O inverno começa às 23h32 deste domingo (20) e deverá ser marcado por uma severa estiagem, com aproximadamente 40 dias sem chuvas em Mato Grosso do Sul.
É o que aponta prognóstico divulgado pelo meteorologista Natálio Abrãao.
Conforme o prognóstico, o inverno apresenta variações na temperatura, com oscilação entre dias ou semanas de calor e outra de frio.
O primeiro dia do inverno é o mais curto do ano, com a noite mais longa, com duração de dez horas, enquanto a noite é mais longa, com duração de 14 horas.
Historicamente, o inverno é a estação com o menor volume de chuvas no ano, com pancadas irregulares e mal distribuídas.
Para este ano, o prognóstico aponta que eventos severos de falta de chuva, podendo ultrapassar 40 dias sem precipitações.
Além disso, as chuvas que ocorrerem devem ser reduzidas neste ano, ficando abaixo da média de 35 mm.
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Também haverá a entrada de poucas frentes frias no Estado e as que chegarem não devem ser duradouras nem muito intensas.
Isto se deve aos bloqueios atmosféricos que estão previstos e trazem pouca chuva, baixa umidade relativa do ar e nevoeiros.
Neste ano, não se descarta a presença de um sistema frontal mais intenso no fim de junho, com queda mais intensa nas temperaturas, podendo chegar 7°C, e possibilidade de geada em algumas regiões, especialmente no sul do Estado.
Em julho também pode ocorrer episódios de queda nas temperaturas, com a passagem de uma forte massa de ar polar.
O tempo deverá ser seco a partir de meados de julho, com umidade relativa do ar abaixo de 30%, índice considerado prejudicial à saúde.
A partir de então, espera-se altas temperaturas até o fim da estação, que termina às 15h21 do dia 22 de setembro.
Outro evento meteorológico previsto para este inverno são as inversões térmicas, causando nevoeiros e neblinas e a névoa seca, devido à baixa umidade.
Chuvas
As chuvas, que já são menos frequentes no inverno, devem ser ainda mais reduzidas neste ano e ficar abaixo da média de 35 mm.
Deve haver redução nos índices pluviométricos em parte do mês de julho, todo o mês de agosto e a primeira quinzena de setembro , com estiagem de vários dias sem chuvas significativas, abaixo de 5mm caso ocorram.
Após a segunda semana de setembro, são esperadas chuvas mais organizadas, especialmente nas regiões sul e centro do Estado.
Com a falta de precipitação, as temperaturas permanecem elevadas e a umidade em valores mínimos de alerta.
Em Campo Grande, média de chuvas é de 37,7 mm em junho; 25,3 mm em julho; 38,1 mm em agosto e 73,9 mm em setembro.
Temperaturas
Conforme o prognóstico, os modelos indicam pelo menos uma massa de ar polar fraca até o fim de junho e outras duas até o fim de julho, com temperaturas próximas de 5°C, inclusive em Campo Grande.
Ainda em julho, há chances de geada no centro-sul do Estado, entre Dourados, Rio Brilhante, Maracaju e Ponta Porã.
Em agosto e setembro, a tendência das temperaturas é subir bastante, com máximas acima de 30°C em todo o Estado.
Nesta estação, a temperatura apresenta grande amplitude – diferença entre a máxima e mínima – com calor durante o dia e noite e madrugada mais frias.
Em todas as regiões, a umidade relativa do ar deve registrar índices baixos, em torno de 30% durante as tardes.
A partir de agosto, quando se intensifica a falta de chuvas, as mínimas de umidade devem cair acentuadamente, chegando a valores próximos ou abaixo de 20%.
A frequência de baixa umidade aumenta o risco de névoa seca, poeira, fumaça e partículas em suspensão no ar, que podem acarretar ou piorar doenças respiratórias.