O assassino confesso da menina de 11 anos, que foi estuprada e morta dentro de casa, no bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande, passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (14). Na ocasião, a Justiça deverá decidir se a prisão em flagrante do homem, de 31 anos, será convertida em preventiva.
Caso o judiciário decida por mantê-lo preso, o acusado deve responder todo o processo dentro da prisão. O pedido de conversão para prisão preventiva foi feito pelo delegado que atua na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Roberto Morgado.
Em depoimento à polícia, o homem que trabalhava como auxiliar de armazenagem, confessou que abusou sexualmente da vítima e depois a matou para tentar encobrir o primeiro crime, já que teria grandes chances dela relatar a alguém o que aconteceu.
Ainda em depoimento ele disse que conhecia a menina e seus irmãos, já que frequentava a residência. A mãe das crianças é garota de programa e, por muitas vezes, atendia seus clientes em casa.
No dia do crime, ele teria ido à casa procurar pela mulher, já que haviam combinado um programa sexual, mas ela não estava em casa. Ele ainda relata que foi recebido pela menina de 11 anos, mas como ela começou a gritar ele a espancou dando chutes, socos e batendo a cabeça dela contra o chão diversas vezes.
O acusado ainda afirmou à polícia que não se lembra de ter abusado da vítima, mas perícias feitas durante as investigações, confirmaram a conjunção carnal.
O autor do crime foi preso no início da tarde de ontem pelas equipes do Grupo de Operações e Investigações (GOI) e da Depca, enquanto ia para o trabalho.
MÃE PERMANECE PRESA
A mãe da criança, que também não teve o nome revelado, permanece presa. Ela passou por audiência de custódia nesta terça-feira (13) e a prisão em flagrante foi convertida para preventiva.
Se condenada, a mulher deve responder por abandono de incapaz, já que o crime aconteceu quando ela estava fora de casa, em um bar ingerindo bebidas alcoólicas, deixando seus filhos mais novos sob os cuidados da menina de 11 anos.
Testemunhas disseram à polícia que eram comuns as situações em que a vítima ficava sozinha com seus irmãos sem a supervisão de um adulto.
O pedido de prisão preventiva já havia sido representado pela delegada Karen Viana, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam). As diligências iniciais foram feitas por essa delegacia, já que é a única que atende situações de flagrante fora do expediente normal.
O velório e sepultamento da menina foi realizado na manhã desta terça-feira e foi acompanhado por familiares, vizinhos e pessoas próximas da família da vítima.
ENTENDA O CASO
Conforme já publicado pelo Correio do Estado, a menina foi morta depois de ser espancada e abusada sexualmente por um auxiliar de armazenagem de 31 anos, enquanto estava em casa com os dois outros irmãos, sendo que o de 03 anos presenciou todo o crime.
Em entrevista coletiva na tarde de segunda-feira, o delegado responsável pelo caso,relatou que a menina foi encontrada pela mãe com o corpo severamente ferido e seminua no chão da residência.
Ela chamou por ajuda, mas quando o Corpo de Bombeiros chegou a vítima já estava sem vida.
Ainda de acordo com o delegado, o homem responsável pelo crime apenas confessou porque percebeu que a polícia já tinha diversos indícios que apontavam para ele.
A causa da morte foi registrada como traumatismo craniano causado pelo espancamento e pelas batidas da cabeça no chão.
O acusado foi preso em flagrante por estupro e homicídio e o pedido de prisão preventiva foi feito pelo delgado que investiga o caso.
O homem tem passagens pela polícia por violência doméstica e figura como suspeito em outros boletins de ocorrência.
“Por conta do histórico de violência do agressor, seria temerário ter ele em liberdade para responder ao processo’’, afirmou o delegado.
