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Greve dos professores começa hoje, com risco de ser barrada pela Justiça

Por volta de 8 mil professores da Reme reivindicam o reajuste de 10,39% que deveria ter sido pago pela prefeitura em novembro

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A greve geral dos professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande começa hoje, com risco de ser barrada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

Dependendo da decisão, o Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) vai recorrer, caso seja julgado procedente pelo TJMS o pedido feito pela Prefeitura de Campo Grande de intervenção na greve geral.

Segundo consta na ação, a qual o Correio do Estado obteve acesso, a Procuradoria-Geral do Município apresentou uma “tutela de urgência” ao desembargador Sérgio Fernandes Martins, do TJMS, contra o movimento grevista da ACP.

No documento consta, ainda, um pedido para que a ACP pague uma multa diária de R$ 100 mil caso a greve seja mantida.

A prefeitura pede ao TJMS a intervenção de manutenção de um “efetivo porcentual” de servidores públicos em atividade, com base no serviço essencial da educação pública, “sem interrupções e sem graves prejuízos à sociedade, diante do cenário pandêmico”, de acordo com o documento.

O pedido também defende que, “a restar poucos dias para o encerramento do ano letivo, o ato poderá gerar transtornos incalculáveis para os alunos e para toda coletividade, notadamente por inviabilizar o fechamento do ano letivo na proximidade de férias escolares e recessos”.

Procurado pela reportagem do Correio do Estado, o presidente da ACP, Lucilio Nobre, declarou que o sindicato não foi notificado sobre a ação processual da Prefeitura de Campo Grande.

No entanto, caso a ACP seja procurada pelo TJMS, o sindicato “ouvirá a assessoria jurídica sobre as providências cabíveis ao processo”.

Durante reunião da prefeitura da Capital com a ACP, na terça-feira, a proposta enviada pelo Executivo de adiantar 4,78% do pagamento que está previsto para o mês de dezembro somado a um auxílio-alimentação de R$ 400, sem incorporar o benefício ao salário, não foi aceita pelos professores em assembleia geral.

IMPACTO

Por volta de 8 mil professores da Reme reivindicam o reajuste de 10,39% que deveria ter sido pago pela Prefeitura de Campo Grande em novembro.

A categoria ficou até abril deste ano sem reajuste, quando conseguiu, por meio da Lei Municipal nº 6.796/2022, a adequação em parcelas ao piso nacional.

A data votada em assembleia geral para o início da greve foi esta sexta-feira, o que foi aceito pela maioria dos profissionais presentes.

A primeira votação, quando foi discutida a possibilidade de greve, foi decidida a princípio com início no dia 1º. No entanto, em razão da Lei nº 7.783, de 1989, a categoria precisou de 48 horas para notificar à prefeitura sobre a paralisação geral e 72 horas para informar à comunidade escolar sobre a greve.

A greve está programada para ocorrer até o dia 9, e, após o prazo, os educadores devem fazer nova reunião para decidir pela continuidade ou não do movimento grevista.

RESPONSABILIDADE FISCAL

Segundo a Prefeitura de Campo Grande, a proposta de reajuste salarial dos professores de 10,29%, não foi aceita em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O impasse foi criado por conta do cumprimento à Lei 6.796. A legislação aprovada no início do ano traz um impeditivo que condiciona o cumprimento do limite prudencial, que é de 51,3% para gastos com a folha de pagamento. 

Esse gasto já estava acima do limite quando a lei foi aprovada, com 59,6%. A prefeitura alega que, atualmente, a folha de pagamento está em 57,1%, depois que a atual gestão adotou medidas de enxugamento de gastos, que continuam em andamento.

No processo protocolado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, também foi informado que o limite prudencial foi o motivo para a rejeição do reajuste proposto pelo sindicato.

“É notório que o município de Campo Grande vem enfrentando forte crise financeira, creditada ao recente período pandêmico e à situação econômica pela qual passa o País. Tais circunstâncias têm obrigado a administração municipal a tomar medidas de austeridade, tendo sido, inclusive, editado o decreto de contenção de despesas”. 

Por meio dessas justificativas, a prefeitura da Capital informou que a “administração pública municipal não pode, nesse momento, praticar nenhum ato que implique em aumento de despesas com pessoal, visto que já está no limite do possível, sob pena de sofrer graves sanções”.

Saiba: Em 2015, os professores entraram em greve por 77 dias, para reivindicar a adesão ao piso nacional da categoria. Na época, o prefeito da Capital era Gilmar Olarte, que, segundo os educadores, fez um acordo e não cumpriu.

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ABASTECIMENTO

Rompimento de tubulação causa lama nas casas do Rita Vieira

Moradores registraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras; Rede de fornecimento de água informou que a tubulação foi danificada por terceiros

24/11/2024 17h30

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água.

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água. Foto: Arquivo

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Um vazamento em uma tubulação de água deixou diversos moradores do bairro Rita Vieira sem água potável neste fim de semana em Campo Grande (MS). Segundo registros, a água no encanamento das casas chegou a sair com coloração marrom devido à presença de terra. 

Conforme Alexandre Cavalcanti, um dos moradores afetados pelo problema na tubulação, a água estava “parecendo a do Rio Aquidauana”, com coloração escura e presença de terra. De acordo com o morador, um filtro de água da casa acabou entupindo com o barro e a caixa d'água da casa ficou suja.

Em outro caso, Aparecida Yamaciro, também moradora do bairro, relatou que percebeu a coloração estranha ainda pela manhã deste domingo (24), enquanto regava as plantas da casa. Apesar do susto, afirmou não ter sofrido grandes danos. 

“Só percebi que algo estava acontecendo quando fui molhar as plantas hoje de manhã. A água saiu da mangueira bem turva. Felizmente, a minha caixa d’água estava cheia e o dano foi bem menor”, explicou. 

De acordo com a Águas Guariroba, concessionária responsável pelo fornecimento de água na cidade, o problema foi causado devido a uma quebra na tubulação, causada por terceiros. A concessionária também informou que o fornecimento será normalizado até o fim da tarde deste domingo. 

Confira:

“Águas Guariroba informa que neste sábado uma tubulação da rede de água da região do Rita Vieira foi danificada por terceiros. Com isso, a água da região apresentou coloração. Ainda na noite de sábado as equipes da concessionária realizaram o reparo da rede de abastecimento.

Neste domingo, a concessionária está na região realizando "descargas" na rede, para que a água com coloração seja descartada.

A Águas Guariroba agradece a compreensão dos moradores da região e reforça que qualquer ocorrência que necessite de intervenção da empresa deve ser registrada nos canais oficiais: 0800 642 0115 (SAC e WhatsApp), site www.aguasguariroba.com.br e aplicativo Águas.”

Abastecimento

Em outro episódio recente, em outubro, moradores de algumas regiões de Campo Grande tiveram lidar com a falta de água. Em alguns locais, moradores relataram  sofrer com o desabastecimento desde o fim de agosto.

Na época, a concessionária Águas Guariroba informou, em nota, que uma oscilação de energia elétrica afetou o abastecimento de água na Capital.

"Diante do tempo que o sistema de abastecimento da concessionária de água leva para retomar a distribuição, pode ocorrer baixa pressão[...]. É recomendado que os moradores pratiquem consumo consciente", explicou a concessionária.

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SEGURANÇA

Policia Penal de MS transfere 29 detentos em operação contra comunicação ilícita

A ação ocorre em todo o âmbito nacional com objetivo de realizar revistas minuciosas nos pavilhões e celas das cadeias

24/11/2024 17h00

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios Foto: Divulgação / Comunicação Agepen

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Durante a Operação Mute, a Policia Penal de Mato Grosso do Sul transferiu 29 detentos com objetivo de desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios impedindo a comunicação ilícita entre os envolvidos.

A ação ocorreu durante a 6ª fase da operação, que está sendo feita em âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Segundo a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 210 policiais penais estiveram envolvidos em MS, vistoriando 32 celas e resultando nesta transferência de 29 internos para outras unidades.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com participação de operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e supervisão de um representante da Senappen.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

OCORRÊNCIA

Tentativa de infiltrar celular em presídio falha, e Policia Militar apreende drone e aparelho celular que seria lançado pelo equipamento para dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), localizado no bairro Noroeste, no mês de setembro.

De acordo com as informações da Policia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), a guarnição do 9º Batalhão da Policia Militar foi acionada para apreender um drone e um celular, na estacão de tratamento de águas, localizado na BR 262.

O equipamento estaria sobrevoando a região em direção ao estabelecimento prisional do Instituto Penal de Campo Grande, quando devido a uma falha técnica, o drone que carregava o celular caiu nas proximidades do presídio.

Depois da Policia Penal interceptar em flagrante, no mês de maio,  um drone com baterias e fone de ouvido para celulares, que sobrevoava o Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) começou a se empenhar no combate ao uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado.

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