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Cristiana Oliveira engorda 15 kg para viver papel de presa

Cristiana Oliveira engorda 15 kg para viver papel de presa

Revista Época Mulher 7 por 7

13/03/2011 - 18h46
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Desde que começou sua carreira, a atriz Cristiana Oliveira foi sinônimo de beleza, boa forma, sensualidade. Daí o susto ao vê-la na foto ao lado, caracterizada como Araci, uma presidiária amiga de Norma (Glória Pires), em Insensato Coração. Para viver o papel, a atriz, de 47 anos, engordou 15 quilos (ficando com 77 quilos em seu 1,77 m), malhou ainda mais, fez onze tatuagens falsas e adquiriu uma expressão angustiada. “Joguei minha vaidade no lixo por um tempo”, diz a atriz, que se transformou em símbolo sexual desde que viveu a Juma Marruá de Pantanal, em 1990.

Para este trabalho, ela não investiu apenas na mudança de imagem. Por vários meses, visitou penitenciárias e conheceu mulheres de todos os tipos. Foi uma delas, aliás, que lhe deu “um toque” sobre a necessidade de mudar a aparência para dar mais veracidade à personagem. A pesquisa de campo foi tão profunda que agora Cristiana, que também é jornalista, pensa em escrever um livro sobre essas mulheres.

Acompanhe a entrevista

Por que esta transfomaçao?

Eu quis. Ninguém da direção da novela me pediu nada. Mas eu achei o personagem muito interessante e resolvi investir. Primeiro visitei penitenciárias femininas, casas dd custódia, delegacias, tanto no Rio quanto em outras cidades. Conheci muitas mulheres e ouvi suas histórias. Foi uma pesquisa tão profunda que eu tenho planos de extrapolar o laboratório para a personagem e escrever um livro. Eu sou jornalista, já trabalhei em redação.

O que mais chamou sua atenção?

Menos a marginalidade e mais a questão feminina lá dentro. O quanto elas são emocionalmente frágeis. A maioria entro no crime por amor. Foram levadas pelos parceiros e depois abandonadas. Nos presídios de homens, o dia de visita é cheio, né? Mas no femininos, não. Elas são muito sozinhas, abandondas. São muito carentes. Talvez daí o alto índice de homossexualidade. Eu as vejo como mulheres presas em seus próprios corpos. Além do mais, elas precisam ser fortes para se impor, ter poder. Mas as exceções também existem. Conheci muitas mulheres baixinhas e fraquinhas que são respeitadas na prisão. Mas a maioria é fortona. Fazem exercícios, usam garrafas pet cheia de areia como peso. Foi lá que uma delas me deu um toque, disse que eu tinha que comer mais feijão com arroz pra convencer no papel.

Quem é a Araci?

Ela é um pouco das presas que conheci. Traficante, presa por formação de quadrilha. É rebelde, apronta sempre e já foi várias vezes para o isolamento – que é seu maior medo. Ela não gosta de ninguém. Está sempre tensa. Vai usar a Norma, personagem da Glorinha (Pires), uma novata, para se dar bem, para fazer trabalhos pra ela.

Já está acostumada com o novo visual?

Não. Está difícil eu me olhar no espelho. Joguei minha vaidade no lixo, né? Fiquei tão irreconhecível que amigos já me viram na rua e passaram direto. Num dos presídios que fui, já mais forte e tatuada, me confundiram com uma detenta.

Como foi essa transformação?

Ganhei 15 quilos. Imagino que dez de gordura e cinco de músculos. Eu sempre fiz um treinamento forte, mas radicalizei. Muito boxe. No mais, abri a boca geral, comi de tudo. Uma liberdade que eu não tinha desde a adolescência, quando eu era gorda. De lá pra cá sempre me cuidei, acompanhada por personal, nutricionista, tudo isso.

Depois de adulta, você nunca mais engordou. Acha que vai ser fácil voltar à velha forma depois que Araci partir?

Espero que sim. Mas dá medo. Primeiro, por causa da lembrança do meu corpo quando eu era mais nova. Segundo, porque já estou com 47 anos e tudo fica mais difícil depois de uma certa idade. Mas teve um lado muito bom. Comer e beber à vontade, doces, vinho, cerveja. Eu estou vivendo a vida de um ser humano normal (risos)! Mas, repito, dá medo. Outro dia uma figurinista da novela me perguntou: você não tem medo de perder os seus fãs?

E tem?

Não, eu sou uma atriz. Mas também é verdade que somos muito cobrados em relação ao corpo. Essa TV digital engorda e envelhece todo mundo, é uma praga. Eu estou uma monstra, sei que vou chocar muita gente. Mas estou curtindo muito este momento.

Droga líquida

O que é "loló", entorpecente que causou explosão em transportadora

Também conhecido como "lança-perfume", a droga é popular entre os jovens e causa preocupação nas autoridades de saúde pública

23/11/2024 10h30

Reprodução

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O conteúdo do pacote que explodiu em uma transportadora em Campo Grande, na tarde da última segunda-feira (18), foi identificado pela polícia como "lança-perfurme", entorpecente líquido popularmente conhecido como "loló".

Mas afinal, o que é loló?

O loló se enquadra em um grupo chamado "drogas depressoras da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC)", ou seja, drogas que diminuem atividades cerebrais. Ele consiste em um entorpecente psicoativo feito a partir de solventes químicos.

Geralmente, é comercializado em frascos de alta pressão, mas em eventos, como festas, por exemplo, é comum ser armazenado em latinhas de bebida e garrafinhas plásticas.

O entorpecente evapora rapidamente quando entra em contato com o ar, então seu uso é feito por inalação, através da boca e do nariz. 

Composição

Geralmente, é composto por cloreto de etila, éter e clorofórmio, acompanhados por etanol, e uma essência perfumada ou bala para saborizar.

Efeitos

Um artigo desenvolvido por estudantes da Universidade de São Paulo (USP), explica que os inalantes são absorvidos pelos  pulmões e iniciam seus efeitos rapidamente, ultrapassando a barreira hematoencefálica, uma estrutura que regula a passagem de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central, ou seja, a droga é absorvida com facilidade, e chega rapidamente - em questão de segundos - ao encéfalo. 

Os efeitos da inalação duram pouco tempo, uma média de 10 a 30 minutos, o que faz com que os usuários façam cada vez mais o uso de doses da droga.

A substância inibe os receptores do sistema nervoso central relacionados à excitabilidade neuronal. Dessa forma, surgem efeitos como:

  • excitação;
  • euforia;
  • tranquilidade;
  • hilaridade;
  • sensação de flutuação;
  • relaxamento;
  • alucinações.

Ainda conforme a pesquisa publicada pela USP, com exceção das alucinações, os efeitos iniciais se assemelham aos de consumo de álcool.

No entanto, após essa fase, os usuários costumam apresentar sintomas como:

  • confusão;
  • perda do autocontrole;
  • sonolência;
  • descoordenação muscular;
  • diminuição dos reflexos;
  • fala pastosa;
  • cefaleia;
  • vertigem;
  • batimentos cardíacos acelerados;
  • zumbidos nos ouvidos;
  • náuseas e vômitos;
  • e desorientação.

Em casos de inalação intensa e repetitiva, a depressão do sistema nervoso central é tamanha que pode levar à morte por parada cardiorrespiratória, diz a pesquisa.

História

A droga se popularizou no Brasil no início do século XX, importada da Argentina. Inicialmente, era borrifada entre os foliões em bailes e carnavais, se tornando, inclusive, símbolo das festividades cariocas.

A "brincadeira" tomou maiores proporções quando a mistura deixou de ser borrifada em determinado público e passou a ser diretamente inalada pelos jovens. Para isso, eram utilizados lenços molhados.

Com o avanço do abuso do uso da substância, inúmeras mortes por intoxicação começaram a ser registradas, causadas por parada cardiorrespiratória.

Em 1961, a fabricação, o comércio e o uso do produto foram proibidos no país por decreto do presidente Jânio Quadros, o que posteriormente gerou a Lei N° 5.062/6612, que vigora até os dias de hoje.

Obviamente, a legislação não fez com que as pessoas parassem de consumir o entorpecente, e o loló continua tendo espaço, principalmente entre os jovens.

Um dos ilícitos mais consumidos do Brasil

Uma estimativa feita pela Fundação Oswaldo Cruz, divulgada no “III Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira”, 2019, revelou que as substâncias tipo loló estão entre as drogas ilícitas mais consumidas no país, atrás apenas de maconha e cocaína em pó.

Em números absolutos, estima-se que 4,2 milhões de brasileiros já tenham consumido inalantes do tipo em algum momento da vida.

Explosão em transportadora

Na tarde da última segunda-feira (18), um pacote explodiu ao ser manuseado pelo funcionário de uma transportadora localizada no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.

Imagens da câmera de segurança do local mostram que o funcionário não chegou a abrir a caixa. Ele derrubou o pacote, e no momento em que pegou de volta, a embalagem explodiu. Confira:

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, o funcionário sofreu um corte no rosto, e foi socorrido pelos próprios colegas.

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Jaraguari

Polícia Civil apreende meia tonelada de cocaína e dois fuzis em MS

Carga apreendida foi avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões

23/11/2024 09h15

Operação apreendeu meia tonelada de cocaína e dois fuzis

Operação apreendeu meia tonelada de cocaína e dois fuzis Foto: Divulgação / PCMS

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Por meio da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), a Polícia Civil  apreendeu 523 kg de cocaína, dois fuzis e outros 205 kg de maconha em Jaraguari, cidade distante 55 km da Capital.

A ação realizada nesta sexta-feira (22) se deu por meio denúncia  de que fardos de drogas haviam sido avistados na região. A carga apreendida foi avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões.

Operação Células 

Na última quinta (21), foi deflagrada em Dourados a operação “Células”, também em combate ao tráfico de drogas. A ação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Polícia Civil do município  e contou com apoio de cerca de 60 policiais.  

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, que fecharam oito “bocas de fumo”. Dez pessoas foram presas em flagrante por  tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Foram encontrados cocaína, maconha e crack, um revólver de calibre 38, um revólver de calibre 32, munições de calibres diversos e mais de R$ 20 mil em espécie.

De acordo com a Polícia Civil, a expressão “Células” se refere aos diversos núcleos de traficantes que atuam espalhados por diversos bairros do município. O objetivo da ação é desmantelar e enfraquecer esses grupos. 

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