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PROGNÓSTICO

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Inverno será marcado por estiagem e poucas frentes frias em Mato Grosso do Sul

Estação começa na noite de domingo e segue até o dia 22 de setembro

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O inverno começa às 23h32 deste domingo (20) e deverá ser marcado por uma severa estiagem, com aproximadamente 40 dias sem chuvas em Mato Grosso do Sul.

É o que aponta prognóstico divulgado pelo meteorologista Natálio Abrãao.

Conforme o prognóstico, o inverno apresenta variações na temperatura, com oscilação entre dias ou semanas de calor e outra de frio.

O primeiro dia do inverno é o mais curto do ano, com a noite mais longa, com duração de dez horas, enquanto a noite é mais longa, com duração de 14 horas.

Historicamente, o inverno é a estação com o menor volume de chuvas no ano, com pancadas irregulares e mal distribuídas.

Para este ano, o prognóstico aponta que eventos severos de falta de chuva, podendo ultrapassar 40 dias sem precipitações.

Além disso, as chuvas que ocorrerem devem ser reduzidas neste ano, ficando abaixo da média de 35 mm.

Últimas notícias

Também haverá a entrada de poucas frentes frias no Estado e as que chegarem não devem ser duradouras nem muito intensas.

Isto se deve aos bloqueios atmosféricos que estão previstos e trazem pouca chuva, baixa umidade relativa do ar e nevoeiros.

Neste ano, não se descarta a presença de um sistema frontal mais intenso no fim de junho, com queda mais intensa nas temperaturas, podendo chegar 7°C, e possibilidade de geada em algumas regiões, especialmente no sul do Estado.

Em julho também pode ocorrer episódios de queda nas temperaturas, com a passagem de uma forte massa de ar polar.

O tempo deverá ser seco a partir de meados de julho, com umidade relativa do ar abaixo de 30%, índice considerado prejudicial à saúde.

A partir de então, espera-se altas temperaturas até o fim da estação, que termina às 15h21 do dia 22 de setembro.

Outro evento meteorológico previsto para este inverno são as inversões térmicas, causando nevoeiros e neblinas e a névoa seca, devido à baixa umidade.

Chuvas

As chuvas, que já são menos frequentes no inverno, devem ser ainda mais reduzidas neste ano e ficar abaixo da média de 35 mm.

Deve haver redução nos índices pluviométricos em parte do mês de julho, todo o mês de agosto e a primeira quinzena de setembro , com estiagem de vários dias sem chuvas significativas, abaixo de 5mm caso ocorram.

Após a segunda semana de setembro, são esperadas chuvas mais organizadas, especialmente nas regiões sul e centro do Estado.

Com a falta de precipitação, as temperaturas permanecem elevadas e a umidade em valores mínimos de alerta.

Em Campo Grande, média de chuvas é de 37,7 mm em junho; 25,3 mm em julho; 38,1 mm em agosto e 73,9 mm em setembro.

Temperaturas

Conforme o prognóstico, os modelos indicam pelo menos uma massa de ar polar fraca até o fim de junho e outras duas até o fim de julho, com temperaturas próximas de 5°C, inclusive em Campo Grande.

Ainda em julho, há chances de geada no centro-sul do Estado, entre Dourados, Rio Brilhante, Maracaju e Ponta Porã.

Em agosto e setembro, a tendência das temperaturas é subir bastante, com máximas acima de 30°C em todo o Estado.

Nesta estação, a temperatura apresenta grande amplitude – diferença entre a máxima e mínima – com calor durante o dia e noite e madrugada mais frias.

Em todas as regiões, a umidade relativa do ar deve registrar índices baixos, em torno de 30% durante as tardes.

A partir de agosto, quando se intensifica a falta de chuvas, as mínimas de umidade devem cair acentuadamente, chegando a valores próximos ou abaixo de 20%.

A frequência de baixa umidade aumenta o risco de névoa seca, poeira, fumaça e partículas em suspensão no ar, que podem acarretar ou piorar doenças respiratórias.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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