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Estado recebe visita do Ministério da Saúde para debater enfrentamento à dengue e chikungunya

Nas primeiras 10 semanas de 2023, Mato Grosso do Sul registrou aumento de 678,24% nos casos de dengue e 3583,3% nos casos de chikungunya em relação ao mesmo período de 2022

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Durante a semana, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) conta com a visita técnica do Ministério da Saúde para discutir ações estratégicas de enfrentamento às arboviroses, em especial a Dengue e a Chikungunya, em Mato Grosso do Sul. 

A agenda da SES teve início na manhã desta segunda-feira, em uma reunião com a equipe técnica do Ministério da Saúde, onde foi apresentado um quadro situacional da dengue e da chikungunya no Estado.

Segundo a gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, o período da tarde foi dedicado a realizar visitas técnicas em alguns pontos da Capital.

“Amanhã (21), a equipe seguirá para Ponta Porã onde ficarão por dois dias no município”, informou.

A "visita" do Ministério da Saúde chega ao fim na sexta-feira (24).

A secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, destacou a importância da troca de experiências com os técnicos do Ministério da Saúde para encontrar novas medidas preventivas para enfrentar as arboviroses em Mato Grosso do Sul.

“Nós temos acompanhado de perto a evolução de casos de Dengue e Chikungunya, principalmente, na região de fronteira. Nos últimos anos, nós temos avançado muito nas ações de enfrentamento das arboviroses. Essa troca de experiência com os técnicos do Ministério da Saúde é de extrema importância pois nos ajudará a encontrar novas medidas preventivas para o enfrentamento das arboviroses em nosso Estado”.

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, nas primeiras 10 semanas de 2023, a Secretaria de Estado de Saúde já registrou 13.235 casos prováveis de dengue em Mato Grosso do Sul.

O número é sete vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em 2022, foram 1.701 casos prováveis notificados nas primeiras 10 semanas. O número preocupante registrado em 2023 representa um aumento de 678,24%. 

Apenas na 10ª semana epidemiológica deste ano, foram notificados 2.252 casos prováveis de dengue, 408,35% a mais do que as 159 notificações no mesmo período do ano passado, segundo dados do último boletim epidemiológico divulgado pela SES no dia 15 de março. 

As cidades de Alcinópolis e Bodoquena decretaram situação de emergência por conta da epidemia de dengue, notificando neste ano 233 e 260 casos prováveis de dengue notificados.

Os dados epidemiológicos estaduais deste ano apontam ainda que os municípios de Três Lagoas, Campo Grande e Bonito apresentam os maiores números de registros de dengue.

A terceira maior cidade de MS, Três Lagoas, lidera o ranking, com 771 casos confirmados, enquanto a Capital tem 408 e Bonito registra 373 casos da doença. 

Por ora, já foram confirmados em todo o Estado 5.550 casos de dengue. Cinco pessoas já morreram por complicações decorrentes da doença neste ano. Outras quatro mortes suspeitas de dengue seguem em investigação.

Nas primeiras 10 semanas de 2023, Mato Grosso do Sul já notificiou 1.105 casos prováveis de chikungunya em todo o Estado. O número nos primeiros três meses já é 86% maior do que o registrado em todo o ano de 2022, período em que Mato Grosso do Sul registrou 594 casos prováveis da doença.

Durante as 10 primeiras semanas de 2022, foram notificados 30 casos prováveis de chikungunya. Neste ano, o número foi 3583,3% maior.

Segundo a SES, o motivo do aumento dos casos se dá pelas chuvas intensas registradas nos meses de janeiro, fevereiro e março, período propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, que, além da dengue, é responsável por transmitir zika e febre chikungunya. 

A diretora de Vigilância em Saúde, Larissa Castilho, destaca que Mato Grosso do Sul está entre os estados prioritários que foram inseridos no COE das Arboviroses (Centro de Operações de Emergências de Arboviroses) justamente com objetivo de elaborar estratégias de controle e redução de casos. 

“A equipe vem no sentido de colaborar trazendo novas orientações e estratégias tanto para a equipe estadual como aos municípios, principalmente, os de fronteira, para que possamos conter os casos de Dengue e de Chikungunya”.

Capacitação

No dia 23 de março, a equipe do Ministério da Saúde, juntamente com o médico infectologista André Siqueira – responsável técnico da Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde - fará capacitação com equipes dos 79 municípios do Estado. Na agenda, está prevista a participação na CIB (Comissão Intergestores Bipartite), que reúne os 79 secretários municipais de saúde, e a discussão sobre o Plano de Contingência do Estado e dos Municípios.
 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

CAMPO GRANDE

Trabalhadores engrossam paralisação na Santa Casa

Se no primeiro dia manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, ato é engrossado e pelo menos dois mil  trabalhadores aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário

23/12/2025 11h00

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: 

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua". Marcelo Victor/Correio do Estado

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Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos/serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua".

"Com efetivo de 50% na paralisação e 50% trabalhando nos setores", complementa a Santa Casa de Campo Grande em retorno. 

Em outras palavras, se no primeiro dia a manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, a paralisação é engrossada e pelo menos dois mil  trabalhadores da Santa Casa (dos quatro mil totais) aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário. 

Sem acordo

    

Enquanto a Santa Casa de Campo Grande aponta que, até o momento, não há nenhuma novidade em relação ao pagamento do décimo terceiro, que afeta todos os funcionários celetistas da unidade, a paralisação acaba impactando na vida não somente dos trabalhadores mas também de pacientes e visitantes. 

Ainda ontem no fim da tarde, através das redes sociais, a Santa Casa de Campo Grande emitiu comunicado anunciando ajustes temporários nas rotinas de vista aos pacientes, diante da paralisação. 

Essas visitas estão autorizadas tanto para pacientes internados na Unidades de Terapia Intensiva (UTI) quanto nas enfermarias. 

Esses ajustes na rotina seguem as seguintes diretrizes: 

  • - Apenas um familiar será liberado e permitido vistar o paciente;
  • - Cada paciente tem direito a uma visita por dia, feita pelas manhãs, às 11h. 
  • - Acesso das visitas deve ser feito exclusivamente pela porta de vidro do térreo.  

Há o detalhe de que, para os pacientes da área de trauma, onde ficam os acidentados, os visitantes devem dirigir-se pela entrada específica do setor. 

É o caso de Vitória Lorrayne, que está com o irmão acidentado na Santa Casa, que deu entrada na unidade desde o domingo e seria submetido a cirurgia durante o primeiro dia de paralisação, e sequer conseguiu contatar o parente que foi vítima de acidente de moto. 

"Não facilitaram em nada. Até disse que minha mãe sairia de viagem e precisava de notícias, está preocupada, mas falaram ontem (22) infelizmente que eu não poderia entrar", comenta ela. 

Como se não bastasse, até mesmo as informações sobre quando teria novamente contato com o irmão foram desencontradas, já que num primeiro momento mandaram a jovem voltar à Santa Casa por volta de 16h, quando novamente foi impedida de fazer a visita. 

"Voltei lá e disseram que haviam suspendido as visitas da tarde e da noite. Que seria apenas hoje às 11h, e não facilitaram em nada, sendo que gastei 70 reais ao todo entre idas e vindas", conclui. 

Os serviços afetados são atendimentos (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc) , lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).
**(Colaborou Naiara Camargo)

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