Cidades

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MS é o 2º estado do País em que a letalidade policial mais cresce

Ranking é liderado por Roraima, que apresentou aumento de 225% em 2023

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Um levantamento divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) mostrou que, no Brasil, 6.296 pessoas foram mortas em confronto com a polícia em 2023, número 2,31% inferior ao registrado em 2022, ano em que 6.445 morreram.

Apesar da queda no índice a nível nacional, 14 estados apresentaram aumento, sendo Mato Grosso do Sul o segundo onde a letalidade policial mais cresceu.

Segundo os dados do MJSP, no ano passado, foram 138 mortos por intervenção de agentes do Estado, número 165,38% superior ao registrado em 2022, quando 52 pessoas foram mortas em confrontos.

Mato Grosso do Sul está atrás apenas de Roraima, que apresentou crescimento de 225%, indo de 4 mortos em 2022 para 13 mortos em 2023.

Em terceiro, está Mato Grosso, que teve aumento de 104,59% no índice, com 109 vítimas em 2022 e 223 em 2023.

Confira o ranking:

UF 2022 2023 VARIAÇÃO
RR 4 13 225,00%
MS 52 138 165,38%
MT 109 223 104,59%
SC 44 79 79,55%
TO 26 44 69,23%
RS 89 143 60,67%
DF 15 24 60%
AP 129 186 44,19%
PB 54 74 37,04%
AL 51 68 33,33%
SE 175 229 30,86%
PE 92 120 30,43%
SP 421 504 19,71%
BA 1.468 1.689 15,05%
GO 532 516 -3,01%
CE 152 147 -3,29%
ES 60 58 -3,33%
RN 111 94 -15,32%
PA 629 529 -15,90%
MG 149 120 -19,46%
AC 19 14 -26,32%
RJ 1.330 869 -34,66%
MA 92 56 -39,13%
AM 99 59 -40,40%
PR 487 271 -44,35%
PI 39 21 -46,15%
RO 17 8 -52,94%
BRASIL 6.445 6.296 -2,31%

Números

Os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) divergem dos apresentados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e apontam para 132 óbitos em confrontos no ano passado - seis a menos do que os dados nacionais.

Ainda assim, o aumento continuaria sendo o segundo maior do Brasil, com variação de 158,8% frente os 51 óbitos registrados pela Sejusp em 2022.

Anos Anteriores

O ano de 2023 foi o recorde em letalidade policial em Mato Grosso do Sul, superando 2019, que teve 70 óbitos causados por agentes do Estado. 

Em 2020, o índice apresentou queda de 57,1%, com 30 ocorrências registradas. Os óbitos voltaram a subir em 2021, ano em que 49 morreram. Em 2022, a Sejusp registrou 51 mortes em confrontos com a polícia.

Somados os 10 anos que se tem registro, foram 488 mortos pela polícia. As vítimas eram em grande maioria do sexo masculino (88,31%), com 431 ocorrências. O sexo feminino representa 1,2% do índice, com 6 registros no período. Outras 51 vítimas (10,4%) não tiveram o sexo informado.

Confira a série histórica:

Fonte: Sejusp

Câmeras

Na última semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que sejam criadas punições para casos de policiais que deixem de usar câmeras corporais ou façam o uso de forma inadequada.

Em Mato Grosso do Sul, o tema segue em estudo. Ao Correio do Estado, o Secretário Adjunto da Secretaria de Segurança Pública (Sejusp), Ary Carlos Barbosa, afirmou que aguarda o posicionamento do Governo Federal para dar continuidade ao projeto de instalação dos equipamentos nas fardas dos policiais que atuam no Estado.  

“O caso de instalar câmeras é complexo e precisa de estudos mais detalhados. Pode parecer simples, mas não é, precisamos saber: como armazenar? Quem vai ter acesso aos vídeos? Qual sistema usar? Quem pode utilizar? A Polícia Militar? A Polícia Rodoviária Federal?”, questionou.

Além dos questionamentos acima, outro empecilho é o alto custo do equipamento.

“Essas câmeras não são baratas e existem poucos fornecedores no país. Para que a gente consiga dar o processo de instalação desses equipamentos, precisamos que o governo federal nos envie uma ata para que consigamos baratear os custos. É importante que a gente tenha essa lista em mãos, para termos conhecimento desses valores" acrescentou o secretário.  

Alguns Estados já fazem o uso das câmeras, e devem ser utilizados como estudo pela Sejusp.

“Estamos observando que essas câmeras têm trazido muito mais polêmica do que soluções nos estados em que ela foi autorizada.  Não sei se realmente vai proteger o cidadão como estão falando, por isso estamos avaliando o caso e aguardando o contato da União para sabermos realmente se será uma obrigatoriedade ou uma liberdade”, concluiu Ary Carlos Barbosa.  

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TRANSPORTE COLETIVO

Novo valor da tarifa de ônibus será anunciado "nos próximos dias", diz prefeita

Justiça deu prazo de 15 para prefeitura reajustar o valor do passe e Adriane Lopes disse que missão do novo diretor da Agência de Regulação é trabalhar nesta pauta

13/01/2025 11h45

Tarifa do transporte coletivo deve ser reajusta em 15 dias

Tarifa do transporte coletivo deve ser reajusta em 15 dias Foto: Gerson Oliveira / Correio do EStado

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, garantiu que o reajuste da tarifa do transporte coletivo será anunciado em breve, mas disse que valores e outras definições ainda estão sob análise do novo diretor-geral  da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), José Mário Antunes, que tomou posse nesta segunda-feira (13).

"O novo diretor da Agência de Regulação foi empossado hoje e vai estar trabalhando nesta pauta e, pelos próximos dias, vamos anunciar a população. A missão dele já é a partir de hoje trabalhar em cima dessa pauta que é tão importante para Campo Grande", disse a prefeita.

Questionada sobre o possível novo valor, a prefeita voltou a repetir que o assunto será trabalhado a partir de hoje.

Em decisão assinada na última quinta-feira (9), o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazendas Públicas e de Registros Públicos deu o prazo de 15 dias para que a Prefeitura de Campo Grande reajuste a tarifa de ônibus.

O reajuste deveria ter ocorrido em outubro do ano passado e foi estipulada multa diária de R$ 50 mil até que o aumento seja efetivado.

O último reajuste do passe de ônibus ocorreu em março do ano passado, quando passou de R$ 4,65 para R$ 4,75.

Na última gestão, a Agereg, que é responsável pelo transporte coletivo da Capital, era chefiada por Odilon de Oliveira Júnior.

Decisão judicial 

A decisão que determina e dá prazo para o reajuste leva em consideração o contrato de concessão, assinado em 2012, que definiu outubro como data-base para os aumentos anuais.O reajuste deveria haver naquele mês em 2024, o que não foi feito.

Por isso, o Consórcio Guaicurus entrou com embargo de declaração na Justiça, por descumprimento, no qual o juiz deu o prazo para o reajuste.

“Intime-se o requerido [Prefeitura], pessoalmente para que,no prazo de 15 dias, comprove nos autos o efetivo reajuste da tarifa que deveria ter ocorrido no mês de outubro do ano passado, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), até o efetivo reajuste”, diz a decisão.

O novo valor da tarifa deve ser definido através de novos cálculos, já que nem a tarifa técnica, valor que é usado como base para a tarifa pública, ainda não foi divulgado pela administração. A tarifa técnica, esta tarifa é de R$ 5,95.

A decisão do juiz, no entanto, não tem relação com o reequilíbrio do contrato de concessão do transporte público, já que este tema aguarda que uma perícia judicial nas contas da concessionária seja realizada. A análise começou em dezembro e ainda deve demorar para ser concluída.

Polícia

Envolvido em latrocínio de PM morre em confronto com o Choque

Ele é o segundo do trio que matou Valdir Antunes de Oliveira, em 2014, a ser morto pelo Batalhão de Choque da PM

13/01/2025 11h30

Divulgação: BPMChoque

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Bruno Allef Bibiano Cristaldo, de 31 anos, morreu em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPMChoque) na noite do último domingo (12), em Campo Grande.

Ele foi apontado como um dos envolvidos no latrocínio (roubo seguido de morte) do policial militar Valdir Antunes de Oliveira, de 37 anos, morto em 2014. Na ocasião, três homens invadiram a loja de materiais de construção do PM e fizeram reféns. Quando Valdir chegou, foi recebido a tiros no estabelecimento.

Em setembro do ano passado, um outro envolvido no assalto, Weslei Galvani, de 38 anos, também foi morto pelo Choque.

Ocorrência

Em nota, o Choque informou que policiais faziam patrulhamento no bairro Nova Lima quando avistaram um motociclista com capacete levantado e em alta velocidade. Diante disso, a guarnição deu ordem de parada por meio de sinais sonoros e luminosos, mas o condutor da motocicleta empreendeu fuga.

Em determinado momento, o motociclista diminuiu a velocidade, com intuito de manobrar e fazer o retorno na via para continuar a fugir, mas a equipe interviu e desembarcou para realizar a abordagem.

O homem, no entanto, não acatou às ordens do Choque, levou a mão à cintura e sacou um revólver.

No momento em que ele apontou a arma para a equipe, o comandante efetuou disparos para neutralizar a ação do agressor. Ele foi resgatado com sinais vitais e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento do bairro Nova Bahia, onde posteriormente foi constatado seu óbito.

Com ele foi encontrado um aparelho celular, uma carteira com seis trouxinhas de substância análoga a cocaína, além de um revólver com cinco munições intactas e uma deflagrada.

Segundo envolvido no crime morto

No dia 9 de setembro do ano passado, um outro envolvido na morte do PM Valdir Antunes de Oliveira, foi morto pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. Ele foi identificado como Weslei Galvani, e tinha 38 anos.

O caso aconteceu no fim da tarde, quando equipes realizavam rondas na BR-260, em Campo Grande, na altura do trevo da saída para Sidrolândia. A equipe de moto patrulhamento avistou dois homens em uma motocicleta, e notou que um deles tentava esconder algo na cintura, enquanto cobria o rosto para evitar identificação. A ação suspeita motivou a abordagem.

O piloto do veículo obedeceu a ordem e se deitou no chão. Já o garupa, tentou reagir e foi morto, como descreveu o BPMChoque em nota divulgada na época.

"O garupa, no entanto, demorou a obedecer às ordens e, ao se dirigir em direção a uma área de mata, tentou sacar uma arma. Foi ordenado que ele levantasse as mãos, mas ele desconsiderou a ordem e continuou tentando sacar a arma com a intenção de agredir a equipe policial. Diante da ameaça iminente e injusta, foi necessário disparar contra o garupa, atingindo-o", diz nota.

O homem foi desarmado, socorrido e encaminhado ao Hospital Regional de Campo Grande, onde foi atendido pelo médico de plantão, que constatou o óbito.

Foram apreendidos com ele uma arma taurus 9 milímetros e um carregador contendo 8 cartuchos intactos.

Envolvido em morte de PM

Segundo o Batalhão de Choque, os dois homens citados na reportagem integravam o trio envolvido no assalto que resultou na morte do soldado da Polícia Militar, Valdir Antunes de Oliveira, de 37 anos.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, Valdir foi baleado na manhã do dia 23 de julho de 2014, durante um assalto a uma loja de materiais de construção localizada no Jardim Oliveira, em Campo Grande.

Os três rapazes invadiram a loja, que pertencia à família do soldado, e renderam uma funcionária e a esposa do PM, que estava com uma criança de colo. Eles colocaram as vítimas dentro de um banheiro, enquanto pegavam o dinheiro do caixa.

O policial chegou ao local, e foi recebido com um tiro. Os criminosos fugiram, levando R$ 200 em dinheiro, a arma do policial e o celular de um cliente.

Valdir chegou a ser socorrido e foi encaminhado para o Hospital Regional, porém não resistiu aos ferimentos e morreu.

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