Cidades

IRREGULARIDADES

Fiscalização de incêndios no Pantanal gera multa de R$ 2 milhões e embargo de áreas

Em duas áreas identificadas, fiscais apontaram que houve fogo e desmatamento para formação de pastagem

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Equipes de fiscalização do Ibama, com apoio da Polícia Federal e de peritos criminais de Mato Grosso do Sul, vistoriaram, neste mês de julho, propriedades rurais para identificação de irregularidades ambientais. Após a inspeção em dois locais no município de Corumbá, houve aplicação de cerca de R$ 2 milhões em multa e uma área equivalente a mais de 4,5 mil campos de futebol (4,5 mil hectares) foram embargadas.

Com essa segunda medida, os proprietários não podem fazer qualquer uso das áreas até que haja a recuperação delas.

O resultado dessa vistoria foi gerado após operações de fiscalização que estão ocorrendo no Pantanal do Estado e devem prosseguir pelos próximos meses. Só a Polícia Federal tem mais de R$ 5 milhões em recursos extras para realizar vistorias e tentar identificar se houve incêndios criminosos no bioma e averiguar responsabilidades.

Uma das irregularidades identificadas ocorreu perto da cidade de Corumbá, em propriedade que fica no Canal Tamengo, que dá acesso à Bolívia.

Nesse local, houve incêndio em junho e que só foi controlado após semanas de combate. Essa fiscalização ocorreu com auxílio de imagens de satélite que averiguaram as cicatrizes do fogo perto da ponte de captação de água de Corumbá.

Os fiscais concluíram que houve queimada ilegal para renovação de pastagem nesse território. Como o manejo perdeu o controle, acabou transformando-se em um incêndio que atingiu mais de 2,4 mil hectares. Toda essa área acabou embarcada pela fiscalização do Ibama.

Na visita técnica, dois proprietários de gado e cavalos foram notificados também a retirarem os animais, pois estes estavam em área que pertence à União.

“Enquanto os combates ocorriam nas frentes de fogo, com os brigadistas, as equipes de perícia e fiscalização dirigiam-se às origens dos incêndios, a fim de identificar as causas e os responsáveis”, explicou o analista ambiental do Ibama, Nicélio Silva. Ele também é perito do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).

Em outra área, que não foi identificada a região, os fiscais encontraram três tratatores e um correntão usado para promover o desmatamento em região atingida por incêndios florestais. Esse tipo de medida está proibida no Pantanal neste período. O proprietário também não apresentou possível autorização anterior para realizar supressão de vegetação.

Os equipamentos foram apreendidos após identificarem que houve desmatamento para a criação de pasto de uma área de mais de 1 mil hectares. O fogo que foi registrado nessa propriedade vistoriada já tinha queimado uma área equivalente a cerca de 140 campos de futebol. Por conta dos prejuízos ambientais e infrações identificadas, esse proprietário, que não teve o nome divulgado, sofreu multa administrativa de mais de R$ 1 milhão.

Para garantir a averiguação de irregularidades por meio de satélite, bem como a identificação de provas materiais passíveis de perícia, os fiscais do Ibama estão sendo acompanhados pela Polícia Federal, Perícia Oficial de Mato Grosso do Sul e representantes do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

Outros pontos no Pantanal, no município de Corumbá e de Ladário, em que foram identificadas infrações ambientais em primeiro monitoramento serão objeto de novas ações fiscalizatórias, com aplicação de multas e embargos.

Além da fiscalização do Ibama, o Ministério Público Estadual está com mais de 11 inquéritos em andamento para apurar autoria de incêndios no Pantanal. O Ministério Público Federal também recebeu denúncia para investigar incêndio em território indígena.

Em todo o 2024, mais de 897 mil hectares foram devastados no Pantanal pelos incêndios florestais, apontam dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/URFJ).

Essas ocorrências envolvendo o fogo consumiram do poder público federal e estadual e da iniciativa privada mais de R$ 204,8 milhões, entre prejuízos diretos para a pecuária pantaneira e gastos para realizar o combate.

Mais de R$ 2 milhões de multas foram geradas por irregularidadesMais de R$ 2 milhões de multas foram geradas por irregularidades (Foto: Nicélio Silva / Prevfogo / Ibama)

Cidades

Justiça condena cliente por homofobia contra gerente de pizzaria

Devido à demora na entrega da pizza, a ré entrou no estabelecimento comercial e, além das ofensas, cuspiu no rosto da trabalhadora

05/12/2025 12h44

Crédito: Tânia Rêgo / Agência Brasil

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Uma cliente foi condenada pela 6ª Vara Criminal de Campo Grande por injúria homofóbica contra a gerente de uma pizzaria, que inclusive levou uma cusparada no rosto.

Segundo os autos, a gerente estava em seu horário de expediente quando a mulher fez um pedido de pizza on-line (por aplicativo). Posteriormente, a cliente foi até o estabelecimento e começou a reclamar do atraso na entrega do pedido.

Nesse momento, a cliente proferiu ofensas de teor homofóbico e cuspiu no rosto da gerente. A vítima se sentiu humilhada, ofendida e exposta, uma vez que os funcionários do local não sabiam da sua orientação sexual.

Durante o interrogatório, a mulher negou os fatos, porém duas testemunhas que presenciaram a situação confirmaram que o ocorrido realmente aconteceu.

O magistrado julgou procedente a pretensão punitiva movida pelo Ministério Público Estadual e condenou a ré por injúria, por ofensa à dignidade ou ao decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional.

Com isso, o juiz Marcio Alexandre Wust sentenciou a cliente a dois anos de reclusão em regime aberto, entretanto ela não irá para a prisão, pois a pena foi convertida no pagamento de duas prestações no valor de um salário mínimo, além de R$ 1.964,00 por danos morais, o que soma aproximadamente R$ 5 mil, com acréscimo de juros.

Homofobia é crime

O Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019, determinou que os casos de transfobia e homofobia passassem a integrar o escopo da Lei do Racismo (Lei nº 7.716/1989).

A pena varia de 1 a 3 anos de reclusão e multa para quem cometer, induzir ou incitar discriminação por orientação sexual.
 

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DESCAMINHO

DOF apreende R$ 450 mil em produtos de contrabando

Cigarros, celulares, pneus e até robô aspirador foram apreendidos em comboio de sete carros com mercadorias contrabandeadas do Paraguai

05/12/2025 12h22

Mais de R$ 450 mil em mercadorias contrabandeadas foram apreendidas na última quinta-feira (05)

Mais de R$ 450 mil em mercadorias contrabandeadas foram apreendidas na última quinta-feira (05) Divulgação / DOF

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Na última quinta-feira (04), o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) realizou uma operação de interceptação de comboio de sete veículos acusados de contrabando e descaminho. Após denúncia, seis homens foram presos, os sete veículos foram apreendidos, junto a mais de R$ 450 mil em produtos contrabandeados.

Em patrulhamento pela MS-164, no distrito de Vista Alegre, em Maracaju, a 159 quilômetros de Campo Grande, os policiais militares receberam informações de que vários veículos estavam na região, carregados de mercadorias ilegais vindas da fronteira com o Paraguai.

Com a informação, os agentes localizaram os automóveis. Entre os sete veículos, dois eram Fiat Uno, dois GM Classic, um GM Celta, uma VW Saveiro e um VW Gol.

Ainda de acordo com as informações, todos carregavam aproximadamente 2 mil pacotes de cigarros contrabandeados guardados no porta-malas de cada carro.

Além dos cigarros, também foram encontrados e apreendidos celulares, pneus, cosméticos e outros eletrônicos, como robô aspirador, ou robô inteligente, que auxilia na limpeza da casa. Todos de maneira irregular e contrabandeados do país vizinho.

Os homens, com idades entre 25 e 41 anos, foram detidos e encaminhados à Delegacia da Polícia Federal de Dourados e à Receita Federal em Ponta-Porã. Assim também foi feito com os materiais, que ao ter o montante avaliado, foi divulgado que ao todo a mercadoria chegou a R$ 458 mil.

No âmbito da Operação Codesul II e também do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, a ação do DOF ocorreu em parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), e com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O DOF mantém um canal direto para atendimento, denúncias e reclamações, por meio do telefone: 0800-647-6300, disponível 24 horas por dia.

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