Cidades

JOGO DO BICHO

TJ condena Jamilzinho a mais 7,5 anos de cadeia

Além dele, outros oito réus envolvidos em exploração do jogo do bicho foram condenados a penas que, somadas, chegam a 38 anos de prisão

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A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) reformou sentença de primeiro grau e condenou Jamil Name Filho e outros oito réus envolvidos em milícia àrmada ligada a exploração do jogo do bicho pelo crime de obstrução de justiça. Somadas, as penas aplicadas chegam a 38 anos.

Em primeiro grau, os envolvidos haviam sido absolvidos pela Justiça sob o argumento de falta de provas.

No caso de Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, são mais sete anos e meio de prisão. Ele já foi condenado em outros processos originados da Operação Omertà e ainda responderá por outros crimes.

A reportagem apurou que os réus e as penas aplicadas pela 2ª Câmara Criminal foram as seguintes:

  • Jamil Name Filho: sete anos e seis meses de reclusão e 120 dias multa, em regime fechado; 
  • Rafael Antunes Vieira: seis anos e seis meses de reclusão e 50 dias-multa, em regime semiaberto, além da perda do cargo público de Guarda Municipal;
  • Flávio Narciso Morais da Silva: três anos e seis de reclusão e 40 dias-multa, em regime semiaberto; 
  • Robert Vitor Kopetski: três anos e seis meses de reclusão e 40 dias-multa, em regime semiaberto, além da perda do cargo público de Guarda Municipal; 
  • Alcinei Arantes da Silva: três anos de reclusão e 10 dias-multa, em regime aberto, além da perda do cargo público de Guarda Municipal; 
  • Rafael Carmo Peixoto Ribeiro: três anos e seis de reclusão e 40 dias-multa, em regime semiaberto, além da perda do cargo público de Guarda Municipal; 
  • Vladenilson Daniel Olmedo: quatro anos de reclusão e 80 dias-multa, em regime semiaberto. 
  • Alexandre Gonçalves Franzoloso: três anos e seis meses de reclusão e 40 dias-multa, em regime aberto;
  • Eltom Pedro de Almeida: três anos de reclusão e 10 dias-multa, em regime aberto

De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que pediu a reforma da sentença, os fatos começaram a ser investigados em 27 de setembro de 2019, assim que a Omertà foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

A partir da sétima fase, denominada "Pactum", em dezembro de 2020, a acusação ganhou mais elementoss.

Conforme informações que constam nos autos, após cumprimento de mandado de busca e apreensão em um apartamento de luxo em Campo Grande, de onde foram foram coletados materiais de interesse da investigação, os réus teriam pago testemunhas para que desistissem de colaborar com o Gaeco, o que de fato ocorreu.

Com base nas investigações, o Ministério Público apresentou denúncia em denúncia contra dez pessoas, acusadas de agirem para atrapalhar a coleta de provas.

Destas, apenas Jamil Name não foi condenado, tendo em vista que morreu durante o andamento do processo. Ele faleceu aos 82 anos, em decorrência da Covid-19, em Mossoró (RN), onde estava preso. Jamil Name é apontado como a pessoa que chefiava as ações criminosas da milícia.

Reforma de sentença

Após a absolvição em primeira instância, o MPMS recorreu e, no segundo grau, durante julgamento de apelação criminal, a análise dos desembargadores da 2ª Câmara Criminal resultou na condenação.

O desembargador relator do caso consuderou que havia provas suficientes para responsabilizar os acusados e votou pela condenação.

O voto foi acompanhado pelos outros integrantes da turma na votação do dia 13 de agosto, revertendo a sentença do juiz de primeiro grau.

"O acórdão anota, em concordância com o argumento do MPMS, que organizações criminosas, como a enfrentada pela Omertà, agem justamente para apagar o maior número possível de vestígios com o objetivo de permanecer impunes", disse o Ministério Público, em nota.

Penas

Jamil Name Filho teve a maior pena, de sete anos e meio, pois era o dono do apartamento de onde foram retiradas as provas. Ele já foi condenado também a 23 anos de prisão por ter sido mandante do assassinato do estudante Matheus Xavier, morto por engano no lugar do pai.

No mês que vem, Jamilzinho senta novamente no banco dos réus, em julgamento pelo assassinato do empresário Marcel Hernandes Colombo, 31, conhecido como Playboy da Mansão, morto em 2018 em Campo Grande. A participação de Name Filho no júri será por videoconferência, pois ele está preso em Mossoró (RN).

Há ainda outros quatro ex-guardas municipais de Campo Grande, Robert Vitor Kopetski, Rafael Antunes Vieira, Alcinei Arantes da Silva e Rafael Carmo Peixoto Ribeiro, que eram prestadores de serviços de todo tipo de tarefa para a família Name. 

Um policial civil, Vladenilson Daniel Olmedo, também foi condenado nesse processo. 

Dos três últimos sentenciados, Flávio Narciso Morais da Silva e Eltom Pedro de Almeida trabalhavam para os comandantes do esquema criminoso, enquanto ao advogado Alexandre Gonçalves Franzolosol foi atribuído o papel de coagir a testemunha, enquanto estava abrigada em uma delegacia, durante tratativas para fazer um acordo de colaboração com as autoridades.

 

GREVE

Governo de MS diz que está em dia com a Santa Casa e não tem responsabilidade por 13º

A proposta foi de que o 13º fosse pago parcelado, de janeiro a março. Porém, os servidores não aceitaram e querem o pagamento integral

22/12/2025 15h00

Governo afirma que não tem débitos com a Santa Casa

Governo afirma que não tem débitos com a Santa Casa FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O governo do Estado de Mato Grosso do Sul através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

A pasta também afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES. 

GREVE

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

CRISE FINANCEIRA

A Santa Casa está em crise financeira há anos. Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a Santa Casa gasta por mês R$ 1 milhão a mais do que recebe.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre governo federal, Prefeitura de Campo Grande e governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Porém, o hospital alega que o valor não seria suficiente para suportar a demanda atual da unidade de saúde, além de não sofrer reajuste desde 2023.

Sem a solução com o poder público, a instituição foi à Justiça pedir que, caso a renovação fosse feita, o repasse mensal precisaria ser corrigido para R$ 45,9 milhões (R$ 550,8 milhões por ano), além da recomposição retroativa referente aos últimos dois anos sem aumento.

Segundo documento que o Correio do Estado obteve com exclusividade, o hospital tinha um teto de R$ 46.907.889,12 para ser gasto em 2024 com internações de alta complexidade – serviços e procedimentos que exigem alta tecnologia, alto custo e infraestrutura especializada.

Porém, a entidade ultrapassou em cerca de R$ 2,5 milhões deste montante, o que resultou em um gasto operacional de R$ 49.484.607,38.

No balanço mês a mês, apenas em setembro a Santa Casa conseguiu operar as internações de alta complexidade dentro do teto, com R$ 3.825.922,38, menos de R$ 100 mil abaixo do limite mensal (R$ 3.908.990,76).

Por outro lado, outubro, segundo as informações do hospital, foi o pior mês, com gasto que chegou a R$ 4,6 milhões. Na média mensal, a instituição operou R$ 214,7 mil a mais do que o estipulado pelo teto.

De acordo com relatório anual divulgado pelo hospital em março deste ano, 2024 fechou com prejuízo de R$ 98,3 milhões, bem distinto do apresentado em 2023, quando fechou com superavit de R$ 27,5 milhões.

Ao longo dos anos, o deficit acumulado da Santa Casa soma R$ 514,8 milhões. Outro fator que ajuda a explicar a conta fechando no vermelho são os constantes empréstimos que a instituição faz.

No mesmo relatório é possível constatar que o hospital ainda teria que pagar R$ 256.916.856,00 por causa de empréstimos e financiamentos, desses R$ 16.141.304,00 em circulantes (12 meses, considerado curto prazo no mundo financeiro) e R$ 240.775.552,00 em não circulantes (longo prazo).

Em relação ao repasse financeiro, 56% (R$ 18,3 milhões) é de responsabilidade do Governo Federal. Os outros 44% são oriundos do Estado (R$ 9 milhões) e do Município (R$ 5,2 milhões).


 

Ho ho ho

Confira o que abre e o que fecha na véspera e no dia de Natal

Maioria dos estabelecimentos não abrem no dia 25 de dezembro em Campo Grande, mas funcionam em horário especial na véspera

22/12/2025 14h31

Comércio terá horário diferenciado de funcionamento

Comércio terá horário diferenciado de funcionamento Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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No fim de ano, o horário de funcionamento de vários estabelecimentos tiveram alterações ao longo do mês de dezembro. O comércio, por exemplo, funciona em horário estendido desde o dia 9 de dezembro.

No entanto, especificamente no dia 25 de dezembro, quando se celebra o Natal, a maioria dos estabelecimentos e serviços não funcionam em Campo Grande.

Na véspera, porém, muitos locais funcionam em horário diferenciado para atender a demanda da época.

Confira o que abre e o que fecha na véspera e dia de Natal:

Supermercados

Supermercados e hipermercados funcionam até às 20h no dia 24 e não abrem no dia 25 de dezembro.

Comércio

O comércio de rua Campo Grande abre até as 17h na véspera e não abre no dia 25 de dezembro.

Feira Central

A Feira Central abre das 10h às 16h na véspera e permanece fechada no dia de Natal.

Shoppings

Campo Grande

Na quarta-feira (24), a abertura será das 10h às 18h. No dia de Natal, a abertura é facultativa apenas aos serviços de alimentação e lazer, das 10h às 22h, enquanto as demais lojas permanecem fechadas.

Norte Sul Plaza

Na véspera de Natal, abre das 10h às 17h, enquanto no dia 25, as lojas fecham e apenas praça de alimentação e lazer podem funcionar das 11h às 21h.

Bosque dos Ipês

O funcionamento será das 9h às 18h no dia 24. No dia de Natal, a abertura será das 10h às 22h apenas para lazer e alimentação.

Pátio Central

Abre das 8h às 18h no dia 24 e fecha no dia 25.

Bancos

No dia 24, os bancos terão o horário de atendimento reduzido, das 8h às 10h (de MS). No dia 25 não haverá expediente bancário.

Saúde

Hospitais, Unidades de Pronto Atendimento, Centros Regionais de Saúde 24 horas irão funcionar normalmente em regime de plantão.

Judiciário

O Judiciário de Mato Grosso do Sul está de recesso a partir do dia 20 de dezembro, desta forma, não haverá expediente durante o fim de ano, até o dia 7 de janeiro de 2025.

Apenas o plantão judicial estará em funcionamento para os casos considerados urgentes.

Órgãos Públicos

As repartições públicas municipais e estaduais não terão expediente nos dias 24, 25 e 26 de dezembro, com exceção dos serviços considerados essenciais, como saúde e segurança.

Lotéricas

As casas lotéricas abrem na véspera e não abrem em 25 de dezembro.

Correios

 O funcionamento será normal no dia 247 e não haverá atendimento nas agências dos Correios no dia 25.

Detran

Não haverá expediente nas agências do Detran nos dias 24, 25 e 26 de dezembro, em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos.

Transporte coletivo

O transporte coletivo vai funcionar em horário diferenciado durante as festividades do Natal e do Ano Novo em Campo Grande, com uma redução de 10% da frota. 

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