Cidades

INFRAESTRUTURA

Obra "sem fim" da antiga rodoviária empaca e reforma fica para o fim do ano

Contrato de junho de 2022 tinha previsão de conclusão em 360 dias, ao custo de R$ 16,5 milhões, mas já consumiu mais que isso

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Licitada em junho de 2022, a obra do Terminal Rodoviário Heitor Eduardo Laburu, a antiga rodoviária de Campo Grande, está há dois anos em andamento e até agora não foi concluída. A obra “sem fim” tinha previsão de término neste mês, mas o prazo foi novamente suplementado, agora, para o fim deste ano.

De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, a demora na conclusão da construção é motivada pela necessidade de acrescentar alguns pontos que o projeto inicial não previa. Quem toca a obra é a empresa NXS Engenharia Eireli.

“O atraso se deu por conta da necessidade de se fazer a reprogramação do projeto para alguns ajustes, como, por exemplo, a obra da fundação, que é uma das primeiras etapas da obra e uma das mais demoradas”, informou a prefeitura, em nota.

Conforme a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), “a obra de revitalização do Terminal Heitor Laburu está com 44% do cronograma executado e o prazo de conclusão é até o fim deste ano”.

Nestes dois anos de projeto, que inicialmente tinha previsão de durar apenas um ano, mais especificamente 360 dias, foram feitos seis reajustes no valor inicial da licitação, que era de R$ 16.598.808,77.

Ao todo, os reajustes somam R$ 7.673.422,21, com isso, o valor para conclusão da reforma da antiga rodoviária está em R$ 24.272.230,98.

O último reajuste foi autorizado em dezembro de 2024, quando, de uma vez só, a alta foi de R$ 2,4 milhões, conforme dados do Portal da Transparência da Prefeitura de Campo Grande.

Ainda segundo informações do Portal da Transparência, o Executivo municipal já empenhou R$ 14.965.585,08 para a obra, dos quais R$ 8.894.766,08 foram efetivamente pagos e outros R$ 5,5 milhões ainda devem ser destinados à NXS.

Se for concluída neste ano, a reforma terá durado dois anos e meio e consumido 46,2% a mais de recursos municipais do que o montante previsto inicialmente.

PROJETO

A revitalização do Terminal Rodoviário Heitor Eduardo Laburu será feita na área que pertence à prefeitura, de cerca de 10 mil metros quadrados, nas plataformas de embarque e desembarque, em duas salas no piso superior e no entorno, com calçamento e recapeamento. A obra faz parte do projeto Reviva Campo Grande.

Serão transferidos para o local a Fundação Social do Trabalho (Funsat) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM). O intuito é promover mais fluxo ao comércio e segurança na região. 

Com relação ao prédio, haverá mudanças na fachada, acessibilidade, áreas de descanso e paisagismo, entre outras intervenções.

A revitalização conta com repasse de R$ 15,3 milhões, oriundo de emenda da bancada federal de Mato Grosso do Sul, realizado em 2019, e mais uma contrapartida da Prefeitura de Campo Grande. O restante do prédio, que tem 34 mil m², é área particular e não será revitalizado. 

Desde 2021, a prefeitura fez a requalificação das vias do entorno, de modo que as ruas Joaquim Nabuco, Vasconcelos Fernandes, Barão do Rio Branco e Dom Aquino foram interligadas às principais vias da cidade, compreendendo um espaço de aproximadamente 80 quadras. 

Essas intervenções para a revitalização do centro de Campo Grande foram feitas com recursos do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID), a partir de empréstimo feito com a entidade.

HISTÓRICO

O Terminal Rodoviário Heitor Eduardo Laburu, localizado no Bairro Amambaí, em Campo Grande, foi desativado em 2009 e, desde então, a situação no local só se agravou.

Isso porque a região se viu tomada por centenas de pessoas em situação de rua e usuários de drogas após o fim da movimentação constante de ônibus no terminal.

Não foram poucas as promessas de obras na região para tentar reviver o prédio. Na gestão do então prefeito Nelson Trad Filho, após a retirada dos carrinhos de lanche da Avenida Afonso Pena, eles foram colocados na antiga rodoviária, porém, a aposta não deu certo.

Mais tarde foi iniciado o projeto de reforma do prédio, que só foi efetivamente licitado em 2022. A reforma foi acelerada por causa dos constantes problemas na região em função do aumento do número de pessoas em situação de rua.

Por causa dos inúmeros usuários de drogas que viviam no local e usavam o prédio da antiga rodoviária como ponto de uso e venda de entorpecentes, a Polícia Militar, com apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), iniciou operações na região com o objetivo de reduzir o número de pessoas em situação de rua e traficantes. 

Porém, com a pandemia da Covid-19, essas ações foram paralisadas e o que se viu foi a volta dessas pessoas para a região.

As constantes operações policiais, no entanto, serviram para reduzir o número de pessoas em situação de rua naquela região, já que muitos migraram para outros pontos da Capital, como a Avenida das Bandeiras e a região dos bairros Jockey Club e Jardim Marcos Roberto.

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Conflito no Oriente Médio

Retorno de autoridades de MS retidas em Israel é incerto

Grupo está entre esperar pela reabertura dos aeroportos ou de deixar a região pela Jordânia

15/06/2025 17h17

Christinne Maymone, Ricardo Senna e Marcos Espíndola estão em território israelense

Christinne Maymone, Ricardo Senna e Marcos Espíndola estão em território israelense Fotomontagem

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As autoridades brasileiras e israelenses estudam duas possibilidades para o retorno das autoridades nacionais que ficaram presas em terras israelenses após a deflagração do conflito com o Irã.

Entre os políticos e técnicos brasileiros em solo israelense estão Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul; Christinne Maymone, secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES); e Marcos Espíndola, responsável pelo setor de tecnologia da pasta.

O grupo integra a Missão Internacional do Consórcio Brasil Central em Israel, que estava prevista para ocorrer entre os dias 7 e 14 de junho.

O Correio do Estado apurou com integrantes do governo que há duas possibilidades para o retorno dos três secretários locais: a primeira delas é esperar em Tel Aviv até que o espaço aéreo israelense seja reaberto; a outra é deixar a zona de conflito por meio de travessia da fronteira com a Jordânia.

De Tel Aviv até Amã, na Jordânia, o trajeto leva em torno de 3 horas e meia. Entretanto, o deslocamento por terra também tem sido considerado arriscado no momento.

O governo de Mato Grosso do Sul informou que Senna, Maymone e Espíndola estão em locais seguros, têm acesso à alimentação e a bunkers.

Na sexta-feira 13, o Itamaraty recomendou que brasileiros não viajem a Israel, Jordânia, Iraque, Irã, Líbano, Palestina e Síria pelos próximos meses. O alerta consular decorre da escalada de tensão no Oriente Médio após ataques israelenses a instalações militares do Irã, que contra-atacou. 

 

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Estradas

Com rodovias perigosas, MS contabiliza mais de 170 acidentes fatais nas estradas em 2025

Somente no mês de maio, foram contabilizados 97 acidentes e 14 mortes nas rodovias estaduais.

15/06/2025 17h15

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Segundo levantamentos, em 2024, 182 pessoas morreram e 1.940 ficaram feridas em acidentes registrados nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul. De janeiro a dezembro de 2024, foram 1.803 acidentes. 

Em 2025, já foram contados 114 óbitos de vítimas de acidentes em ruas e rodovias no estado.

No período do mês de maio, 30 pessoas perderam a vida em acidentes nas ruas e rodovias de Mato Grosso do Sul, maior número de vítimas fatais para o período desde 2022. Para comparação, foram 21 mortes em 2020, 29 em 2021, 39 em 2022 (o maior número no período), 24 em 2023 e 25 em 2024. 

Neste período, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 97 acidentes e 14 mortes nas rodovias de MS. 

Em 2025, em operações especiais da Polícia Rodoviária Federal, já foram contabilizados, pelo menos, 173 acidentes nas estradas sul-mato-grossenses. 

Na operação de Páscoa, conforme apurado pelo Correio do Estado, a PRF contabilizou 27 acidentes e uma morte. No Carnaval, foram 29 acidentes, sendo 11 graves e 1 morte. As contabilizações no ano novo foram de 20 acidentes e 2 mortes. No mês de junho, já foram registrados 6 acidentes com mortes. 

De acordo com a PRF, a maioria dos acidentes é causado por falhas humanas. Os principais fatores que contribuem para a ocorrência dos acidentes e óbitos incluem as ultrapassagens perigosas, a não utilização do cinto de segurança, uso do celular ao volante e a condução do veículo sob efeito de álcool ou entorpecentes. 

Rodovias perigosas

Duas rodovias que passam por Mato Grosso do Sul estão entre as 10 mais perigosas do país, segundo estudo baseado nos dados do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes). A BR-163 (em 6º lugar no ranking) e a BR-262 (em 9º lugar) registraram, juntas, em 2024, mais de 4,3 mil acidentes e 392 óbitos. 

A mais perigosa é a BR-101, segunda estrada federal mais longa do País, que liga as regiões nordeste e sul, cortando 12 estados. 

Acidentes

A intercorrência mais recente foi registrada neste domingo (15) na BR-262, no trecho entre Miranda e Corumbá, onde um ônibus da viação Andorinha colidiu lateralmente com um caminhão que vinha em sentido contrário. Com o impacto, uma peça de ferro se soltou do caminhão e atravessou o vidro de proteção do ônibus, acertando três passageiros. 

Duas pessoas morreram no local, entre elas uma médica de 27 anos identificada como Andrezza Felski. A causa da morte foi dada como “empalhamento”, já que a barra de ferro atravessou o tórax das vítimas. 

Uma criança de seis anos foi encaminhada para a Santa Casa de Corumbá em estado grave após a barra ter perfurado sua região inguinal, que fica próximo à coxa. 

Além destes, uma mulher sofreu fratura exposta dos ossos da perna e foi encaminhada à uma unidade de saúde. O motorista do ônibus sofreu escoriações leves. 

Um caso semelhante aconteceu no início do mês, também na BR-262 em Três Lagoas, quando Hemerçon Bruno Pazini de Oliveira, de 26 anos, morreu ao ser atingido por uma peça que se desprendeu de um caminhão, atravessou o pára-brisa e o acertou. 

O jovem, natural do município de Água Clara, conduzia um VW Gol preto e estava acompanhado da esposa e da mãe, quando a campana do freio se soltou da carreta e o atingiu na cabeça. 

O Serviço de Atendimento Móvel (SAMU) foi acionado, mas a vítima já tinha morrido no local. A mãe e a esposa do Hemerçon foram encaminhadas ao hospital sem ferimentos, mas em estado de choque. 

O trecho da BR é alvo de discussão pela necessidade de duplicação. 


 

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