Cidades

CHUVA RÁPIDA

Em menos de 40 minutos,
ventos fortes provocam estragos

Árvores caíram em cima de carro e muro

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Com ventos que chegaram a 53 km/h e em menos de quarenta minutos, bombeiros atenderam cinco ocorrências decorrentes dos fortes ventos e chuva rápida que caiu em Campo Grande, no início da tarde desta sexta-feira (4). Quedas de árvores em carros e muro foram um dos estragos resultantes do vendaval. 

A ocorrência mais grave das cinco foi a queda de árvore em cima de carro que estava estacionado em frente a uma escola, localizada no bairro Chácara Cachoeira. De acordo com o capitão Bruno Vilela, do Corpo de Bombeiros, a árvore atingiu carro de professora que trabalhava na escola e teto do veículo ficou totalmente danificado. “A ocorrência mais antiga foi essa do carro, às 12h30”, disse o capitão.

Os outros quatro atendimentos prestados pelos bombeiros, decorrente da chuva, foram nos bairros Jardim dos Estados, Nova Lima e Tiradentes.

Na Chácara Cachoeira, além da árvore que caiu no carro, bombeiros atenderam pedido de retirada de outra árvore que caiu em frente a uma residência. No bairro Jardim dos Estados ocorreu a mesma coisa, árvore caiu em residência. 

No Nova Lima, moradora pediu socorro, pois árvore que caiu danificou o muro e ele está prestes a cair.

Apesar do Corpo de Bombeiros ainda não ter sido acionado, reportagem do Correio do Estado flagrou outra queda de árvore. Dessa vez, a força do vento arrancou ela com raiz e tudo e a árvore caiu em cima de carro oficial da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat).

Apesar da chuva ter sido forte na região norte de Campo Grande, nas outras regiões alguns relatos é de que houveram apenas respingos. No bairro Nova Campo Grande e Jardim Panamá, por exemplo, as nuvens ficaram formadas até o meio da tarde, mas não choveu consideravelmente. 

A bióloga Wendilly Lorraine Campos Tabosa, declarou que estava na Avenida Afonso Pena no momento da chuva. “Parece que abriu um chuveiro”, relatou ela ao lembrar que os pingos fortes começaram a cair de uma vez.

Na Avenida Júlio de Castilho, o relato da agente de saúde, Flávia Cabreira é de que chuva forte veio acompanhada de muitos raios e trovões. No Jardim Centenário, a veterinária Fernanda Jaime relatou que choveu bastante e rápido.

Em todos os lugares em que a chuva atingiu, aconteceu oscilação de energia e em várias vias, como a Avenida Fernando Corrêa da Costa e a Rua Calógeras, os semáforos ficaram intermitentes.

A empresa de energia elétrica, Energisa, trabalhou durante a tarde para normalizar a rede que foi atingida pelos fortes ventos, na Capital.

No interior do Estado, em Amambai, de acordo com o meteorologista Natálio Abrão, a chuva foi muito forte e os ventos atingiram 76 km/h. Foram 14,4 milímetros em menos de 15 minutos. Em Campo Grande também, o total de chuva foi de 13,3 milímetros um pequeno período, menos de 40 minutos. Na Capital, as chuvas se concentraram no centro e no shopping (Campo Grande), com visibilidade zero”, afirmou o meteorologista.

Em outras regiões como São Gabriel do Oeste, as chuvas foram de apenas 2,2 milímetros e pouco vento. Em Três Lagoas não choveu e a temperatura permaneceu alta o dia todo, com máxima de 39º C e sensação de 42º C. Em Jardim, a sensação térmica era de 51º C e sem chuva.

Em Dourados o tempo ficou fechado a tarde toda, porém, sem chuva. A temperatura em Dourados era de 36,5º C, com sensação de 40º C.

Melhorias

Lei põe fim à construção de rodovias "de segunda linha" em MS

Após implantação de centenas de quilômetros de asfalto sem acostamento, prática começará a ser proibida

26/12/2024 09h42

A MS-040 é uma das rodovias estaduais que não possui acostamento.

A MS-040 é uma das rodovias estaduais que não possui acostamento. Paulo Ribas/Correio do Estado

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Foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) a Lei que torna obrigatória a implantação de acostamento na construção de rodovias estaduais em Mato Grosso do Sul.

Conforme previsto, os projetos deverão apresentar acostamento em ambos os lados, sendo ele com ou sem revestimento asfáltico, de acordo com o padrão de construção adotado para a rodovia.

Os requisitos técnicos construtivos dos acostamentos seguirão as regras estabelecidas no Manual de Implantação Básica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de acordo com as exigências contidas na publicação do Instituto de Pesquisas em Transportes (IPR) nº 742, que dispõe sobre normas a serem aplicadas em projetos e construção de estradas federais e dos órgãos rodoviários estaduais, ou norma que a substituir.

A Lei não se aplica nos casos em que:

  • os trechos das rodovias atravessem áreas urbanas, devidamente delimitadas pelo perímetro urbano, que obedecerão a legislação municipal, bem como, rodovias que interligam cidades com volume médio diário (VMD) inferior a 50 (cinquenta) veículos/dia;
  • os trechos apresentarem condições topográficas e/ou geotécnicas que imponham restrições de ordem técnica ou orçamentária;
  • os trechos contem com implantação de faixa adicional, refúgio, áreas de descanso, belvedere, acessos locais, taper de acesso, faixas de aceleração e desaceleração.

O texto, sancionado pelo governador Eduardo Riedel, começa a valer apenas 180 dias após a publicação, ou seja, no dia 24 de junho de 2025.

Rodovias mais caras

Um dos principais fatores que fazem com que rodovias sejam entregues sem acostamento é a economia no valor da execução. Além disso, as rodovias sem acostamento podem ser finalizadas em um menor período de tempo, o que as torna ideais para entregas políticas.

A MS-040 é uma das rodovias estaduais que não possui acostamento.Falta de acostamento favorece o acontecimento de acidentes. Foto: Paulo Ribas/Correio do Estado.

A MS-040, por exemplo, rodovia que liga Campo Grande a Santa Rita do Pardo, não tem acostamento. Ela foi entregue em 2015, no fim da gestão André Puccinelli. Agora, a rodovia faz parte da chamada "Rota da Celulose", e será privatizada. Dentre as melhorias, o projeto já prevê acostamento, que deve custar cerca de R$ 500 milhões.

A MS-112, entre os municípios de Inocência e Cassilândia, também não tem acostamento, o que favorece a ocorrência de acidentes. Além disso, esses acidentes, bem como veículos que estragam no trecho, acabam travando completamente o fluxo da rodovia.

A MS-040 é uma das rodovias estaduais que não possui acostamento.Foto: Paulo Ribas

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DESENVOLVIMENTO

Megafabrica de celulose está mais perto do túnel de R$ 8 milhões para hexatrens

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul anuncia a vencedora da licitação para contrução da passagem inferior que deve abastar a estrutura da Suzano de eucalipto

26/12/2024 09h30

Suzano usa os chamados hexatrens, carretas, que possuem seis semirreboques acoplados e circulam apenas em estradas secundárias

Suzano usa os chamados hexatrens, carretas, que possuem seis semirreboques acoplados e circulam apenas em estradas secundárias Reprodução/Suzano

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Através da edição "pós-Natal", do Diário Oficial desta quinta-feira (26), o Governo do Mato Grosso do Sul anunciou a vencedora da licitação de R$ 8 milhões, que coloca a Mega fábrica de celulose do interior mais perto de seu túnel para fluxo de hexatrens. 

Apesar dos termos complicados, o fato de que a empresa Vale do Rio Novo Engenharia e Construções Ltda. - empresa construtora de estradas com sede em Avaré (SP) -, é que saiu vencedora da licitação que fazia parte do pacote de R$ 88 milhões lançado três dias após as eleições

Vale lembrar que, esse "pacote" de cinco licitações da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), leva iniciativas para três municípios diferentes de Mato Grosso do Sul: 

  1.  Fátima do Sul
  2.  Dourados
  3.  Ribas do Rio Pardo

Com isso, pelo valor total de R$ 8.772.176,13, fica encarregada pela construção da passagem inferior, um verdadeiro túnel para a travessia dos hexatrens que abastecem a fábrica da Suzano com eucaliptos. 

Entenda

Considerada a a maior fábrica em linha única de celulose do mundo, após meados de 2024, com o final de junho, a unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo botava para funcionar sua capacidade instalada de mais de 2,5 milhões de toneladas anuais de celulose de eucalipto. 

Ainda enquanto estava sendo instalado, o empreendimento movimentou a mão de obra de dez mil pessoas, sendo que pelo menos três mil desses devem integrar um quadro permanente de trabalho. 

Sendo que a Suzano em Mato Grosso do Sul conta ainda com a unidade que fica em Três Lagoas, essas fábricas precisam ser abastecidas com eucalipto, que vem por exemplo dos 600 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul. 

Só do viveiro que fica localizado em Ribas do Rio Pardo, por exemplo - como já abordado pelo Correio do Estado -, são produzidas em torno de 35 milhões de mudas por ano.

Como essas cargas precisam de um transporte único e específico, a Suzano usa os chamados hexatrens, carretas, que possuem seis semirreboques acoplados e circulam apenas em estradas secundárias, devido à baixa velocidade necessária e incompatível com as demais pistas asfaltadas. 

Como a Suzano possui cerca de 16 desses hexatrens em operação - o que se traduz em 50 caminhões a menos trafegando por rodovias estaduais -, é aí que entra a necessidade da construção de um percurso próprio para esse tipo de veículos e finalidade. 

 

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