Cidades

PANTANAL

Cortes de Trump nos EUA afetam sistema da Nasa que monitora incêndios em MS

Satélite americano consegue identificar e criar mapas com maior agilidade sobre área queimada e vegetação removida

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Um dos principais sistemas públicos globais para fornecer dados sobre incêndios florestais no mundo está fora do ar desde o começo deste mês, sem data para voltar a funcionar.

O Sistema de Informações de Fogo para Gerenciamento de Recursos (Firms, na sigla em inglês) consegue reunir em um só local, de forma pública, dados de mais de cinco satélites e permite que diferentes equipes que atuam no combate possam obter dados diários, das últimas 24 horas e do período de sete dias. Também é possível levantar informações de períodos mais logos.

A paralisação do Firms acabou ocorrendo em um período crítico, com registro de incêndios florestais no Pantanal, tanto na região da Serra do Amolar, no município de Corumbá, como no Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari, no município de Alcinópolis. Sem o sistema, o combate pode continuar sendo feito, mas o acesso a informações estratégicas para analisar o avanço do fogo fica prejudicado.

Além de apresentar dados atualizados, bem como histórico de áreas com focos de calor, o Firms também tem serviços on-line que permitem que instituições de Mato Grosso do Sul e do mundo possam retirar mapas e programações para a automação de informações. 

O sistema funciona em parceria com o Serviço Florestal dos Estados Unidos e foi desenvolvido pela Universidade de Maryland, a partir de recursos da Nasa e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2007.

Além das informações de satélite, o Firms também utiliza algoritmos para auxiliar na leitura desses dados e criar mapas que mostram área queimada, remoção de vegetação nativa ou alteração da estrutura de um território.

“Em função do fechamento administrativo do governo federal, a Nasa não está atualizando o site e outras informações e dados podem, temporariamente, ficar indisponíveis. Nós pedimos desculpas pelo inconveniente”, esclareceu nota da Nasa. A comunicação é assinada pela Equipe Firms.

Conforme a pesquisadora Tatiane Deoti Pelisarri, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), ter a possibilidade de compreender cenários a partir de estatística e dados é fundamental para se traçar estratégias. 

“Os dados [...] são amplamente utilizados em mapeamentos de incêndio, áreas florestais queimadas, zoneamento de risco de incêndio, análise de focos de incêndio e na caracterização dos regimes de incêndios global e local”, escreveu a pesquisadora em sua tese de doutoramento, intitulada “Emissões de CO2 Provenientes de Incêndios e de Diferentes Usos e Ocupação do Solo no Pantanal Brasileiro”.

No Brasil, o uso desse sistema público representa a possibilidade de capturar detalhes em tempo real, no período de cerca de três horas, para identificar onde estão focos ativos de calor. Conforme o engenheiro da computação Alexandre Henrique Soares Dias, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), esse modelo usado pelo Firms gera detalhes confiáveis por estar concatenado com satélites que fazem uma varredura no globo.

Ele explicou, no trabalho “Uma Análise Exploratória de Dados sobre Incêndios Florestais no Brasil”, que o método de varredura é essencial porque está a bordo dos satélites Terra (EOS AM-1) e Aqua (EOS PM-1). O satélite Terra orbita ao redor do planeta cronometradamente, para que passe de norte a sul sobre o Equador pela manhã, enquanto o Aqua passa de sul a norte sobre o Equador à tarde

“Com essas informações é possível melhorar a compreensão das dinâmicas e dos processos globais que ocorrem na terra, nos oceanos e na atmosfera mais baixa. Está desempenhando um papel vital no desenvolvimento de modelos validados, globais e interativos do sistema Earth da Nasa, capazes de prever mudanças globais com precisão suficiente para ajudar os formuladores de políticas públicas a tomar decisões sólidas em relação à proteção do meio ambiente”, defendeu Alexandre Dias.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que tem o sistema Painel do Fogo, utiliza-se do Firms para capturar dados e alimentar a plataforma brasileira. Porém, há também outros métodos para compor as informações.

OUTRAS FERRAMENTAS

Além dessas informações via satélite, uma outra ferramenta usada para combater incêndios florestais é o monitoramento em tempo real por câmeras, como é o caso do sistema Pantera, desenvolvido pela Um Grau e Meio e que tem uma central na sede do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), em Corumbá, para monitorar a região da Serra do Amolar. 

Esse território é de alta prioridade para a conservação da biodiversidade.

Além do IHP, o acesso ao sistema Pantera é compartilhado com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, a Defesa Civil de Corumbá e o Prevfogo/Ibama. 

Como esse sistema faz análises ao vivo, com uso de inteligência artificial, não há um impacto direto que o Firms possa causar na detecção, contudo, ele não tem abragência em todo o território pantaneiro.

“O Firms, porém, contribui para que possamos extrair várias informações e entender mudanças, área atingida, até mesmo gerar automatização de algumas análises”, comentou o analista de tecnologia do Instituto Homem Pantaneiro, Igor Souza.

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Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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