Cidades

CIDADE MORENA

Morre na Santa Casa grávida que perdeu o bebê em acidente em Campo Grande; vídeo

Menos de 24 horas após internação, Maria Isabel de Oliveira Souza não resistiu aos resultado da colisão entre moto e fiorino no bairro Tiradentes

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Identificada como Maria Isabel de Oliveira, de 23 anos, a jovem gestante que perdeu o filho e a própria mãe - Patrícia Helena Lopes de Oliveira (48) -,  em acidente ontem (06) no bairro Tiradentes, faleceu horas após ser internada na Santa Casa de Campo Grande. 

Maria Isabel estava na garupa da Honda Biz que era pilotada por sua mãe, quando ambas foram atingidas por uma Fiorino após Patrícia desrespeitar a sinalização de "pare" do cruzamento entre a Rua Cândida de Lima Barros e Avenida Rouxinol. 

Imagens de circuito de segurança mostram o momento em que a Biz avança o cruzamento, com a batida entre os veículos projetando ao ar o corpo de ambas as mulheres e fazendo a caminhonete perder o controle e colidir ainda com um poste da avenida Rouxinol. Abaixo, é possível conferir o momento da colisão. 

As vítimas receberam socorro de equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com a condutora da moto, Patrícia, sendo levada para a Santa Casa e não resistindo aos ferimentos pouco tempo depois de dar entrada no Hospital. 

Maria Isabel, que já havia perdido o bebê devido à gravidade do acidente, deu entrada na Santa Casa de Campo Grande ontem (06) às 10h23, conforme repassado ao Correio do Estado, com o óbito constatado pela unidade no mesmo dia, por volta de 18h43. 

'Maio Amarelo'

Com isso, os nomes de Patrícia e Maria Isabel somam-se à motociclista Aline Souza Cândida, de 25 anos, morta após derrapar na areia e ser atropela por um ônibus no bairro Jardim Los Angeles, como os três óbitos registrados em intervalo de cerca de 24 horas após abertura do "Maio Amarelo" em Campo Grande. 

Vale lembrar que, durante o lançamento da campanha de conscientização na praça Ary Coelho, no centro De Campo Grande, Adriane Lopes, declarou a intenção do grupo integrado de forças locais de zerar as mortes no trânsito na Capital a partir do 'Maio Amarelo', o que caiu por terra ainda na manhã de terça-feira (05). 

Na ocasião, a prefeita Adriane Lopes chegou a citar números, repassados à ela por sua equipe técnica, que apontavam para uma decrescente no número de mortos em acidentes na Capital até os cinco primeiros meses de cada ano. 

Conforme a prefeita de Campo Grande, a Cidade Morena havia registrado 12 óbitos até o mês de maio de 2023, número que segundo Adriane caiu para apenas quatro nesse mesmo período de 2024. 

"Se Campo Grande com essa redução já é referência, nós queremos ainda mais zerar o número de mortes, tendo em vista que a saúde pública não suporta mais o número elevado de acidentes e de mortes na nossa cidade", disse Adriane em discurso.

Com base nos dados compilados pelo Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito (GGIT) e Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), como abordado pelo Correio do Estado em janeiro deste ano, até antes da pandemia o ranking das avenidas com principais volumes de acidentes eram: Afonso Pena, Ernesto Geisel e Eduardo Elias Zahran com a rua Rui Barbosa.

Atualmente, porém, em compilado até o fim do ano de 2024, os seguintes trechos respondem pela maior concentração de acidentes. 

  • Av. dos Cafezais 
  • Av. Cônsul Assaf Trad 
  • Rua Fraiburgo, nas Moreninhas 
  • Rua Zulmira Borba, no Nova Lima

Na análise dos números absolutos em 2023 foram registrados 4.592 acidentes com vítimas, sendo 75 mortes totais registradas nesse intervalo de 12 meses.

Em 2024 Campo Grande registrou um total de 4.479 acidentes com vítimas, sendo 74 óbitos anotados nesses chamados sinistros fatais. 
**(Colaborou Karina Varjão)

 

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"Gancho"

Detran-MS suspendeu quase 20 mil habilitações em 2025

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH

22/12/2025 18h00

Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Detran suspendeu quase 20 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) em Mato Grosso do Sul ao longo de 2025. As penalidades foram aplicadas a motoristas que ultrapassaram o limite de pontos ou cometeram infrações que resultam em suspensão imediata do direito de dirigir.

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH, quando o motorista atinge 40, 30 ou 20 pontos em um período de 12 meses, conforme a quantidade de infrações gravíssimas, outros 5.565 motoristas perderam o direito de dirigir por suspensão direta, aplicada em casos como conduzir o veículo em velocidade superior a 50% do limite permitido, entre outras infrações previstas em lei.

Todos os 19.565 motoristas foram afastados temporariamente das vias e obrigados a realizar o Curso de Reciclagem, exigido para recuperar a habilitação.

Infrações 

Até 16 de dezembro de 2025, o estado registrou 976.157 infrações de trânsito. O excesso de velocidade respondeu por 44,06% das autuações, somando casos de até 20%, de 20% a 50% e acima de 50% do limite permitido.

Outras infrações mais recorrentes em 2025 foram avançar sinal vermelho ou parada obrigatória, não usar cinto de segurança e uso de celular ao volante. Mais de 4.500 motoristas também foram penalizados por recusar o teste do bafômetro.

Cassação

Ao longo dos últimos 12 meses, 2.735 condutores tiveram a CNH cassada por reincidência, principalmente por continuarem dirigindo mesmo após a suspensão. A cassação impede o motorista de dirigir por um período mais longo e exige novo processo de habilitação.

O número de recursos administrativos apresentados de forma digital também aumentou. Em 2025, foram registrados 3.862 recursos online, crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2022, foram 1.032 recursos digitais; em 2023, 1.247; e em 2024, 3.227.

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Os serviços podem ser acessados pelo Portal de Serviços, aplicativo Meu Detran MS e atendimento via WhatsApp.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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