Cidades

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Em Maracaju, colônia de holandeses festeja vitória

Em Maracaju, colônia de holandeses festeja vitória

Redação

03/07/2010 - 00h14
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Silvia Tada | enviada especial a Maracaju

Hup Holland Hup! As palavras entusiasmadas de “Viva” marcaram a festa da vitória da Holanda sobre o Brasil, ontem, em uma residência do Bairro Alto Maracaju, em Maracaju, município a 160 quilômetros de Campo Grande. Das 30 famílias imigrantes e descendentes, que formam a maior colônia de holandeses em Mato Grosso do Sul, representantes de três delas – os Bouwman, os Knibbe e os Spekken – assistiram à partida juntos e vibraram com a classificação do time europeu para a semifinal.
De acordo com Gerrit Hendrik Bouwman, de 64 anos, conhecido como Henrique Holandês, nos quatro primeiro jogos da Laranja Mecânica, não houve mobilização para assistirem juntos à partida. No entanto, como o jogo de ontem era contra o Brasil, decidiram se unir. “Mas, na verdade, qualquer um que ganhar nos deixa feliz. Somos brasileiros, com sangue holandês”, comentou, antes do início da partida. A casa da família Spekken mostrava a paixão dividida: a bandeira do Brasil de um lado e da Holanda, do outro.
Os palpites eram diversos. Para o irmão de Gerrit, Willem Bouwman, de 66 anos o Guilherme Holandês, o jogo seria 2x1, “não sei para quem, mas acho que o Brasil tem mais jogo”. Quando os dois times entraram em campo, todos se acomodaram em frente à televisão e os momentos de tensão se alternaram.
Vestidos a caráter, com roupas laranjas e acessórios como chapéus, plumas e cornetas, o animado grupo viu com resignação Robinho marcar o primeiro e único gol do Brasil. Ainda assim, a esperança de virar o jogo persistia e cada aproximação dos holandeses do gol de Júlio César era acompanhada por palavras de incentivo.

2º tempo
Enquanto cinco holandeses de nascimento assistiam ao jogo na sala, filhos, genros, noras e netos torciam para o Brasil, na varanda da casa e no escritório da família, localizado do outro lado da rua. “Estou com a camisa da Holanda, mas torço para o Brasil. Coloquei verde nos pés, nos brincos”, afirmou Juliana Spekken, nora de Carla e Simon Spekken. O pequeno Lucas, de 1 ano e três meses, neto de holandesa e de francês, exibia uma camiseta laranja e uma bandana nas cores verde e amarelo.
A alegria tomou conta dos pais com o primeiro gol da Holanda. “Agora o jogo fica bom, mais equilibrado”, comentou Carla Spekken. Minutos depois, a vibração foi ainda maior com o gol de Sneijder. Tensos, acompanharam o fim da partida. “Faltam oito minutos....”, dizia Guilherme, em contagem regressiva para o apito final. “Será que o juiz vai dar acréscimo?”, completava. Com alívio e alegria, viram a seleção holandesa eliminar o Brasil.
Apesar da torcida contrária, os maracajuenses holandeses afirmaram que a convivência com os brasileiros é pacífica. “Não há provocações. Todas as copas, penduro a bandeira do Brasil, a da Holanda e da França, já que meu marido era francês. Todos os vizinhos estão acostumados. Cada um que vai sendo eliminado, retiro o pavilhão”, contou Adriana Knibbe, de 62 anos. Hoje, na casa da orgulhosa holandesa, tremula apenas a bandeira nas cores vermelha, branca e azul.

Cidades

MS tem o segundo maior índice de mortos pela polícia da história

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que havia sido recorde

20/11/2024 18h28

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Imagem ilustrativa Arquivo/Correio do Estado

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Dois homens, de dois municípios diferentes de Mato Grosso do Sul, foram mortos pela polícia na última terça-feira (19). Agora, o número de vítimas de agentes do Estado chegou a 70 no ano, o segundo maior índice registrado na série histórica divulgada no portal de dados da Secretaria Estadual de Justiça de Segurança Pública (Sejusp).

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que foi o recorde em mortes causadas por agentes de Estado em Mato Grosso do Sul, com 131 mortos de janeiro a dezembro, quantidade 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos.

Os 70 mortos de 1º de janeiro a 20 de novembro deste ano se igualam às 70 vítimas registradas em todo o ano de 2019. Confira o levantamento:

Imagem ilustrativa

Perfil das vítimas

Assim como nos anos anteriores, em 2024 os homens representam a maior parte dos mortos pela polícia: foram 62 vítimas, número que representa 88,5% do total registrado. Apenas uma mulher foi vítima, e outros sete casos não tiveram o sexo especificado.

Quanto à idade, mais de metada das vítimas (52,8%) eram jovens de 18 a 29 anos. Na sequência, figuram adultos de 30 a 59 anos, que representam 31,4% do índice. Os adolescentes representam 5,7% do índice. Sete casos não especificaram idade, e representam 10%.

A maioria dos óbitos aconteceram em Campo Grande (36). No interior do Estado, foram registrados 34, sendo 19 na faixa de fronteira.

Casos mais recentes

Em menos de 12 horas, dois homens, um de 32 anos e outro de 33, morreram em confronto com a Polícia. O primeiro caso aconteceu durante a tarde, e o segundo à noite, nesta terça-feira (19).

Em Bataguassu, um homem de 32 anos foi baleado e morto por policiais civis após reagir ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A Polícia Civil não divulgou muitos detalhes a respeito da ocorrência.

Em Dourados, um homem de 33 anos morreu após reagir a abordagem de policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG). Conforme apurado pela mídia local, ele estava sendo monitorado pela polícia suspeito de ameaçar uma família devido a uma dívida.

Na noite de segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva, de 27 anos, responsável pelo assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, foi baleado e morto por policiais, após resistir à prisão e tentar fugir da delegacia onde estava detido, localizada em Dourados.

Colaborou: Naiara Camargo.

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Fauna

Lojista é multado em R$ 24 mil por expor cabeça de animais em Campo Grande

A ação do Ibama encontrou exposição de cabeças de onça pintada, queixadas e até a arcada dentária de tubarão no estabelecimento

20/11/2024 18h15

Crédito: Ibama MS

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Uma loja que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Campo Grande.

Os agentes encontraram várias cabeças de espécies da fauna sul-mato-grossense, como:

  • onças-pintadas (Panthera onca);
  • onças-pardas (Puma concolor);
  • queixadas (Tayassu pecari);
  • jacarés (Alligatoridae);
  • cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus);
  • peixes pintados (Pseudoplatystoma corruscans);
  • dourados (Salminus brasiliensis).


Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão. As peças foram recolhidas, e o estabelecimento foi autuado conforme estabelece a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08.

O proprietário recebeu uma multa que totalizou R$ 24 mil, e os suspeitos de organizar a “exposição” irão responder pelo crime na Justiça.

É importante ressaltar que a legislação brasileira proíbe a exposição de partes de animais para comercialização, situação enquadrada na Lei de Crimes Ambientais como venda ilegal de artesanato feito com partes de animais silvestres.

Crédito: Ibama MS

Tráfico de animais


Com a ação, o Ibama tenta inibir tanto a oferta quanto a procura, bem como o tráfico de animais silvestres.

"Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou a superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, que completou:

"Essa prática está aliada ao fato de que algumas pessoas, de forma equivocada, acreditam que esses tipos de objetos feitos com partes de animais silvestres servem como amuletos, trazendo proteção e prosperidade."

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