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Eleição

Governador desafia aliados a colocar a

Governador desafia aliados a colocar a

LIDIANE KOBER

21/01/2010 - 05h47
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O governador André Puccinelli (PMDB) voltou a desprezar a pressão do PSDB e mandou os aliados insatisfeitos colocarem a “tropa na estrada” para enfrentá-lo na batalha pela sucessão estadual, em outubro deste ano. Depois, ele disse que só vai tratar de política a partir de março e até declarou que não conversa antes sobre aliança porque, ao contrário “dos outros”, ele trabalha. Ontem, durante apresentação do relatório do desempenho das indústrias de Mato Grosso do Sul em 2009, Puccinelli destacou que “Governo que se preza, às vezes, ouve menos os políticos e mais a sociedade”. “Meu time (tempo em inglês) é diferente do time dos outros porque eu trabalho”, completou, durante conversa com empresários. A declaração é em resposta à pressão do PSDB, que com o apoio do DEM e do PPS, ameaça lançar a senadora Marisa Serrano (PSDB) na disputa pelo Governo do Estado. A disposição reflete a insatisfação dos partidos ante a indefinição do governador sobre alianças eleitorais. O fato é que a cúpula dos partidos não quer mais esperar até às vésperas das convenções para tratar do assunto. Dessa forma, ameaça candidatura própria na tentativa de forçar Puccinelli a anunciar a quem vai apoiar na briga pela sucessão presidencial. Pressão sem efeito Porém, o governador faz questão de demonstrar que a pressão dos aliados não vai surtir efeito. “Quem quiser pode colocar a tropa na estrada”, desafiou, ontem. Na sequência, ele reafirmou que só vai discutir alianças eleitorais a partir de 31 de março. Ao ser questionado sobre declaração de Marisa Serrano, que, em uma escala de zero a dez, dez é a possibilidade de concorrer ao Governo do Estado, Puccinelli se mostrou indiferente e até ironizou a pergunta, respondendo simplesmente: “oh my God!” (oh meu Deus!). O que os tucanos querem com pressa é a garantia do apoio de Puccinelli ao candidato do partido na batalha pela sucessão presidencial. Porém, o governador ainda não decidiu se vai ficar do lado da ministra Dilma Rousseff (PT) ou do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que são cogitados para concorrer a presidente. Puccinelli chegou a dar sinais claros de que o plano seria dar palanque a Dilma, o que irritou os tucanos. No entanto, o PT está decidido a lançar o ex-governador José Orcírio dos Santos na batalha pela sucessão estadual. A disposição dos petistas, afasta Puccinelli de Dilma, pois ele não aceita a possibilidade de a ministra ter dois palanques no Estado. Mesmo assim, ele não anuncia apoio ao PSDB, que está decidido a ter palanque para o seu candidato a presidente em todos os estados.

fatalidade

Helicóptero de resgate cai e deixa mortos em Minas Gerais

O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto

12/10/2024 17h02

Helicóptero atuava em resgate quando caiu

Helicóptero atuava em resgate quando caiu Foto: Divulgação

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Um helicóptero que transportava uma equipe do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais para realizar uma operação de resgate caiu e ocasionou a morte de todos os seis tripulantes O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto.

A equipe era composta por quatro bombeiros, um médico e um enfermeiro. Desde o fim da tarde de sexta-feira, 11, o helicóptero estava desaparecido.

A equipe tinha conseguido acessar o local do acidente do monomotor e aguardava melhoria do tempo para retornar. A última informação dada pelo comando da aeronave foi de que não havia visibilidade e segurança para retornar.

"As buscas foram intensas em dificuldade, em um terreno íngreme e acidentado. E também a chuva era muito intensa", disse o porta voz do Corpo de Bombeiros, 1.° Tenente Henrique César Barcellos.

Segundo ele, o comandante do helicóptero tinha ampla experiência em operações de resgate e atuou em Brumadinho, quando uma barragem de rejeitos rompeu e deixou mais de 200 mortos.

Cidades

Comunidade indígena será indenizada por pulverização aérea de agrotóxicos em MS

Pulverização aérea de agrotóxico em lavoura de milho atingiu moradias da comunidade indígena Tey Jusu, em Caarapó, e causou problemas de saúde

12/10/2024 16h33

Agrótico atingiu moradias e indígenas tiveram sintomas, como dor de cabeça e febre

Agrótico atingiu moradias e indígenas tiveram sintomas, como dor de cabeça e febre Divulgação / MPF-MS

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Moradores da comunidade indígena Tey Jusu, localizada no município de Caarapó, serã indenizados por danos decorrentes da pulverização aérea de agrotóxico, que atingiu moradias, em desacordo com as normas ambientais. 

Decisão é da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que julgou recurso e reconheceu o direito dos povos tradicionais neste caso.

Conforme o processo, um parente do proprietário da fazenda contratou uma empresa para fazer a pulverização do agrotóxico em uma lavoura de milho, mas o fungicida também acabou acabou atingindo casas de indígenas da região.

No caso, foi utilizado o produto “Nativo”, fungicida classificado como “muito perigoso”, cuja instrução de uso inclui “proteger casas, rios, lagos e nascentes”.

O Ministério Público Federal (MPF) havia movido ação civil pública na qual afirmou que, após a aplicação do fungicida, pessoas da comunidade, inclusive crianças, apresentaram dor de cabeça, dor de garganta, diarreia e febre. 

Em primeira instância, a 1ª Vara Federal de Dourados fixou a indenização por danos morais coletivos em R$ 150 mil e não estabeleceu valor para reparação do dano ambiental, por considerar não haver comprovação. 

Tanto o MPF quanto o produtor rural e demais condenados recorreram, com o MPF pedindo a reparação do dano ambiental e os réus pedindo absolvição ou redução dovalor da indenização por danos morais coletivos.

Recurso

No julgamento do recurso, a Primeira Turma do TRF3 deu parcial provimento às apelações.

O Colegiado considerou que a aplicação do produto não obedeceu às regras de instrução normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária, por não respeitar distância mínima de 250 metros de moradias, tendo em vista que havia barracos dentro da lavoura. 

“Apesar de a dispersão do agrotóxico ter se limitado a 90 hectares da propriedade, como sustentaram os requeridos, foi comprovado que indígenas haviam construído barracos de lona plástica junto a esta lavoura de milho e dentro dela”, segundo o acórdão. 

Segundo a decisão, “a pulverização aérea de agrotóxico sobre comunidade indígena, uma vez comprovada, como foi no caso, é dano ambiental notório porque improvável, pelas regras de experiência comum, que dela não derivem riscos à saúde, à segurança e ao bem-estar, no caso, dos silvícolas Tey Jusu que fixaram moradia na circunscrição e dentro da lavoura em questão”.  

Assim, foi estabelecida a reparação do dano ambiental e determinada a redução do valor da indenização por danos morais coletivos, de R$ 150 mil para R$ 50 mil, para limitá-lo à quantia pedida pelo MPF. 

O proprietário da fazenda, o parente do fazendeiro, que foi responsável pela contratação do serviço; a empresa contratada  e o piloto responsável pela dispersão do fungicida foram condenados ainda ao pagamento de R$ 170 mil à comunidade indígena, para reparação do dano ambiental.

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