Cidades

FATALIDADE

Onda de calor favorece ocorrências e mortes por afogamento em MS

Ao menos seis pessoas morreram afogadas nas últimas três semanas; rios e piscinas têm sido o refúgio da população para se refrescar neste calorão

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Relatório divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), ao Correio do Estado, apontam que ocorrências e mortes por afogamento aumentaram nas últimas semanas em Mato Grosso do Sul.

Onda de calor, que atinge o Estado nos últimos dias, têm feito sul-mato-grossenses a frequentarem meios aquosos com maior constância.

Balneários, piscinas, clubes, rios, cachoeiras, lagos e córregos têm sido o refúgio da população para se refrescar neste calorão.

Com isso, a onda de calor favorece acidentes, mortes e desaparecimentos por afogamento nas épocas mais quentes do ano.

Ocorrências e mortes por afogamento são proporcionais à temperatura do ar. Quanto mais calor, maior a chance de ocorrer afogamentos, pois as pessoas se expõem mais à situação.

Quanto menos calor, menor a chance, pois, em temperaturas mais amenas, as pessoas preferem se divertir longe de ambientes aquosos.

Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros Militar, Waldevino Gomes Pinheiro, as principais causas de afogamento são falta de habilidade na natação, falta de conhecimento a respeito do local em que se nada, cansaço do nadador, traumatismo por mergulho em águas rasas ou com pedras, cãibras, uso de álcool e problemas de saúde como infartos e crises convulsivas.

NÚMEROS

Outubro

Mato Grosso do Sul enfrenta uma Onda de Calor neste mês de outubro. Com o calorão dos últimos dias, a procura por rios e piscina aumenta.

Em 15 de outubro, Odair Mota Dias, de 23 anos, morreu afogado em uma lagoa localizada no bairro Nova Lima, em Campo Grande. De acordo com testemunhas, ele estava bebendo com amigos antes de entrar na água.

Em 18 de outubro, Claudina Martins, de 30 anos, morreu afogada em um riacho na Aldeia Guasuti, localizada em Aral Moreira. A mulher havia saído para tomar banho no riacho com uma adolescente de 12 anos, mas acabou se afogando. O pai da vítima retirou o corpo da água e tentou socorrê-la, mas ela já estava morta.

Em 18 de outubro, um homem, que não teve a identidade divulgada, pulou nu e acabou se afogando no córrego Serradinho, localizado no bairro Silvia Regina, em Campo Grande. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas não resistiu e acabou morrendo.

Em 18 de outubro, Miguel da Silva, de 14 anos, desapareceu após mergulhar no Rio Taquari, em Coxim. Corpo de Bombeiros segue nas buscas pelo garoto.

Em 5 de outubro, um menino de 5 anos, que não teve a identidade divulgada, morreu afogado na piscina de casa, em Corumbá. O menino foi reanimado por 35 minutos pelas equipes do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu e morreu.

Em 7 de outubro, um adolescente de 15 anos, que não teve a identidade divulgado, morreu afogado em um balneário desativado, localizado em Dourados. Ele estava utilizando um pedalinho, na companhia do primo, quando o acidente aconteceu. O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado e localizou o corpo a quatro metros de profundidade.

Em 7 de outubro, um menino de 14 anos, que não teve a identidade divulgada, morreu afogado em um açude, na região do Canhadão, em Itaporã. Acompanhado de dois primos, o jovem pulou na água para se refrescar, mas não sabia nadar, se afogou e acabou morrendo.

Setembro

Setembro foi um mês extremamente quente em Mato Grosso do Sul. Onda de calor atingiu o Estado entre os dias 18 e 26 de setembro. Com isso, a procura por meios aquosos aumentou neste período.

Dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros, ao Correio do Estado, apontam que 4 pessoas se afogaram, 4 morreram e 2 foram resgatadas com vida no mês de setembro de 2023, no Estado.

Junho, julho e agosto

Em junho, julho e agosto, meses de inverno, 8 pessoas se afogaram, 3 foram resgatadas com vida e 3 morreram afogadas em Mato Grosso do Sul.

Janeiro e fevereiro

Em janeiro e fevereiro, meses de verão e calor, 15 pessoas faleceram em rios, lagos, piscinas ou cachoeiras, sendo 8 em janeiro e 7 em fevereiro.

Veja as estatísticas, de janeiro a setembro, mês a mês, em 2023:

* Fonte: Corpo de Bombeiros Militar de MS

RECOMENDAÇÃO

De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma série de atitudes podem evitar tragédias em afogamentos. Veja:

  • Procure um local conhecido por você ou por outra pessoa, desde que ela o acompanhe
  • Não ultrapasse faixas e placas de avisos
  • Não entre em locais onde há avisos de perigo de morte ou em águas poluídas
  • Não tente salvar uma pessoa afogada, caso não saiba nadar, sempre acione o Corpo de Bombeiros
  • Procure sempre local onde existe a presença de Guarda-Vidas, ou o Corpo de Bombeiros
  • Evite nadar sozinho
  • Não tome bebida alcoólica antes de entrar na água
  • Não se afaste da margem
  • Nade longe de pedras e estacas
  • Não salte de locais elevados para dentro da água
  • Prefira lançar flutuadores para salvar pessoas ao invés da ação corpo a corpo
  • Identifique nas proximidades a existência do salva-vidas e permaneça próximo a ele
  • Evite brincadeiras de mau gosto, como caldos, trotes, saltos e de empurrar
  • Acate as orientações dos Bombeiros ou dos Salva-vidas
  • Não abuse se aventurando perigosamente
  • Não deixe as crianças sozinhas em meios aquosos
  • Não deixe brinquedos ou materiais dentro da piscina, pois atraem a atenção de crianças
  • Não deixe baldes ou bacias com água ao alcance de crianças e sempre deixe a tampa da privada fechada
  • Obedeça sinalizações próximos à margem de rios
  • Mantenha a calma e o pulmão sempre cheio de ar, pois ele funcionará como uma boia
  • Caso esteja em um rio, tentar jogar as pernas para frente, de forma a proteger a cabeça
  • Mantenha calma: a própria correnteza do rio, em algum momento, o levará até a margem
  • Tente agarrar algum galho de árvore que esteja flutuando
  • Evite navegar com carga em excesso
  • Só entre na embarcação usando coletes salva-vidas
  • Somente conduza embarcações se for habilitado para tal

Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, em caso de acidentes, é importante que a pessoa só tente ajudar caso esteja adequadamente habilitado para o auxílio.

"Se presenciar uma situação de afogamento, ligue imediatamente 193. Depois tente ajudar a vítima sem entrar na água, fornecendo um material flutuante para que a vítima se acalme e, posteriormente, com o auxílio de uma corda ou um galho para tentar retirar essa vítima, sem entrar na água", explicou.

ONDA DE CALOR

Onda de Calor é o resultado de um bloqueio atmosférico causado pela persistência de um grande sistema de alta pressão atmosférica sobre uma área, por vários dias consecutivos.

A alta pressão atmosférica deixa o ar seco, inibe o crescimento e formação de nuvens e a ocorrência de chuva.

O fenômeno provoca altíssimas temperaturas, sol forte, clima seco, tempo abafado, céu limpo, vento quente e baixa umidade do ar em Mato Grosso do Sul. As temperaturas beiram ou superam os 40ºC em todas as regiões do Estado.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho de Onda de Calor para o norte de MS. Com isso, a temperatura estará 5ºC acima da média entre sexta-feira (20) e segunda-feira (23). O aviso aponta grande perigo, com risco à saúde.

O calor extremo pode causar malefícios ao

  • Ser humano: desidratação, insolação, danos na pele, pressão baixa, falta de ar, rinite, sinusite, asma e bronquite
  • Meio ambiente: queimadas e incêndios florestais
  • Bolso do sul-mato-grossense: conta de energia mais cara no fim do mês

De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo quente requer cuidados aos sul-mato-grossenses. Confira as recomendações:

  • Não praticar exercícios físicos durante as horas mais quentes do dia
  • Evitar exposição ao sol das 9h às 17h
  • Usar protetor solar
  • Beber muita água
  • Usar roupas finas e largas, de cores claras e tecidos leves (de algodão)
  • Não fazer refeições pesadas
  • proteger-se do sol com chapéus e óculos de proteção
  • Manter o ambiente arejado, com umidificador de ar, ventilador, toalhas molhadas, baldes cheios d'água e ar condicionado
Norte de Mato Grosso do Sul enfrenta Onda de Calor de sexta-feira (20) a segunda-feira (23). Mapa: Inmet

CASO MARCEL COLOMBO

Jamilzinho é condenado a mais 15 anos e penas já somam 69 anos

Os outros três réus envolvidos na execução de Marcel Colombo, em 2018, também foram condenados pelo júri que acabou 02:05 horas da madrugada desta quinta-feira, após três dias de julgamento

19/09/2024 02h18

Somente dois dos réus, Marcelo Rios e Rafael Antunes, acompanharam todo o julgamento no plenário do fórum de Campo Grande

Somente dois dos réus, Marcelo Rios e Rafael Antunes, acompanharam todo o julgamento no plenário do fórum de Campo Grande Gerson Oliveira

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Preso desde o dia 27 de setenbro de 2019 e já condenado anteriormente a 54 anos de prisão, o empresário Jamil Name Filho, o Jamilzinho, foi condenado a mais 15 anos de cadeia pela morte de Marcel Hernandes Colombo, executado em 18 de outubro de 2018 em um bar na região central de Campo Grande. Com mais esta condenação, a soma de suas penas chega a 69 anos.

Além do empresário, os jurados também condenaram os guardas municipais Marcelo Rios e Rafael Antunes. O primeiro foi condenado a 15 anos em regime fechado e o segundo, a 2,5 anos em regime aberto. O quarto réu, o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, pegou a pena de 8 anos e 4 meses. 

Jamil Name filho participou do júri por videoconferência do presídio federal de Mossoró, onde está desde novembro de 2019. Ele já havia sido condenado pelo assassinato do estudante Matheus Xavier, em julho do ano passado, a 23,5 anos de prisão, e tem outras três condenações por crimes descobertos pela operação Omertà. 

Marcelo Rios cumpre pena no mesmo presídio, mas participou presencialmente do júri que começou na segunda-feira pela manhã e terminou às 02:05 da madrugada desta quinta-feira (19). A previsão é de que seja levado de volta ao mesmo presídio. Ele também já cumpre pena pela morte de Matheus Xavier e por outros três crimes. 

Rafael Antunes, que atualmente está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, poderá recorrer em regime aberto. O policial federal também pode recorrer da sentença em liberdade.

Os debates entre a acusação e defesa só acabaram quando já passava da meia noite, por volta das 00:15 horas. Depois disso, o juiz esvaziou o plenário para se reunir com os 7 jurados e somente à 01:40 a sessão foi retomada. 

O CASO

Conforme tese acatada pelo júri popular, Marcel Hernandes Colombo foi executado por Juanil Miranda, que está foragido, a mando de Jamil Name Filho. Os outros três condenados atuaram como intermediários para contratação do pistoleiro e ocultação de provas.

De acordo com a denúncia, Jamil Name Filho encomendou a morte de Marcel porque cerca de dois anos antes foi agredido pelo Playboy da Mansão, como era conhecido Marcel, em uma casa noturna da região central de Campo Grande. 

Desde aquela agressão, conforme a investigação, Jamilzinho pretendia matar o Playboy, mas não recebia autorização do pai, Jamil Name, que também foi preso em setembro de 2019 e acabou morrendo aos 82 anos no presídio federal em junho de 2021, vítima de covid.

Mas, depois que Marcel divulgou áudios fazendo chacotas da família Name, o pai liberou o filho para que matasse Marcel, conforme concluiu a investigação e conforme acataram os jurados. 

A investigação sobre o assassinato estava prestes a ser arquivada, pois até a descoberta de um arsenal com fuzis, pistolas e espingardas em uma casa no bairro Monte Líbano a polícia não tinha provas que ligassem Jamilzinho ao crime, embora houvessem suspeitas desde o dia do assassinato. 

Cerca de quatro meses depois da descoberta do arsenal, Jamil Name e o filho foram presos e não saíram mais da cadeia. 

insatisfação

Negociação salarial nao evolui e policiais civis param nesta quinta-feira (19)

Paralisação será de 24 horas e somente atendimentos mergenciais serão feitos nas delegacias de todo o Estado, segundo o sindicato da categoria

18/09/2024 23h38

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

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Em protesto ao que chamam de descumprimento de promessas de melhorias salariais, os policiais civis de Mato Grosso do Sul promovem nesta quinta-feira (19) uma paralisação de 24 horas nos atendimentos das delegacias, iniciando às 8 horas e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). 

As mobilizações do sindicato da categoria, o Sinpol, começaram ainda em agosto e têm o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. Eles reivindicam melhorias que garantiriam reajustes da ordem de 69% em seus vencimentos. 

A categoria afirma ter o 19º pior salário do País e reivinca aumento no salário inicial de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil. Além disso, exige o pagamento de auxílio saúde semelhante ao que que está sendo pago aos delegados, da ordem de R$ 2 mil mensais. 

Conforme a direção do Sinpol, a paralisação não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garante que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes serão atendidos.

"O Sinpol conclama todos os policiais civis, filiados ou não, a se unirem ao movimento, demonstrando a força da categoria e a necessidade de uma resposta urgente do governo", afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.

Está prevista uma manifestação da categoria a partir das 07:30 horas em frente à Depac Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro, na Rua Padre João Crippa. 
 
Além dos reajuses salariais, a categoria exige novas contratações, pois alega déficit de  900 profissionais para os cargos de investigadores e escrivães. 
Atualmente, o Estado possui 1,6 mil profissionais, entre escrivães e investigadores. Conforme a categoria, o necessário para atender a demanda seria de 2,5 mil trabalhadores.

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