O LED surgiu na década de 1970 e, por muitos anos, restringiu-se a pequenos pontos de iluminação, como indicadores de que um aparelho eletrônico estava ligado. Os avanços tecnológicos injetaram mais potência nesse sistema, permitindo aumentar e emissão de luz e a criação de lâmpadas que substituem as usadas normalmente. Seus custos ainda são altos, mas os ganhos, expressivos.
Gilberto Grosso, da Avant, estima que as lâmpadas de LED custem cerca de dez vezes mais do que as fluorescentes, mas têm durabilidade entre 15 a 25 vezes maior. Ele também explica que as lâmpadas normais convertem apenas 5% da energia que usam em luz; o restante vira calor. Já a nova tecnologia transforma em luminosidade quase 100% da eletricidade que necessita. Vinicius Marchini, da Brilia, dá uma ideia prática do tamanho da economia: "Há projetos que gastam mais com o LED, mas que recuperam seu investimento em economia de eletricidade depois de seis meses, sendo que a vida útil da lâmpada é de cerca de sete anos".
A mágica por trás dessa economia é um semicondutor do tamanho de um grão de areia, extremamente eficiente na transformação de energia em eletricidade, e que não tem metais pesados em sua composição. Não há, portanto, problemas ambientais em seu descarte, diferentemente das lâmpadas fluorescentes, que carregam materiais nocivos em sua estrutura. A limpeza em sua composição, a durabilidade e a economia de energia fazem do LED uma opção bem menos agressiva à natureza.
Por ser compacta, esse tipo de tecnologia é bem versátil em sua aplicação. Marchini lembra, por exemplo, que existem finas fitas de LED usadas para dar acabamentos em projetos arquitetônicos. "Antes, para esse tipo de aplicação, utilizava-se uma mangueira com pequenas lâmpadas que, além de ser mais grossa, ainda iluminava menos", conta. Além disso, por não emitir calor, elas são ideais para jogar luz em objetos sensíveis, como vinhos e obras de arte.
Grosso, por sua vez, lembra que o LED tem todas as propriedades de uma lâmpada normal. "Elas são encontradas nos tradicionais tons amarelos e brancos, e reproduzem fielmente as cores do ambiente", explica. Ele prevê, por fim, que a tendência é uma queda no valor dessa tecnologia, na medida em que ela se popularizar. "Até 2015, 50% da iluminação será em LED, e, até 2020, 80%."