Cidades

entrevista

"O mercado não aceita mais um produto que não seja de origem sustentável"

Diretor-presidente do Imasul, André Borges destacou os projetos e os avanços do Estado apresentados na 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas, no Egito

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Em entrevista ao Correio do Estado, o diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) destacou a participação de MS na 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas, a COP27, no Egito. 

Conforme André Borges Barros de Araújo, a apresentação do Imasul sobre o inventário de emissões de gases estufa no Estado, que detalha o balanço de carbono emitido e retido entre os anos de 2017 e 2018, é o primeiro passo para que MS alcance a neutralidade de carbono em 2030.

"O rastreamento das potencialidades e das fragilidades é crucial para o planejamento de ações futuras", afirmou o diretor-presidente do Imasul. 

Em relação à prática de greenwashing, amplamente criticada na COP27, Araújo destacou que este não é um problema encontrado em MS, haja vista que as empresas estão pautadas nas práticas ambientais.

"O mercado não aceita mais um produto que não seja de origem sustentável e produção responsável, e, hoje, nós encontramos isso nas plantas no Estado", frisou. 

Nesta COP27, o foco foi cobrar mais ações do que compromissos. No caso de Mato Grosso do Sul, quais ações efetivas já estão sendo implementadas para a redução das emissões de carbono?

Nesta COP27, apresentamos, de forma pioneira, o primeiro inventário de emissões de gases estufa em MS, que detalha o balanço de carbono emitido e retido entre os anos de 2017 e 2018. 

Para nós, servidores, é um motivo de orgulho, já que a elaboração foi conduzida por uma equipe técnica multidisciplinar da Semagro [Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico,

Produção e Agricultura Familiar] e do Imasul, com apoio da Ricardo Energy & Environment e WayCarbon. A partir de agora, o Estado tem know-how e metodologia suficientes para atualizar os próximos inventários.

Esse esforço institucional é o primeiro passo para a grande ambição de sermos um Estado Carbono Neutro em 2030. O rastreamento das potencialidades e das fragilidades é crucial para o planejamento de ações futuras.

Já estamos colhendo os primeiros frutos, uma vez que o relatório nos revelou que os principais emissores são a fermentação dos bovinos e os resíduos sólidos, com cerca de 54%, seguido das mudanças do uso da terra, com 24,22%. 

Cabe ressaltar que o Estado já tinha noção desses gargalos, tanto é que um de seus compromissos é fomentar a cadeia da produção de bovinos com menor uso de recursos naturais, por meio de programas como o Carne Sustentável e Orgânica do Pantanal, o Programa Precoce MS e o Programa de Desenvolvimento da Produção Agropecuária MS. 

Além disso, MS é um dos destaques no cenário nacional como um dos principais palcos da integração lavoura-pecuária, que mitiga a emissão de metano dos bois com a retenção de carbono no solo e nas faixas de eucalipto. Temos a certeza que os próximos inventários mostrarão esses avanços no sequestro de carbono. 

Quais avanços já foram obtidos rumo à meta de MS se tornar um Estado Carbono Neutro? 

Um avanço que pode ser citado é o MS Renovável, cujo objetivo é estimular a implantação ou a ampliação de sistemas geradores de energia a partir de fontes renováveis, como eólica, fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, biogás, hidrogênio, entre outras fontes alternativas. 

Os beneficiados com o programa terão isenção tributária. Além disso, o MS Renovável também dispensa o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços [ICMS] em operações de importação e aquisição interestadual de baterias, máquinas e outros equipamentos a serem usados na produção da energia renovável.

Após o cenário trágico de queimadas acima do normal em 2019/2020, o Estado, por meio de recursos do Imasul e em parceria com o Corpo de Bombeiros, adquiriu duas aeronaves modernas de combate a incêndio, com investimento na ordem de R$ 70 milhões. Isso é um passo importante para o controle de queimadas, um dos vilões na emissão de monóxido de carbono para a atmosfera. 

Quais resultados foram apresentados no inventário de gases de efeito estufa de Mato Grosso do Sul na COP27?

O principal objetivo era divulgar o inventário de emissões de gases de efeito estufa de MS nos painéis e estandes na COP27, além das instituições parceiras, representantes de governo e do terceiro setor.

No geral, apresentamos a quantidade de CO2 equivalente emitido ou sequestrado dividido em três setores, sendo eles: 1) energia e processos industriais; 2) agropecuária, mudanças do uso da terra; 3) resíduos. 

Cada setor foi detalhado em subsetores, a exemplo da pecuária fermentação no eixo 2. Esse é o formato padrão do IPCC e possibilita a comparação com dados de qualquer parte do mundo.

Quais projetos estão sendo realizados para reverter o impacto das mudanças climáticas em MS? Como está o andamento da recuperação de rios, como o Taquari?

Considerando que 98% das propriedades rurais do Estado já fizeram adesão ao CAR [Cadastro Ambiental Rural], as novas etapas de diagnóstico das áreas que demandam restauração já se encontram em fase de planejamento e priorização. 

O Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), implantado em 2021, também se expressa como relevante nos esforços para restaurar e proteger os serviços ecossistêmicos associados à biodiversidade, ao clima e aos estoques de carbono no âmbito das bacias hidrográficas dos rios Formoso e da Prata, nos municípios de Bonito e Jardim, contribuindo para a implantação de usos do solo mais sustentáveis e adoção de práticas conservacionistas. 

Outro ponto positivo recente é o programa de logística reversa, que diminui o uso de combustíveis fósseis no transporte de bens e mercadorias. 

Quanto ao Rio Taquari em específico, o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari será contemplado com um projeto de recuperação e manejo do solo e voçorocas em área de 1,2 mil hectares, ao custo de R$ 4,7 milhões, com início previsto para 2023, tornando-o maior projeto de recuperação em unidades de conservação do Brasil.

Além disso, o Estado adquiriu cerca de 2 mil hectares da propriedade degradada ao custo de R$ 20 milhões, dando segurança jurídica para a plena restauração ecológica.

No Baixo Taquari, a efetividade do Imasul com as licenças ambientais para o fechamento dos arrombados contribui diretamente para a formação do novo rio e restabelece a produção de bovinos próximo ao Caronal. 

O Sistema de Monitoramento de Desmatamento e Queimadas por meio de imagens de satélite foi um dos destaques de MS apresentado na COP27. Como esse sistema, iniciado em março deste ano, já contribuiu para o combate às mudanças climáticas no Estado? 

A queima de biomassa acima do solo é um desafio global, sobretudo em países continentais como o Brasil. Em MS, o Pantanal é ainda mais complexo, pelo acesso, baixa densidade populacional, fatores climáticos e grande produção primária.

Nesse sentido, o Estado vem promovendo a integração das regiões pantaneiras com a melhoria e a construção de novos aterros, facilitando o combate e a fiscalização de queimadas.

No controle e monitoramento, destacamos a eficiência do sistema apresentado na COP27, que faz uma interlocução com as licenças ambientais de desmatamento e queima controlada emitidas pelo Imasul e os pontos de calor de imagens de satélite, destacando automaticamente, por meio de algoritmos, aquilo que pode ser ilegal. 

Por meio dessa tarefa primária, a fiscalização do Imasul da Polícia Militar Ambiental, com apoio do Corpo de Bombeiros, tem a posição exata e em tempo real dos focos ilegais de incêndio, diminuindo ao máximo a emissão de monóxido de carbono na atmosfera.

Como a tecnologia e a inovação estão impactando a sociedade por meio de projetos desenvolvidos pelo Imasul?

O Imasul é referência no País pelo CAR, com um sistema mais robusto que o nacional, exigindo maior participação do proprietário na delimitação das feições. 

Dessa forma, a partir do fim de novembro, quando o sistema de análise dinamizada do CAR estiver rodando plenamente, em questão de horas serão analisadas a grande maioria das fazendas, deixando aprovadas aquelas que cumprem a legislação e selecionando as demais que precisam de um olhar pormenorizado de nossa equipe técnica.

São nesses casos que devemos atentar para as erosões e restaurações de Área de Preservação Permanente [APP], atividades passíveis de licenciamento. Tudo isso contribui para fazendas que respeitam o ambiente e produzem riqueza econômica, mas também protegem os mananciais de água, biodiversidade e retêm carbono acima e abaixo do solo.
 
Em Mato Grosso do Sul, o Imasul está atento à prática do greenwashing (compromissos ambientais apenas maquiados como forma de marketing)? De que forma?

O Estado demorou um pouco no seu processo de industrialização, o que, por um lado, foi ruim. Mas, por outro lado, foi bom pela questão ambiental.

Hoje nós temos plantas muito modernas, todas alinhadas com as práticas ambientais. Então, o greenwashing não é algo que de fato nos preocupa, haja vista que o mercado não aceita mais hoje em dia um produto que não seja de origem sustentável com produção responsável, e, hoje, nós encontramos isso nas plantas no Estado.

Toda a produção de MS, desde os frigoríficos até o setor sucroenergético, todas as cadeias, a agricultura utilizando boas práticas, como a Agricultura de Baixo Carbono [ABC] e plantio direto, e isso de fato já ocorre no Estado. 

Não existe essa maquiagem [greenwashing], as plantas em MS de fato estão trabalhando com o conceito sustentável por uma exigência do mercado. Uma planta como a de Três Lagoas, focada na celulose, por exemplo: eles aproveitam quase tudo, produzem, em vez de rejeitos, biofertilizantes. 

Um dos maiores desafios é o combate à seca no Pantanal. Quais tecnologias podem contribuir para reduzir os impactos desse fenômeno? O que pode ser feito para as cheias voltarem aos rios do bioma?

O primeiro ponto a se destacar é a contribuição da comunidade científica no entendimento do tema. O Pantanal tem variações de seca e cheia há décadas, no entanto, os eventos climáticos recentes indicam que as chuvas estão mais erosivas e concentradas pelos efeitos antropogênicos. 

Esse espaçamento das chuvas é problemático para o controle de focos de incêndio, contudo, quando se tem conhecimento prévio, pelos pesquisadores e o apoio institucional, conseguimos minimizar os impactos adversos. 

O sistema de monitoramento gera alertas a cada 15 dias sobre o desmatamento e as áreas queimadas. Com esse sistema, conseguimos cruzar as informações para sabermos se aquele desmatamento ou queimada é autorizada ou não.

No que tange às cheias, entendemos que o fator climático é o mais importante. Pouco podemos fazer em relação a isso, pois o regime de chuvas em MS é regido basicamente pela evapotranspiração da floresta amazônica e frentes úmidas do sul. 

Aquilo em que podemos atuar é na preservação de nossos corpos hídricos, por meio das APPs, dos solos manejados que infiltram a água da chuva e na recuperação de erosões severas. 

Essa é a base do CAR, no qual estamos muito empenhados e já colhendo frutos. O uso da tecnologia tem sido fundamental para a gente conseguir bons resultados na gestão ambiental.

Perfil: André Borges Barros de Araújo, é barachel em Turismo, André Araújo tem especialização em Planejamento e Gestão Ambiental e Análise Ambiental. Entre suas experiências profissionais, exerceu a função de diretor de Licenciamento do Imasul. Desde 2019, ocupa o cargo de diretor-presidente do órgão.

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Sindetran

Detran deixa de emitir guia de IPVA e recebimento presencial de pagamentos no cartão

O sindicato alega desvio de função, sobrecarga e descaso da gestão sobre os servidores

19/12/2025 14h30

Detran não vai mais receber pagamentos de guias do IPVA a partir de janeiro

Detran não vai mais receber pagamentos de guias do IPVA a partir de janeiro FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A partir do dia 1º de janeiro de 2026, os servidores do Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) não irá mais realizar a emissão de guias para pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), nem realizar o recebimento de pagamentos por meio de cartões de débito ou financiamentos no cartão de crédito de forma presencial nas unidades do órgão. 

A decisão foi comunicada pelo Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Sindetran-MS) que alegou que essas atividades não fazem parte das atribuições legais dos agentes de trânsito, o que configura desvio de função. 

Segundo o Sindicato, a emissão das guias de IPVA, que é de responsabilidade da Secretaria de Fazenda (Sefaz) e o recebimento de taxas nas máquinas de cartão e parcelamento de valores com juros elevados, podem expor os servidores a riscos administrativos e jurídicos por não constarem nos deveres legais dos servidores. 

Para o presidente do Sindetran-MS, Bruno Alves da Silva Nascimento, a decisão aconteceu porque a gestão não defende seus servidores, causando perda de trabalhadores e acúmulo de atribuições, mesmo tendo sido apresentadas soluções práticas à diretoria há mais de um ano. 

“O servidor do Detran não pode continuar assumindo responsabilidades que não fazem parte de seu ofício, enquanto é impedido ou afastado de exercer aquilo que é sua obrigação legal. Essa decisão é um alerta e uma defesa do serviço público de trânsito. A solução foi apresentada à diretoria há um ano e levada à SAD em abril. Até agora, não houve o devido encaminhamento, sobretudo quando o Detran completa 40 anos de autarquia”, afirmou.

O sindicato ainda reforça que a medida tomada visa “preservar a legalidade administrativa, alertar quanto às atribuições finalísticas do órgão e do servidor, garantir o respeito à carreira e assegurar a segurança jurídica dos trabalhadores no exercício de suas funções”. 

Também destaca que as determinadas atividades extras refletem em uma sobrecarga aos servidores que não conseguem realizar ações simples por falta de acesso, como alegações de venda ou vistoria do primeiro emplacamento, considerado essencial para a formação do banco de dados de um veículo em rotatividade. 

Além disso, o parcelamento aplicado no Detran contraria uma normativa federal, onde o oferecimento desse serviço não deve gerar nenhum benefício ao órgão. Ou seja, a partir do momento em que o Detran fornece mão de obra, efetiva ou comissionada, para essa finalidade, configura uma irregularidade em flagrante, já que os juros computados beneficiam apenas terceiros.

Detran não vai mais receber pagamentos de guias do IPVA a partir de janeiroServidores em protesto / Fonte: Fetran

IPVA 2026

O vencimento do IPVA 2026 vence no dia 05 de janeiro, mais cedo que nos anos anteriores, onde o vencimento do imposto era mais para o final do primeiro mês do ano. Assim, os condutores que forem realizar o pagamento precisam buscar uma agência ou canais oficiais da Secretaria da Fazenda para a emissão das guias. 

O Sindetran ressalta que não serão feitos recebimentos de guias ou parcelamentos nas unidades do Detran.

Os motoristas que optarem por realizar o pagamento à vista, têm desconto garantido de 15% sobre o valor total. O desconto é o segundo maior do País, já que a média praticada pelos estados brasileiros varia de 3% a 10%. 

O desconto é o segundo maior do País, já que a média praticada pelos estados brasileiros varia de 3% a 10%. 

Para quem optar pelo parcelamento, as datas de vencimento estabelecidas foram para o dia 30 de janeiro, 27 de fevereiro, 31 de março, 30 de abril e 29 de maio de 2026.

O valor mínimo para cada parcela será de R$30 para motocicletas e R$55 para os demais veículos. Em MS, segundo o Governo, são cerca de 870 mil veículos em circulação. 

Além do desconto exclusivo para o pagamento à vista, o governo estadual manteve uma série de isenções e reduções de bases de cálculo, consolidando a política tributária do Estado como uma das mais abrangentes do País. 

Entre os benefícios estão: 

  • Isenção para veículos oficiais, entidades sociais, autarquias, fundações e templos de qualquer culto;
  • Isenções para tratores e máquinas agrícolas, aeronaves de uso agrícola, embarcações de pescadores profissionais, táxis, mototáxis, ambulâncias, veículos de bombeiros e diplomáticos, além de veículos com mais de 15 anos;
  • Desconto de 60% para Pessoas com Deficiência (PCD) e redução de alíquota para frotistas com 30 ou mais veículos;
  • Isenção total para veículos movidos a gás natural, como estímulo para as práticas sustentáveis;
  • Não cobrança do imposto em casos de furto, roubo, perda total ou apropriação indébita.

Os boletos físicos já começaram a ser entregues via Correio desde ontem (2), mas também pode ser emitido via digital. 

IPVA 2026 passo a passo

Abaixo, você confere um passo o passo de acesso e o caminho que o contribuinte deve seguir para emitir o boleto do IPVA 2026: 

  1.  - Acesse eservicos.sefaz.ms.gov.br (CLICANDO AQUI),
     
  2.  - Clique em 'Entrar com Gov.br' e depois atique-se com certificação digital;
     
  3.  - Faça/atualize o cadastro E-Fazenda;
     
  4.  - Selecione o ícone 'IPVA CIDADÃO';
     
  5.  - Confira os débitos exibidos pelo sistema automaticamente
     
  6.  - Seleciona valores a pagar ou clique em 'Gerar próxima parcela';
     
  7.  - Para pagamento à vista, selecione 'Cota Única' e 'Emitir DAEMS';
     
  8.  - Finalize a operação para emitir o documento.

 

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CAMPO GRANDE

Tradição de Natal, ceia vegana volta como opção com sabor da culinária afetiva feminina

Por mais um ano, mulheres se unem para trazer o gostinho do Natal, descomplicando a alimentação saudável e respeitando o planeta e toda forma de vida

19/12/2025 13h03

Reprodução/Flor de Camis

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Marca local que há anos vem descomplicando a alimentação saudável, sem deixar de lado as tradições, a "Flor de Camomila" por mais um ano traz o já tradicional Cardápio de Natal vegano, aceitando pedidos até a próxima segunda-feira (22), para aqueles que já se alimentam da culinária sem crueldade animal ou para os que querem apresentar o sabor na ceia da família. 

Esse ano uma das novidades fica por conta das massas artesanais, de beterraba, espinafre, açafrão e tradicional, que podem ser usadas para compôr várias opções de pratos para pedir, como um talharim, lasanha ou até rondelli. 

Empreendedora há anos, Alessandra Mathias, dona do Flor de Camis, une-se esse ano à Nathalia Andrade, mulheres amigas que através de suas criações inclusive pelo Coletivo Clandestinas de teatro, dividem uma jornada pelos palcos e cozinhas campo-grandenses. 

Como ela bem lembra no material de divulgação do cardápio deste ano, "dezembro pede comida feita com cuidado", sendo época de juntar a família e com o menu completo de Natal trazendo opções para todos os gostos e tudo feito a mão. 

Novas tradições

No espírito de que "dezembro é a sexta-feira do ano", as cozinheiras aproveitam justamente o clima de festa, férias e casa cheia para presentear a população local com opções para a ceia de Natal que podem servir para desenhar novas tradições para as famílias. 

"E é nesse espírito que, mais uma vez, queremos levar nossos pratos para a sua ceia, sua família, seus amigos. É a oportunidade de compartilhar a culinária vegetariana com quem faz parte da sua história", citam. 

Para compôr a mesa da ceia é possível pedir as opções de kits, variando entre o "arco-íris" e o "Flor de Camis", com uma série de produtos que vão de caponata, patês de jaca ou cenoura e geleia de guavira com pão integral e palitinhos crocantes, até os pães que podem ser pedidos em versões com seis unidades mais acompanhamento. 

Há ainda opções de saladas, as versões de massas artesanais, que podem receber molhos que passam pelo ragu de jaca até o molho de queijo vegetal com damasco para o talharim, tendo inclusive versões veganas de bolonhesa, bechamel e manjericão da lasanha. 

Entre as guarnições especiais cabe destacar: 

  • Tofu Tender - marinado por 12 horas, assado e finalizado com calda de abacaxi e cravos 
  • Abóbora recheada - com estrogonofe de palmito e cogumelo Paris 
  • Abacaxi recheado - com farofa de bacon vegetal 

O cardápio lista ainda as opções de: batalhoada e/ou jacalhoada com cogumelos; arroz e farofa natalinos e até mesmo a tradicional rabanada, que consiste em fatias de pão artesanal umedecidas no leite vegetal com cacau, que são finalizadas com açúcar e canela. 

Há cerca de dois anos, em entrevista ao Correio do Estado, Alessandra já relatava a luta pelo espaço para emplacar a culinária afetiva vegana em Campo Grande, aproveitando a época de Natal e projetos como o cardápio para tirar essa ideia do papel. 

"As pessoas estão mais receptivas e temos bastante procura de pessoas não vegetarianas, seja por querer agradar um familiar que vai receber que é adepto da alimentação vegan ou para se abrir a novos sabores e possibilidades. Acredito que essa época de fim de ano é sempre muito nostálgica e emocionante, para mim pelo menos, que adoro o natal. É momento de cozinhar e alimentar as pessoas que amo, deixando a criatividade guiar esse processo... e é esse afeto que pretendo levar para a mesa dos meus clientes", finaliza Alessandra. 

Interessados podem fazer seus pedidos, até o próximo dia 22, através do telefone (67) 993408431, com informações disponíveis no perfil Flor de Camis no Instagram, ou CLICANDO AQUI.

 

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