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Corpo brasileiro é achado em rio da fronteira em meio à 'guerra do tráfico' no Paraguai

Thiago Bram da Silva foi encontrado próximo da cidade paraguaia de Presidente Franco, mas autoridades estrangeiras acreditam em crime no Brasil e que corpo foi jogado para o País vizinho

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Desaparecido desde a última sexta-feira (24), o corpo do brasileiro Thiago Bram da Silva foi encontrado na tarde de terça-feira (28), na parte paraguaia da região de tríplice fronteira do Rio Paraná, enquanto o País enfrenta uma verdadeira "guerra" do tráfico. 

Esse corpo foi encontrado na cidade paraguaia de Presidente Franco, que fica na região do Porto Três Fronteiras, em que há a união de Brasil, Paraguai e Argentina em ponto do Rio Paraná. 

Thiago Bram da Silva, de 34 anos, apresentava uma série de antecedentes criminais, que vão desde registros pelos crimes de associação criminosa e tráfico de drogas. 

Conforme repassado pelo promotor Édgar Delgado, em entrevista ao site C9N, o corpo foi encontrado com uma série de disparos de arma de fogo, que teriam atingido Thiago: na perna, abdômen, braço, na região do pescoço e, principalmente, no rosto.

Édgar Delgado, como bem abordado na apuração do repórter Luiz Guilherme, reforça a hipótese estudada de que Thiago Bram tenha sido morto em território brasileiro, possivelmente ainda no primeiro dia em que anunciado seu desaparecimento. 

"Temos a teoria de que [a vítima] foi executada do lado brasileiro e jogada para este lado", disse.

Cabe destacar que, somente entram para as estatísticas sul-mato-grossense os casos que acontecem em território brasileiro, já que os assassinatos do “outro lado do muro” são de responsabilidade das forças policiais estrangeiras, seja no Paraguai ou na Bolívia.

Fim da paz na fronteira

Mato Grosso do Sul possui um total de 13 municípios fronteiriços com outros países, seja Paraguai ou Bolívia, entre eles: Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Japorã e Mundo Novo.

Nesse sentido, com pouco mais de 12% da população sul-mato-grossense, as regiões de fronteira de MS concentram 21% dos assassinatos registrados no Estado, índice esse de vítimas de homicídio doloso que é 27,12% comparado com o mesmo período de 2024. 

Entre os diversos fatores que impulsionam esses números, a "guerra" entre facções na disputa pelo comando das fronteiras acaba respondendo como um dos maiores fatores geradores de homicídios dolosos, segundo especialistas. 

Como bem acompanha o Correio do Estado sobre a situação, até meados de 2023 a fronteira Brasil/Paraguai conseguiu experimentar um curto período de paz após anos de guerra, quando registrou o menor número de mortes desde 2019 para os primeiros quatro meses de um ano. 

Então secretário Municipal de Segurança Pública de Ponta Porã à época, Marcelino Nunes de Oliveira frisou a "pausa" no enfrentamento entre facções rivais na faixa fronteiriça entre Brasil e Paraguai, cenário esse que ficou no passado. 

Há aproximadamente de uma semana, por exemplo, o País vizinho chegou a registrar três tiroteios no intervalo de 24 horas, que vitimaram dois brasileiros no Paraguai.

No fim da tarde de segunda-feira (20), Jonathan Medeiro da Fonseca, de 36 anos, foi executado no estacionamento do Shopping China, morto em Pedro Juan Caballero após ser atingido por pelo menos 16 tiros, que atingiram a região da cabeça, rosto e peito. 

Ex-candidato a vereador, o brasileiro Jonathan concorreu pelo MDB e teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, com sua morte comentada até mesmo pelo deputado paraguaio, Santiago Benítez (ANR-HC).

Ex-vereador de Pedro Juan Caballero, Santiago Benítez inclusive Desistiu recentemente de disputar a prefeitura de PJC por estar recebendo ameaças em meio à onda de atentados no Paraguai. 

O tiroteio seguinte teve alvo específico, semelhante ao terceiro caso que acabou vitimando outro brasileiro, nesse caso inocente, já que o mecânico atingido por uma bala perdida estaria no interior de uma loja de peças de reposição para motocicletas.

Essa ocasião de terceiro atentado ocorreu próxima às vias General Bruguez e Yegros, distante menos de 1,5 km do centro de Ponta Porã, com o alvo dos criminosos sendo Luiz César Argüello, homem conhecido como "Anguja que estaria a bordo de seu Jeep Compass cinza que ficou com 37 marcas de bala ao todo. Ele sobreviveu em um primeiro momento e foi removido para o hospital particular de San Lucas.

 

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Trio usa máscaras de terror em execução, queima carro e, mesmo assim, é descoberto

Usando máscaras de demônio e do Pânico, criminosos mataram a tiros um homem de 30 anos em uma conveniência

13/12/2025 10h55

Reprodução Polícia Civil

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Um dos suspeitos de executar Weslei Lima Souto, de 30 anos, conhecido como “Thula”, mesmo tendo usado máscara para ludibriar as autoridades, terminou preso pela polícia em Três Lagoas.

Momentos antes do crime, segundo o site MS News, a vítima chegou a uma conveniência no bairro Vila Verde, em uma Honda Biz. Ela esperava na fila para efetuar o pagamento quando três indivíduos armados desceram de um HB20.

O circuito de câmeras de segurança do estabelecimento mostra que um pai, com a filha no colo, estava à frente da vítima, que chegou a olhar em direção à porta e coçar a cabeça (confira o vídeo abaixo), parecendo confuso com a aproximação, da qual nem teve chance de se esquivar.

Chama atenção o fato de os criminosos terem usado máscaras, uma de demônio e outra do filme Pânico, franquia lançada originalmente em 1996 e retomada em 2022.

A polícia tomou conhecimento do homicídio triplamente qualificado e iniciou diligências. Os criminosos chegaram a atear fogo no veículo para apagar eventuais vestígios.

Com o auxílio do Núcleo Regional de Inteligência (NRI) e apoio das equipes da Seção de Investigação Geral (SIG), assim como da unidade da delegacia do município, foi possível levantar, com testemunhas, a identificação de um dos suspeitos, apontado como autor direto dos disparos.

A equipe se deslocou até a residência do homem, que não teve nome nem idade divulgados. Durante a conversa, ele acabou confessando a participação no crime e assumiu que disparou contra Weslei.

O suspeito foi encaminhado à delegacia e, durante interrogatório, na presença do advogado, relatou que a execução ocorreu por brigas anteriores e ameaças que a vítima teria feito.

Além disso, revelou que foi o primeiro a descer do veículo e a efetuar os disparos. Pela sequência das imagens, a polícia indica que ele era o homem que usava a máscara do Pânico. Os tiros atingiram a região da cabeça da vítima.

Ele relatou ainda que, mesmo após Weslei cair no chão, continuou atirando, atingindo também o tórax. Em seguida, o segundo indivíduo, com a máscara demoníaca, efetuou diversos disparos, assim como o terceiro, que não é visto nas imagens do circuito interno de segurança.

Fuga

Um quarto envolvido conduziu o veículo em que o trio fugiu. Eles seguiram até uma área rural e atearam fogo no automóvel, que ficou totalmente destruído.

Por meio de informações repassadas por uma empresa da região, o carro foi localizado e submetido a exames periciais realizados por agentes da Polícia Científica da Unidade Regional de Perícia e Identificação (URPI) de Três Lagoas.

Armas

A inteligência policial conseguiu levantar que as armas de fogo utilizadas no crime estavam enterradas em uma propriedade rural.

No local, após escavação, policiais encontraram e apreenderam as armas, além de dezenas de munições, bem como as máscaras e roupas utilizadas pelos criminosos.

Os aparelhos celulares da vítima e do suspeito foram apreendidos. O delegado solicitou a quebra de sigilo telemático para acessar informações que serão analisadas pelo Núcleo Regional de Inteligência.

Após a prisão em flagrante, a autoridade policial apresentou pedido de conversão para prisão preventiva. O suspeito foi encaminhado às celas da Depac, onde permanece à disposição da Justiça.

Veja o momento do crime

 

 

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Em 14h, chuva de 181 mm derruba pontes em Paranhos

Água tranbordou em pontos do município na zona rural e na zona urbana

13/12/2025 10h30

Reprodução

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Um forte temporal atingiu a região de Paranhos, a 462 km de Campo Grande, e deixou um rastro de destruição no município ao longo da última sexta-feira (12).

Conforme registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a região de Paranhos registrou, entre as 4h e as 18h de ontem, uma precipitação acumulada de 181,6 mm.

Queda de pontes

A intensidade das chuvas causou a queda da ponte de madeira que passa sobre o Rio Destino e dava acesso ao Assentamento Beira Rio e às aldeias Ypo`i e Sete Cerros na zona rural do município.

Em outro ponto do mesmo rio, uma ponte de concreto foi completamente carregada pelas águas. A estrutura dava acesso à Fazenda Itapuã e ao Assentamento Vicente de Paula e Silva.

Para acessar a cidade, moradores de ambas as regiões afetadas pela queda das pontes terão dar a volta pela Rodovia MS-165, pela linha internacional que separa Brasil e Paraguai.

Água transbordou

Com o grande volume de chuva, o Rio Iguatemi chegou a transbordar encobrindo uma ponte, na altura que liga a cidade de Paranhos a Rodovia MS-156, entre Amambai e Tacuru,

Outra inundação ocorreu na zona urbana de Paranhos, onde o Lago Municipal encheu por completo.

Veja os registros dos estragos:

Vídeo: Reprodução/A Gazeta News 

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