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Moradores do Nasa Park pagam R$ 436 por mês pelo uso do lago

Lago é administrado pela A&A Empreendimentos, e não está diretamente vinculado ao Nasa Park; Termo de Concessão do uso era vendido a mais de R$ 15 mil, acrescido das taxas mensais

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Moradores do Nasa Park pagam taxa mensal de mais de R$ 436 para utilizar o lago do loteamento, que teve barragem rompida na última terça-feira (20). O lago era administrado pela A&A Empreendimentos.

Ao Correio do Estado, a proprietária de uma residência no Nasa Park explicou como funcionava o uso do lago:

1º Compra da concessão

Todos que adquirem imóvel ou terreno no loteamento e têm interesse em utilizar o lago precisam pagar pela concessão, uma espécie de "taxa inicial".

A moradora do Nasa Park comentou que pagou cerca de R$ 15 mil quando adquiriu o terreno, mas que não sabe qual valor está sendo cobrado atualmente, já que é proprietária há alguns anos.

O termo de concessão é intransferível, ou seja, caso venda a casa, o novo morador também precisará pagar pela concessão.

2º Manutenção

Mensalmente, os moradores que já possuem a concessão recebem boletos no valor de R$ 436, destinado à manutenção do lago e arredores.

Separado do Nasa Park

A moradora do loteamento explicou ainda que há uma confusão quanto à definição do Nasa Park, e que é errôneo chamar de condomínio, já que não há votação, síndico e nem mesmo taxa de condomínio.

"Lá é um loteamento, então eu tenho um terreno no município de Jaraguari, onde existe um lago. O dono do lago é a empresa A&A Empreendimentos", destacou.

"Lago era vivo"

A moradora lamentou o ocorrido, e relembrou uma ocasião em que a Marinha fiscalizava Arrais, a habilitação para pilotar jet ski, e questionou se tinha peixes no lago.

"E sim, esse lago tem peixes. Era um lago que não era morto. Não tinha peixe morto, não cheirava mal... Tinha vida", comentou.

Relembre

Na manhã desta terça-feira (20), uma barragem privada, da empresa Nasa Park Empreendimentos Ltda, rompeu, causando estragos ainda inestimáveis. Ela estava inserida no loteamento do condomínio de luxo da empresa, localizado em Jaraguari, próximo ao km 500 da BR-163, e a cerca de 31 km de Campo Grande.

A rodovia federal mais importante do Estado, que fica a cerca de 8 km de onde a barragem rompeu, foi rapidamente alcançada pela água e passou quatro horas interditada. Uma parte do trecho cedeu, e a CCR MSVia, responsável pela BR-163 no estado, ainda vai investigar se há mais danos estruturais.

 

Por mais que ninguém tenha ficado ferido, famílias que viviam nos arredores do loteamento, que eram em sua maioria pequenas produtoras, tiveram a casa invadida pela lama.

Equipes do Correio do Estado acompanharam os trabalhos daqueles que tentavam recuperar móveis, animais que foram arrastados pela lama, e limpar, pelo menos um pouco, os estragos causados.

Posicionamento

A A&A Empreendimentos e a Nasa Park divulgaram uma nota lamentando o ocorrido, e afirmando que a empresa "opera em conformidade com todas as normas e regulamentos vigentes".

Confira a nota do Nasa Park na íntegra:

"A administração do NASA Park lamenta profundamente o ocorrido na data de hoje, 20 de agosto de 2024, que resultou no rompimento de uma parte da estrutura do parque.

Imediatamente após o fato, as autoridades competentes foram acionadas e estamos colaborando integralmente para garantir que todas as medidas necessárias sejam tomadas.

Nossa prioridade é oferecer todo o suporte necessário e trabalhar para resolver a situação com a maior agilidade possível.

Engenheiros especializados já estão realizando um estudo detalhado para determinar as causas do rompimento e propor as medidas corretivas.

É importante destacar que o NASA Park opera em conformidade com todas as normas e regulamentos vigentes. Ao ser concebido, o projeto teve manifestações favoráveis do IMASUL, incluindo o projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros e os certificados ambientais devidamente validados.

Reafirmamos nosso compromisso com a segurança de nossos moradores, visitantes e colaboradores.
Nos colocamos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas adicionais."

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Cidades

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Maioria dos casos prováveis foram entre mulheres

10/03/2025 22h00

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70% 41330/PIXABAY

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De janeiro a março deste ano, o Brasil registrou 502.317 casos prováveis de dengue. Durante o período, foram confirmadas 235 mortes pela doença, enquanto 491 óbitos permanecem em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 236,3 casos de dengue para cada 100 mil habitantes. Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. De acordo com a plataforma, 55% dos casos prováveis de dengue registrados este ano foram entre mulheres e 45%, entre homens. As faixas etárias que mais concentram casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

São Paulo lidera o ranking de estados, com 291.423 casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (57.348), Paraná (31.786) e Goiás (27.081). Em relação ao coeficiente de incidência, o Acre aparece em primeiro lugar, com 760,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (633,9), Mato Grosso (470,2) e Goiás (368,4).

Análise

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil registrou uma redução de 69,25% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024.

O levantamento corresponde às semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025.

“A queda demonstra a efetividade das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, e reforça a necessidade de esforços contínuos para manter a tendência de redução”, avaliou a pasta.

Dados do ministério indicam que, nos primeiros meses de 2024, o Brasil havia registrado 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 óbitos e 85 em análise.

Saúde

Padilha defende combate à dengue com Estados e municípios e política permanente contra doenças

Novo ministro pretende recorrer às universidades e aos centros de formação de especialistas e que pretende fortalecer a atenção primária à saúde

10/03/2025 21h00

Mosquito da dengue

Mosquito da dengue Reprodução, Fiocruz

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O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o combate à dengue deve ser feito a partir de um trabalho conjunto entre o governo federal, os Estados e os municípios. Defendeu que o enfrentamento à covid-19 sirva de aprendizado para estabelecer uma política de combate à dengue e que haja uma "política permanente de Estado para enfrentarmos novas pandemias".

"A pandemia de covid-19, a um custo muito alto, nos apontou caminhos para enfrentar possíveis surtos e endemias. Só se enfrenta o problema de saúde pública com ciência. Isso significa ter profissionais mobilizados e bem orientados, estabelecer mensagem correta para mobilização das famílias e comunidades. Unir esforços em vez alimentar conflitos políticos entre União, Estados e municípios", declarou, em seu discurso de posse nesta segunda-feira, 10.

"Essa é a nossa diretriz nas ações contra a dengue. Porque o mosquito não é do prefeito, do governador ou do presidente. Ele está dentro das casas das pessoas e dos locais de trabalho. Somente seremos bem sucedidos em reduzir os focos do mosquito, a transmissão da doença e os casos graves e óbitos se trabalharmos juntos", completou o novo ministro da Saúde.

O novo ministro da Saúde disse que pretende recorrer às universidades e aos centros de formação de especialistas e que pretende fortalecer a atenção primária à saúde. Padilha afirmou que seu único inimigo à frente do Ministério da Saúde será o "negacionismo" e que pretende "impulsionar um amplo movimento nacional pela vacinação".

Padilha defendeu, ainda, a revisão da tabela SUS, modelo de remuneração que complementa os pagamentos dos hospitais pelo Sistema Único de saúde. Disse que pretende estabelecer um novo modelo que sinalize aos Estados, municípios e à rede privada que o SUS pagará mais pelos atendimentos.

"Sei que a tabela SUS, da forma como remunera os serviços hoje, não acabará com a peregrinação do nosso povo por atendimento médico especialista. Teremos a coragem e ousadia necessárias para superar o modelo da tabela SUS, enterrá-lo de uma vez por todas e criar um novo modelo que garanta acesso à nossa população. Começaremos essa superação pelos procedimentos que mais geram tempo de espera, como as ofertas de cuidado integral propostas pela equipe da ministra Nísia", declarou.

"Queremos um novo modelo de remuneração que sinalize aos Estados, municípios e aos serviços privados que pagaremos mais e melhor para o atendimento especializado que aconteça no tempo correto. Uma tabela que poupe o tempo e reduza o tempo de espera", afirmou.

Padilha tomou posse nesta segunda-feira como novo ministro da Saúde. Ele, que já ocupou a pasta de 2011 a 2014, substitui Nísia Trindade. A Secretaria de Relações Institucionais, que era ocupada por Padilha, será comandada, a partir de agora, por Gleisi Hoffmann, que também tomou posse nesta segunda-feira. A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, estava lotada com autoridades e convidados presentes.

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