Cidades

PODER DA TERRA

Fiocruz libera banco de dados para consulta sobre plantas medicinais; veja as 10 que existem em MS

"Coleção Botânica de Plantas Medicinais" da Fundação não realiza indicação de usos das plantas para automedicação, mas lista funções; partes utilizadas e formas de uso

Continue lendo...

Interessados no poder curativo das plantas ganham agora um banco de dados inteiro, com uma consulta no herbário disponibilizado pela Fiocruz, que pode ser feita pela nome popular de cada erva e que apresenta desde as regiões onde as plantas são comumente encontradas, suas funções e até quais partes se pode usar. 

Do Centro de de Inovação em Biodiversidade e Saúde da unidade (Cibs), com o apoio da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), o herbário é chamado de "Coleção Botânica de Plantas Medicinais" (CBPM), e pode ser acessado através do portal cbpm.fiocruz.br

Sendo disponibilizado pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), essa ação tem o objetivo principal de valorizar o conhecimento popular e a pesquisa etnobotânica. 

Biólogo curador adjunto da CBPM/Fiocruz, Marcelo Galvão explica que essa nova ferramenta tem utilidade para profissionais que trabalham com produtos naturais, buscam novas espécies para estudar ou precisam comprovar tradicionalidade de uso para notificar produtos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Este banco pode subsidiar pesquisas na área farmacêutica de produtos naturais, auxiliar registros de produtos tradicionais fitoterápicos na Anvisa, fomentar questões de repartição de benefícios junto ao [Conselho de Gestão do Patrimônio Genético] CGEN, além de outros benefícios”, expõe.

Espécies medicinais locais

Sendo destaque em arborização, tendo com uma enorme quantidade de povos originários em seu território, Mato Grosso do Sul pode ser considerado tanto um polo desse conhecimento tradicional, quanto um celeiro de diversas espécies. 

Vale ressaltar que a fitoteria, ainda em 2006, foi reconhecida pelo Ministério da Saúde e mostra-se como uma área que "só tende a crescer em meio às terapias medicinais alternativas", segundo o Conselho Brasileiro de Fitoterapia. 

Confira 10 plantas regionais

Barbatimão: 

Sendo utilizado pelos indígenas, o barbatimão é comumente usado para tratamento de úlceras, doenças e infecções na pele; para pressão alta; hemorragias e até diarréia. 

É também comumente usada para tratamento de problemas no fígado ou rins; hérnia; malária; queimaduras; diabetes; conjuntivite, gastrite, entre outros. 

Também é super recomendado para a saúde feminina, uma vez que tem propriedades para combater inflamações do útero e ovários, assim como reduzir o corrimento vaginal. 

Algodãozinho: 

Com a mesma função, o algodãozinho (Cochlospermum regium) é uma planta rica em caempferol, que tem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, gastroprotetoras e até antioxidantes.

Carqueja: 

Indicada para melhorar a digestão, combater gases e auxiliar no emagrecimento, o chá da carqueja tem propriedades antibióticas; antiasmática; antidiabética; antigripal; anti-inflamatória, antianêmica. 

Assim sendo, é uma planta que pode ser usada para tratar azia, má-digestão, gastrite, dor no estômago, anemia, inflamações, dores no fígado, diabete, emagrecedor e reumatismo.

Catuaba: 

Considerada tônica e energética, a catuaba estimula o sistema nervoso, sendo um conhecido "afrodisíaco". 

Ainda assim, entre suas propriedades ela pode ser usada para tratar insônia, nervosismo, hipocondria, falta de memória, convalescência de doenças graves e fraqueza dos órgãos sexuais.

Alecrim: 

Comum em cosméticos, o alecrim fortalece os vasos capilares, podendo ser usado até para dores de garganta e úlceras bucais, através do gargarejo. 

Sendo uma ótima erva de banho, o alecrim também trabalha como um rejuvenescedor, aliviando dores musculares.

Ipê-roxo:

Sendo um laxante moderado, que pode revigorar o sistema imunológico, o ipê-roxo é utilizado em tratamentos de câncer de pulmão, próstata e cólon.

Erva-de-bico

Nessa mesma linha, a erva-de-bico (Polygonum punctatum Elliott) é uma planta que atua em inflamações, com propriedade diurética, vaso constritor, entre outras.

É um bom anti-inflamatório; estimulante; vermicida; antitérmica; anti-séptica; antialérgica, entre outros. 

Congonha-de-bugre

Conhecida pela ação tônica cardíaca, essa planta pode ser usada em quadros de arritmia e atua também regularizando as funções renais e no estímulo à diurese. 

Também atua no aumento das taxas de colesterol e triglicérides, servindo até mesmo para pressão alta, e dores na bexiga e nos rins. 

Sete-sangrias

Quem busca emagrecer, tem nessa planta um poderoso aliado, já que a sete-sangrias evita o inchaço. 

Com propriedades diuréticas, seu uso constante pode tratar complicações do sistema renal. Atua também na limpeza do sangue, eliminando o colesterol e reduzindo a hipertenção. 

Nó-de-cachorro

Ajudando nos casos de diabetes, resfriados e gripes, o nó-de-cachorro é outro poderoso anti-inflamatório e antibacteriano, para tratar infecções intestinais e renais. 

Conhecido também pelas propriedades afrodisíacas, a planta elimina o excesso de ácido úrico, fortalece os ossos e até o tecido muscular, beneficiando até mesmo a memória.

 

Assine o Correio do Estado

PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS

Audiência termina sem conciliação e greve dos ônibus continua em Campo Grande

Motoristas ficaram indignados com a decisão judicial, a qual determina que 70% da frota volte a funcionar em horários de pico.

16/12/2025 19h22

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Motoristas do transporte coletivo urbano de Campo Grande lotaram o plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, na tarde desta terça-feira (16), para acompanhar a audiência que debateu sobre a greve que paralisou os ônibus desde segunda-feira (14).

A audiência terminou sem conciliação e possibilidades entre o Consórcio Guaicurus, Município de Campo Grande e os profissionais da categoria. No entanto, o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que 70% da frota voltasse a funcionar nos horários de pico.

"Não pode existir greve de 100% dos serviços essenciais. A determinação judicial deve ser cumprida. Amanhã, no primeiro período, a categoria vai estar trabalhando. Amanhã, pela manhã, o sindicato vai garantir que haja no período compreendido entre 6h e 8h30, 70% da frota funcionando. De 8h30 a 17h, 50% da frota atendendo a população. Entre as 17h e as 20h, 70% da frota. E após, 50% da frota no horário normal.", disse o desembargador.

Além disso, a multa, caso os ônibus não voltem a circular na manhã de quarta-feira (17), imposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, aumentou de R$ 100 mil para R$ 200 mil por dia de descumprimento da decisão.

Apenas metade da folha salarial de novembro foi paga, sendo que a outra parte não tem previsão de pagamento. Ao todo, a dívida em aberto chega a R$ 1,3 milhão líquidos a serem repassados aos trabalhadores.

Diante da decisão do desembargador, os profissionais da categoria se indignaram, levantaram e saíram da audiência. Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STCU-CG), disse que a greve está mantida por decisão dos próprios motoristas.

"A gente tá muito chateado com a Justiça do Trabalho por entender que quem paga a conta é sempre o trabalhador. No nosso entendimento, 70% ele simplesmente acabou com a greve. Infelizmente, vai continuar parado. Não é o que a gente quer, a população tá sofrendo muito, vai para três dias sem ônibus em Campo Grande, mas o trabalhador também precisa receber, todo mundo que trabalha precisa receber seus vencimentos", concluiu Demétrio Freitas.

O que disse o Município?

Na audiência, representando a Prefeitura de Campo Grande, a procuradora-geral do Município Cecília Saad afirmou que os repasses foram feitos pelo Executivo e, devidamente, depositados na conta do Consórcio Guaicurus.  De acordo com a representante, o valor destinado, na última sexta-feira (12), foi de R$  3.074.148,73.

Ela também relatou que, em junho/julho de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado, que o governo se comprometeu em repassar quatro parcelas em torno de R$ 3 milhões, sendo duas no ano de 2025, e a terceira e a quarta em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

Diante destas afirmações, ela solicitou ao juiz o prazo de 24 horas para juntar a documentação e comprovar o pagamento ao Consórcio, o qual foi aceito pela autoridade.

Consórcio afirma que não tem dinheiro

Temis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, confirmou o recebimento por parte da Prefeitura, mas alega que há outras pendências a serem pagas além da folha salarial, como os gastos com manutenção, diesel, mecânico, etc.  

"Hoje, o consórcio não tem caixa para pagar a parcela de 50% de novembro. Desses R$ 3 milhões (recebidos), haviam recursos que eram devidos de meses passados e a gente tinha outros compromissos".

"Sem aporte de alguma dessas verbas (cerca de R$ 4 milhões a serem recebidas pelo Consórcio), não temos mais saúde financeira, crédito nos bancos para poder buscar e resolver esses acordes", disse o prsidente Temis de Oliveira. Ele complementa: "Nós vamos procurar conversar com a Prefeitura para receber o que nós temos a receber ainda e negociar, negociar o tempo inteiro".

O presidente do Consórcio Guaicurus lembra que há o cumprimento do quarto termo aditivo do contrato, que precisa ser apurado mensalmente e um valor a ser recebido, algo que não ocorre desde 2022.

"Tem uma obrigação da AGEREG para, ao final de cada mês, fazer a apuração da diferença da tarifa pública para a tarifa técnica ou tarifa de remuneração e a prefeitura buscar os meios para pagar. Isso não tem sido pago desde 2022. Nós buscamos o recebimento dessas verbas também".

Assine o Correio do Estado

ALERTA

OMS emite alerta sobre falsificação de medicamento usado no tratamento do câncer de mama

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa

16/12/2025 19h00

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado Divulgação

Continue Lendo...

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance.

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa.

Ao todo, nove lotes do produto foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

Segundo o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos aos consumidores por meio de plataformas online e também encontrados em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem do medicamento pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem, de forma enganosa, informações sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo farmacêutico.

Além disso, foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados chegaram a utilizar números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, na serialização e na impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados, como no caso do Ibrance, pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou aos sistemas locais de farmacovigilância. Em caso de identificação de lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).