Cidades

ESTIMATIVA

Mato Grosso do Sul pode chegar a três milhões de habitantes, diz Azambuja

Estimativa foi apresentada em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (27)

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Nos últimos dias como governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), estimou que a população do Estado possa chegar a três milhões de habitantes. Até o momento, já foram recenseadas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo Censo Demográfico, mais de dois milhões de pessoas. 

Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (27), Azambuja apresentou os números de crescimento do Estado nos oito anos em que esteve à frente do Executivo Estadual e, entre eles, citou a expansão da população nos últimos anos.

Ainda segundo os dados do IBGE, em 1979, a população de MS era de 1,3 milhão de habitantes, já em 2022 o número de habitantes chegou a 2,8 milhões, o que representa um crescimento de 107% em 43 anos. 

De acordo com o divulgado pelo Instituto no começo de dezembro, cerca de 79,91% da população, o que corresponde a 2.184.694 de pessoas. 

“Eu acredito que o censo deve chegar aos três milhões de habitantes, pelo menos é a estimativa que a gente faz. Então, um estado de 45 anos cresceu mais de 100% a sua população”, afirmou.

Até o momento, 177.921.626 pessoas foram recenseadas em todo o Brasil e, em Mato Grosso do Sul, 10 municípios já concluíram os trabalhos para a pesquisa do IBGE.

Apesar dos trabalhos em campo do Censo terem começado ainda em agosto, Mato Grosso do Sul aparecia, no começo do mês, em 16º lugar no ranking proporcional de recenseamento, dentre todas as unidades da federação. Além disso, é o 10º menor em desempenho entre os estados.

CONTATO

Em 15 cidades de Mato Grosso do Sul em que a população ainda não respondeu ao Censo de 2022, a pesquisa pode ser agendada com o recenseador por meio do telefone 137.

Inicialmente, o Disque Censo será aberto para 15, dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul: Antônio João, Aral Moreira, Brasilândia, Cassilândia, Deodápolis, Figueirão, Inocência, Jatei, Mundo Novo, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, Sete Quedas, Tacuru, Taquarussu e Vicentina.

Colaborou Leo Ribeiro

Cidades

Prefeita vai pedir ajuda do Estado e da União para atender mães atípicas

Desde junho do ano passado, mães pedem por fraldas, remédios e dieta específica para os pacientes, que deveriam ser entregues pelo Município

17/02/2025 13h25

Marcelo Victor/Correio do Estado

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São mais de sete meses de insatisfação, protestos e espera. Mães atípicas de Campo Grande aproveitaram a Sessão Solene Inaugural da Câmara Municipal para voltar a pedir que a Prefeitura as atenda e cumpra com o fornecimento de dieta, medicamentos e fraldas para as crianças, que necessitam de insumos especiais. 

Em resposta, Adriane Lopes disse que a pauta é uma das prioridades da gestão, e que vai buscar um acordo tripartite com o Estado e a União para atender a demanda.

"Nós já estivemos buscando uma agenda no governo federal, para que essa política pública seja na totalidade tripartite, para que o governo federal, o governo estadual, e o governo municipal estejam preparados para essa demanda que é tão importante e que está como prioridade para nós", declarou durante coletiva de imprensa.

Relembre

Em junho do ano passado, as mães foram até a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) para tentar uma reunião com a titular da pasta, Rosana Leite, que não as recebeu. Decidiram então ir até a Câmara Muniicipal de Campo Grande, onde acontecia uma audiência pública.

Com espaço na Casa de Leis, elas denunciaram que mesmo com liminar, não estavam recebendo a dieta adequada e fraldas para os filhos, e que faltavam profissionais para atender as crianças nas escolas.

À época, a Sesau informou que estava com dois processos de aquisição dos insumos sendo finalizados, e que o fornecimento destes insumos não era preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo feito o atendimento apenas de quem possui decisões judiciais. 

Em outubro, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou que adquiriu um lote de alimentação especial para as  crianças com deficiência, e garantiu que o fornecimento das dietas especiais estava em processo de regularização e, na sequência, seguiria para a fase de distribuição. O informado foi que o reabastecimento seria suficiente para 1 ano.    

Acontece que os produtos enviados às mães não correspondiam aos produtos anteriormente oferecidos e eram de qualidade inferior, prejudicando a adaptação das crianças. As fraldas, por exemplo, não são específicas para uso de crianças com deficiência. 

Desde então, há um anseio para que o problema seja resolvido.

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confissão

Empresas que subornaram políticos levam multa de R$ 11,3 milhões em MS

As empresas ICE e Inovvati estiveram envolvidas em uma série de escândalos investigados pela PF em 2018 e 2020

17/02/2025 13h15

Pelo menos uma das empresas multadas por corrupção segue prestando serviços ao Detran e recebendo quase R$ 4 milhõs por mês

Pelo menos uma das empresas multadas por corrupção segue prestando serviços ao Detran e recebendo quase R$ 4 milhõs por mês

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Publicação desta segunda-feira (17) da Controladoria Geral do Estado aplicou multas que somam R$ 11,3 milhões a duas empresas que prestam serviços ao Detran e a outros órgãos da administração estadual. As multas relativas ao pagamento de supostas propinas reveladas nas operações Vostok, Motor de Lama e Computador de Lama, todas da Polícia Federal, Receita Federal e da Controladoria Geral da União.

A empresa Ice Cartões Especiais foi multada em R$ 8.749.223,02. A explicação, conforme o diário oficial, é de que a empresa foi enquadrada no primeiro inciso do quinto artigo da lei federal 12.846/2013. 

E conforme este trecho da lei, é considerado ato lesivo “prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele relacionada”. 

Em novembro de 2020, na sétima fase da operação Lama Asfáltica, a empresa ICE foi alvo da PF por supostas “fraudes em licitações para contratação de serviços de emissão de Carteira Nacional de Habilitação, vistoria veicular, além de aquisição fictícia de produtos”, informou à época a Polícia Federal.

Mesmo assim, pelo menos até o fim de 2023 a ICE recebia pagamento regulares, da ordem de R$ 2,2 milhões mensais, pela prestação emissão de CNHs ao Detran-MS.

Confome a investigação, o empresário  Antônio Ignácio de Jesus Filho, que teria morrido nos Estados Unidos em dezembro do ano passado, aos 66 anos, pagava propina de até 10% sobre os contratos milionários que mantinha no Detran. Dois meses antes via a público a informação de que teria falecido nos EUA, a Justiça liberou pouco mais de R$ 6 milhões que estavam bloqueados desde 2020.

Os ex-governadores André Puccinelli e Reinaldo Azambuja estavam entre os beneficiários das supostas propinas, apontou a investigação.  

E, com a punição aplicada à empresa agora pelo Procurador Geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda, a própria administração estadual confirma que a corrupção efetivamente ocorreu, embora o caso ainda tramite na Justiça. 

INOVVATI

A outra empresa é a PSG Tecnologia Aplicada (atualmente com o nome de Inovvati), que levou multa um pouco menor, de R$ 2.557.991,83, conforme a publicação do diário oficial desta segunda-feira (17). Neste caso, a punição está sendo aplicada a Antônio Celso Cortez, que à época era o proprietário da empresa. 

A publicação deixa claro que ele foi enquadrado na mesma legislação aplicada à ICE. Porém, o empresário já se envolveu em uma série de escândalos envolvendo a administração estadual.

Ele foi preso pela Polícia Federal em setembro de 2018, durante a operação Vostok, quando a Polícia Federal também fez uma devassa na casa do então governador, Reinaldo Azambuja, na governadoria e nas casas de um deputado estadual (Zé Teixeira) e de um conselheiro do Tribunal de Contas (Márcio Monteira, que fora secretário de Fazenda de Azambuja). 

A denúncia era de que Antônio Celso Cortez fosse uma espécie de intermediário de propina que supostamente era paga pela JBS, dos irmãos Joeley e Wesley Batista, ao governador Reinaldo Azambuja, que teria levado adiante um esquema criado ainda em 2003 em Mato Grosso do Sul. 

Antônio Celso Cortez voltou a ser preso meses depois, em novembro de 2018, durante a Operação Computadores de Lama, que foi a sexta fase da operação Lama Asfáltica, também desenvolvida pela Polícia Federal. 

A empresa dele faturou, conforme o Portal da Transparência, a “bagatela” de R$ 231 milhões somente na gestão de Reinaldo Azambuja, entre 2015 e 2018. Mas antes disso ele já prestava serviços de informática à administração estadual.  

E, apesar da multa superior a R$ 2,5 milhões, a Inovvati continua faturando milhões com a administração estadual. No dia 23 de janeiro deste ano, por exemplo, foi oficializado o pagamento de R$ 3,71 milhões relativos a um mês de serviços prestados.

A reportagem do Correio do Estado procurou a assessoria do Governo do Estado no começo da manhã em busca de dados precisos sobre as razões que levaram à aplicação das multas, mas até o publicação da reportagem não havia obtido retorno. 

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