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MS está fora de negociação para atrair o PMDB

MS está fora de negociação para atrair o PMDB

Redação

25/01/2010 - 08h21
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O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu assegurou ao ex-governador José Orcírio dos Santos a “exclusão de Mato Grosso do Sul de qualquer tipo de negociação para acomodação política do PMDB”. Ele aconselhou, semana passada, em Brasília, José Orcírio a colocar o “pé na estrada” atrás de votos para tentar vencer o governador André Puccinelli (PMDB). Zé Dirceu disse a José Orcírio que a aliança nacional com o PMDB não será obstáculo para concorrer ao Governo do Estado. Até porque não se trata de problema isolado. Há conflitos, por exemplo, na Bahia, Minas Gerais, Pará e Ceará. O deputado federal Vander Loubet participou, também, desta reunião com Zé Dirceu. O resultado do encontro, na sua avaliação, mostra a disposição do Planalto e do PT de alavancar a candidatura de José Orcírio. “Temos o aval do comando nacional do PT para tocar a campanha sem se preocupar com André e com o PMDB”, comentou Vander. Antes de conversar com José Orcírio, Zé Dirceu reuniu- se com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para avaliar os efeitos das relações conflituosas do PT com o PMDB em Mato Grosso do Sul. Os dois partidos estão para fechar aliança nacional. Então era necessário analisar as implicações políticas deste confronto nos estados considerados problemáticos. No acordo com o PT, o PMDB indicaria o deputado federal Michel Temer (SP) para ocupar a vaga de vice na chapa de Dilma Rousseff. Mesmo sem o acerto dos dois partidos em Mato Grosso do Sul, a ministra, segundo Vander, deu aval ao nome de José Orcírio para concorrer ao Governo do Estado. “Zeca será o candidato de Dilma e do presidente Lula no Estado”, afirmou. Para ele, André Puccinelli perdeu a confiança do Planalto com a sua posição dúbia em relação à sucessão presidencial. Na avaliação de Dilma e Zé Dirceu, o PT não pode abrir mão da candidatura de José Orcírio, porque ele está hoje entre os quatro petistas mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais nos estados. Um exemplo citado na reunião foi o desempenho do ministro da Justiça, Tarso Genro, na corrida eleitoral no Rio Grande do Sul. Ele lidera a preferência do eleitorado com a média de 35% das intenções de voto, enquanto José Orcírio, em qualquer cenário em Mato Grosso do Sul, está com mais de 30%. Atrás apenas do governador. Sem vinculação Zé Dirceu – que vem articulando apoio com outros partidos à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República – disse a José Orcírio para organizar a campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul, independentemente da aliança nacional do PT com o PMDB. “O André que tome o destino que desejar”, comentou o ex-ministro, segundo Vander Loubet, numa referência à ameaça de o governador apoiar o tucano José Serra na sucessão presidencial no caso de José Orcírio entrar na disputa pelo Governo do Estado. “Não tenho mais dúvida: a candidatura de Zeca (José Orcírio) é irreversível”, disse Vander, depois de sair da reunião, sexta-feira (22), realizada no escritório do ex-governador. “O Zeca sabe das dificuldades que terá pela frente, mas o apoio que vem recebendo de todo o PT, da ministra Dilma e do presidente Lula, pode superar todos os obstáculos”, afirmou. Vander acha, ainda, que o confronto do PT com o PMDB no Estado não vai prejudicar o desempenho de Dilma. “O presidente Lula vai fazer diferença na campanha eleitoral em todo o País. Ele alavancará a candidatura de Dilma e, consequentemente, ajudará os candidatos do PT, como é o caso do Zeca em Mato Grosso do Sul”, previu o deputado petista.

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Clínica Veterinária é condenada por tratamento errado e morte de cachorra

A Justiça condenou a clínica a indenizar a tutora, após tratar leishmaniose como doença do carrapato e submeter o animal a duas cirurgias

18/06/2025 17h23

Crédito: Freepik

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Após contratar um plano de saúde para a cachorra, que recebeu um diagnóstico errado dado por uma clínica veterinária, a Justiça determinou que a tutora receba mais de 13 mil reais.

O caso ocorreu no município de Paranaíba, que fica a 406 km de Campo Grande.

Conforme a ação, a mulher contratou, em setembro de 2020, o plano de saúde na clínica. Exames iniciais descartaram a possibilidade de que a cachorra estivesse com leishmaniose.

No ano seguinte, o animal apresentou dificuldade para andar e perdeu o apetite. Uma série de exames foi realizada, assim como diversos tratamentos.

O médico veterinário descartou a hipótese de leishmaniose e iniciou tratamento para doença do carrapato.

Como a cachorra não melhorava, foi submetida a uma cirurgia nas patas traseiras para a colocação de placas metálicas. Algum tempo depois, a tutora procurou outro local para obter uma segunda opinião.

Os exames apontaram que a cachorra testou positivo para leishmaniose. Embora o novo tratamento tenha melhorado um pouco o quadro, devido à condição da cadela, as lesões não cicatrizavam.

Outra cirurgia acabou sendo realizada para a retirada das placas, mas o animal sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito.

A defesa da clínica alegou ter utilizado os melhores equipamentos disponíveis e responsabilizou a tutora, afirmando que a recuperação não ocorreu adequadamente devido às condições em que a cachorra vivia em sua residência.

Sobre o óbito, justificou que ele ocorreu por complicações pós-cirúrgicas somadas à condição clínica do animal.

O laudo foi crucial para o desfecho do caso, ao demonstrar falha no diagnóstico precoce, uso de placas metálicas de tamanho inadequado e ausência de cuidados adequados no pós-operatório, tanto por parte da clínica quanto da tutora.

O juiz Plácido de Souza Neto, da Vara Cível de Paranaíba, reconheceu que as duas partes envolvidas tiveram culpa nos cuidados posteriores a cirurgia, conforme o artigo 945 do Código Civil.

“O dano moral é evidente, haja vista a angústia, o desespero e o sofrimento decorrentes da falha na prestação de serviço da clínica veterinária ao animal, que necessitava de tratamento adequado para minimizar o seu sofrimento”, analisou o magistrado.

Dessa forma, a clínica foi condenada a pagar R$ 8.796,81 pelos danos materiais (metade do valor total solicitado) e R$ 5.000,00 por danos morais, ambos com correção monetária e juros.

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Saúde

Pressão do "mais louco do Brasil" faz governo transferir pacientes de Ivinhema

Prefeito Juliano Ferro foi às redes sociais denunciar superlotação e falta de vagas; em menos de um dia, Estado de MS autorizou transferências para outras cidades

18/06/2025 17h12

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro Reprodução

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Menos de 24 horas depois de o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), ir às suas redes sociais queixar-se da superlotação do hospital municipal da cidade que administra e da falta de vagas em hospitais de referência, regulados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), os pacientes do hospital de Ivinhema conseguiram vaga em outras cidades, como Dourados, Campo Grande e Nova Andradina. Eles chegaram a esperar mais de 10 dias por um leito.

“Depois da live que eu fiz (no Instagram), eles atenderam o meu pedido”, afirmou Juliano Ferro ao Correio do Estado. 

O prefeito se autodeclara “o prefeito mais louco do Brasil” em suas redes sociais. Só no Instagram, por exemplo, ele tem quase 1 milhão de seguidores e já chegou a atingir, em apenas um mês, mais de 20 milhões de impressões com seu conteúdo.

Na live em que mostrou pacientes de sua cidade aguardando há dias por cirurgias ortopédicas e cardíacas, por exemplo, Juliano Ferro queixava-se do atraso de um repasse de R$ 4,5 milhões, que, segundo ele, teria sido prometido pelo governo de MS.

“Já saiu do mundo, mas eu temo que o problema se repita lá na frente”, afirmou. “Em fevereiro prometeram R$ 4,5 milhões, agora já estão falando em R$ 3 milhões”, disse.

A SES emitiu nota após a reclamação de Juliano Ferro. Afirmou que a regulação das vagas no município de Ivinhema cabe ao polo do município de Dourados. “Todavia, estamos apurando a situação real junto à macrorregião para adequação à necessidade do caso específico”, informou.

Na mesma nota, o órgão do governo de Mato Grosso do Sul informou que está em andamento o repasse de R$ 3 milhões, por meio de um convênio, para o município, e que, desde o início da gestão de Riedel, Ivinhema já havia recebido aproximadamente R$ 15 milhões para o hospital.

A live

Na terça-feira (19), Juliano Ferro, o “mais louco do Brasil”, gravou um vídeo dentro e fora do hospital e não poupou palavras para criticar a SES, culpando-a pelo caos na saúde do município.

“Chegou a um ponto que não tem como eu não falar mais”, declarou o prefeito, afirmando que sua atitude reflete a realidade de diversas outras cidades do Estado. Eu recebi ligação de mais de 20 prefeitos dizendo que estão com a mesma situação que Ivinhema. É que as pessoas às vezes não querem levar a sua cara e não querem se expor, mas eu não vou ficar apanhando da população por uma atribuição que não é do município”, afirmou.

 

 

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