Cidades

'terror da citricultura'

Mesmo proibida, murta segue a venda em floriculturas de MS

Há cerca de três meses da sanção que deveria suprimir e erradicar a espécie da família dama-da-noite, mudas da planta ainda estão "empacadas" no estoque de estabelecimentos

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Espécie de dama-da-noite, hospedeira da bactéria que destrói plantações de laranja e limão, a tão temida murta foi proibida também em Mato Grosso do Sul há cerca de três meses, porém, ainda hoje é possível encontrar algumas dessas plantas em floriculturas do Estado. 

Andando pela Capital em busca da espécie, por exemplo, há comerciantes que são categóricos e apontam ao cliente que a espécie está proibida em Mato Grosso do Sul e, portanto, eles também estão consequentemente impedidos de realizarem a venda. 

Comumente usada até então como "cercas vivas" em diversos condomínios em Campo Grande, a planta natural da região asiática compõe atualmente o top 3 de espécies com essa finalidade de cobrir muros e trazer privacidade. 

  • Murta 
  • Tumbérgia Arbustiva 
  • Podocarpo (pinheiro de Buda) 

Ou seja, quem é pessoa Jurídica e, mesmo com essa proibição, busca a murta em Mato Grosso do Sul, não encontraria o produto devidamente declarado em nota fiscal como se deve. 

Porém, inclusive pelo fato de comerciantes sul-mato-grossenses terem um verdadeiro "pepino" nas mãos com a proibição das murtas, para uma pessoa física (que dependendo da finalidade, não se importaria com nota fiscal), não seria difícil comprar algumas mudas na base da "boa e velha" conversa. 

Isso porque, com a proibição repentina e sem a fiscalização para devidas apreensões e até destruição das plantas por parte do Governo, muitos comerciantes recebem a negativa dos fornecedores, que também não querem recolher as espécies diante da venda proibida.

 

Murta proibida

Essa novela da novela da proibição em Mato Grosso do Sul começou há cerca de quatro meses, após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) listar MS como com registro de ocorrência da chamada doença dos citros. 

Após isso, deputados estaduais aprovaram um projeto de lei que proibia o plantio; comércio; transporte e produção de murta em MS, seguindo onda proibitiva que atingiu várias cidades Estado brasileiros, devido ao potencial destrutivo da hospedeira da doença. 

Com a sanção pelas mãos do governador Eduardo Riedel saindo no fim de agosto, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) ficariam encarregadas de uma série de "próximos passos". 

Seriam funções da Pasta: 

  • Fiscalizar e elaborar um plano de supressão e erradicação da murta em áreas próximas ao cultivo de citrícolas (com substituição por outra);
     
  • Celebrar convênio de cooperação com outros órgãos para conscientizar a população;
     
  • Gestão e operacionalização das medidas necessárias para o cumprimento do plano de supressão e de erradicação de todas as árvores da espécie exótica murta.

Além disso, a Semadesc pode impor condenação, apreensão e destruição da planta, bem como multar de acordo com a quantia em Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (UFERMS). 

Caso o infrator seja primário, a pena pode ser convertida em medida socioeducativa com participação em um seminário. 

Setor em desenvolvimento

Resultados do MS Day Internacional em Nova Iorque, feito em maio deste ano, Mato Grosso do Sul tem confirmado a posição de "nova cinturão citrícola" do Brasil, diversificando sua base produtiva e trazendo investimentos para o Estado. 

Como divulgado recentemente pelo Governo do Estado, um desses investimentos somam R$1,2 bilhão, confirmado por representantes da empresa Cambuhy Agropecuária (Grupo Moreira Salles) na data de ontem (05). 

O plantio de laranja na área de Ribas do Rio Pardo, perto de Água Clara, tem investimento previsto ao longo de quatro anos em busca da meta de colher 9 milhões de caixas. 

Conforme o diretor-geral da Cambuhy Agropecuária, Alexandre Tachibana, que traz o negócio de São Paulo para Mato Grosso do Sul, a previsão é que o empreendimento movimente 3,6 mil empregos diretos e indiretos.

"O que nos trouxe para cá foi o greening, que ameaça 70% da área da citricultura do estado de São Paulo. Houve uma busca por uma nova fronteira, entre Minas Gerais e o Mato Grosso do Sul, o novo ‘cinturão citrícola’. E a gente escolheu essa região", disse ele após reunião com o corpo técnico do Governo do Estado. 

Não somente esse empreendimento, como o também gigante do setor, Grupo Cutrale, anunciou em abril deste ano o investimento de R$ 500 milhões para o plantio de 5 mil hectares de laranja em Mato Grosso do Sul. 

Considerada líder em exportações no País, a plantação às margens da rodovia BR-060, na fazenda Aracoara, que fica divisa entre Sidrolândia e Campo Grande, a empresa já previa o plantio de 1.730 milhão de pés de laranja. 

No mesmo mês, Paranaíba recebeu a intenção de plantio de 1.500 hectares do Grupo Junqueira Rodas, que já tinha à época mais 2,5 mil ha previstos para o segundo semestre em Naviraí. 

Titular da Semadesc, como bem esclarece Jaime Verruck, a doença bacteriana conhecida como "greening", que afeta a produtividade, fez muitas empresas migrarem de São Paulo para Mato Grosso do Sul. 

“A citricultura vai bem nas áreas mais arenosas, com menor teor de argila e isso é importante. Como a laranja está vindo com sistemas de irrigação, nós temos aí uma perspectiva de investimentos altos, mas com alta produtividade. Além do clima, solo e áreas disponíveis, notamos em especial a migração de produção de laranjas de São Paulo para MS em função da doença”, explicou.

**(Colaborou Laura Brasil)

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Violência

Mulher morta com tiro na cabeça é a 27ª vítima de feminicídio do ano em MS

Número de vítimas de janeiro a novembro supera o registrado no mesmo período do ano passado

06/11/2024 12h22

Reprodução: redes sociais

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Simone Alves de Siqueira, de 31 anos, encontrada morta na última terça-feira (5), é a 27ª vítima de feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul

Foi o pai de Simone quem encontrou o corpo da vítima, que estava na granja onde ela trabalhava com a família, localizada próxima a Itaporã, município aproximadamente 234 quilômetros distante de Campo Grande.

Simone foi morta com um tiro na cabeça, e a principal suspeita é de que o autor seja o ex-marido, que não estaria aceitando o rompimento do casal após 19 anos de casados.

As investigações apontaram ainda que recentemente, a mulher havia assumido um novo relacionamento, fato que poderia ter motivado o crime. Além disso, no dia 25 de outubro, ela havia registrado boletim de ocorrência contra o ex-marido, acusando-o de perseguição e pedindo por medida protetiva.

Com o homem, Simone tinha duas filhas. Ele segue foragido.

Números

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram que, entre os dias 1º de janeiro e 6 de novembro de 2024, 27 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul. O número já supera o registrado no mesmo período do ano passado, que teve 26 vítimas de feminicídio registradas de janeiro ao fim de novembro.

Fonte: Sejusp.

Em 2023, 30 mulheres foram vítimas de femincídio no Estado. O ano anterior, 2022, havia sido o recorde no número de casos desde que a lei foi instituída, em 2015. Foram 44 vítimas registradas no sistema da Sejusp.

Em 2021, o Estado registrou 37 feminicídios. No ano de 2020, 41 mulheres foram mortas por serem mulheres. Em 2019, foram 30 vítimas; e em 2018, 36.

Em 2017, o número de vítimas foi de 33 mulheres. No ano de 2016, o Estado computou 36 feminicídios, e em 2015, 18.

DENUNCIE

Sem sair de casa:

Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher faz uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.

O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

Registre a denúncia no site da Polícia Civil

Se não puder sair de casa ou usar o telefone, acesse o site www.pc.ms.gov.br, clique no link “B.O. ONLINE – DELEGACIA VIRTUAL” e, no Serviço ao Cidadão, clique em “REGISTRAR DENÚNCIA – Violência contra a mulher”, preencha os campos com as informações solicitadas (você não precisa se identificar). Nesse canal, também é possível fazer denúncia de violência contra criança e de violência contra pessoa idosa. 

É possível também fazer a denúncia online na Polícia Civil, por meio de aparelho celular, no aplicativo MS DIGITAL, no ícone Segurança. O aplicativo está disponível nas nas lojas virtuais para versões IOS e Android, o MS Digital foi desenvolvido para reunir o máximo de serviços públicos, ocupando pouco espaço nos aparelhos celulares. 

SE PUDER COMPARECER À UMA DELEGACIA, você fará o registro do boletim de ocorrência, narrando os fatos para a autoridade policial e dando início à investigação criminal.

Em Campo Grande, em caso de violência contra meninas (menores de idade) ocorrida no período noturno ou finais de semana, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada na Casa da Mulher Brasileira, faz o atendimento e posterior encaminhamento para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA) . 

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TRÁFICO DE DROGAS

Em menos de três dias, DOF apreende 20 toneladas de maconha em MS

Droga apreendida e a carreta foram avaliados em mais de R$ 16 milhões

06/11/2024 12h00

Em menos de três dias, esta foi a segunda carreta carregada com entorpecentes apreendida pelo DOF em Mato Grosso do Sul

Em menos de três dias, esta foi a segunda carreta carregada com entorpecentes apreendida pelo DOF em Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação

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Em uma série de apreensões realizadas em menos de uma semana, o Departamento e Operações de Fronteira fez mais uma apreensão significativa nesta terça-feira (5), no município de Itaqauiraí, cidade localizada a 382km de Campo Grande (MS). Desta vez, a equipe foi responsável por apreender 8 toneladas de maconha escondida em meio uma carreta carregada com fertilizantes.

Conforme o divulgado pelo DOF, a apreensão ocorreu durante uma ação de patrulhamento na zona rural do município, quando a equipe encontrou uma caminhonete parada ao lado de uma área de mata no Assentamento Lua Branca. Ainda segundo a equipe policial, ao realizarem a aproximação, duas pessoas fugiram a pé.

Em menos de três dias, esta foi a segunda carreta carregada com entorpecentes apreendida pelo DOF em Mato Grosso do Sul

Durante uma vistoria a um lote no Assentamento, também foi encontrado uma carreta atolada, carregada de diversos fardos de maconha escondidos em meio a 30 toneladas de fertilizantes carregados em big bags, um tipo de embalagem projetada para o transporte de grãos finos e produtos químicos perigosos. 

De acordo com os militares, a droga apreendida e a carreta foram avaliados em mais de R$ 16 milhões. Ambos, foram encaminhados para a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) de Dourados. 

Segunda apreensão em 3 dias 

Em outra ação, no último sábado (2), o DOF também foi responsável pela apreensão de outra carreta, carregada com 12,3 toneladas de maconha. A carga foi interceptada na  MS-386, no Trevo Tagy, fronteira Brasil/Paraguai, em Aral Moreira, município localizado a 376 quilômetros de Campo Grande.
Na ocasião, um homem de 44 anos foi preso em flagrante. O destino final do entorpecente era a cidade de Marau (RS). O veículo é um Scania semi-reboque bitrem conduzido por um homem de 44 anos. De acordo com o DOF, o prejuízo ao crime é de R$ 30.775.000,00.

Conforme apurado pela reportagem, a droga e o veículo foram encaminhados a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron-MS), localizada em Dourados.

Em 2024, somente no primeiro semestre,  o Balanço Operacional do DOF registrou a aprensão de 67 toneladas de entorpecentes. Em 2023, a corporação foi responsável pela apreensão de 117.125,812 Kg de drogas durante o ano todo. 
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Operação conjunta

Ambas as operações ocorreram dentro do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, em parceria com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) com o MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública).

O DOF mantém um canal aberto direto com o cidadão para tirar dúvidas, receber reclamações e denúncias anônimas, através do telefone 0800 647-6300

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