Um homem - que não teve sua identidade revelada - acabou preso na noite dessa quarta-feira (18) após manter a ex-companheira em cárcere privado e violentá-la em Camapuã, a 143 quilômetros de Campo Grande.
O caso começou após denúncia de familiares da vítima, que ao notarem seu sumiço, registraram boletim de ocorrência por um suposto crime de sequestro.
Conforme o registro policial, a situação era de preocupação entre os parentes em razão do histórico de violência do criminoso. Segundo sua mãe, a vítima possui medidas protetivas de urgência, e não voltou para a casa no último domingo (15).
Justiça decretou prisão preventiva do agressor
Após o registro, a Polícia Civil de Camapuã iniciou investigações para localizar o criminoso. Durante as diligências, as autoridades confirmaram a participação do suspeito no desaparecimento.
Nesse sentido, o poder judiciário decretou a prisão preventiva do agressor, em razão do descumprimento das medidas protetivas e dos casos de violência doméstica já praticados contra a mesma mulher.
Quando no começo da noite de ontem (18), os agentes localizaram a vítima em uma chácara, localizada na zona rural da cidade. O suspeito contudo, não foi localizado.
Entendendo que o criminoso estava perto do cativeiro, a equipe policial continuou com as buscas. Quando no final da noite, por volta das 23 horas, localizou o agressor tentando fugir pegando carona. Os policiais então realizaram abordagem e prenderam o suspeito.
Após resgatada, a vítima foi encaminhada ao hospital para realização do exame de corpo de delito. Aos polciais, a mulher explicou que durante seu desaparecimento o criminoso a levou para uma área de mata.
No local, ela sofreu violentou física, psicológica e sexual. O caso segue em investigação pela Polícia Civil
Polícia fecha cerco contra agressores de mulheres para evitar escalada de crimes
A Polícia Civil deflagrou uma operação para combater o crime de feminicídio em Mato Grosso do Sul, já que neste ano houve um pequeno aumento em relação ao ano passado.
O objetivo é evitar que haja uma escalada desse crime, como ocorreu em 2022, quando 44 mulheres foram mortas. Durante a ação, foram presos 23 autores – haviam mais 50 mandados de prisão em aberto em todo o Estado.
Neste ano, até o dia 17 de dezembro, foram cometidos 31 feminicídios em Mato Grosso do Sul, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Em 2023, no mesmo período, foram 29, e até o fim daquele ano o total de casos registrados chegou a 30, número inferior ao anotado neste ano, antes mesmo do fim.