAÇÃO

Proibidos em salas de aula de MS, celulares deverão ficar nas mochilas

Estudantes que descumprirem a nova determinação poderão sofrer punições, como suspensão ou até mesmo ter o aparelho confiscado pelo professor

17/01/2025 09h30

Alunos do Estado deverão manter os celulares dentro das mochilas enquanto estiverem na escola

Alunos do Estado deverão manter os celulares dentro das mochilas enquanto estiverem na escola Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com os celulares restritos em todas as salas de aula de Mato Grosso do Sul já a partir do início de fevereiro, o novo “lar” dos aparelhos será, ao máximo, a mochila dos próprios alunos. É o que aponta a resolução a ser anunciada pela Secretaria de Estado de Educação (SED) na primeira semana do mês que vem.

Quem tentar burlar a medida, a qual abrange todas as etapas da Educação Básica, poderá ter o aparelho pessoal confiscado pela direção da própria instituição de ensino.

A medida se estenderá durante as aulas, os intervalos e o período de recreio, sob a justificativa de “salvaguardar a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes”.

“Os alunos que não cumprirem podem sofrer as punições já previstas no próprio regimento das escolas – não criaremos nenhuma regra nova. Advertências, suspensão e, em último caso, a escola poderá recolher esse bem, o que é um problema, pois é um bem privado”, afirmou ao Correio do Estado o titular da SED, Hélio Daher.

O secretário destacou que a medida vai alterar uma cultura vigente, visto que o uso do aparelho celular se tornou cada vez mais proeminente, sobretudo entre os mais jovens.

O líder da Pasta disse que a manutenção do aparelho celular por parte do aluno é uma questão de segurança para os jovens, uma vez que, segundo ele, as orientações terão cunho pedagógico, “sobretudo no sentido de orientar os professores e as famílias dos alunos”.

Além do caráter pedagógico, os alunos poderão recorrer ao uso dos aparelhos celulares somente em casos de aviso prévio e sob o aval dos professores em sala de aula. Com a mudança, os contatos de urgência deverão, de acordo com Daher, ocorrer à moda antiga.

“Com a mudança, é claro que vamos gerar atrito entre os alunos, temos problemas com 
o vício de tela, mas antigamente os comunicados eram realizados diretamente com a escola, então não será uma coisa nova”, frisou.

Atualmente, a lei passa pela sua regulamentação, que deve acontecer no Conselho Nacional de Educação (CNE) e no Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul (CEE-MS).

Sancionado na terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Projeto de Lei nº 4.932/2024 deverá ser aderido pelas 27 unidades da Federação, medida que abarca estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

A Pasta espera concluir essa regulamentação até o fim deste mês, uma vez que no dia 3 de fevereiro tem início a formação dos professores da Rede Estadual de Ensino (REE), momento em que eles deverão ser orientados sobre cada ponto da nova lei e de como cumpri-la.

No caso das escolas municipais de Mato Grosso do Sul e das instituições de ensino particulares, a regulamentação necessária será realizada pelo CEE-MS.

A LEI

Formulada em 2015, a lei é de autoria do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) e define como sala de aula todos os espaços escolares nos quais são desenvolvidas atividades pedagógicas sob a orientação de profissionais de educação.

Apesar da proibição, a lei terá exceção em casos em que os alunos necessitem da tecnologia para o desenvolvimento, a inclusão e a evolução pedagógica.

“Será permitido o uso de aparelhos eletrônicos portáteis por estudantes da Educação Básica, dentro ou fora da sala de aula, quando se destine a garantir a acessibilidade, a inclusão e os direitos fundamentais, bem como para atender às condições de saúde dos estudantes”, diz trecho da lei.

Em contrapartida, caberá às instituições de ensino e às escolas elaborarem estratégias para tratar ao que o texto do projeto classificou como “sofrimento psíquico e da saúde mental dos estudantes” e oferecer treinamentos periódicos para a detecção, a prevenção e a abordagem de sinais sugestivos de sofrimento psíquico e mental e de efeitos do uso dos aparelhos celulares de forma indiscriminada por parte dos alunos.

No mesmo sentido, o ambiente escolar será responsável por disponibilizar espaços de escuta e acolhimento para receberem estudantes ou funcionários que estejam em sofrimento psíquico e mental 

“decorrente principalmente do uso imoderado de telas” e em função da nomofobia – termo utilizado para designar aqueles que sofrem de ansiedade ou medo pela falta do uso dos celulares.

O projeto frisa que o uso desregulado de celulares e aparelhos eletrônicos pode estar relacionado a distúrbios de ansiedade, transtornos alimentares e depressão, “especialmente com o uso de redes sociais”.

Conforme o projeto de lei, as restrições devem estimular a produção humana, a criatividade e o pensamento crítico, valorizar a prática esportiva presencial, incentivar a fruição e a participação nas manifestações artísticas e culturais e, sobretudo, abrir oportunidades de convívio e de interação olho no olho, essenciais para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.

“É uma medida necessária. O uso do celular da forma que estava era descontrolado, tira a atenção do aluno e prejudica uma das principais funções da escola: a socialização com colegas e com um grupo heterogêneo”, classificou Daher.

SAIBA

Os alunos que não cumprirem as orientações previstas em lei poderão ter seus celulares apreendidos, sofrer advertências ou até mesmo ser suspenso da unidade de ensino.

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