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HU é aprovado para sair da rede de urgência e Santa Casa segue cheia

O Hospital Universitário enfrentou superlotação no ano passado, o que acabou por motivar a sua saída da Rede de Urgência e Emergência de Campo Grande

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O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) conseguiu no mês passado a aprovação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para a sua saída da Rede de Urgência e Emergência (RUE) da Capital. A unidade hospitalar iniciou o procedimento para se desvincular da RUE no início de outubro do ano passado.

Agora, o Humap-UFMS informou que está tramitando com a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) uma assinatura de um novo contrato, a fim de continuar com a prestação de serviços com a prefeitura, porém, sem que seja “porta de entrada” da RUE.

A demanda do Hospital Universitário foi solicitada via ação civil pública, e o documento apontou que o problema de superlotação no pronto atendimento médico da unidade hospitalar foi uma realidade nos últimos seis anos, sendo resolvido em 2019, por meio de um acordo entre o hospital e a prefeitura, mas retornado em 2021.

Assim, no ano passado, após passar por “uma situação nunca antes vista em mais de 46 anos [de atividade]”, segundo a Superintendência do Humap-UFMS, o hospital decidiu entrar na Justiça para desabilitar o componente “porta de entrada hospitalar de urgência e emergência da RUE – tipo II”.

A saída da unidade da RUE não significa que o Pronto Atendimento Médico (PAM) será fechado.

O que os gestores do hospital informaram na época é que a iniciativa visava que o número de vagas que o hospital tivesse fosse respeitado. Ou seja, o Humap-UFMS só receberá pacientes se tiver leitos disponíveis.

Andréa de Siqueira Campos Lindemberg, superintendente do Humap-UFMS, conversou com a equipe de reportagem do Correio do Estado em outubro do ano passado, quando a ação foi ajuizada. À época, ela revelou que a unidade chegou a ter, além das 30 vagas disponíveis no PAM, entre 70 e 80 pacientes a mais.

O Hospital Universitário informou que, em contrapartida, terá condição de aumentar a realização de cirurgias eletivas após sua saída da RUE. Segundo a instituição, a previsão de trâmite do novo contrato com a prefeitura é de 60 dias.

Já a Sesau apontou que o Humap-UFMS atende atualmente uma média diária de 15 pacientes em diversas especialidades por meio da RUE. Com a nova diretriz da CIB, a unidade vai seguir atendendo alguns casos, principalmente especialidades do próprio hospital.

“O Humap-UFMS seguirá atendendo casos de trauma ortopédico, neurologia, cardiologia, gestações de alto risco e pediatria. Essas áreas já representam cerca de 50% dos encaminhamentos diários. Como compensação, haverá um aumento nos serviços eletivos de ambulatório e de cirurgias oferecidos pelo hospital”, destacou a secretaria, por meio de nota.

Além disso, a Pasta afirmou ainda que, desde outubro do ano passado, o Hospital Adventista do Pênfigo vem atendendo pacientes de urgência e emergência, trabalhando na expansão de leitos e especialidades.

“Inicialmente foram adicionados dois leitos na área vermelha e quatro na área verde do PAM, com planos de abrir mais 17 leitos nos próximos meses. Atualmente, o hospital disponibiliza 83 leitos, sendo 75 de enfermaria e 10 de UTI [Unidade de Tratamento Intensivo]”, finalizou a Sesau.

SANTA CASA 

Ao contrário do Hospital Universitário, a Santa Casa de Campo Grande segue por uma superlotação crítica, embora em patamares menores do que os registrados no pós-Carnaval.

À época, a Santa Casa recebia diariamente cerca de 18 pacientes a mais do que é capaz de suportar. Na unidade, inclusive, algumas pessoas tiveram que ficar em leitos improvisados no chão à espera de uma vaga na enfermaria.

O hospital relatou na época que o setor de trauma – o mais impactado pela superlotação – suportava 118 leitos, mas que chegou a ter 136 pacientes por dia, sendo a maioria dos casos de ortopedia, os quais chegavam na unidade principalmente por conta de acidentes, como colisões, quedas e brigas.

Agora, o diretor técnico da Santa Casa, William Lemos, detalhou por meio de nota que, graças aos esforços conjuntos da equipe, a situação melhorou, mas que ainda há superlotação na unidade.

“Alguns pacientes ainda permanecem em macas nos corredores do hospital por dois motivos. [O primeiro deles é que] ainda há impactos dos eventos das semanas passadas, o que deve ser sentido até o fim do mês. [Além disso], por conta da reforma no pronto-socorro, que visa ampliar e melhorar a estrutura física e o atendimento aos pacientes”, esclareceu o Lemos.

A reforma citada pelo diretor está sendo realizada durante o pleno funcionamento do hospital. Segundo a Santa Casa, isso gera alguns transtornos temporários, mas que a longo prazo trará benefícios.

Lemos também afirmou que a entrada de pacientes no hospital atualmente segue dentro da média histórica, sem registrar picos ou quedas significativas.

Cidades

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

Cidades

Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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