Cidades

Alerta

MS será impactado pela fumaça de incêndios no norte do país

De acordo com imagens de satélite, a fumaça dos incêndios que vêm devastando a Amazônia e o Pantanal está estacionada na Bolívia e no Paraguai. Com a mudança de ventos prevista para domingo, a fumaça deve chegar a Mato Grosso do Sul.

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Os incêndios florestais que estão devastando diversos biomas do país, especialmente na Amazônia e no Pantanal sul-mato-grossense, acenderam o alerta de cientistas e meteorologistas devido à péssima qualidade do ar, que deve piorar a partir de amanhã na região Centro-Oeste.

Segundo o professor Widinei Alves, da estação de qualidade do ar da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a fumaça que está causando transtornos em cidades do Norte do país está estacionada na Bolívia e no Paraguai e deve chegar a Mato Grosso do Sul na tarde deste domingo (1º).

“Amanhã, a fumaça deve voltar a atingir Campo Grande. A mudança na direção dos ventos fará com que a fumaça vinda da Amazônia, Bolívia e que está sobre o Paraguai retorne para o estado”. 

Divulgação/

Preocupado com saúde dos sul-mato-grossense, o professor Widinei Alves, alerta a população para alguns cuidados e, assim se proteger do tempo seco e também da qualidade do ar, que a partir de amanhã deve ficar ainda mais crítico, como vemos em cidades do norte do país, que vem sofrendo com as queimadas na Amazônia. 

“Nestes cenários, evite atividades físicas  das 9h às 17h, e utilize umidificadores. Para quem não tenha esse suporte, baldes de água espalhados pela casa e toalhas molhadas também ajudam a melhorar o ambiente”. 

"Outra coisa também, recomendamos para estes casos o uso de mascaras como foi na pandêmia e se possível para quem usa ar-ncondicionado, fechem as janelas para evitar que a fumaça entre dentro das residências. Essa fumçaa é perigosa até para a nossa saúde", explicou o professor. 

Acompanhe em tempo real, clicando nesse link 

Divulgação/ 

Voos cancelados para o norte do país. 


Na região Norte do país, moradores de Porto Velho têm sofrido com a fumaça dos incêndios florestais. A cidade já registra uma qualidade do ar extremamente ruim desde o começo de agosto.

Não é apenas a população de Rondônia que está sofrendo; os empresários também enfrentam problemas devido ao cancelamento de voos causado pelas condições climáticas adversas na cidade.

Na tarde de ontem (30), o governador de Rondônia, Marcos Rocha, cancelou o desfile Cívico-Militar previsto para o dia 7 de setembro, em comemoração à Independência do Brasil. O motivo é o perigo representado pela fumaça que tem coberto o estado há semanas.

De acordo com dados da plataforma IQAir, a cidade registrava uma qualidade do ar considerada perigosa, com índices de 384,3 microgramas por metro cúbico no começo da tarde da última quinta-feira (29). Esse valor está cerca de 77 vezes acima do limite recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).


CUIDADOS

  • Não praticar exercícios físicos durante as horas mais quentes do dia
  • Evitar exposição ao sol das 9h às 17h
  • Usar protetor solar
  • Beber muita água
  • Usar roupas finas e largas, de cores claras e tecidos leves (de algodão)
  • Não fazer refeições pesadas
  • proteger-se do sol com chapéus e óculos de proteção
  • Manter o ambiente arejado, com umidificador de ar, ventilador, toalhas molhadas, baldes cheios d’água e ar condicionado
     

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ELEIÇÃO MUNICIPAL

Suposto uso do Mais Social em troca de votos entra na mira da PF

Sede do Mais Social, do governo do Estado, e casa do coordenador do programa em Nioaque foram vasculhadas nesta quarta-feira por agentes da PF

18/09/2024 12h52

Agentes da Polícia Federal apreenderam documentos na sede do Mais Social de Nioaque, onde são atendidas cerca de 190 famílias

Agentes da Polícia Federal apreenderam documentos na sede do Mais Social de Nioaque, onde são atendidas cerca de 190 famílias

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Faltando 18 dias para a eleição do dia 6 de outubro, a Polícia Federal fez nesta quarta-feira (18) uma devassa no prédio do programa Mais Social na cidade de Nioaque e na residência do coordenador do programa de assistência no município. 

A operação ocorreu depois que a Polícia Federal recebeu denúncias de que o servidor público estadual Taliel Vargas Couto de Souza, coordenador do programa em Nioaque nomeado pelo governo estadual em julho deste ano, estaria ameaçando excluir do programa aqueles que não votassem no candidato tucano na disputa, o Doutor Juliano (PSDB) 

Os policiais tiveram de chamar um chaveiro porque não encontraram o coordenador do programa para destrancar a porta. Procurada, a Polícia Federal não repassou informações sobre o material aprendido nem sobre as motivações exatas para que a operação fosse desencadeada. 

Taliel é primo do atual prefeito de Nioaque, Valdir Couto de Souza Júnior (PSDB), e sua nomeação para o cargo de coordenador do programa social vale desde 15 de julho. Em todo o Estado, o programa atende em torno de 55 mil famílias carentes. 

No município de Nioaque são em torno de 190 famílias, que mensalmente recebem um cartão magnético com crédito de R$ 450,00. Com o cartão é possível fazer a compra de produtos alimentícios. 

Procurado, o prefeito de Nioaque limitou-se a informar, por mensagem de texto, que “no momento, não tenho conhecimento do teor dos fatos”. 

antônio joão

Após morte em confronto, secretário culpa 'índios paraguaios a serviço do tráfico'

Titular de Segurança Pública diz que organizações criminosas miram plantações de maconha na linha da fronteira entre Brasil e Paraguai para "escoar" essa produção "de aldeia em aldeia" até grandes centros

18/09/2024 12h24

Governo do Estado convocou sala de situação onde o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, culpou

Governo do Estado convocou sala de situação onde o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, culpou "índios paraguaios a serviço do tráfico de drogas" pelo acirramento dos confrontos Naiara Camargo/Correio do Estado

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Após registro de morte de um indígena, em confronto com a polícia durante a madrugada de hoje (18), em território Nanderu Marangatu, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul convocou sala de situação onde o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, culpou "índios paraguaios a serviço do tráfico de drogas" pelo acirramento dos confrontos no interior de MS. 

Esses povos originários residem na Terra Indígena batizada de Nanderu Marangatu, onde ainda existe uma propriedade que seria a última na posse de outros que não os povos originários. 

Importante apontar que, com homologação datando de 2005, essa propriedade estaria sobreposta em uma área voltada para ocupação tradicional dos indígenas de Nanderu Marangatu. 

O secretário de Estado frisa que há instrução para policiamento ostensivo da área, sendo a ordem judicial emanada pelo Juiz Federal de Ponta Porã, com a situação de conflito se estendendo há tempos, comenta Videira. 

"Nós percebemos que nos últimos dias foi acirrando com a presença de 'índios paraguaios'. Nós estamos ali numa região onde a fronteira é um rio pequeno, facilmente transponível; e do lado de lá nós temos diversas plantações de maconha... então há um interesse de facções criminosas que exploram o tráfico de drogas", afirma o titular da Sejusp. 

Segundo Videira, a Fazenda Barra fica menos de 5 km da linha internacional de fronteira, com informações da inteligência apontando a região como "estrategicamente posicionada" para escoar a produção do tráfico de drogas. 

"A grande produção de toda essa região tem como destino grandes centros, por meio de aldeias. De aldeia em aldeia até chegar próximo de Campo Grande; Dourados; e aí ter acesso aos maiores centros consumidores", afirma o titular da pasta de Segurança Pública de MS.

Situação de conflito

Durante sua fala, o governador por Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, reforçou que o Estado "tem buscado avançar" nas políticas públicas voltadas para as comunidades indígenas e seu desenvolvimento. 

"Sou representante dos governadores na mesa de conciliação do STF, é um tema complexo, difícil, mas o que nós estamos vendo aqui foge completamente a essa discussão", expõe o Governador. 

Com base no que lhe foi repassado pelo setor de inteligência, Riedel apontou para a versão de "disputa de facções criminosas paraguaias", destacando que a ordem recebida judicialmente é para que se mantenha a ordem.

"Em uma propriedade que está em litígio, do ponto de vista fundiário, mas que tem uma família morando na casa e que não sai de lá, dizendo que vão morrer lá. A decisão é que o Estado garanta a segurança dessa família e o acesso das pessoas nessa propriedade", reforçou o governador. 

Cabe lembrar que há cerca de um ano, em reunião da Frente Parlamentar que trata dos conflitos agrários em Dourados, Videira foi o secretário responsável por declarações firmas que reverberaram na mídia. 

Ao ser provocado por agricultor que teve sua propriedade invadida e a família ameaçada por indígenas, Videira disse: “Policial meu não vai morrer na faca com fuzil na mão

Medidas

Ainda conforme o governador, Riedel deve se reunir na parte da tarde com os ministros do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes; junto do titular da Casa Civil, Rui Costa, para discutir essa situação de confronto. 

Dizendo que "lamenta profundamente" o episódio, Videira reforça que a ideia era tentar evitar confrontos, porém, que a situação fugiu ao controle. 

"Tudo o que a gente não queria era que isso acontecesse. Nós queremos de agora para frente é que se gerencie a crise para que nós não tenhamos mais nenhuma morte", cita o secretário. 

Apoiado na ordem judicial, Videira complementa que a decisão sob a qual a polícia age foi inclusive estendida, para que as forças policiais garantam o "ir e vir" dos funcionários e "proprietários" da fazenda, desde a rodovia até a sede, num percurso de mais de 10 quilômetros. 

"Temos aproximadamente 100 militares lá, de PMs; do Tático; batalhões da região; quatro equipes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e batalhão de Choque também... vamos manter porque estamos cumprindo a ordem judicial", completa o titular da Sejusp. 

Abaixo, você confere na íntegra a nota da Sejusp sobre o caso: 

"O governador Eduardo Riedel realizou uma reunião com integrantes da Segurança Pública do Mato Grosso do Sul para esclarecimentos sobre morte de um indivíduo, inicialmente identificado como indígena da etnia Guarani Kaiowá, no município de Antônio João, nesta quarta-feira (18).

O óbito ocorreu depois de um confronto e troca de tiros com a Polícia Militar em uma região rural da cidade, na fronteira com o Paraguai.

O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, esclareceu que os policiais militares que estão no local (100 homens) cumprem ordem judicial (da Justiça Federal) para manter a ordem e segurança na propriedade rural (Fazenda Barra), assim como permitir o ir e vir das pessoas entre a rodovia e a sede da fazenda.

O conflito na região se arrasta há anos, no entanto a situação se acirrou nos últimos dias.

Além da disputa por terra, também foi apurado pela inteligência policial que há interesses de facções criminosas relacionadas ao tráfico de drogas, já que há diversas plantações de maconha próximas a fazenda, do lado paraguaio, pois a região está na fronteira entre os dois países.

As equipes de perícia já estão no local da morte para devida identificação e apuração dos fatos. Foram apreendidas armas de fogo com o grupo de indígenas que tentava invadir a propriedade e todo este material será coletado para formação de um relatório que será entregue em Brasília".  

 

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