Cidades

POLICIA AMBIENTAL

Motorista resgata Irara vitima de atropelamento em rodovia de MS

Segundo a PMA o motoristas encontrou o animal ferido, e levou a Irara até uma unidade próxima da Policia Ambiental de Jardim

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Motorista resgatou um animal silvestre, nesta segunda-feira(26), que foi encontrado ferido vítima de atropelamento, à margem do km 12 da rodovia MS 382, no município do Guia Lopes da Laguna.

Segundo a Polícia Militar Ambiental de Jardim, o animal da espécie Eira barbara, conhecido pelo nome comum de irara, foi levado até o quartel da PMA por um motorista que se visualizou o animal agonizando no local do atropelamento, e buscou ajuda para salva-lo.

Os Policiais verificaram que o animal possuía vários ferimentos provocados pelo atropelamento. A irara, que aparentava estado crítico de saúde, foi colocada em uma caixa de contenção, e levada urgentemente para atendimento em um veterinário voluntário, no Recinto de Reabilitação de Animais silvestres (RARAS) de Bonito.

Tendo em vista o caso registrado, a Polícia Militar Ambiental orienta que os motoristas podem socorrem os animais atropelados em rodovias, alertando que não existe crime ao atropelar um animal sem intenção.

"Muitas pessoas não socorrem os animais por acreditarem que cometeram um crime, e que podem ser penalizados por isso", declarou o Tenente Coronel da PMA, Ednilson Paulino Queiroz.

De acordo com a PMA, o procedimento correto é parar o veículo em local seguro e, com segurança, verificar se o animal está morto. Se não estiver morto, o motorista pode efetuar o socorro.

"Se não houver como socorrê-lo naquele momento, acione, assim que possível, os órgãos públicos para que o bicho receba o atendimento adequado. Se o animal estiver morto e estiver na pista de rolamento, com segurança, retire-o para o acostamento, para evitar que outro usuário da rodovia possa vir a se acidentar", disse Tenente Coronel Queiroz.

Atropelamento em rodovias

Segundo a pesquisa da do projeto "Bandeiras e Rodovias" do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), de 2017 a 2020, foi registrado 12.400 animais silvestres acometidos por colisão veicular, nas rodovias do Mato Grosso do Sul, em cerca de 85.000 km que foram monitorados neste período.

Deste registro 40% foram de animais de grande porte, capazes de causar danos materiais e acidentes, como tamanduás-bandeira, antas e capivaras.

Ainda segundo o estudo, a maioria dos acidentes com fauna (80-90%) ocorrem no período crepuscular ou noturno.

Os dados mostram que as colisões veiculares reduzem o crescimento populacional de tamanduás-bandeira pela metade, sendo uma das principais ameaças à espécie no Mato Grosso do Sul.

Cidades

Vacina contra chikungunya mantém anticorpos após 1 ano de aplicação

Ensaio clínico foi feito pelo Butantan com 750 adolescentes

22/01/2025 22h00

Aplicação de fumacê em combate ao mosquito Aedes aegypti

Aplicação de fumacê em combate ao mosquito Aedes aegypti Reprodução, Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

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A vacina contra a chikungunya produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica franco-austríaca Valneva mantém a produção de anticorpos em 98,3% dos adolescentes imunizados após um ano de aplicação, segundo o resultado de um ensaio clínico de Fase 3 realizado pelo instituto com 750 adolescentes de 12 a 17 anos de idade que vivem em áreas endêmicas do país.

Em setembro do ano passado, os primeiros resultados do estudo feito com adolescentes foram divulgados na revista científica The Lancet Infectious Diseases, revelando que, 6 meses após a vacinação, 99,1% dos voluntários do estudo ainda mantinham proteção contra a doença.

O estudo vem sendo realizado no Brasil desde 2022, e inclui jovens que vivem em regiões endêmicas ou de grande circulação do vírus tais como São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Laranjeiras (SE), Recife, Manaus, Campo Grande (MS) e Boa Vista.

Antes, nos Estados Unidos, ensaios técnicos de Fase 3 já haviam sido realizados com cerca de 4 mil voluntários entre 18 e 65 anos, que demonstraram uma imunogenicidade de 98,9%, que se sustentou por pelo menos 6 meses. Esse resultado levou à aprovação da utilização da vacina para pessoas acima dos 18 anos de idade nos Estados Unidos, pela Food and Drug Administration (FDA), e na Europa, pela European Medicines Agency (EMA). 

Foi também esse resultado obtido com voluntários adultos, que levou a Valneva e o Butantan a solicitarem à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para ser aplicada no país de forma definitiva.

Estudos

Para que uma vacina seja aplicada na população, ela inicialmente passa por uma fase de estudos em laboratório, depois por uma fase pré-clínica de testes em animais e por uma fase clínica de testes em voluntários humanos, dividida em três fases, que avaliam a produção de anticorpos e a segurança e a eficácia do imunizante.

Até o momento, tanto o estudo brasileiro como o norte-americano atestaram que a vacina contra a chikungunya é segura e bem tolerada entre adolescentes e adultos. Nenhum problema de segurança foi detectado pelo comitê independente e a maioria das reações adversas foi leve e moderada, informou o Instituto Butantan.

Depois das conclusões dos testes, a vacina ainda precisa de aprovação de um órgão regulador. No caso brasileiro, da Anvisa. Só depois de análise e autorização da agência reguladora é que uma vacina pode ser utilizada pela população brasileira.

Doença

A chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue e Zika, que provoca uma dor crônica nas articulações. Os sintomas mais comuns são febre alta, dores nas articulações, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas no corpo. Em casos graves, os pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações que podem durar anos.

A principal forma de prevenção é o combate ao mosquito, eliminando criadouros em água armazenada em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso. É na água parada que o mosquito deposita seus ovos.

Só nos primeiros dias deste ano, o Brasil já registrou três mortes por chikungunya, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgado pelo Ministério da Saúde. No ano passado foram 214 óbitos provocados pela doença.

VENCEU CONCURSO

Obra "Parajás" substituirá estátua da deusa da Justiça no Fórum de Campo Grande

Victor Harabura de Freitas venceu concurso promovido pelo Tribunal da Justiça com obra que mescla a Deusa da Justiça com traços indígenas

22/01/2025 19h28

Monumento Parajás venceu concurso para substituir estátua de Têmis no Fórum de Campo Grande

Monumento Parajás venceu concurso para substituir estátua de Têmis no Fórum de Campo Grande Divulgação

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O artista Victor Harabura de Freitas venceu o concurso do cultural do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e sua obra, intitulada "Parajás", irá substituir a estátua da Têmis, divindade grega que simboliza a justiça, no Fórum de Campo Grande.

O resultado do concurso foi divulgado nesta quarta-feira (22) e será oficialmente publicado no Diário da Justiça desta quinta-feira (23).

O monumento será instalado na entrada na entrada dos plenários do Tribunal do Júri.

A escultura, que medirá cerca de 1,90m x 4,50m x 1,15m e pesará por volta de 288kg, será feita de chapas de aço corten.

Segundo o TJMS, a proposta destacou-se entre outras 12 concorrentes por integrar simbolismo e contemporaneidade, unindo elementos da Deusa da Justiça com traços indígenas, "formando uma representação poderosa da justiça e da herança cultural dos povos originários do Brasil".

"Parajás", que é a deusa Tupi-Guarani da honra, do bem e da justiça, será composta por 91 camadas das chapas de aço e cerca de 170 peças distintas.

O artista receberá um prêmio de R$ 50 mil e a oportunidade de executar a obra, a critério da administração do TJMS, com um valor estimado de R$ 300 mil.

Monumento Parajás venceu concurso para substituir estátua de Têmis no Fórum de Campo GrandeResultado do concurso cultural fo TJMS

O segundo lugar ficou com Marcos Roberto Ferreira de Rezende, com a obra "Justiça flui como as Águas", que foi pensada  para estabelecer uma conexão entre os conceitos de justiça e natureza, ressaltando a importância vital da água para a região de Mato Grosso do Sul. O autor será premiado com R$ 30 mil.

Já o terceiro lugar ficou com Danilo Andrade Freitas, que apresentou uma obra ainda sem nome definido, mas que gerava um elo entre os povos indígenas originários e a população sul-mato-grossense atual. Ele receberá um prêmio de R$ 15 mil.

O Tribunal de Justiça ressalta que a seleção da proposta vencedora não gera direito à execução e instalação da obra, que ocorrerá somente quando o vencedor for convocado para assinatura do contrato, que poderá ocorrer em até 12 meses, a contar da publicação do resultado final.

No caso do vencedor não desejar assinar o termo de contrato ou não aceitar ou não retirar o instrumento equivalente no prazo e nas condições estabelecidas, a administração poderá convocar os demais ganhadores, na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas condições propostas. 

Monumento Parajás venceu concurso para substituir estátua de Têmis no Fórum de Campo GrandeInstalada em 2002, a estátua de Têmis, a deusa grega da justiça, criada pelo artista Cleir, será substituída com o novo monumento do Fórum de Campo Grande

Concurso

O concurso cultural foi lançado em 21 de maio de 2024 pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), com objetivo de selecionar uma obra que representasse a Justiça e o Direito, incorporando elementos da cultura e da regionalidade sul-mato-grossense.

Ao todo, foram analisadas as propostas de 13 inscritos.

A avaliação foi realizada com base na originalidade e na capacidade de traduzir os valores da Justiça em uma linguagem artística.

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