Cidades

drama sem fim

JBS culpa até tartaruga pelo mau cheiro em frigorifico na Capital

Vistorias do MPE e do Imasul confirmaram que forte odor é procedente do frigorífico e por isso foi instaurado mais um iquérito civil nesta segunda-feira (3)

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Irregularidades Ambientais e Responsabilidade

Em vistorias feitas por técnicos do Imasul e do Ministério Público Estadual, funcionário do frigorífico da JBS, localizado na região do bairro Nova Campo Grade, na saída da Capital para Corumbá, responsabilizaram até tartarugas pelas irregularidades ambientais e pelo mau cheiro que atormenta moradores da região faz quase duas décadas.

Inquérito Civil

E por conta destas irregularidades constatadas nas vistorias o MPE instaurou mais um inquérito civil para apurar a regularidade jurídica do funcionamento da empresa, conforme publicação do diário oficial desta segunda-feira (3).

Vistoria e Constatação de Irregularidades

Em vistoria realizada no dia 19 de fevereiro, técnicos do Imasul constataram um extravasamento na tubulação que leva os efluentes do frigorífico ao córrego Imbirussu.

Problema com Tartarugas

E, conforme a página 142 do inquérito instaurado nesta segunda-feira, “o Sr. Rone informou que ocorreu um entupimento da tubulação, causada pela entrada de uma tartaruga, no sábado anterior a esta fiscalização, gerando um extravasamento no solo próximo”.

Visita Informal e Constatação de Vazamento

O curioso é que justamente naquele sábado anterior, época em que ocorriam manifestações de moradores reclamando do forte odor procedente do frigorífico, diretores do Imasul fizeram uma visita “informal” à unidade da JBS e constataram que havia vazamento de gases na tubulação e que o aumento do mau cheiro coincidia exatamente com o aumento das atividades deste setor e com as datas em que os moradores reclamavam do cheiro insuportável.

Multa e Conserto das Irregularidades

Dois dias depois, porém, quando os fiscais foram à empresa, os locais onde ocorria o vazamento haviam sido consertados e por conta disso a empresa foi multada somente por irregularidades menores, que lhe renderam multa de R$ 100 mil.

Problemas Persistentes

Entre estas irregularidades estava exatamente o problema supostamente causado por uma tartaruga que saiu do córrego e resolveu passear pela tubulação interna do frigorífico, causando o entupimento e o consequente vazamento.

Mau Cheiro Confirmado

Os técnicos do MPE, que foram à unidade da JBS e aos bairros próximos em datas diferentes ao longo de março, abril e maio, confirmaram que o mau cheiro realmente é procedente do frigorífico. “O frigorífico JBS é responsável pela emissão de maus odores provenientes de seu processo produtivo. Tais odores causam incômodo à população que reside nos arredores do estabelecimento”, diz o relatório.

Recomendação dos Técnicos

Com isso, confirmam a versão dos moradores e descartam os argumentos da empresa, que tenta atribuir a responsabilidade do problema a outras empresas da região.

Ao final do relatório, estes técnicos deixam uma recomendação nada animadora aos moradores, dando a entender que o problema não tem solução. Eles recomendam que a empresa faça um “planejamento, a médio prazo, visando ao deslocamento da planta produtiva para outro local mais adequado (núcleo industrial, por exemplo), de modo a não causar mais incômodos na vizinhança”.

Planos da Empresa

Em vez disso, porém, a empresa pretende aumentar seus abates diários no local, passando de 1.250 para 1.700 animais por dia. Ela já recebeu a licença para ampliação e a previsão é de que este aumento ocorra a partir de agosto.

Modernização do Sistema de Tratamento

Antes disso, porém promete modernizar seu sistema de tratamento de rejeitos, instalando o que a empresa chama de Sistema de Controle Ambiental Lodo Ativado. Os equipamentos já estão sendo instalados desde o começo do ano e com isso parte dos tradicionais lagos será desativada.

Tentativa de Termo de Ajustamento de Conduta

Antes da instauração do inquérito, o MPE até tentou firmar um Termo de Ajustamento de Conduta, no dia 29 de maio, mas os representantes da empresa não se interessaram em assinar um TAC e por isso foi aberto mais um procedimento, que é, pelo menos, o quarto nos últimos anos.

Cidades

IFMS firma contrato de 2,4 milhões para construir refeitório com verba do PAC

Projeto também prevê a construção da cozinha, depósito de material de limpeza, despensa, área de triagem, banheiros e vestiários

17/03/2025 17h31

Alunos do IFMS durante agenda ministerial em novembro

Alunos do IFMS durante agenda ministerial em novembro Foto: Marcelo Victor CE

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O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) assinou nesta segunda-feira (17) o contrato com a empresa vencedora da licitação para a construção do refeitório do Campus Campo Grande.

Serão utilizados R$ 2,4 milhões, neste que será o primeiro de oito refeitórios que serão construídos nos campi, investimento de R$ 19,9 milhões, repasse proveniente do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

Com 682 m² de área construída, o refeitório terá capacidade para atender 250 estudantes. O projeto também prevê a construção da cozinha, camara fria, depósito de material de limpeza, despensa, área de triagem, banheiros e vestiários.A empresa contratada, Domine Engenharia e Serviços Ltda., terá 12 meses para entregar a obra.

Para o diretor-geral do campus, Dejahyr Lopes Júnior, a entrega do 'tão esperado' refeitório será um marco na consolidação da unidade.

“Após dois anos do início da oferta de merenda no Campus Campo Grande, damos hoje um passo importante na consolidação de nossa infraestrutura com a assinatura do contrato para a construção do refeitório”, comemora.

O contrato foi assinado no Câmpus Campo Grande, com a presença da reitora do IFMS, Elaine Cassiano, do diretor-geral, Dejahyr Lopes Júnior, e do representante da Domine Engenharia e Serviços Ltda., Rodrigo Domingues dos Santos.

Após a assinatura do contrato, o grupo fez uma visita à obra do novo laboratório de Mecânica do campus, que também está sendo construído pela Domine Engenharia e Serviços Ltda. Com 610 m² de área construída e investimento de R$ 1,4 milhão, o espaço abrigará maquinários, salas de aula e banheiros, com previsão de entrega em seis meses.

Mais refeitórios serão construídos nos campi Aquidauana, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Ponta Porã e Três Lagoas. Para isso, a instituição prevê investir R$ 6,3 milhões, enquanto R$ 13,6 milhões virão do Novo PAC.

Para a reitora Elaine Cassiano, os refeitórios nos campi são essenciais para oferecer mais conforto e bem-estar à comunidade acadêmica.

“A construção dos refeitórios nos campi do IFMS representa um avanço significativo na expansão e consolidação de nossos espaços institucionais. Estamos investindo na qualidade de vida de nossos estudantes, garantindo infraestrutura adequada para as refeições, e fortalecendo o compromisso do IFMS com a permanência e o êxito estudantil”, reforça.

Os campi Naviraí e Nova Andradina já possuem espaços utilizados como refeitórios.
Dos dez campi, nove ofertam alimentação gratuitamente a estudantes: Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas.

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maus-tratos

Tutor de cachorro que morreu após ficar amarrado no sol é preso

Na delegacia, homem disse que não se tratava de maus-tratos e que teria esquecido que o animal estava amarrado

17/03/2025 17h00

Homem foi preso e encaminhado à Decat, autuado por maus-tratos

Homem foi preso e encaminhado à Decat, autuado por maus-tratos Foto: Divulgação

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Um homem de 44 anos foi preso após seu cachorro ser encontrato morto, após ficar amarrado no sol, nesta segunda-feira (17), no bairro Zé Pereira, em Campo Grande.

De acordo com a Polícia Civil, a príncipio, a Polícia Militar (PM) foi acionada, por meio de uma denúcnia de que havia um cachorro amarrado sob o sol desde o domingo.

Ao checar a situação, os policiais militares constataram que o animal já estava morto e acionaram a Delegacia  Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat), que foi até o local com a perícia.

Na casa, foi constatado que o cão havia sido preso no sol por uma corda, em cima de pedregulhos, sem comida e água à disposição.

O animal apresentava infestação por ectoparasitas e sinais visíveis de desidratação.

O tutor do animal foi preso em flagrante pelo delito de maus tratos a animais, quando é praticado contra cães e ocorre o óbito do animal.

Na delegacia, em sua defesa, o homem afirmou ter esquecido o animal amarrado desde o domingo.

Segundo os policiais que compareceram no local, a afirmação chama a atenção, pois o cachorro estava amarrado na varanda da frente da residência, em local visível.

Maus-tratos

A Lei Federal 14.064/2020 prevê penas de dois a cinco anos de prisão, além de multas, para quem for condenado por maus-tratos a cães e gatos.

Em Mato Grosso do Sul, em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e a Delegacia Virtual (Devir), há uma plataforma on-line para denúncias de maus-tratos contra animais domésticos.

A ferramenta funciona por meio da Superintendência de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal (Suprova) e Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), e, conforme reportagem do Correio do Estado, recebe cerca de 40 denúncias por semana.

Segundo o superintendente da Suprova, Carlos Eduardo Rodrigues, o objetivo é democratizar o acesso à denúncia, permitindo que a população atue como aliada na proteção dos animais.

"Os principais casos reportados envolvem abandono, agressões físicas, negligência em cuidados básicos e animais mantidos em condições insalubres", explica.

Após o registro na plataforma, as denúncias são analisadas pelas equipes responsáveis, podendo resultar em vistoria nos locais indicados e, se necessário, aplicação de penalidades aos infratores.

Além disso, a Decat também recebe alto volume de denúncias.

Como fazer a denúncia

A população pode fazer denúncias diretamente na plataforma da Devir.

O sigilo do denunciante é garantido, e a ferramenta possibilita o acompanhamento do caso.

"A união entre população, autoridades e organizações é o caminho para um futuro onde todos os animais sejam respeitados e protegidos", concluiu o superintendente. 

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