Dados divulgados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) apontam que 92,6 milímetros foram registrados em seis horas seguidas de chuva, em Campo Grande, nesta quarta-feira (4).
De acordo com prognóstico divulgado pelo meteorologista Natálio Abrahão, 190 milímetros são esperados para janeiro.
Portanto, em apenas seis horas, choveu quase metade do previsto (48,7%) para todo o mês, na Capital.
O grande volume de chuvas causou alagamentos em várias ruas e avenidas da Capital.
Conforme apurado pela reportagem, entre os pontos onde foram registrados alagamentos estão a Avenida Fábio Zahran, Bandeiras, Guaicurus e Rachid Neder.
No bairro Santo Antônio, a rua Taquari virou um rio. Segundo moradores, o problema é frequente em períodos chuvosos.
Na mesma região, no Imbirussu, a Avenida Capibaribe esquina com Macaé, também teve alagamento, devido a transbordamento de um córrego, e causou transtornos.
Na Guaicurus, a via ficou tomada pela água, que também invadiu calçadas. Alguns motoristas se arriscaram a passar pelo local.
Além dos alagamentos, semáforos de diversas regiões ficaram apagados ou piscando intermitente.
Veja as fotos:
A chuva causou panes em vários semáforos das avenidas Ernesto Geisel, Fábio Zahran, Calógeras e Duque de Caxias.
Não foram registrados destelhamento de casas ou queda de árvores. Ao Correio do Estado, a Energisa afirmou que não há registro de queda de energia em bairros da Capital, devido a chuva.
O tempo está chuvoso, nublado e instável desde segunda-feira (2) e promete permanecer úmido pelo resto do dia, de acordo com alerta laranja de tempestade divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Segundo Abrahão, há risco de enchentes, inundações, transbordamento de rios e perda de animais.
Chuvas são comuns no verão. A estação tem os maiores índices pluviométricos do ano, podendo alcançar o acumulado de 565 milímetros, de dezembro a março, em Mato Grosso do Sul.
Cidades mais chuvosas do Brasil
Segundo o Inmet, Nhumirim, Costa Rica e Coxim registraram os maiores acumulados de chuva do País nesta terça-feira (3).
Nhumirim, localizado no Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá, a 407 quilômetros de Campo Grande, ficou em segundo lugar, com 113 milímetros de chuva, perdendo apenas para Bacabal (Maranhão).
Costa Rica, município localizado a 329 quilômetros da Capital, ficou em terceiro lugar, 91,4 mm de precipitação.
Coxim, cidade localizada a 280 quilômetros de Campo Grande, ficou em sétimo lugar no ranking das cidades mais chuvosas do Brasil, nesta terça-feira (3).
Cuidados
O tempo chuvoso requer cuidados aos sul-mato-grossenses. Confira:
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Em caso de chuva: não enfrentar pontos de alagamento ou enxurradas; procurar rotas alternativas no trânsito e dirigir devagar;
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Em caso de raio: evitar locais abertos; não ficar debaixo de árvores; não ficar próximo a cercas de metal; ficar calçado e desligar eletroeletrônicos da tomada;
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Em caso de granizo: deve-se tomar cuidado no deslocamento após chuva de granizo, pois o chão fica escorregadio.