Cidades

INFRAESTRUTURA

Exigências estipuladas pelo governo fazem interessados desistirem de licitações do Aquário

Para sanar problema, edital declarado deserto três vezes foi relançado com divisão de tarefas

Continue lendo...

Editais exigentes demais minaram o interesse das empresas em participar das licitações para o sistema de suporte à vida (SSV) do Aquário do Pantanal. 

Pela quarta vez, o edital de concorrência foi lançado, desta vez dividido em duas partes, procurando sanar pelo menos alguns dos problemas apontados por empresas do setor como motivos para a falta de interesse. 

A abertura dos envelopes para ver se houve interessados neste edital foi agendada para o dia 14 de julho.

Hugo Gallo Neto, presidente da Terramare, responsável por esse mesmo serviço em aquários como o de Ubatuba, explica que o SSV envolve pelo menos três áreas diferentes: elétrica, hidráulica e biológica. 

O problema, segundo ele, é que não existem empresas que detenham esses três conhecimentos, escolhendo apenas um ou no máximo dois deles para se especializar. 

“Minha empresa entende tudo de suporte. Nós temos biólogos, mas não temos encanadores, tampouco eletricistas”, afirma.

Os editais, por sua vez, vedam a formação de consórcios e exigiam que as vencedoras executassem todos os três trabalhos no Aquário do Pantanal.

“Nós, por exemplo, se fôssemos participar, faríamos alguma aliança com empresas de Campo Grande mesmo que tivessem expertise em hidráulica e elétrica. Traríamos o nosso pessoal para coordenar o processo, só que as regras não permitiram. Por isso, não participamos”, revelou Gallo.

Últimas Notícias

MUDANÇAS

A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) decidiu então dividir o SSV em dois contratos diferentes. O primeiro engloba apenas a parte de automação, o segundo, eletromecânica e biologia.

“Estão caminhando no rumo certo, mas tiveram de errar outras três vezes até acertar. Se tivessem conversado, consultado alguém da área antes, talvez já tivessem com alguém contratado”, disse o proprietário da Terramare.

Gallo diz que vai analisar com cuidado os editais antes de tomar a decisão de participar ou não, já que, segundo ele, essa divisão de tarefas não é o único problema que poderia afastar as empresas do certame.

Nos editais passados, segundo ele, o prazo dado para a montagem das propostas era curto, tendo em vista que o Aquário do Pantanal já chegou a ter parte da estrutura de SSV executada pela espanhola Fluidra, que abandonou o empreendimento em 2017. 

Além disso, houve denúncias de superfaturamento do contrato, já que o serviço, inicialmente orçado em R$ 8 milhões por empresas nacionais, acabou fechado com a estrangeira em mais de R$ 20 milhões.

“É um serviço que poucas pessoas no Brasil fazem. É preciso ir lá ver quantas bombas tem e se ainda funcionam e se ainda atendem às exigências do projeto. Tem uma séria de bombas lá que estão paradas há anos”, explica Gallo. Todos esses fatores, segundo ele, interferem de um modo ou de outro no preço que será formalizado na proposta.

Quando Gallo deu entrevista à equipe de reportagem, o edital ainda não havia sido formalmente publicado com a data final para manifestação de interesse por parte das empresas. Segundo o documento, contudo, as interessadas teriam menos de um mês para analisarem o caso e tomarem a decisão entre participar ou não.

A lei diz que todas as vezes que uma licitação resultar deserta, ou seja, não houver interessados em participar, é possível efetuar a contratação por dispensa, mas antes é preciso revisar as cláusulas e, se necessário, relançar a concorrência, como está fazendo o governo do Estado. 

Além disso, é preciso provar que a repetição do certame, que no caso do Aquário do Pantanal aconteceria pela quinta vez, traria algum prejuízo para o poder público.

Também é proibido, nessa contratação sem licitação, alterar as exigências previstas no edital. Ou seja, se o consórcio está vetado, não é porque ninguém quer assumir o SSV do Aquário do Pantanal que a Agesul poderia, por exemplo, contratar um conglomerado com essa dispensa.

Assine o Correio do Estado

Brasil

Expectativa de vida no Brasil atinge 76,4 anos, superando dados anteriores à pandemia, segundo IBGE

Índice subiu e superou pela primeira vez o patamar de antes da crise da Covid-19. Calculadora mostra expectativa de vida de acordo com a idade segundo os dados do IBGE

29/11/2024 20h00

Expectaiva de vida do brasileiro sobe e supera patamar de antes da pandemia

Expectaiva de vida do brasileiro sobe e supera patamar de antes da pandemia Foto: Reprodução/GloboNews

Continue Lendo...

A expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou em 2023 para 76,4 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O dado mantém a recuperação após o período marcado pelo aumento de mortes causadas pela Covid-19. Isso significa que uma pessoa nascida no Brasil em 2023 tinha a expectativa de viver 76,4 anos, em média. Para homens, a previsão cai a 73,1 anos e, entre mulheres, alcança 79,7 anos.

Já a taxa de mortalidade infantil, que calcula a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, foi de 12,5 mortes para cada 1.000 nascimentos. Para crianças até 5 anos de idade, a previsão ficou em 14,7 a cada 1.000 nascidos.

O instituto calcula a expectativa a partir de projeções populacionais, que têm como base os dados verificados em cada Censo Demográfico. A projeção para 2023, com dados do último recenseamento, foi de 211,7 milhões de habitantes no país.

As estimativas integram as Tábuas de Mortalidade 2022, que levam em conta dados populacionais do Censo Demográfico relativo ao ano passado e estatísticas do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde.

A recuperação, de acordo com o instituto, reflete uma redução no excesso de mortes registradas durante as fases mais graves da pandemia.

Para além da diferença de seis anos na expectativa de vida ao nascer, segundo o IBGE, a probabilidade de morte de homens com idades entre 20 e 24 anos é quatro vezes a de mulheres. Essa sobremortalidade masculina também foi verificada em dados do recenseamento, segundo os óbitos relatados por moradores dos domicílios visitados pelo IBGE.

Já se sabe, segundo os técnicos, que homens estão mais expostos a mortes violentas, como homicídios e acidentes de trânsito. Além disso, os hábitos de vida também influenciam no excesso de mortes masculinas.

Esses dados fornecem, segundo o IBGE, estimativas da expectativa de vida para idades até os 80 anos. As informações são usadas para, por exemplo, o cálculo de fator previdenciário para aposentadorias.
Em todo o mundo, o crescimento da expectativa de vida, apesar de não ter sido revertido, desacelerou, segundo artigo publicado na revista especializada Nature Aging. O estudo não considera 2020 por causa da pandemia, e analisa o período dos anos 1990 até 2019.

Já um levantamento de pesquisadores com dados globais feito para o Instituto para Medição e Avaliação da Saúde (IHME, na sigla em inglês), com sede nos EUA, apontou que a Covid fez com que a expectativa de vida média das pessoas no planeta caísse 1,6 ano nos primeiros dois anos da pandemia (2020 e 2021).

 

*Informações da Folhapress 
 

Rodovias Federais

BR-163 é trecho com mais atropelamentos de animais em MS

São 22 acidentes deste tipo entre janeiro e junho, além de outros 11 registrados no segundo semestre

29/11/2024 18h15

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

A BR-163 é a rodovia federal com o maior número de atropelamentos de animais em Mato Grosso do Sul em 2024. Divulgada no último dia 21, a atualização realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) destaca que 16 dos 33 atropelamentos ocorreram neste trecho que liga sul e norte do Estado.

Os demais incidentes ocorreram na BR-262 (9); BR-158 (2); BR-060 (3); BR 419 (2) e BR-367 (1).

Conforme a polícia, desde janeiro último foram registrados oito acidentes em Campo Grande, além de acidentes em Dourados (2), Três Lagoas (2), Rio Brilhante (2), Caarapó (2), Jaraguari (2), Terenos (2) e Nova Alvorada (2); Anastácio, Aparecida do Taboado, Aquidauna, Chapadão do Sul, Coxim, Itaquiraí, Bela Vista, Miranda, Ribas do Rio Pardo, Selvíria e Vicentina registraram um acidente cada.

Em média, são três atropelamentos por mês em todo o Estado, destaque para os meses de maio e junho, com 15 acidentes registrados. Foram 22 acidentes deste tipo entre janeiro e junho, ao passo que outros 11 foram registrados no segundo semestre. 

Vítimas fatais 

Além do atropelamento de animais, este tipo colisão ocasionou quatro acidentes fatais em todo o estado, sendo três no primeiro semestre e outros dois em julho último. Em janeiro, 

Elaine Zangerolami, proprietária da Pax Brasil, que junto com o motorista de carro funerário da empresa, Reginaldo Carvalho, morreram após o veículo em que estavam colidir contra duas antas na BR-060, próximo a Chapadão do Sul.

Em abril, o empresário Carlos Dias Miranda, 63 anos, morreu após colidir a caminhonete que dirigia em um animal na BR-060, em Jardim, região oeste do Estado.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu no caminho para Bela Vista. Após a colisão a caminhonete saiu da pista e caiu nas margens da rodovia. A equipe de socorro foi acionada e Carlos foi encontrado sem vida. Outras duas mortes foram registradas em Miranda, em junho último, e em Campo Grande, trecho próximo de Terenos, em junho. 

Na BR-262, em Terenos, Evaldo Luis do Nascimento, 21, morreu após o carro em que estava atingir várias árvores ao desviar de um "lobinho". 

Assine o Correio do Estado
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).