Cidades

FRONTEIRA

É possível comprar moto no Paraguai e trafegar no Brasil? Saiba se compensa

Preços no país vizinho são muito mais baixos do que no Brasil, mas taxas de importação podem tornar compra menos atrativa; Veja vantagens e desvantagens

Continue lendo...

O Paraguai é há décadas um dos destinos mais procurados por brasileiros em busca de produtos mais baratos, especialmente eletrônicos e itens importados. Mas e quando o assunto é algo maior, como uma motocicleta? Com preços consideravelmente mais baixos que no Brasil, a ideia de comprar uma moto no país vizinho pode parecer vantajosa, especiamente por ser fronteiriço.

No entanto, além dos custos, é importante considerar exigências legais para entrar no Brasil com uma moto comprada no Paraguai. A importação é legal, mas é importante considerar os custos adicionais envolvidos no processo, como impostos, taxas de importação, transporte e regularização junto aos órgãos competentes, que podem reduzir a vantagem financeira inicial.

Além disso, é importante ressaltar que a importação de veículos usados incluindo motos, é proibida no Brasil, com exceção de casos específicos previstos em lei.

Quanto custa comprar uma moto no Paraguai

Conforme pesquisa realizada pelo Correio do Estado em sites especializados, em maio de 2025, aponta que a diferença de preços entre motos 0 km no Paraguai e no Brasil é bastante significativa, com motos no Paraguai custando, em média, até 50% a menos, dependendo do modelo e da cilindrada.

No Paraguai, uma moto básica de 100 a 125 cilindradras custa entre R$ 3 mil e a R$ 5 mil, enquanto no Brasil os preços são, em média, acima de R$ 8 mil. Os modelos intermediários, de 150 cc a 170 cc, variam entre R$ 7 mil e R$ 10,2 mil no Paraguai e ficam acima de R$ 12 mil no Brasil.

Esses valores são aproximados e podem variar conforme a loja, promoções e o câmbio do momento. 

A diferença considerável acontece porque o Brasil tem uma carga tributária muito alta e um sistema tributário extremamente complexo, o que impacta significativamente no valor final dos produtos.

Porém, conforme informado anteriormente, é importante observar todas as normas de importação para não correr o risco de incorrer em crime e ter a moto apreendida.

É permitido trafegar como motos com placas do Paraguai no Brasil?

Assim como acontece com os automóveis, não é permitido trafegar com  motos com placas do Paraguai no Brasil, exceto em algumas situações específicas.

Segundo a legislação brasileira, veículos com placa estrangeira só podem rodar no país em condição de turismo. Ou seja, se a moto possuir uma placa do Paraguai, o dono também precisa ter residência fixa no país vizinho.

Sem um registro nacional, o dono da moto deixa de pagar impostos que incidiriam na importação regular de um bem novo, como Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Também deixa de pagar Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Se um brasileiro estiver pilotando no Brasil com um carro com placa de outro país e não for morador do território em questão, ele pode ser acusado de crime de contrabando. Além de responder criminalmente, o veículo é apreendido e há multas por sonegação fiscal.

Segundo a lei, mesmo que o dono do veículo trabalhe ou tenha empresas no país vizinho, o que é comum em regiões de fronteira, ele não pode ter um carro emplacado lá caso o domicílio tributário seja no Brasil.

Vantagens de comprar moto no Paraguai

A principal atração é o preço mais baixo de motos no Paraguai, que atrai muitos consumidores brasileiros. No Paraguai, impostos e taxas são menores, o que reduz o preço final.

A variedade de modelos também é uma vantagem em relação ao Brasil. Algumas marcas e modelos importados populares no Paraguai não são comercializados oficialmente no Brasil, o que pode ser uma vantagem para quem busca modelos diferentes e que custariam muito mais caro caso fossem importados dos países de origem.

Para os moradores de regiões fronteiriças, a proximidade geográfica também facilita o processo de compra.

Desvantagens

Assim como ocorre com qualquer automóvel, para uma moto comprada fora do Brasil rodar no País, é necessário fazer o processo de importação, mesmo que se adentre em terriório brasileiro via terrestre, conduzindo o próprio veículo. 

O processo para registrar e legalizar um moto importada gera custos adicionais, que podem ser uma desvantagem ao aumentar o valor final do produto.

Há ainda a burocracia que, muitas vezes esbarra em entraves logísticos e financeiros que tornam o processo longo, até que a pessoa possa de fato trafegar com sua moto no território brasileiro.

Dentre as taxas, estão o pagamento de impostos de importação, taxas de legalização, além de adaptações, caso seja necessário, para que a moto atenda às normas brasileiras de segurança e emissões. 

Um ponto importante que deve ser obsevado e que pode vir a ser a principal desvantagem é a garantia e assistência técnica, pois, assim como outros produtos, motocicletas adquiridas no Paraguai podem não ter cobertura de garantia no Brasil, o que pode resultar em dificuldades na manutenção e conserto do veículo. A disponibilidade de peças também pode ser um problema, dependendo do modelo e da marca adquiridos.

Por fim, é fundamental comprar em lojas confiáveis para evitar problemas com motos usadas, clonadas ou com documentação irregular.

Importação

Veículos com placas estrangeiras só podem rodar no Brasil sob certas condições, e mantê-los em território nacional sem as exigências pode ser considerado contrabando, passível de penalizações criminais, multas e apreensão do veículo.

A legislação brasileira é rigorosa quanto à entrada de veículos estrangeiros. Conforme a lei, é permitida a importação apenas de veículos novos, 0 km. No caso de veículos usados, é permitido apenas para veículos com mais de 30 anos de fabricação, para fins culturais e de coleção.

Especificamente para importação de veículos do Paraguai para o Brasil, incluindo motocicletas, o processo envolve diversas regulamentações e requisitos legais.

Para legalizar uma moto importada, é necessário pagar:

  • Imposto de Importação, calculado sobre o preço do carro somado ao frete, seguro e outras taxas aduaneiras;
  • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
  • Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
  • Programa de Integração Social  e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins).

Além dos custos, a moto deve atender às normas brasileiras de segurança e emissões, o que pode exigir adaptações no veículo. Desta forma, ele também passa por inspeção e homologação, realizado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Para a legalização do veículo no Brasil, também é exigida a documentação que comprove a origem do veículo e a regularidade da compra. Isto porque, como a lei do Paraguai é menos rígida, há a possibilidade de adquirir uma moto roubada.

Os interessados precisarão obter todos os documentos necessários, como licenças e autorizações, que geralmente são geradas pela Receita Federal.

OPERAÇÃO

Justiça toma duas fazendas de contrabandistas de cigarros em MS

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em quatro municípios sul-mato-grossenses e em outros dois do Paraná, com bloqueio de bens de R$ 30 milhões

12/06/2025 09h45

Veículos, embarcações e armas de fogo também foram apreendidos na ação

Veículos, embarcações e armas de fogo também foram apreendidos na ação Foto: Divulgação/PF

Continue Lendo...

A Polícia Federal deflagrou a Operação Terras Frágeis, na manhã desta quinta-feira (12), da qual apreendeu fazendas e bens de organização criminosa suspeita de atuar em quatro municípios de Mato Grosso do Sul em tráfico de drogas e contrabando de cigarros.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Itaquiraí, Iguatemi, Coronel Sapucaia, Palotina, Douradina (PR) e Icaraíma (PR), seguindo autorização da Justiça Federal da 3ª Região.

Ao todo, houve bloqueio de bens da organização criminosa que ultrapassa a casa dos R$ 30 milhões, além de duas fazendas localizadas em Iguatemi e Coronel Sapucaia, distantes a cerca de 400 km de Campo Grande.

Suspeita-se que ambas as terras rurais foram adquiridas com dinheiro oriundo do contrabando de cigarros e outras atividades criminosas. Também foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos, veículos, embarcações, armas de fogo, gado e outros bens.

Pelo porte ilegal de arma, dois indivíduos foram presos em flagrante e também devem responder pelos crimes citados acima.

Cigarros, contrabando & MS

Em Mato Grosso do Sul, a comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai é muito mais comum que no restante do Brasil, por conta da fronteira com o país vizinho.

Esse cenário faz com que, de 10 maços vendidos no Estado, 7 sejam de marcas ilegais, o que resulta em uma perda bilionária aos cofres do governo do Estado, que não recolhe o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) desses produtos.

Estimativa feita pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), com base nos dados do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), mostra que, nos últimos seis anos, R$ 2,7 bilhões deixaram de ser arrecadados em Mato Grosso do Sul em razão da venda ilegal de cigarros contrabandeados.

Só no ano passado, ainda de acordo com o FNCP, foram R$ 150 milhões perdidos em imposto que poderia ter sido cobrado.

Esse valor é alto porque o ICMS cobrado em Mato Grosso do Sul sobre o cigarro legal é de 30%. Essa política de impostos altos incidentes sobre esse tipo de produto é uma prática comum no País inteiro, como uma forma de desestimular que a população faça uso de um produto que comprovadamente faz mal à saúde.

Pelos dados do Ipec, no ano passado, 72% dos cigarros comercializados em todo o Estado tinham origem ilegal, porcentual que representa mais que o dobro do valor nacional, que foi de 32% em 2024.

Apesar de o valor ser alto, ele representa uma pequena queda em relação a 2023, quando esse mercado representava 74% das vendas de cigarro no Estado. E esse porcentual já chegou a ser de 85%, em 2019.

Matéria publicada em fevereiro deste ano pelo Correio do Estado mostrou que, de acordo com números da Polícia Federal, no ano passado, a corporação apreendeu R$ 87.771.190 em cigarros contrabandeados em Mato Grosso do Sul.

*Colaborou Daiany Albuquerque

Assine o Correio do Estado

"Não vem mais"

Show da banda Natiruts no dia dos namorados é cancelado em Campo Grande

Apresentação marcada para acontecer no Shopping Bosque dos Ipês às vésperas de feriado, foi cancelada cerca de 12 horas antes do início

12/06/2025 09h36

Turnê de despedida da banda Natiruts teria show em Campo Grande e foi cancelada

Turnê de despedida da banda Natiruts teria show em Campo Grande e foi cancelada "por motivos técnicos" Divulgação

Continue Lendo...

Show que faz parte da turnê de despedida "leve com você" da Banda Natiruts, a apresentação marcada para esta quinta-feira (12) de Dia dos Namorados e véspera de feriado no Bosque Expo em Campo Grande está oficialmente cancelada. 

Por meio de nota, o Shopping Bosque dos Ipês e as páginas do Bosque Expo e página para divulgar o show da Natiruts em Campo Grande informaram que o evento está oficialmente cancelado. 

Além disso, foi esclarecido para aqueles apaixonados que compraram ingresso para o show que será possível solicitar o reembolso, que será feito da mesma forma que a compra do ingresso, tanto online como para quem adquiriu direto no ponto de venda. 

Para quem fez a compra online, é necessário acessar o site meubilhete.com.br e pedir o estorno de forma automática, enquanto quem comprou diretamente precisa estar com ingresso em mãos no mesmo ponto de venda e há o prazo de até 72 horas para recuperar o valor. 

Sem maiores justificativas, foi apenas apontado pelas partes responsáveis que o cancelamento está se dando "por motivos técnicos", cancelado cerca de 12 horas antes do início. 

Turnê de despedida

Referências do reggae brasileiro, a banda Natiruts anunciou oficialmente sua despedida dos palcos e Campo Grande estaria entre as cidades escolhidas para a turnê final já nesta quinta-feira. 

Com quase três décadas de carreira, a banda brasiliense já passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, entre outros pontos apresentando seus últimos shows. 

Em Campo Grande, os portões estavam previstos para abrirem à partir de 20h, com o show se estendendo de 22h até às quatro horas da manhã do feriado de Santo Antônio na Cidade Morena. 

Formada em 1996, a banda ganhou notoriedade nacional com a proposta de fazer um reggae genuinamente brasileiro, misturando influências jamaicanas com sonoridades locais e letras que falam de espiritualidade, amor, natureza e consciência social. 

O álbum de estreia, Nativus (1997), trouxe o primeiro sucesso da banda, "Liberdade pra Dentro da Cabeça". Ao longo dos anos, o grupo consolidou uma carreira sólida, com turnês pelo Brasil e pelo mundo.

Importante lembrar que Campo Grande já recebeu o Natiruts em diversas oportunidades ao longo da carreira do grupo, com apresentações em festivais, casas de shows e eventos culturais. 

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).